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2ª geração modernista (1930-1945)
Prosa
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Neo Realismo Regionalista Nordestino
Geração de 30 Visão crítica das relações sociais Rudeza Análise Psicológica José Américo de Almeida: A Bagaceira (1928) Raquel de Queirós: O Quinze (1930) Jorge Amado: Jubiabá (1935) José Lins do Rego: Fogo Morto (1943)
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Graciliano Ramos ( )
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Vidas Secas (1938)
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“Estrutura desmontável”: 13 capítulos-contos
Narrador: 3ª pessoa onisciente (foco narrativo multisseletivo) Estilo seco: frases curtas, pouca adjetivação Mutismo das personagens: complexidade psicológica apresentada pelo Discurso Indireto Livre
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Discurso Indireto Livre
1) Sem verbo de dizer 2) Sem conjunção integrante (que, se) 3) Referências de tempo/espaço: Narrador “Fabiano estirou o beiço e enrugou mais a testa suada: impossível compreender a intenção da mulher. Não atinava. Um bicho tão pequeno! Achou a coisa obscura e desistiu de aprofundá-la. Entrou em casa, trouxe o aió, preparou um cigarro. Bateu com o fuzil na pedra, chupou uma tragada longa. Espiou os quatro cantos, ficou alguns minutos voltados para o norte, coçando o queixo. _ Chi! Que fim de mundo!”
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Fortes traços de humanidade
Animalização + Fortes traços de humanidade (Sonhos) (Valores morais) (Admiração pela educação)
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I - Mudança Fuga pelo rio seco Chegada à fazenda seca Esperança
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Iam-se amodorrando e foram despertados por Baleia, que trazia nos dentes um preá. Levantaram-se todos gritando. O menino mais velho esfregou as pálpebras, afastando pedaços de sonho. Sinha Vitória beijava o focinho de Baleia, e como o focinho estava ensanguentado, lambia o sangue e tirava proveito daquilo.
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II – Fabiano Monólogo interior/fluxo de consciência Animalização: “Você é um bicho, Fabiano.” Reificação (homem-coisa): “um traste”
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“Entristeceu. Considerar-se plantado em terra alheia. Engano
“Entristeceu. Considerar-se plantado em terra alheia! Engano. A sina dele era correr mundo, andar para cima e para baixo, à toa, como judeu errante. Um vagabundo empurrado pela seca. Achava-se ali de passagem, era hóspede. Sim senhor, hóspede que demorava demais, tomava amizade à casa, ao curral, ao chiqueiro das cabras, ao juazeiro que os tinha abrigado uma noite” (...) “Fabiano dava-se bem com a ignorância. Tinha o direito de saber? Tinha? Não tinha.”
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III – Cadeia Soldado Amarelo: opressor Desejo de entendimento Explosão: grito na cadeia
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Então mete-se um homem na cadeia porque ele não sabe falar direito. (
Então mete-se um homem na cadeia porque ele não sabe falar direito? (...) Tinha culpa de ser bruto? Quem tinha culpa? Se lhe tivessem dado ensino, encontraria meio de entendê-la. Impossível, só sabia lidar com bichos.
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IV – Sinha Vitória Sonho: cama com lastro de couro (Símbolo do fim do nomadismo) “Tudo ali era estável, seguro. Comiam, engordavam (...). Só faltava uma cama. Era o que aperreava Sinha Vitória. Como já não se estazava em serviços pesados, gastava um pedaço da noite parafusando. E o costume de encafuar-se ao escurecer não estava certo, que ninguém é galinha.”
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V – O Menino Mais Novo Sonho: ser vaqueiro como o pai Perpetuação das condições sociais
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Pôs-se a berrar, imitando cabras, chamando o irmão e a cachorra
(...) E precisava crescer, ficar tão grande como Fabiano, matar cabras a mão de pilão, trazer uma faca de ponta à cintura. Ia crescer, espichar-se numa cama de varas, fumar cigarros de palha, calçar sapatos de couro cru.
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VI – O Menino Mais Velho Curiosidade: o que é inferno? Desejo de linguagem
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Tinha o vocabulário quase tão minguado como o do papagaio que morrera no tempo da seca. Valia-se, pois de exclamações e de gestos, e Baleia respondia com o rabo, com a língua, com movimentos fáceis de entender.(...)”
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VII – Inverno Frio e enchente Foco multisseletivo
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VIII – Festa Representação social: paletós, sapatos Meninos: alargamento de mundo/sede de nomeação Embriaguez
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Provavelmente aquelas coisas tinham nomes
Provavelmente aquelas coisas tinham nomes. O menino mais novo interrogou-o com os olhos. Sim, com certeza as preciosidades que se exibiam nos altares da igreja e nas prateleiras das lojas tinham nomes. Puseram-se a discutir a questão intrincada. Como podiam os homens guardar tantas palavras?
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IX – Baleia Hidrofobia Mundo cheio de preás Tristeza: assassinar um membro da família
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“Defronte do carro de bois faltou-lhe a perna traseira
“Defronte do carro de bois faltou-lhe a perna traseira. E, perdendo muito sangue, andou como gente, em dois pés, arrastando com dificuldade a parte posterior do corpo. Quis recuar e esconder-se debaixo do carro, mas teve medo da roda.”
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X – Contas Primitivismo no raciocínio Submissão Episódio do fiscal da prefeitura Admiração por Sinha Vitória “Bem, bem. Não era preciso barulho não. Se havia dito palavra à-toa, pedia desculpa. Era bruto, não fora ensinado”.
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XI – O soldado amarelo Anti-clímax Submissão
Aparentemente resignado, sentia um ódio imenso a qualquer coisa que era ao mesmo tempo a campina seca, o patrão, os soldados e os agentes da prefeitura. Tudo na verdade era contra ele. Estava acostumado, tinha a casca muito grossa, mas às vezes se arreliava. Não havia paciência que suportasse tanta coisa.
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XII – O mundo coberto de penas
Previsão de seca Esperteza de Sinha Vitória
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XIII – Fuga Tristeza Esperança “Mudar-se iam depois para uma cidade, e os meninos frequentariam escolas, seriam diferentes deles (...) Os meninos em escolas, aprendendo coisas difíceis e necessárias”
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I - Mudança Fuga pelo rio seco
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II – Fabiano Monólogo interior Animalização: “Você é um bicho, Fabiano.”
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“Entristeceu. Considerar-se plantado em terra alheia. Engano
“Entristeceu. Considerar-se plantado em terra alheia! Engano. A sina dele era correr mundo, andar para cima e para baixo, à toa, como judeu errante. Um vagabundo empurrado pela seca. Achava-se ali de passagem, era hóspede. Sim senhor, hóspede que demorava demais, tomava amizade à casa, ao curral, ao chiqueiro das cabras, ao juazeiro que os tinha abrigado uma noite” (...) “Fabiano dava-se bem com a ignorância. Tinha o direito de saber? Tinha? Não tinha.”
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III – Cadeia Soldado Amarelo: opressor Desejo de entendimento Explosão: grito na cadeia
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IV – Sinha Vitória Sonho: cama com lastro de couro (Símbolo do fim do nomadismo) “Tudo ali era estável, seguro. Comiam, engordavam (...). Só faltava uma cama. Era o que aperreava Sinha Vitória. Como já não se estazava em serviços pesados, gastava um pedaço da noite parafusando. E o costume de encafuar-se ao escurecer não estava certo, que ninguém é galinha.”
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V – O Menino Mais Novo Sonho: ser vaqueiro como o pai Perpetuação das condições sociais
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VI – O Menino Mais Velho Curiosidade: o que é inferno? Desejo de linguagem
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VII – Inverno Frio e enchente Foco multisseletivo
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VIII – Festa Natal na cidade Meninos: alargamento de mundo/sede de nomeação Embriaguez
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IX – Baleia Personificação
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“Defronte do carro de bois faltou-lhe a perna traseira
“Defronte do carro de bois faltou-lhe a perna traseira. E, perdendo muito sangue, andou como gente, em dois pés, arrastando com dificuldade a parte posterior do corpo. Quis recuar e esconder-se debaixo do carro, mas teve medo da roda.”
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X – Contas Exploração do patrão: “juros” Episódio do fiscal da prefeitura
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XI – O soldado amarelo Anti-clímax Submissão
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XII – O mundo coberto de penas
Previsão de seca Esperteza de Sinha Vitória
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XIII – Fuga Tristeza Esperança “Mudar-se iam depois para uma cidade, e os meninos freqüentariam escolas, seriam diferentes deles (...) Os meninos em escolas, aprendendo coisas difíceis e necessárias”
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(FUVEST) Um escritor classificou Vidas secas como “romance desmontável”, tendo em vista sua composição descontínua, feita de episódios relativamente independentes e sequências parcialmente truncadas. Essas características da composição do livro
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a) constituem um traço de estilo típico dos romances de Graciliano Ramos e do Regionalismo nordestino. b) indicam que ele pertence à fase inicial de Graciliano Ramos, quando este ainda seguia os ditames do primeiro momento do Modernismo. c) diminuem o seu alcance expressivo, na medida em que dificultam uma visão adequada da realidade sertaneja. d) revelam, nele, a influência da prosa seca e lacônica de Euclides da Cunha, em Os sertões. e) relacionam-se à visão limitada e fragmentária que as próprias personagens têm do mundo.
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