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Na alegre Vila de São João da Serra, tinha uma pracinha que parecia um ovo com um lado mais estreito apontando para o Morro do Tostão e ali naquele.

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3 Na alegre Vila de São João da Serra, tinha uma pracinha que parecia um ovo com um lado mais estreito apontando para o Morro do Tostão e ali naquele começo de subida Sá Nana tinha sua casa, era uma casa espaçosa e muito simples, porque tinha janelas, mas não tinha vidraças, tinha portas sem chaves, com tramelas.

4 Quando Sá Nana saia de casa, amarrava a porta com um barbante com um prego na ponta, que se encaixava em um buraco no portal, mais do que isso não era preciso, porque ladrões lá não havia; seus netos entravam e saiam a vontade, estivesse ela lá ou não, mas seus vizinhos e amigos também entravam.

5 Aquela pracinha era onde tudo acontecia, lá era onde os circos armavam suas tendas, fosse de cavalinhos ou de touradas e os visitantes ciganos de todos os anos também acampavam lá com suas barracas coloridas, suas alegres roupas de cores berrantes e seu linguajar estranho, eram ciganos tacheiros e cavaleiros.

6 Com a vizinhança forçada, Sá Nana achou melhor fazer amizade com quem ocupasse a praça e assim quando chegava um circo, ela oferecia água e até um cafezinho e o pessoal da trupe retribuía com um cartão permanente para todas as apresentações e não criavam nenhum problema, conviviam em paz até partirem.

7 Com os ciganos era um pouco diferente, porque as mulheres ciganas se acostumaram a pedir favores a Sá Nana; o mesmo bando vinha uma vez em cada ano e o chefe deles era um cigano enorme chamado Teodoro e sua esposa era Cristina, uma alegre e gorda cigana, que se tornou muito amiga de Sá Nana, se davam bem.

8 Os netos da velha senhora brincavam com as crianças ciganas e tinham passe livre nas barracas, onde os homens fabricavam tachos de cobre e negociavam cavalos, enquanto as mulheres tiravam a sorte das pessoas e cuidavam da comida e da limpeza das barracas; Lilá neta de Sá Nana estava sempre por lá.

9 Sá Cristina gostava de Lilá e uma tarde resolveu ler a sorte da menina e leu assim: olha menina, a sua linha da vida é enorme e você vai viver mais de cem anos, sempre com muita saúde do corpo e da cabeça, rica talvez não fique, mas também pode enriquecer de repente, mas você vai ter problemas com suas pernas.

10 Nessa época Lilá tinha doze anos, ela cresceu, namorou, se casou, criou um bando de filhos e sempre que se lembrava da cigana Cristina, ela ria e dizia: cigana mentirosa, minhas pernas estão ótimas e a vida passando, mas quando chegou aos oitenta anos, suas pernas começaram a doer e dar problemas.

11 Passa um ano, passa outro e Lilá viva e sentindo dores e inchaços nas pernas e isso era a única falha em sua saúde, até que a ficha caiu e ela disse: meu Deus, eu ria das premonições da cigana Cristina e não é que a danada acertou mesmo, estou muito idosa, não enriqueci, vendo saúde e só minhas pernas me aborrecem e pelo jeito vou chegar aos cem anos. Benza Deus.

12 CRÉDITOS TEXTO DE VÓ FIA FORMATADO POR VÓ FIA MÚSICA-EL CONDOR PASA TEXTO REGISTRADO NO EDA NEPOMUCENO MG

13 Agora são 13:46 e hoje é quinta-feira, 2 de junho de 2016. Somos a memória que temos e a responsabilidade que assumimos. Sem memória não existimos, sem responsabilidade talvez não mereçamos existir, {José Saramago}


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