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Conversão de Energia I N5CV1

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Apresentação em tema: "Conversão de Energia I N5CV1"— Transcrição da apresentação:

1 Conversão de Energia I N5CV1
Prof. Dr. Cesar da Costa 8.a Aula: Motor de Corrente Contínua (2ª Parte)

2 MÁQUINA DE CORRENTE CONTÍNUA
Os motores elétricos são responsáveis pela maior parcela do processamento de energia elétrica no Brasil. Dados da Eletrobrás apontam o setor industrial como responsável pelo consumo de quase metade da energia elétrica do país. A Figura 1 mostra o gráfico do consumo de energia elétrica no Brasil por setores. 2

3 MÁQUINA DE CORRENTE CONTÍNUA
Da energia elétrica processada no setor industrial, 55% é consumida pelos motores elétricos. Isto significa que a participação do motor elétrico, apenas no setor industrial, é estimada em aproximadamente 25% do consumo global de energia elétrica. Considerando os demais setores, o motor elétrico é responsável por no mínimo 35% da energia consumida no país. A Figura 2 mostra o gráfico dos consumidores mais importantes do setor industrial. 3

4 MÁQUINA DE CORRENTE CONTÍNUA
Tal como as outras máquinas elétricas rotativas, a máquina de corrente contínua é constituída por duas partes principais: Uma parte fixa, o estator, destinada fundamentalmente à criação do fluxo indutor. Uma parte móvel, designada por rotor, que contém duas peças essenciais: O enrolamento do induzido onde se processa a conversão de energia mecânica em elétrica e vice-versa, e o coletor que constitui um conversor mecânico de "corrente alternada-corrente contínua" ou vice-versa. 4

5 MÁQUINA DE CORRENTE CONTÍNUA
Entre o estator e o rotor encontra-se uma parte de ar que os separa: o entreferro. A figura 3 representa um corte esquemático de uma máquina de corrente contínua. Para facilitar a interpretação não se representam o coletor e as escovas e cada seção do induzido é representada apenas por um condutor. 5

6 MÁQUINA DE CORRENTE CONTÍNUA
Peças constituintes do estator: 1) A carcaça , que suporta a máquina e que também serve para a circulação do fluxo indutor; 2) Os pólos indutores, ou pólos principais, que juntamente com os enrolamentos de excitação criam o fluxo magnético indutor principal (o seu número é designado por 2p); 3) Os pólos auxiliares ou de comutação; 4) Os enrolamentos de comutação; 5) Os enrolamentos de compensação, destinados a reduzir o fluxo magnético provocado pelos enrolamentos do rotor. 6

7 MÁQUINA DE CORRENTE CONTÍNUA
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8 MÁQUINA DE CORRENTE CONTÍNUA
Peças constitutivas do rotor: O núcleo do rotor. Tem a forma cilíndrica e é ranhurado no sentido do eixo; 2) Os enrolamentos do induzido. São colocados nas ranhuras do núcleo do Rotor; 3) O coletor é constituído por lâminas de cobre isoladas umas das outras e colocadas na direção do veio. 8

9 MÁQUINA DE CORRENTE CONTÍNUA
São ainda partes constitutivas da máquina de corrente contínua, os rolamentos, as escovas e porta escovas, os ventiladores etc 9

10 MÁQUINA DE CORRENTE CONTÍNUA
A seguir far-se-á uma breve descrição das principais partes constitutivas das máquinas de corrente contínua. Carcaça A carcaça é a parte que sustenta os pólos da máquina e pela qual se faz a fixação. Dado que o fluxo magnético é constante, não é necessário que esta peça seja folheada para evitar as perdas por correntes de Foucault. Neste sentido, esta peça pode ser fabricada em ferro fundido ou em aço. 10

11 Pólos indutores Os pólos indutores têm o aspecto que se pode ver na figura 8. A parte mais próxima do rotor designa-se por expansão polar. Dado que estes pólos estão sujeitos a campo de indução magnética variável, são construídos em chapa magnética empilhada para se reduzirem as correntes de Foucault. Os enrolamentos do circuito indutor são enrolamentos do tipo concentrado. Enrolamentos de comutacao Polos de comutacao Indutor 11

12 Pólos auxiliares ou de comutação
Os pólos auxiliares são colocados entre os pólos principais. São constituídos por um núcleo em chapa magnética e por um enrolamento que se liga em série com o enrolamento do induzido. Enrolamentos de compensação Colocados em cavas nos pólos principais, estes enrolamentos só existem nas máquinas de potência elevada (> 150 kW) pois encarecem a máquina de forma considerável. 12

13 Núcleo do induzido Podem ser de dois tipos: em anel e em tambor. Os induzidos em anel já não são utilizados, mas aparecem frequentemente descritos em livros de Máquinas Elétricas devido à sua maior facilidade de compreensão. Atualmente utilizam-se apenas induzidos em tambor feitos de chapa de aço magnético ranhurado. Note-se que, visto do rotor, o campo de indução magnética tem uma frequência que poderá ser elevada. Esta frequência é proporcional à velocidade da máquina. Junto do induzido são colocados os dispositivos de refrigeração. 13

14 Enrolamentos do induzido
Os enrolamentos do induzido são constituídos por seções feitas em moldes e colocadas nas ranhuras do rotor. Estas seções são ligadas umas às outras e ao coletor. Os enrolamentos em anel de Gramme foram os primeiros a serem inventados e hoje têm apenas interesse histórico ou pedagógico. Os enrolamentos em tambor ou Siemens substituíram os enrolamentos em anel devido ao fato de serem mais económicos. 14

15 Enrolamentos do induzido
Pode demonstrar-se que um determinado enrolamento em tambor tem sempre um enrolamento em anel que lhe é equivalente. O enrolamento em anel executa-se sobre um anel de ferro colocando sobre ele um determinado número de espiras, que se iniciam e terminam em lâminas adjacentes de forma que o enrolamento apresenta a forma de um circuito fechado. 15

16 Enrolamentos do induzido
As espiras enroladas conforme a figura anterior possuem um condutor interno e outro externo ao anel. Os condutores externos, estão sujeitos ao campo de indução magnética B provocado pelo circuito indutor, e por isso, são sede de fenómenos de conversão eletromecânica de energia. Estes condutores, quando forem percorridos por correntes, estão sujeitos à força de Laplace, e quando rodam a uma determinada velocidade geram-se neles f.e.m. induzidas. 16

17 Enrolamento do induzido
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18 Coletor A figura 11 ao lado mostra um corte de um coletor. Geralmente o coletor é realizado com lâminas de cobre isoladas. É torneado de modo a tomar uma forma rigorosamente cilíndrica permitindo que as escovas assentem perfeitamente. A ligação aos condutores do enrolamento do induzido pode ser feita por soldadura ou por meio de conectores. O coletor é realizado de forma diferente, consoante a potência e a velocidade máxima admissível da máquina, e constitui a peça mais delicada e mais cara de toda a máquina. 18

19 Escovas e conjunto de suporte
A figura 12 mostra uma estrutura típica das escovas e seu conjunto de suporte. As escovas podem ser de diversos materiais (Carvão, Metal, etc.) e diversas tipos (macias, duras, etc.). Atualmente empregam-se quase exclusivamente escovas grafíticas ou de carvão e metal. A escova coloca-se no porta escovas, e é comprimida por meio de uma mola contra o coletor. Esta compressão não deverá ser excessiva para evitar o seu rápido desgaste bem como um aumento das perdas mecânicas da máquina (150 a 250 gf/cm2). 19

20 Escovas e conjunto de suporte
Normalmente os porta escovas podem rodar em torno do colector de modo a permitir o ajuste da posição das escovas. Todas as escovas de igual polaridade são ligadas entre si por barras condutoras. Estas barras encontram-se ligadas aos terminais da máquina ou vão directamente ligar-se aos enrolamentos dos pólos auxiliares ou aos pólos de compensação que são ligados em série com o induzido. 20

21 CONTROLE DE VELOCIDADE EM MÁQUINAS CC
Nos tempos atuais, é constante a exigência de aperfeiçoamento nos métodos de produção, bem como racionalização deles, mediante a automação e o controle dos processos envolvidos. Devido a este fato, mais e mais há a necessidade de controle e variação de velocidade e torque em máquinas elétricas de corrente contínua. Inicialmente conseguiu-se variações de velocidade mediante o uso de sistemas mecânicos , como caixas de engrenagens, correias e polias, o que muito limita os processos e as máquinas. 21

22 CONTROLE DE VELOCIDADE EM MÁQUINAS CC
Posteriormente, apareceram aplicações onde o controle de rotação é feito mediante o uso de motores de indução (gaiola) e acoplamentos magnéticos. Este método, porém, apresenta um baixo rendimento, causado pelas altas perdas elétricas do acoplamento. Outra forma de se controlar velocidade é através de motores de anéis, mediante a ajuste da resistência rotórica através de um reostato externo. Este método apresenta um grande inconveniente que é a baixa precisão no controle da velocidade. Por isto é usado apenas na partida destes motores. 22

23 CONTROLE DE VELOCIDADE EM MÁQUINAS CC
Os motores de corrente contínua surgiram como uma forma de solucionar os problemas acima, pois sua velocidade pode ser continuamente alterada mediante a variação da tensão de alimentação. Além disso, os motores CC apresentam torque constante em toda a faixa de velocidade - salvo se em região de enfraquecimento de campo, como veremos a seguir. Inicialmente os motores CC eram alimentados por geradores de corrente contínua, o que exigia o uso de duas máquinas (sistema WARD-LEONARD). 23

24 Sistema Ward-Leonard Estático
O Sistema Ward-Leonard Estático foi largamente utilizado na indústria. É constituído por uma máquina de corrente contínua de excitação independente controlada por dispositivos de electrónica de potência. Obtém-se uma fonte de tensão contínua regulável eletronicamente o que facilita a introdução de sistemas de controle. A versão mais completa consiste em utilizar dois retificadores de quatro quadrantes e controlar a tensão do induzido Ua e a tensão do indutor Uf simultaneamente. 24

25 Sistema Ward-Leonard Estático
A execução básica do Sistema Ward–Leonard encontra-se representada na figura a seguir. 25

26 Sistema Ward-Leonard Estático
A utilização dos dois retificadores não é feita de uma forma arbitrária. Com efeito, existem duas zonas distintas de controle de velocidade: Zona de binário máximo utilizável. Nesta zona, o fluxo de excitação é mantido constante. A velocidade é controlada atuando na tensão Ua e por conseguinte na ponte de retificação que alimenta o induzido. Com a velocidade aproximadamente proporcional à tensão Ua. Como o fluxo é máximo e a corrente do induzido (que depende da carga mecânica) pode atingir o valor máximo (normalmente o seu valor nominal), o binário máximo está disponível. Este depende do produto do fluxo φ e da corrente do induzido Ia. Por sua vez, a potência da máquina está limitada e depende da velocidade que se desejar. 26

27 Sistema Ward-Leonard Estático
b) Zona de potência máxima utilizável. Quando a tensão do induzido atingir o valor máximo admissível, a velocidade não poderá continuar a ser aumentada pelo processo descrito na alínea a). A tensão do induzido teria de ultrapassar o valor máximo para o qual a máquina foi construída. Neste caso mantém-se a tensão no induzido constante e no seu valor máximo e diminui-se o fluxo de excitação. A potência da máquina está disponível, pois a corrente pode atingir o valor máximo e a tensão de alimentação é sempre igual ao valor máximo. O binário disponível está agora limitado pela limitação do fluxo de excitação. 27

28 Sistema Ward-Leonard Estático
A figura ilustra a utilização destes dois processos. 28

29 Sistema Ward-Leonard Estático
Resumindo tem-se: Na zona de binário máximo o fluxo é constante e a velocidade é regulada atuando na tensão de alimentação. A variação da tensão que se deverá impor é uma reta pois a tensão e a velocidade são proporcionais. A potência da máquina fica reduzida proporcionalmente ao valor de que se reduziu a tensão. Na zona de potência máxima a tensão do induzido é mantida no seu valor máximo e a velocidade é regulada atuando no fluxo de excitação φ. Obtém-se um andamento hiperbólico pois a velocidade é inversamente proporcional ao fluxo de excitação. 29

30 Partida dos Motores de Corrente Contínua
A partida dos motores de corrente contínua não deve ser feito aplicando diretamente toda a tensão aos seus bornes. Se tal fosse realizado a corrente instantânea consumida seria muito elevada, (5 a 12 vezes a corrente nominal) o que seria prejudicial e poderia deteriorar o coletor. Existem três possibilidades práticas de reduzir a corrente de partida de um motor de corrente contínua: a) Sob tensão reduzida. É necessário dispor de uma fonte de tensão regulável. Vai-se subindo a tensão da máquina à medida que esta for aumentando a velocidade. 30

31 Partida dos Motores de Corrente Contínua
b) Utilizando um reostato de partida. Consiste em inserir resistências em série no circuito do induzido. Estas resistências serão sucessivamente curto-circuitadas manualmente à medida que o motor for aumentando a sua velocidade. c) Por processos automáticos. Podem ser baseados nos princípios descritos na alínea a) ou na alínea b). Podem utilizar elementos de eletrónica ou ser baseados em relés eletromecânicos. 31

32 Partida dos Motores de Corrente Contínua
Partida com reostático do motor série. O esquema de ligações encontra-se representado na figura Quando o cursor se encontrar na posição 1 a resistência total do circuito vale R1+R2+R3+R4+rf+ra. A corrente inicialmente é reduzida a valores aceitáveis e o motor começa a aumentar a sua velocidade. 32

33 Partida dos Motores de Corrente Contínua
Partida reostático do motor de excitação derivação. Este processo de partida segue um princípio semelhante ao do motor série. O reostato de partida é em geral montado de modo que sirva de interruptor e que garanta que o circuito de campo nunca seja aberto. Com efeito, como se viu atrás, se a máquina se encontrar com uma carga mecânica pequena, e se o circuito de campo for interrompido, a velocidade pode atingir valores muito elevados podendo a máquina deteriorar-se. Nesta situação diz-se que o motor embala. Este fenómeno é semelhante ao do motor série quando não tiver carga mecânica.. 33

34 Partida dos Motores de Corrente Contínua
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35 CONTROLE DE PARTIDA E VELOCIDADE EM MÁQUINAS CC
Posteriormente, com o advento dos semicondutores de potência, apareceram os conversores estáticos à ponte tiristorizada, que é o método mais usado e difundido atualmente. Os sistemas de velocidade variável utilizando motores de corrente contínua e conversores estáticos aliam grandes faixas de variação de velocidade, robustez e precisão à economia de energia, o que garante um ótimo desempenho e flexibilidade nas mais variadas situações 35

36 Máquinas operatrizes em geral; Bombas a pistão; Torques de fricção;
Aplicações Devido a sua versatilidade nas aplicações, o motor de corrente contínua possui uma grande parcela do mercado de motores elétricos, destacando-se: Máquinas operatrizes em geral; Bombas a pistão; Torques de fricção; Ferramentas de avanço; Tornos; Bobinadeiras; Mandrilhadoras; Máquinas de moagem; - Máquinas têxteis; - Guinchos e guindastes - Pórticos - Veículos de tração - Prensas - Máquinas de papel - Indústria química e petroquímica - Indústrias siderúrgicas - Fornos, exaustores, separadores e esteiras para indústria cimenteira e outras. 36

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