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Auto da Barca do Inferno Teatro de Gil Vicente Ilustração da edição original do Auto da Barca do Inferno - 1517.

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1 Auto da Barca do Inferno Teatro de Gil Vicente Ilustração da edição original do Auto da Barca do Inferno - 1517

2 Gil Vicente (1465 – 1536)

3 Pouco se sabe sobre a vida de Gil Vicente. Pensa-se que terá nascido por volta de 1465, em Guimarães ou algures na Beira. Duas vezes casado, teve cinco filhos, dos quais os mais conhecidos são Paula Vicente, que deixou fama de uma mulher invulgarmente culta, e Luís Vicente, que organizou a primeira Compilação das obras de seu pai.

4 Em documentos da época há referência a um Gil Vicente, ourives, a quem é atribuída a famosa Custódia de Belém (1506), obra-prima da ourivesaria portuguesa do século XVI, e a um Gil Vicente que foi "mestre da balança" da Casa da Moeda. Alguns autores defendem que o dramaturgo, o ourives e o mestre de balança seriam a mesma pessoa, mas até hoje não foi possível provar isso de forma incontestável, embora a identificação do dramaturgo com o ourives seja mais credível, dada a abundância de termos técnicos de ourivesaria nos seus autos.

5 Ao longo de mais de três décadas, o nosso Gil Vicente foi um dos principais animadores dos serões da corte, escrevendo, encenando e até representando mais de quarenta autos. O primeiro, o Monólogo do Vaqueiro (Auto da Visitação), data de 1502 e foi escrito e representado pelo próprio Gil Vicente na câmara da rainha, para comemorar o nascimento do príncipe D. João, futuro D. João III.

6 É considerado um autor de transição entre a Idade Média e o Renascimento. De fato, a estrutura das suas peças e muitos dos temas tratados são desenvolvimentos do teatro medieval.

7 Não é fácil estabelecer uma classificação das peças escritas por Gil Vicente. Ele próprio dividiu-as em três grupos: obras de devoção, farsas e comédias. Na sua Compilação, Luís Vicente acrescentou-lhe um quarto gênero, a tragicomédia. Estudiosos recentes preferem considerar os seguintes tipos: autos de moralidade, autos cavaleirescos e pastoris, farsas, alegorias de temas profanos. No entanto, é preciso ter em conta que, por vezes, na mesma peça encontramos elementos característicos de vários desses tipos.

8 A dimensão e a riqueza da sua obra constituem um retrato vivo da sociedade portuguesa, nas primeiras décadas do século XVI, onde estão presentes todas as classes sociais, com os seus traços específicos e os seus vícios, bem como muitos dos problemas que preocupavam os homens do seu tempo. Também no aspecto linguístico o valor documental da sua obra é inestimável. Constitui seguramente a melhor fonte de informação de que dispomos sobre os falares do início do século XVI.

9 Definição de auto: designação genérica para peças cuja finalidade é tanto divertir quanto instruir; seus temas, podendo ser religiosos ou profanos, sérios ou cômicos, devem, no entanto, guardar um profundo sentido moralizador.

10 O teatro vicentino não foi escrito em prosa, mas em versos. Por isso é poético. Adotava, predominantemente, o verso redondilho (maior ou menor), de origem popular e medieval. Possui muitas ressonâncias no Brasil, dentre os quais se destacam as peças didáticas de José de Anchieta (segunda metade do século XVI), Morte e Vida Severina (1956), de João Cabral de Melo Neto, e o Auto da Compadecida (1959), de Ariano Suassuna.

11 Auto da Barca do Inferno A peça inicia-se num porto imaginário, onde se encontram as duas barcas, a Barca do Inferno, cuja tripulação é o Diabo e o seu Companheiro, e a Barca da Glória, tendo como tripulação um Anjo na proa. DiaboAnjo

12 Teatro alegórico Variante do discurso irônico, define-se como enunciado de duplo sentido. Metáfora amplificada. O segundo sentido é sempre mais importante que o primeiro. Texto alegórico: conceitos religiosos ou ideológicos: o Diabo é barqueiro / encarnação do mal; Corregedor = corrupção / Juiz;

13 Frade = lascívia e o culto do prazer / padre dominicano; Na alegoria, a inversão constitui-se na essência da significação. Mediante um sentido ela diverte; mediante outro, ela moraliza.

14 Apresentam-se a julgamento as seguintes personagens: um Fidalgo, D. Anrique;Fidalgo um Onzeneiro (homem que vivia de emprestar dinheiro a juros muito elevados, um agiota);Onzeneiroagiota um Sapateiro de nome Joanantão, que parece ser abastado, talvez dono de oficina;Sapateiro Joane, um Parvo, tolo;Parvo um Frade cortesão, Frei Babriel, com a sua "dama" Florença;FradeFlorença

15 Brísida Vaz, uma alcoviteira (ou proxeneta);alcoviteira proxeneta um Judeu usurário chamado Semifará;Judeuusurário um Corregedor e um Procurador, altos funcionários da Justiça;CorregedorProcurador um Enforcado;Enforcado quatro Cavaleiros que morreram a combater pela fé.Cavaleiros

16 Cada personagem discute com o Diabo e com o Anjo para qual das barcas entrará.DiaboAnjo No final, só os Quatro Cavaleiros e o Parvo entram na Barca da Glória (embora este último permaneça toda a ação no cais, numa espécie de Purgatório), todos os outros rumam ao Inferno.Purgatório O Parvo fica no cais, o que nos transmite a idéia de que era uma pessoa bastante simples e humilde, mas que havia pecado. O principal objetivo pelo qual o fica no cais é para animar a cena e ajudar o Anjo a julgar as restantes personagens, é como que uma 2ª voz de Gil Vicente.


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