AMÉRICA ESPANHOLA Profº Joubert C. Lisboa. A AMÉRICA HISPÂNICA.

Apresentação em tema: "AMÉRICA ESPANHOLA Profº Joubert C. Lisboa. A AMÉRICA HISPÂNICA."— Transcrição da apresentação:

1 AMÉRICA ESPANHOLA Profº Joubert C. Lisboa

2 A AMÉRICA HISPÂNICA

3 POR QUE A ESPANHA RESOLVEU ENFRENTAR OS PERIGOS DOS MARES E REALIZAR UMA EXPANSÃO MARÍTIMA?

4 1º) Os turcos conquistaram Constantinopla (1453) e bloquearam o comércio de especiarias realizado pelo mar Mediterrâneo, unindo os europeus na busca de um novo caminho até os fornecedores orientais.

5 2º) BUSCA POR NOVOS MERCADOS Consumidores para o artesanato e as manufaturas européias Fornecedores de matérias-primas

6 3º) FALTA DE METAIS PRECIOSOS Os metais preciosos europeus eram permanentemente enviados ao Oriente para a compra de especiarias e artigos de luxo. As minas de ouro e prata já não produziam quantidade suficiente de metais para a cunhagem de moedas. Para solucionar o problema da escassez de metais, os europeus precisavam descobrir novas jazidas em outras regiões.

7 Minas de ouro e prata na América do Sul

8 4º) INTERESSE DOS ESTADOS NACIONAIS A expansão comercial aumentaria os poderes do rei, manteria os privilégios da nobreza e elevaria os lucros da burguesia. Além disso, os Estados nacionais também deram total apoio à expansão marítima para poderem arrecadar novos impostos.

9 5º) PROPAGAÇÃO DA FÉ CRISTÃ Os participantes da expansão marítimo-comercial européia herdaram da Idade Média algo do entusiasmo cavaleiresco e do ideal das Cruzadas de propagar a fé cristã.

10 6º) PROGRESSO TECNOLÓGICO A expansão tornou-se possível graças ao desenvolvimento científico- tecnológico, que permitiu as navegações a grandes distâncias. Ilustram esse desenvolvimento: o uso do da bússola, do astrolábio e do quadrante, a invenção da caravela pelos portugueses, o aperfeiçoamento dos mapas geográficos e a aceitação da noção de que a Terra é redonda.

11 Bússola Quadrante marítimo Astrolábio Caravelas Mapas geográficos mais precisos

12 7º) ATRASO ESPANHOL  A Espanha se atrasou no processo de Expansão Marítima graças a sua Guerra de Reconquista.  No mesmo ano (1492) da expulsão definitiva dos muçulmanos do último território espanhol ainda ocupado (Granada), Colombo alcança a América.

13 “DESCOBRIMENTO DA AMÉRICA” Com três caravelas (Santa Maria, Pita e Nina) concedidas pelos reis espanhóis, Colombo e sua tripulação partiram do porto de Palos em 3 de agosto de 1492. Em 12 de outubro, chegaram à América, mas pensavam ter alcançado a Índia. Por isso, os habitantes da nova terra foram chamados de índios. Cristóvão Colombo

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15 Impacto da Conquista Na América, o contato entre europeus e indígenas teve profundo impacto para ambos. Representou, segundo o historiador Sérgio Buarque de Holanda: (...) “o confronto entre duas humanidades diversas, tão heterogêneas, (...) que não deixa de impor-se entre elas uma intolerância mortal”(...) Cortez fazendo contato com um indígena do Novo Mundo

16 Descoberta X Conquista Segundo o historiador Búlgaro Todorov: (...) “o encontro entre o Velho e o Novo Mundo, que a descoberta de Colombo tornou possível, é de um tipo muito particular: é uma guerra, uma conquista” (...)

17 CURIOSIDADE: Estima-se que viviam na América em torno de 100 milhões de nativos antes da chegada dos colonizadores. Variavam em suas características – antropófagos, seminômades e avançadas civilizações (Astecas, Maias e Incas).

18 GENOCÍDIO O encontro entre as duas culturas provocou um enorme genocídio. Segundo Todorov, uns 30 anos após a conquista do Novo Mundo a população nativa baixou para 10 milhões. Nessa mesma época Portugal e Espanha, juntos, não somavam 11 milhões de habitantes.

19 ASTECAS: Concentrados no atual território mexicano, de sociedade extremamente organizada, religião politeísta, praticavam sacrifícios humanos, possuíam medicina avançada e com famosos imperadores como Montezuma, os mesmos foram derrotados e dizimados pelo colonizador Fernando Cortez. (13 de agosto de 1521)

20 MAIAS: Atual sul do México, Guatemala, Honduras e El Salvador, os Maias se organizaram ao longo de 3000 anos. Os mesmos eram caracterizados por uma arquitetura avançada, domínio da matemática e da astronomia, já estando em decadência antes mesmo da chegada dos espanhóis.

21 INCAS: Incluía regiões desde o extremo norte como o Equador e o sul da Colômbia, todo o Peru e a Bolívia, até o noroeste da Argentina e o norte do Chile. Os Incas eram politeítas, sacrificavam humanos, possuíam calendário próprio, acreditavam na reencarnação, organizavam cobrança de tributos e praticavam o escambo. Foram derrotados por Francisco Pizarro em 16 de novembro de 1532.

22 A SOCIEDADE COLONIAL ESPANHOLA: CRIOLLOS CHAPETONES e CLERO MESTIÇOS ÍNDIOS e NEGROS: explorados como escravos ou “semi-escravos” (Mita ou Repartimiento – trabalho forçado nas minas/ Encomienda – trabalho servil nas haciendas ou plantations em troca da catequese) 58% 27,5% 13,5% 1%

23 A Administração Espanhola: As terras americanas eram consideradas propriedade dos reis espanhóis. No início, as terras foram entregues aos chefes conquistadores, os adelantados com amplos poderes como construir fortalezas, fundar cidades, evangelizar os índios e deter o poder jurídico e militar.

24 Com a descoberta das minas e ouro e prata, a Coroa Espanhola redefiniu a administração da América. As terras foram divididas em quatro vice-reinos: Nova Espanha, Nova Granada, Peru e Rio da Prata. Ao lado deles, criou quatro capitanias gerais: Cuba, Guatemala, Venezuela e Chile.

25 Órgãos administrativos sediados na Espanha: Conselho das Índias: funcionava como Supremo Tribunal de Justiça, nomeava os funcionários das colônias e regulamentava a administração da América; Casa da Contratação: Responsável pelo comércio colonial, combatendo o contrabando. Fiscalizava o recolhimento do quinto.

26 Órgãos administrativos sediados na América: A autoridade principal era o Vice-rei. Tinha tantos poderes que o rei criou as audiências para vigiá-lo. Eram tribunais que também tinham tarefas de administração e fiscalização. Haviam também os Cabildos, que constituíam- se nas câmaras municipais da povoação, onde só participavam homens ricos e de prestígio (criollos).

27 SE OS ÍNDIOS ERAM TÃO NUMEROSOS POR QUE ELES FORAM DIZIMADOS TÃO RAPIDAMENTE?

28 “A espada, a cruz e a fome foram dizimando a família selvagem.” Pablo Neruda (1904-1973) – Poeta Chileno

29 1º) Superioridade Bélica: Com armas de fogo, os conquistadores evitavam combate corpo a corpo. Além disso, a explosão provocada por essas armas, desconhecidas dos povos indígenas, causava-lhes enorme susto.

30 2º) Uso do aço: As armas feitas de aço, por serem resistentes, davam aos conquistadores mais recursos de luta. Já as principais armas empregadas pelos indígenas eram arcos, flechas envenenadas, pedras, lanças, machados e atiradeiras de pedra.

31 3º) Cavalo: Os indígenas desconheciam e temiam os cavalos, que permitiam aos espanhóis grande mobilidade durante os combates. No princípio da conquista, os indígenas supunham que cavaleiro e cavalo fossem uma única criatura.

32 4º) Crenças religiosas: Os indígenas acreditavam estar sendo castigados por deuses e por isso combatê-los era uma tarefa quase divina. Como superar seu deus numa batalha?

33 5º) Doenças contagiosas: Doenças contagiosas como sarampo, coqueluche, tifo, varíola, malária e gripe. Nem sempre transmitidas de forma deliberada pelos europeus, eram, em geral, letais para os indígenas, que não tinham resistência imunológica contra elas. Espalhando-se rapidamente, provocavam epidemias, matando milhares deles.

34 6º) Imposição do catolicismo : De modo geral, religiosos e conquistadores associavam-se para dominar os povos indígenas. A ação evangelizadora católica centrou-se na catequese, no batismo das crianças, em sua educação cristã e na conversão dos líderes indígenas. Para tornar mais eficientes seus esforços de conversão junto aos indígenas, os jesuítas criaram aldeamentos (ou missões).

35 VANTAGENS ESPANHOLAS Lucros expressivos com a conquista e colonização dos indígenas. Deslocamento do eixo econômico do mar Mediterrâneo para o Atlântico. Tornou-se um dos países mais importantes do mundo ao lado de Portugal. Impulso de vários setores culturais e científicos.