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Escravidão e o sistema sul atlantico Amaury Gremaud FESB I.

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Apresentação em tema: "Escravidão e o sistema sul atlantico Amaury Gremaud FESB I."— Transcrição da apresentação:

1 Escravidão e o sistema sul atlantico Amaury Gremaud FESB I

2  Escravidão: existência de instrumentos legais que permitem a transformação de “pessoas” (produtores diretos) em propriedade privada  Escravismo: sistema de produção colonial baseado na escravidão e no abastecimento do comércio internacional de produtos oriundos da escravidão

3 Evolução da questão da escravidão para Portugal: Início: periferia do comércio e produção europeia Com tempo: comércio (tráfico) passa a ser grande fonte de renda Final: além do comércio, a escravidão fundamental na consolidação da estrutura de produção ultramarina

4 4 Escravidão Africana  Igreja Católica nunca condenou a escravidão negra  Idade Média: escravidão como castigo divino Punição para os hereges  Idade Moderna: reconhecimento expresso da validade da instituição escravidão Só negro cristão  Formalidade sempre mantida

5 Trafico africano  Comércio na Africa sempre existiu Islã e rotas para Mageb Região Mediterrânica e subsaariana  Caravanas; traz principalmente ouro do sul do Saara mas também escravos Comércio de escravos abastece mediterrâneo e Magreb, trocas outros produtos,  troca com europeus no mediterrâneo (Ceuta) Diferença África e América do Sul: África conhece o valor mercantil dos escravos  Com expansão europeia, este comércio é estimulado, inclusive de escravos Início porto no Norte da África, depois do cabo Bojador chega à região do Senegambia, Guiné  Retira parte dos intermediários: rotas de ouro, pimenta e “peças da Índia” (tb marfim, ambar etc.)  Existem tentativas de retomada – batalhas marroquinas e contra Isla

6 Escravos da Guiné e suas fases  Inicialmente para abastecer Europa século XV: 25.000 escravos saem da África vão para Europa nas mãos dos portugueses Primeira metade do XVI: mais 25.000 (depois diminui) 1486: Casa de Escravos  Departamento régio ligado à Casa da Mina e Tratos da Guiné  Com produção na Ilhas: abastece Ilhas Atlântico (Madeira, Açores, Canárias e S. Tomé) Século XV: 10.000 escravos Primeira metade do XVI: 50.000

7 Feitorias e lançados  Algumas tentativas de capturas e pilhagem mas não dão certo Pequenas quantidades e grandes custos  Port of Trade (mal chegam a ser feitorias) Jalefos (e outros povos) e papel dos lançados Troca por “panos”, almiscar, cobre, ferro (armas) e cavalos  Cavalos e armas (espadas, escudos): meios de produção para a conquista de escravos  1cavalo para 15 escravos, depois queda 1- 10  Grande vantagem contra arqueiros e zagaieiros  Historiografia debates em torno do cavalo: por que não no Brasil ?  Por que não criação (mosca tse-tse)  Dificuldades com comércio na senegambia Epidemológicas – forte mortalidade (brancos e escravos na costa)  dificuldades em Cacheu – estabelecimento nas Ilhas de Cabo Verde Ilhas de Cabo Verde – alvo fácil de corsários

8 O comércio intermediário  Comércio dentro da África Toma em um porto e troca em outro, dependendo do interesse dos produtos  Este movimento – difícil de quantificar,  vai crescer com rotas para a Ásia, não para levar escravos para lá, mas comércio intermediário Oriente quer metais  Índia – cobre; Extremo Oriente – Prata; Oriente Próximo – ouro Para obter metais, em São Jorge da Mina, Portugal troca escravos de Benim por metais (ouro) do Rio Níger

9 Ilha de São Tomé  Costa Mina (feitoria de São Jorge da Mina) – Benin- Gana Troca de produtos com povos Akã Ouro por escravos  Escravos passam a vir da foz do rio Niger (Nigéria atual) e rio Congo (Zaire) (atual Congo, já perto da atual Angola (Pinda))  Também importante cobre  Papel chave da Ilha de São Tomé Também tentativas de produção como Madeira, usa 2.000 escravos, Principalmente entreposto de escravos (gira em torno de 5.000)  Triagem, alimento, marcação, batismo, “treinamento” e embarque  Reexportação dos mais resistentes às doenças européias e africanas Grande comércio de escravos antes do Brasil  final do XV – início XVI: 30.000 escravos Também primeiros conflitos:  Conflitos entre “livres”, escravos se aproveitam e promovem revoltas (2ª metade do XVI) em regiões isoladas, com diferenças numéricas importantes  São Tomé – primeiro Haiti – fim do XVI  “Ajuntamento” de escravos de civilizações diversas  Dificultava a integração, a possibilidade de revolta

10 O século XVI em diante: o surgimento de Angola  1ª metade do XVI : antes de escravos virem para o Brasil – vão para a América Espanhola. especialmente depois de 1535: revolta de Manco Capac no Peru – problemas com domínio e encomiendas, escravo começa a surgir como opção 15.000 escravos  Asiento com Espanha depois da restauração Portugal permite venda para a Espanha (início Espanha não permite)  1640 – reserva de 1/3 para Portugal, 1647 reserva abolida  Angola: estímulo a entrada de barcos que vem da América espanhola (com metais) mas não da Espanha (vem com tecidos concorrentes de Portugal)  Percebe-se que seu comércio mais rentável (lucros e impostos) que o uso 1572: rei se recusa a proibir reexportação de escravos de Portugal, demandada dada a elevação dos preços dos escravos  Brasil só segunda metade do XVI – já aparece Angola 50.000 escravos, Am espanhola: 70.000, Africa 40.000 e Europa 4.000 Depois do século XVI – deslancha

11 Produção Angolana  Aproximação territorial mais intensa que anterior  Conquista inicialmente concedida a Paulo Dias Nunes Recebe uma Capitania Hereditária Concede a colonos e jesuítas: amos  Amos: terras, nativos e rendas – expoliação inicial  Controlam os chefes locais (sobas) que pagam impostos (ambundos) muitas vezes na forma de escravos -exportados para a América  Com sucesso do tráfico de escravos, metrópole (já sob união Ibérica) – suspende a capitania e impõe um “governador” à Angola e susta amos Conflito com Amos – 1592/93 - que chegam a depor governador (Francisco de Almeida) e suspendem legislação metropolitana Felipe II – determina expulsão de Angola do líder jesuíta (padre Barreira) 1607 – novamente fim do amos e sobas se relacionam diretamente com metrópole  Luanda e Bengala: ± 15.000 escravos por ano  Nações diversas: Bantos (+ primitivos); Zimbabue; Jagas  Produtos de escambo: trigo, sal, mandioca, armas e munições, depois aguardente e fumo (produzidos pelos próprios escravos - Brasil)

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13 Fonte: Alencastro, 2000

14 Estimativas de desembarques de africanos na Europa e América - por Região (1451-1870) (em milhares) PeríodoEuropa Ilhas Atlânticas São Tomé Antilhas Holandesa s Antilhas Dinamarque sas Antilhas Francesas Antilhas Britanicas América GB e EUA América espanhola BrasilTotal Media anual 1451-1575 12,52,5 150,6 1576-1500 12,551 18,50,74 1500-1525 12,5525 42,51,7 1526-1550 7,5518,8 12,5 43,81,752 1551-1575 2,5518,8 251061,32,452 1576-1600 1,32,512,5 37,54093,83,752 1601-1625 0,3 12,5 75150237,89,512 1626-1650 0,3 6,3 2,520,7 52,550132,35,292 1651-1675 0,3 2,720 28,869,2 62,5185368,514,74 1676-1700 0,3 2,4204124,5173,8 102,5175602,524,1 1701-1720 1206166,1160,119,890,4292,7855,142,755 1721-1740 803,3191,1198,750,490,4312,4926,346,315 1741-1760 806,7297,8267,4100,490,4354,51197,259,86 1761-1780 1005335,8335,385,8121,9325,91309,765,485 1781-1790 12,34,6357,8100,255,842,2181,2754,175,41 1791-1800 5,314,582,6194,37977,4233,6686,768,67 1801-1810 03,317105,4156,385,7241,360960,9 1811-1820 0018,8010177,8327,7534,353,43 1821-1830 0,1057,90,42103,5431,4595,359,53 1831-1840 000,610,20207334,3552,155,21 1841-1850 0000054,6378,443343,3 1851-1860 0012,500,31226,4141,214,12 1861-1870 005,90031,6037,53,75 Total 5025100437,747,41699,71635,7559,81662,44029,810247,531,016 3

15 15 Condições do Tráfico  Valor básico: “Peça da Índia”: homem de 18 a 35 anos, saudável, bons dentes Igual a 2 garotos de 14 anos  Viagens em condições precárias (navios = “tumbeiras”): Perda de ±10% Luanda-Recife: 35 dias Luanda-Rio de Janeiro: 60 dias Lucro da viagem era muito grande, compensando assim as perdas  Não havia diminuição do no. de escravos transportados Para a Coroa: maior número possível de escravos Impostos pagos no embarque e desembarque  Venda: negociação direta (leilão) e tratantes (venda indireta)

16 16 Escravidão Indígena (negros da terra)  Sempre existiu escravidão indígena (gentio) no Brasil Ao final número menor que africana  Impressão de preferência Produção colonial em parte índios mesmo nos engenhos – especialmente no início (XVI) Utilização de índios para instalação dos engenhos Pecuária e outras atividades (mandioca – farinha)

17 17 Formas de escravidão indígena 1) Guerras Justas Necessidade de carta régia ou auto-defesa Guerras justas declaradas pela Coroa foram muito poucas (Tapuias, Caetês, Botocudos) Provocação deliberada contra os indígenas 2)Resgates populações conquistados por outros – à corda Limite a 10 anos 3) Descimentos Aldeamento Não escravidão formal  Expedições de Apresamento Ataque (inclusive às missões jesuíticas) Período de auge: invasão holandesa: dificuldades de importação de escravos  1624: Antonio Raposo Tavares: 7.000 cativos no ataque às missões jesuíticas  Escravidão voluntária Farsa: ninguém se entrega como escravo tendo plena consciência do que faz Falta de entendimento do índio

18 18 Escravidão Indígena  Jogo de forças - Conflito 1) Colonos: exploração econômica e sexual Carência de escravos africanos Regiões mais pobres: índio continua a ser utilizado São Paulo: fonte de trabalho e fonte de renda 2) Jesuítas (auxiliar da conquista e pacificação) Jesuítas queriam submeter os índios ao poder temporal da Cia de Jesus  Índio é alma a ser conquistada  Índio tem que ser submetido aos padrões cristãos não escravizados  Coroa ora favorece colonos ora jesuítas Coroa: Interesse na escravidão negra: impostos Índio como mão de obra, súdito real e elemento de defesa da terra  Traficante Interesse coincidente com o dos jesuítas

19 Problemas (desvantagens)  Escravidão – não comum Especialmente venda e assim não desenvolve sistema interno na Colônia de apresamento venda  Necessário portugueses no processo e usar diferenças entre tribos possível mas não como África  Defesa legal (bulas papais) Indio – não escravizável, negro sim  Colonização – salvar gentio (puro – não conhece a palavra)  Escravidão africana: trazer os negros para cristianismo resgatando-o das trevas (já bestilaizado, filhos de Cam, sem alma, escravidão purgação dos pecados)  Indios escravidão e catequese se opõem, africanos se complementam  Problemas com conflitos (com tribos e outros colonizadores) Usar índios nos conflitos – inviável escravizá-los Depois também usado como contraponto a rebeliões,e fugas de negros  Problema com quantidade Mortandade e fuga (não dessacocialização)  Problemas com comércio interno Rotas difíceis Com tempo oferta africana se torna mais regular e flexível que o dos índios o que facilita sua utilização e seu enquadramento – repovoamento da América Portuguesa O que fazer com produto

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21 Brasil, Brasis e o Brasil Africano  Mapa atual do Brasil – anacronismo Terra de Santa Cruz não é uma só  SBH e Capistrano assustado com Frei Vicente de Salvador que no XVII conta historias do Brasil Varias unidades (enclaves) litorâneas no Brasil  Costa Leste – Oeste (Amazônia ao Ceará) dissociado do miolo negreiro do Brasil  Miolo negreiro do Brasil mais ligado à Angola Criação (1621) – Estado do Grão Para e Maranhão separado do Estado do Brasil  Responde ao enquadramento da geografia comercial da navegação à vela, dado regime de ventos e correntes marítimas Desenha-se um espaço do Atlântico Sul que é onde Brasil ganha sua dimensão  Condicionantes atlântico – africanos inclusive vão além do período colonial


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