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1-De acordo com Descartes:
“a razão (...) “é naturalmente igual em todos os homens; e, destarte, que a diversidade de nossas opiniões não provém do fato de serem uns mais racionais do que outros, mas somente de conduzirmos nossos pensamentos por vias diversas e não considerarmos as mesmas coisas. Pois não é suficiente ter o espírito bom, o principal é aplicá-lo bem.” DESCARTES. Discurso do Método, para bem conduzir a própria razão e procurar a verdade nas ciências. São Paulo: Nova Cultural, 1987, p.29. Com relação ao fragmento acima, responda. Quais são as vias diversas, que prejudicam a boa aplicação da razão?
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As vias diversas que prejudicam a boa aplicação da razão e a como conduzimos nossos pensamentos, pois não é suficiente ter o espírito bom, o principal é aplicá-lo bem.
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2-Descartes afirmou no Discurso do método que a boa condução da razão na pesquisa da verdade das coisas deve ser feita em poucas regras. Sendo assim, o primeiro dos quatro preceitos básicos do seu método diz o seguinte: jamais acolha alguma coisa como verdadeira que não conheça evidentemente como tal. A aplicação desta primeira regra evita dois graves defeitos. Responda: quais são e como se caracterizam os dois defeitos a que se referem Descartes?
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Os dois graves defeitos apontados no Discurso do método são: primeiro jamais confiar nos sentidos e o segundo que antes de atestar qualquer coisa como verdadeira é necessário atestar todas evidencias possíveis. Pois o que caracteriza o real conhecimento é o pensamento.
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3-No escrito publicado postumamente, Regras para a orientação do espírito, Descartes fez o seguinte comentário: .Mas, toda vez que dois homens formulam sobre a mesma coisa juízos contrários, é certo que um ou outro, pelo menos, esteja enganado. Nenhum dos dois parece mesmo ter ciência, pois, se as razões de um homem fossem certas e evidentes, ele as poderia expor ao outro de maneira que acabasse por lhe convencer o entendimento. DESCARTES, René. Regras para a orientação do espírito. Trad. de Maria Ermantina Galvão. São Paulo: Martins Fontes, 1999, p Para alcançar a verdade das coisas, isto é, o conhecimento certo e evidente, é necessário um método composto de regras muito simples que evitem os enganos e as opiniões prováveis. Segundo Descartes, somente duas ciências podem auxiliar na fundamentação do método para a investigação da verdade, são elas:
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D) aritmética e geometria.
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4-“Tomemos [...] este pedaço de cera que acaba de ser tirado da colméia: ele não perdeu ainda a doçura do mel que continha, retém ainda algo do odor das flores de que foi recolhido; sua cor, sua figura, sua grandeza, são patentes; é duro, é frio, tocamo-lo e, se nele batermos, produzirá algum som. Enfim, todas as coisas que podem distintamente fazer conhecer um corpo encontram-se neste. Mas eis que, enquanto falo, é aproximado do fogo: o que nele restava de sabor exala-se, o odor se esvai, sua cor se modifica, sua figura se altera, sua grandeza aumenta, ele torna-se líquido, esquenta-se, mal o podemos tocar e, embora nele batamos, nenhum som produzirá. A mesma cera permanece após essa modificação? Cumpre confessar que permanece: e ninguém o pode negar. O que é, pois, que se conhecia deste pedaço de cera com tanta distinção? Certamente não pode ser nada de tudo o que notei nela por intermédio dos sentidos, visto que todas as coisas que se apresentavam ao paladar, ao olfato, ou à visão, ou ao tato, ou à audição, encontravam-se mudadas e, no entanto, a mesma cera permanece.” (DESCARTES, René. Meditações. Trad. De Jacó Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Nova Cultural, p. 272.) Com base no texto, é correto afirmar que para Descartes:
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c) A variação no modo como os corpos se apresentam aos sentidos revela que o conhecimento destes excede o conhecimento sensitivo.
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5-“E quando considero que duvido, isto é, que sou uma coisa incompleta e dependente, a idéia de um ser completo e independente, ou seja, de Deus, apresenta-se a meu espírito com igual distinção e clareza; e do simples fato de que essa idéia se encontra em mim, ou que sou ou existo, eu que possuo esta idéia, concluo tão evidentemente a existência de Deus e que a minha depende inteiramente dele em todos os momentos da minha vida, que não penso que o espírito humano possa conhecer algo com maior evidência e certeza”. (DESCARTES, René. Meditações. Trad. de Jacó Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Nova Cultural, p ) Com base no texto, é correto afirmar:
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b) A ideia da existência de Deus, como um ser completo e independente, é uma consequência dos limites do espírito humano.
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