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PublicouBernadete Martini Mendes Alterado mais de 8 anos atrás
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A Santa Missa
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Jesus veio ao mundo para dar testemunho da verdade (Cf. Jo 18, 37). Ele é a própria verdade (Cf. Jo 14, 6) Para dar testemunho da verdade Ele usou de diversos meios, sobretudo, palavras e atos Jesus agia como um pedagogo, introduzindo pouco a pouco a verdade
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Antes de revelar o mistério da Santíssima Eucaristia, Jesus preparou os seus discípulos: 1º Mostrando que agia de um modo incomum sobre o seu corpo andando sobre as águas (Cf. Mt 14, 22-32) 2º Mostrando que agia de um modo incomum sobre o pão, multiplicando-o (Cf. Mc 6, 30-44 e Mc 8, 1-10) 3º Mostrando que agia de um modo incomum sobre o vinho ao transformar água em vinho (Cf. Jo 2, 1-11)
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Depois de ter dado esses ensinamentos, Jesus dá uma grande pregação sobre o mistério eucarístico » Jo 6, 22-71 Interessante que antes desse discurso, São João traz a narração da multiplicação dos pães e de quando Jesus andou sobre as águas
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Neste sermão Jesus faz um anúncio: Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão, que eu hei de dar, é a minha carne para a salvação do mundo (Jo 6, 51). Daqui aprendemos que: (1) O pão do céu não foi o pão que Jesus havia dado na multiplicação, mas ele ainda seria dado » ver hei de dar está no futuro (2) O pão que Jesus daria era o seu próprio corpo, isto é, o pão seria o seu corpo » corpo = pão
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A prova de que Jesus estava dizendo algo sério e verdadeiro é a sua resposta aos incrédulos » Jo 6, 66-67 Esta profecia se cumpriu na última Ceia
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Condições da última ceia: (1) Jesus tinha pouco tempo para estar com os discípulos » não falaria coisas banais (2) falava para pessoas simples » usou palavras simples e de sentido exato Lendo Lc 22, 19-20 vemos: Isto é o meu corpo, que é dado por vós... Este cálice é a Nova Aliança em meu sangue, que é derramado por vós. Isto (pão e o vinho) é (verbo de ligação que indica uma qualidade do ser) o meu corpo / meu sangue
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Sermão EucarísticoÚltima ceia E o pão, que eu hei de dar, é a minha carne para a salvação do mundo. (Jo 6, 51) Tomou em seguida o pão e depois de ter dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que é dado por vós (Lc 22, 19)
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Em todo ser existente, temos a substância e os acidentes 1º Substância é aquilo que faz a coisa ser ela mesma e não outra » é o que não pode mudar 2º São as qualidades da coisa » é o que pode mudar
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Exemplos: Caneta Substância Acidente É o que faz a caneta ser caneta Cor Tamanho Forma Tipo de ponta
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Pão ou Vinho Substância Acidente É o que faz o pão/vinho ser pão/vinho Tamanho Peso Matéria prima Ingredientes
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Se mudamos os acidentes e mantemos a substância a coisa permanece a mesma Se mudamos a substância e mantemos os acidentes a coisa muda Jesus,por suas palavras e pela ação do Espírito Santo, mudou a substância do pão e do vinho e manteve os acidentes (gosto, cheiro, aspecto) » esta mudança, a Igreja católica denominou-a com acerto e exatidão transubstanciação(Cat 1376) Assim temos que a presença de Jesus é real, isto é, Ele está verdadeiramente presente no Santíssimo, mas é uma presença substancial
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Daí tiramos que: 1º A presença eucarística de Cristo começa no momento da consagração e dura também enquanto subsistirem as espécies eucarísticas (Cat 1377). 2º Cristo está presente inteiro em cada uma das espécies e inteiro em cada uma das partes delas, de maneira que a fração do pão não divide o Cristo(Cat 1377) : Corpo, Sangue, Alma e Divindade 3º Jesus pode estar presente, ao mesmo tempo, em cada Santa Missa 4º Comungando a hóstia consagrada, recebemos o Corpo e o Sangue
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No santíssimo sacramento da Eucaristia estão "contidos verdadeiramente, realmente e substancialmente o Corpo e o Sangue juntamente com a alma e a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo e, por conseguinte, o Cristo todo"."Esta presença chama-se 'real' não por exclusão, como se as outras não fossem 'reais', mas por antonomásia, porque é substancial e porque por ela Cristo, Deus e homem, se torna presente completo."(Cat 1374)
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Durante todo o tempo que pregou o Evangelho, Jesus havia prometido que haveria de dar Seu Corpo e Sangue em sacrifício e isto de fato aconteceu na Sexta-Feira Santa » Mt 17, 21-22; Mt 26, 45-46; Mc 14, 41. Antes de oferecer o seu sacrifício no calvário, Jesus ofereceu sacramentalmente este sacrifício de maneira substancial, isto é, ofereceu a substância de Seu Corpo e Sangue escondido atrás das aparências de pão e de vinho.
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Jesus não hesita em dizer que entrega o Seu corpo que “é dado” e o Seu sangue que “é derramado” » os dois verbos indicam que Jesus oferecia seu sacrifício já naquele momento, mas claro, de maneira substancial. Este ato de Jesus confere à celebração da Santa Ceia um caráter sacrifical. Jesus ligou o mistério da última ceia ao mistério do Calvário, de tal maneira que Sua paixão, morte e ressurreição estavam contidas já na última ceia.
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Jesus termina as palavras da consagração dizendo: Fazei isto em memória de mim. Analisando a frase: 1º Fazei : mandato de Jesus que pressupõe a graça para cumprir » graça do sacramento da ordem 2º Isto : indica o que Jesus fez e como fez » os gestos, as palavras e a matéria que usou » os Apóstolos tinham o mandato de fazer o que Jesus fez: tomar o pão e o vinho e celebrar a Eucaristia; como Ele fez, ou seja, usando as mesmas palavras e a mesma matéria. 3º Em memória de mim : fazer memória para os judeus significava não só lembrar, mas reviver o fato de modo a torná-lo atual, presente » Lv 23, 33-44 → Jo 7, 1-2
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Sentido global: Jesus ordenou aos seus discípulos que eles fizessem o que Ele havia feito, mudassem o pão em Seu Corpo e o vinho em Seu Sangue, de modo que a cada Santa Missa Ele pudesse estar presente, cumprindo suas palavras: Eis que estou convosco todos os dias (Mt 28, 20).
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Portanto, a natureza sacrifical do mistério eucarístico não pode ser entendida como algo isolado, independente da cruz ou com uma referência apenas indireta ao sacrifício do Calvário (Ecclesia de Eucharistia nº12). Jesus ligou cada Santa Missa que os sacerdotes celebram à última ceia e, conseqüentemente, ao sacrifício do Calvário. A nossa atitude na Santa Missa deve ser a de Nossa Senhora
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A santa missa é: (1) memorial sacrifical (2) banquete sagrado. Memorial sacrifical Por meio da consagração na Santa Missa, a Igreja atualiza o Sacrifício de Jesus » o sacrifício é atualizado sacramentalmente. Jesus não é crucificado outra vez, o que acontece é a atualização do sacrifício por meio dos sinais do Pão e do Vinho Consagrados. Por isso é possível atualizar o Sacrifício de Jesus » repete-se os sinais mas não a realidade que ele significa
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A Igreja não faz teatro na Santa Missa. O que celebramos não é uma seqüência de atitudes que fazem parte de um drama. Celebramos o Sacrifício de Jesus, verdadeira e realmente presente no Santíssimo Sacramento. Se recebêssemos de Deus uma graça especial, certamente veríamos a realidade espiritual que cerca o sacerdote e o altar durante a Santa Missa: Jesus crucificado sobre o altar, a presença da Virgem Maria, dos Anjos e dos Santos em adoração.
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Banquete sagrado A comunhão é o ponto para qual está orientado o sacrifico de Jesus. Ele se faz presente neste sacramento para entrar dentro de nós, para estabelecer comunhão conosco. Comungar da vítima do sacrifício é passar a participar da vida dela» Jesus é a vítima e ao mesmo tempo é o próprio Deus, assim, recebê-Lo na comunhão é receber a vida divina em nós.
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Participando da comunhão com o Seu Corpo e Sangue, participamos também de Sua ressurreição, nos alimentamos para caminhar até a vida eterna. A comunhão é uma união física e espiritual onde Jesus faz do nosso coração o Seu céu. Comungando Jesus comungamos a nossa própria salvação.
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A Santa Missa não é, portanto, meramente um momento ágape de encontro com os irmãos, apesar de nos proporcionar isto. Nem é tampouco um ato que tem o homem como objeto, isto é, não é o homem o centro da Santa Missa. Jesus, que chega sobre o altar, é o centro. Sua oferta sacrifical é o centro. Participamos da Eucaristia para dar graças a Deus, para oferecer o nosso coração, a nossa vida, como um dom a Ele, com a intenção de adorá-Lo, de exaltá-Lo. Estamos ali para fazermos comunhão com Ele. Tudo que recebemos e vivemos na Santa Missa: o encontro com os irmãos, as curas, as graças, brotam deste mistério de encontro com Jesus Sacramentado.
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