Extração de fitólitos, testando métodos através de experimentações - Grande área: Botânica -Área de conhecimento: Ciências Humanas e História Gilson Laone.

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1 Extração de fitólitos, testando métodos através de experimentações - Grande área: Botânica -Área de conhecimento: Ciências Humanas e História Gilson Laone Pereira¹ – bolsista estagiário do Grupep - Arqueologia - PUIC Deisi Scunderlick Eloy de Farias ² Curso de História - Unisul de Tubarão Introdução Fitólitos são partículas de sílica produzidas pelas plantas a partir de rejeitos metabólicos que se acumulam em várias partes de sua estrutura. Eles podem ser preservados no solo devido à decomposição, ou queima, de plantas usadas ou descartadas no local. Sua estrutura é diagnóstica de várias plantas, ou grupos de plantas (Piperno, 1988) A análise de fitólitos, é uma linha de pesquisa que está sendo introduzida aos poucos, como fundamentação para as pesquisas arqueológicas realizadas no Brasil, esta análise para arqueologia possui um universo amostral bastante amplo (sedimentos, cerâmicas, rochas), por isso há uma série de metodologias para a extração ( Piperno, 1988; Pearsall, 2000) o que acaba muitas vezes dificultando o processo. Mais ainda, alguns métodos são extremamente complexos, exigem a utilização de compostos químicos de acesso mais restrito, o que encarasse o método e requer a adoção de procedimentos e estrutura laboratorial adequados para a manipulação destes compostos. Objetivos Contribuir para o desenvolvimento das pesquisas Arqueológica, propondo um modelo metodológico de extração, através de teste de diferentes protocolos elaborados no projeto, tentando identificar o melhor método de extração para cada necessidade de pesquisa, tentando: Metodologia Fitólitos são feitos de sílica, ou seja, são ácidos por natureza e por isso, muito resistentes à oxidação. Os métodos de extração exigem diferentes procedimentos, dependendo do tipo de amostra analisada. Os mais comuns são o método úmido ou seco, ou ainda o método que combina os dois tipos de oxidação são geralmente utilizados: 1)Método úmido de oxidação é em geral bastante complexo, devido aos fortes agentes oxidantes (peróxido de hidrogênio, ácido nítrico ou ácido crômico) utilizados para remover os componentes orgânicos. 2) Método seco de oxidação, os processos são mais simples e menos arriscados, pois apenas mantém-se a amostra no forno “muffel” à 500º C graus celsius. Entretanto este método não pode ser aplicado em qualquer tipo de amostra, pois o produto final muitas vezes apresenta certa contaminação pela presença de matéria orgânica residual, o que inutiliza a amostra (Pearsall, 2000). Com base nestes dois métodos, procurou-se no trabalho, apartir dos resultados, testar diferentes métodos através de experimentações Resultados Os resultados foram satisfatórios, pois o objetivo inicial era testar métodos de extração já existentes, bem como tentar aprimorá-los para tentar elaborar métodos mais simples, com processos menos complexos, o que foi alcançado, onde alguns métodos desenvolvidos, podem ser aplicados, com devidas modificações, em diferentes amostras, facilitando a pesquisa, pois as vezes será necessário apenas o aumento ou a diminuição das dosagens; bem como ir ou não, ao forno, como em amostras vegetais e amostras de sedimentos que não vão ao forno, entre outras. Estas simples modificações podem representar a utilização do mesmo método em diferentes tipos de materiais. A eficácia dos processos de extração de fitólitos, dependem de um bom método, e este pode se adequar conforme a necessidade de cada pesquisa, sendo o material determinante da metodologia. As fotos demonstram a diversidade morfológica dos fitólitos, sendo altamente diagnosticáveis Conclusões Os dados apresentados, mostram a importância dos estudos de micro vestígios como os fitólitos, pois sua caracterização é muito ampla e diagnóstica, sendo assim uma peça fundamental para a reconstrução de contextos em sítios arqueológicos, que podem ser determinantes na pesquisa, como a identificação de fitólito em tártaro dentário, que pela quantificação tende a comprovar o tipo de alimentação utilizado por determinados grupos humanos, e sendo cruzado com dados etnográficos, podem comprovar determinadas interpretações. Como na utilização da cerâmica entre os grupos, onde fitólitos encontrados em fragmentos cerâmicos, podem determinar o que e para que, estava sendo utilizado o pote, sendo esta determinação evidenciada no presente trabalho. Bibliografia -PEARSALL, D.M. 2000. Paleoethnobotany: A Handbook of Procedures. Segunda Edição. Academic Press, San Diego. PIPERNO, D.R. 1988. Phytolith Analysis: An Archaeological and Geological Perspective. Academic Press, San Diego. FREITAS, Fábio de Oliveira. Uso de Grãos de amido na identificação e Análise de Materiais Arqueológicos Vegetais. Boletim de Pesquisa e desenvolvimento 23, Embrapa, Brasília, DF, 2002. - GASPAR, M.D.; BUARQUE, A.; CORDEIRO, J.; ESCÓRCIO, E. Tratamento dos Mortos entre os sambaquieiros, Tupinambá e Goitacá que ocuparam a Região dos Lagos, Estado do Rio de Janeiro. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 17: 169-189, 2007. - WESOLOWSKI, V.; MENDONÇA DE SOUZA, S.M.F.; KARL REINHARD, K.; CECCANTINI, G. Grânulos de amido e fitólitos em cálculos dentários humanos: contribuição ao estudo do modo de vida e subsistência de grupos sambaquianos do litoral sul do Brasil. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 17: 191-210, 2007. Apoio Financeiro: Unisul milho Plumeria Lancifolia Casca de pinhão Folha de erva-mate Batata doce Mandioca Folha de milho Plumeria Lancifolia Batata cará( Dioscorea sp) Batata doce Erva mate Goiaba Moranga Canela preta Caeté Pinhão DIFERENTES FORMATOS COMPROVAM A GRANDE DIVERSIDADE, E O POTENCIAL DIGNÓSTICO