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Indústria Cultural e Ideologia
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Ideologia e senso comum
Ideologia é um termo usado no senso comum contendo o sentido de "conjunto de ideias, pensamentos, doutrinas e visões de mundo de um indivíduo ou de um grupo, orientado para suas ações sociais e, principalmente, políticas"
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Ideologia A submissão de um trabalhador ao seu patrão sempre foi aceito como parte dos resquícios da história, mas poucos se perguntaram o porquê desse panorama. Essa problemática só poderia ser explicada citando-se uma palavra: Ideologia.
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Aristóteles e Ideologia
A ideologia começa a se mostrar presente com Aristóteles e sua teoria das quatro causas. Para ele, todo e qualquer aspecto da realidade tinha um motivo. As causas, entretanto, segundo a teoria da causalidade, não tinham o mesmo valor, mas eram hierarquizadas. A causa motriz (ou eficiente) que fazia referencia ao fabricar humano, responsável por transformar uma matéria prima em manufatura, era a menos valiosa. Ao contrário desta, a causa final, ou seja, o motivo ou finalidade de alguma coisa era a mais importante. Devido essa teoria, a mente do homem começou a analisar a sua realidade através dela e, assim, iniciou-se a formulação de uma ideologia que acreditava que os escravos da época seriam a causa motriz e os seus senhores, a final.
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Comte e Ideologia Depois de Aristóteles, Augusto Comte se encarregou de ampliar a visão de o que era ideologia. Para Comte, a humanidade tende a passar por três fases: a fase fetichista ou teológica em que o homem explica a realidade por meio do mover divino; a fase metafísica em que o homem explica a realidade através de princípios gerais e abstratos; e a fase positiva ou cientifica em que o homem contempla a realidade, a analisa, formula leis gerais e cria uma ciência social que servirá de base para o comportamento individual e coletivo. Cada uma dessas explicações para os fenômenos naturais e humanos compõe uma teoria, ou melhor, uma ideologia.
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Marx e a ideologia Marx acredita que a ideologia se utiliza de inúmeros meios para alienar o povo, como por exemplo, através do Estado. Para o povo, este seria a representação do interesse geral, mas, na verdade, ele é a expressão das vontades e interesses da classe dominante da sociedade. Outro exemplo de ideologia seria apresentar a sociedade civil como um indivíduo coletivo, pois através disso ocultaria a realidade da sociedade que é comprimida pela luta de classes.
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Aparelhos ideológicos do Estado
A ideologia durante toda a historia serviu de instrumento de dominação, mascarando a realidade social e ocultando a verdade dos dominados. A ideologia serve para legitimar a dominação econômica, social e política. O seu papel é criar na mente das pessoas uma idéia de que todo fenômeno que acontece no mundo é algo natural e que não existe uma razão lógica para isso.
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Ideologia e alienação A ideologia, segundo Karl Marx, pode ser considerada um instrumento de dominação que age através do convencimento (e não da força), de forma prescritiva, alienando a consciência humana e mascarando a realidade. Os pensadores adeptos da Teoria Crítica Frankfurtiana consideram a ideologia como uma ideia, discurso ou ação que mascara um objeto, mostrando apenas sua aparência e escondendo suas demais qualidades.
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Teoria crítica e indústria cultural
Teoria Crítica” foi o termo formulado por Horkheimer a partir de seu manifesto Teoria tradicional e Teoria Crítica publicado em 1937, para caracterizar a pretensão teórica do grupo de teóricos do Instituto de Pesquisa Social. A palavra “crítica” advém das formulações teóricas de Kant (Critica da Razão Pura, Crítica da Razão Analítica e Crítica do Juízo) e foi mote para a formulação da teoria marxista. A Crítica está presente no subtítulo do Capital de Marx: “Crítica da economia política” e é a base para a teoria materialista da história.
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Teoria crítica e indústria cultural
Indústria cultural (em alemão: Kulturindustrie) é um termo cunhado pelos filósofos e sociólogos alemães Theodor Adorno ( ) e Max Horkheimer ( ), membros da Escola de Frankfurt. O termo aparece na obra Dialética do Esclarecimento de 1947. Principais teóricos: Max Horkheimer, Theodor Adorno, H. Marcuse, E. Fromm, Walter Benjamin, Jürgen Habermas.
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O termo " indústria cultural" foi utilizado por primeira vez por Horkheimer e Adorno na Dialética do Iluminismo. Anteriormente, empregava-se o termo "cultura de massa" que, conceitualmente, refere-se a uma cultura que nasce espontaneamente das próprias massas, a uma forma contemporânea de arte popular.
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O estudo sobre a ideologia realizado pela Teoria Crítica está no cerne dos trabalhos realizados por Adorno, Horkheimer e Marcuse a partir da década de 30, tema que permaneceu central em seus trabalhos posteriores. A reflexão sobre a ideologia desenvolvida por estes teóricos pretendeu desvelar as novas formas de dominação existentes na sociedade industrial avançada que se transformou juntamente com as novas características políticas, econômicas e culturais do início do século XX.
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Adorno e Horkheimer, no ensaio “A Indústria Cultural: o esclarecimento como mistificação das massas” (1985), identificaram em 1944 a formação de uma indústria marcada pela produção e distribuição de bens culturais – principalmente no desenvolvimento da indústria cinematográfica e fonográfica – caracterizada pelo monopólio da produção cultural baseado na grande indústria moderna.
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Os autores denunciaram que o conceito de “técnica” se associa, na sociedade capitalista, a uma racionalidade instrumental que permitiu o seu aprisionamento nos processos de produção e reprodução de mercadorias. Com isso, ela associa-se a uma racionalidade de dominação, primeiro do homem com a natureza e em um segundo momento do homem com ele mesmo.
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A técnica é utilizada num processo que homogeneíza a obra de arte e, através da produção em série, faz com que a obra perca a sua relação com a realidade social. Assim, a obra de arte massificada acaba por carregar um conteúdo ideologizado que é fruto da racionalidade instrumental, perdendo todo seu papel crítico e contestador.
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Walter Benjamin- “A Obra de Arte na Época de sua Reprodutibilidade Técnica” 1936
O ponto central desse estudo encontra-se na análise das causas e conseqüências da destruição da “aura” que envolve as obras de arte, enquanto objetos individualizados e únicos. Com o progresso das técnicas de reprodução, sobretudo do cinema, a aura, dissolvendo-se nas várias reproduções do original, destituiria a obra de arte de seu status de raridade. Para Benjamin, a partir do momento em que a obra fica excluída da atmosfera aristocrática e religiosa, que fazem dela uma coisa para poucos e um objeto de culto, a dissolução da aura atinge dimensões sociais.
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Perda da aura A perda da aura e as conseqüências sociais resultantes desse fato são particularmente sensíveis no cinema, no qual a reprodução de uma obra de arte carrega consigo a possibilidade de uma radical mudança qualitativa na relação das massas com a arte. Embora o cinema, diz Walter Benjamin, exija o uso de toda a personalidade viva do homem, este priva-se de sua aura. Se, no teatro, a aura de um Macbeth, por exemplo, liga-se indissoluvelmente à aura do ator que o representa, tal como essa aura é sentida pelo público, fico, o mesmo não acontece no cinema, no qual a aura dos intérpretes desaparece com a substituição do público pelo aparelho.
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Arte para as massas Em suma, a análise de Benjamin mostra que as técnicas de reprodução das obras de arte, provocando a queda da aura, promovem a liquidação do elemento tradicional da herança cultural; mas, por outro lado, esse processo contém um germe positivo, na medida em que possibilita outro relacionamento das massas com a arte, dotando-as de um instrumento eficaz de renovação das estruturas sociais. Trata-se de uma postura otimista, que foi objeto de reflexão crítica por parte de Adorno.
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Benjamin x Adorno/Horkheimer
Adorno e Horkheimer analisam que toda reprodução contribui para a perda de identidade da originalidade e está à disposição de uma elite que manipula aqueles que não possuem acesso aos originais, através de cópias feitas em série, conferindo a todas as cópias uma característica mercadológica, portanto, massificante. Ao contrário disso, Benjamin acredita que isso gera, desde que observadas as técnicas, uma politização capaz de moldar o senso crítico daquele que observa.
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Jürgen Habermas Em geral considerado como o principal herdeiro das discussões da Escola de Frankfurt, Habermas procurou, no entanto, superar o pessimismo dos fundadores da Escola, quanto às possibilidades de realização do projeto moderno, tal como formulado pelos iluministas. Profundamente marcados pelo desastre da Segunda Guerra Mundial, Adorno e Horkheimer consideravam que houvesse um vínculo primordial entre conhecimento racional e dominação, o que teria determinado a falência dos ideais modernos de emancipação social.
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Esfera pública Um dos pressupostos que buscam entender a crescente apatia ou desinteresse da população para com a ação política, senão pela própria vida democrática, é correlata à destruição da cultura como processo de formação libertador e de liberação de potenciais cognitivos que tem lugar na era de sua conversão em mercadoria, isto é bastante discutido pelos teóricos da indústria cultural, sobretudo, Habermas.
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Esse modelo de esfera pública constituído pela livre circulação de informação e bens simbólicos possibilitados pela imprensa se baseava na idéia de que todos poderiam alcançar as qualificações de formação educacional e cultural de um público crítico e, assim, participar da organização de uma opinião pública.
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O indivíduo na era da indústria cultural
Na época da indústria cultural, o indivíduo deixa de decidir autonomamente; o conflito entre impulsos e consciência soluciona-se com a adesão a crítica aos valores impostos O homem se encontra em poder de uma sociedade que o manipula a seu bel-prazer O consumidor não é soberano, como a indústria cultural queria fazer crer; não é o seu sujeito, mas o seu objeto (Adorno, 1967) A influência da indústria cultural, em todas as suas manifestações, leva a alterar a própria individualidade do consumidor, que é como o prisioneiro que cede à tortura e acaba por confessar mesmo aquilo que não fez.
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Conclusões A Indústria Cultural impede a formação de indivíduos autônomos, independentes, capazes de julgar e de decidir conscientemente. As idéias da classe dominante, em particular da classe burguesa, apresentam-se como representações definitivas e legítimas, silenciando as contradições sociais e econômicas, produzindo uma universalidade abstrata que tem por função acomodar os indivíduos frente ao existente e à realidade instituída.
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Cultura como mercadoria
Todo este processo reproduz os interesses da classe dominante. A indústria cultural produz uma padronização e manipulação da cultura, reproduzindo a dinâmica de qualquer outra indústria capitalista, a busca do lucro, mas também reproduzindo as idéias que servem para sua própria perpetuação e legitimação e, por extensão, a sociedade capitalista como um todo.
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