Glécia Leolina Nutricionista Mestre em Alimentos, nutrição e saúde

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Apresentação em tema: "Glécia Leolina Nutricionista Mestre em Alimentos, nutrição e saúde"— Transcrição da apresentação:

1 Suplementos nutricionais para força: Whey protein, BCAA, creatina para o anabolismo
Glécia Leolina Nutricionista Mestre em Alimentos, nutrição e saúde Especialista em Nutrição esportiva Pós graduanda em Fitoterapia

2 RECOMENDAÇÕES DE CALORIAS E MACRONUTRIENTES DIETA PARA O ANABOLISMO
DEFINIÇÕES RECOMENDAÇÕES DE CALORIAS E MACRONUTRIENTES DIETA PARA O ANABOLISMO SUPLEMENTOS PARA O ANABOLISMO WHEY PROTEIN BCAA CREATINA Recomendações NOVOS SUPLEMENTOS PARA HIPERTROFIA

3 Força Está relacionada com o número de pontes
Capacidade do músculo de produzir tensão ao contrair-se Está relacionada com o número de pontes cruzadas de miosina que podem interagir com os filamentos de actina. é a capacidade da musculatura de produzir a aceleração ou a deformação de um corpo, mantê-lo imóvel ou frear seu deslocamento. Esportivo Ultra-estrutural Física PORTILHO et al, 2008 A tensão que um grupo muscular consegue exercer contra uma resistência em um esforço máximo. FOX et al, 1991

4 a resistência de força tem uma ligação com o tempo de execução, ou seja, a capacidade de desempenho prolongado de força. Já a Força máxima, está relacionada com a intensidade (maior força disponível em uma contração máxima voluntária), e a Força rápida com a velocidade (execução de movimento em uma velocidade máxima). Entre elas estão suas subdivisões que são basicamente diferenciadas quanto à predominância entre uma e outra de acordo com as variáveis citadas anteriormente que são: velocidade de execução, intensidade e tempo de duração dos estímulos. Essas variações são bem visíveis nos esportes, onde são exigidos movimentos e velocidades de execução diferentes.

5 Força e Hipertrofia muscular
Hipertrofia sarcoplasmática  caracterizada por um crescimento do sarcoplasma (substância semi-fluídica interfibrilar) e proteínas não contráteis que não contribuem diretamente para a melhora da força ; Hipertrofia miofibrilar  aumento da fibra muscular à medida que aumentam o número de miofibrilas e conseqüentemente mais actina e miosina. Aumenta a força muscular. Já o processo de síntese protéica pode permanecer estimulado por mais de 24 horas, sendo influenciado em grande parte pela disponibilidade de nutrientes. Dessa forma, para que a resposta adaptativa seja positiva, é necessário um tempo de recuperação adequado. maior concentração de proteína contrátil encontrada no interior das fibras musculares. (FLECK; KRAEMER, 1999). A hipertrofia tem como função básica aumentar a capacidade de gerar força. ZATSIORSKY, 1999

6 Síntese proteica muscular > degradação
Anabolismo Hipertrofia muscular Saldo de síntese de ptn Síntese proteica muscular > degradação RENNIE, TIPTON, 2000 Exercício, especialmente de força Efeito no metabolismo proteico muscular Crescimento muscular: Aumento da demanda proteica

7 Nutrição Genética Ativação do SNC Exercício físico HIPERTROFIA
Endócrinos Ambiente Nutrição

8 Metabolismo proteico Aminoácidos Lipídeos e carboidratos B6
Não contém Nitrogênio PTN: Estruturais Funcionais Transport Compostos de nitrogênio não proteico: creatina Uso dos grupos amina (NH2) Estruturais: tecido muscular Funcionais: enzimas, anticorpos Transportadora: albumina Sìntese por cho e lip com limitações: B6 Síntese de aa não essenciais Conforme necessidade da célula Excesso de N NH3 URÉIA GUYTON, 2012

9 Exercício e metabolismo proteico
Aumento do catabolismo Liberação de aa Recuperação de 4 a 8h Intensidade, duração Oxidação de BCAA Aumento na síntese proteica Aa viscerais e do músculo esquelético Sem o estímulo apropriado Necessidade de Ptn HIRSCHBRUSCH et al, 2002

10 Excesso de N excretado na urina
AUMENTO CONSUMO PROTEICO Treinamento inapropriado aa Lip aa CHO Treinamento apropriado aa músculos Excesso de N excretado na urina MARANGON, 2003

11 ESPORTES E ANABOLISMO AUMENTO CORPORAL DESEJÁVEL
MMA Fisiculturisco Levantamento de pesos Futebol americano AUMENTO CORPORAL INDESEJÁVEL Natação Atletismo Futebol Ciclismo

12 Aminoácidos Síntese proteica Proteínas
OLIVEIRA, 2015

13 Anabolismo x Catabolismo
ANABOLISMO (HIPERTROFIA) DESCANSO ALIMENTO TREINO Balanço calórico positivo Ingestão adequada de CHO Ingestão adequada de PTN Vitaminas Sono adequado Restrição calórica Pouco sono Restrição de CHO Defict de micronutrientes Oliveira, 2015

14 RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS RECOMENDAÇÕES DIÁRIAS CONSENSO SBME (2009)
CALORIAS 37 e 41kcal/kg  30 e 50kcal/kg CARBOIDRATO 60 a 70% 5 - 8g/kg/dia (Longa duração até 10g/kg/dia) (Intensos 7 e 8g/kg ou 30 a 60g Longos: durante exercício 0,7 e 1,5g/kg após, por 4h PROTEÍNA resistência 1,2 a 1,6g/kg Aumento de massa/ força 1,6 - 1,7g/kg/dia LIPÍDIOS 1g/kg/dia (30% VET) (10% sat.; 10%pol.; 10% ins.) 3.000 a 5.000kcal/dia SBME, 2009

15 Dieta para o anabolismo
DESJEJUM 1 caneca de café com leite desnatado líquido, ou 2 colheres de sopa de leite em pó desnatado + 1 sanduiche: 2 fatias de pão integral com 1 ponta de faca de creme de ricota + 4 claras de ovo mexidos com 1 gema + 2 fatias de queijo minas frescal ou ricota + ½ mamão papaia ou 1 ameixa fresca + 1 caps de Tribullus terrestris (500mg) + 1 caps de termogênico (cafeína, L carnitina, capsiate, citrus aruantium) COLAÇÃO 1 copo (300mL) de Vitamina de abacate (½ abacate + 200mL de leite desnatado + 2 colheres de sopa de farelo de aveia)+ 1 caps de óleo de cártamo (1000mg)

16 Dieta para o anabolismo
ALMOÇO Salada crua a vontade. Variar os tipos. Usar folhosos verde escuros diariamente. Acrescentar 1 colher de sopa de azeite de oliva + 1 colher de sobremesa de gergelim; 1 concha pequena de Feijão carioca ou 3 colheres de sopa de grão de bico ou feijão fradinho ou Lentilha ou Soja ou Ervilha; 1 colher de servir de arroz integral ou 1un pequena de batata doce cozida; 2 postas grandes de peixe assadas ou 2 pedaços médios de frango assado ou 2 filés de peito de frango grelhado, ou 1 bife grande bovino grelhado, ou 2 ovos cozidos; (carnes: assados ou grelhados). 1 fruta rica em vit C (laranja, tangerina, manga)  1 caps de ômega-3 (1000mg) 4gts (800UI) de vitamina D

17 ANTES DO TREINO: 1 banana da prata com 2 colheres de sopa de aveia em flocos + 1 caps de BCAA DEPOIS DO TREINO: 1 copo (300mL) de suco de melancia com 3un de biscoito integral 15g de whey protein diluído em água + Fórmula pós treino (HMB+ creatina+ L-glutamina) + 1 caps de BCAA JANTAR 2 ovos cozidos ou pochê (frito em água) ou 2 filés médios de peito de frango grelhado ou 1 bife bovino grande grelhado + 2 colheres de sopa de arroz integral + salada crua a vontade. Variar os tipos. Acrescentar 1 colher de sopa de azeite de oliva CEIA: 1 copo (300mL) de leite desnatado ou 1 copo (200mL) de iogurte desnatado torradas integrais coml 1 colher de sopa de creme de amendoim, sem açúcar + 1 caps de Ômega-3 (1000mg) + 1 caps de Óleo de cártamo (1000mg)

18 Proteínas Atletas e esportistas > necessidade
São necessárias na formação, no crescimento e no desenvolvimento de tecidos corporais e na formação de enzimas que regulam a produção e a geração de energia. (TIRAPEGUI e MENDES, 2005). > necessidade Atletas e esportistas Síntese protéica muscular Fornecimento de energia Sedentários 0,8 e 1,2g/kg Endurance 1,2 a 1,6g/kg Força 1,4 a 1,8g/kg as proteínas contribuem para o fornecimento de energia em exercícios de endurance, sendo, ainda, necessárias na síntese protéica muscular no pós-exercício. 2,4 g por quilograma de peso por dia já é capaz de induzir a queima do excesso de aminoácidos, em que níveis elevados de cetose, acidez e amônia podem levar, a longo prazo, a sobrecarga renal, desidratação e problemas cardiovasculares (POORTMANS & FRANCAUX, 2000). 2,4g/kg cetose sobrecarga renal, desidratação, problemas cardiovasculares (ENGELHARDT, NEUMANN, BERBALK, REUTER, 1998). (POORTMANS & FRANCAUX, 2000).

19 Suplemento alimentar O suplemento alimentar é um produto constituído de pelo menos um desses ingredientes: Vitaminas (A, C, complexo B, etc.) Minerais (Fe, Ca, K, Zn, etc.) Ervas e botânicos (ginseng, guaraná em pó), Aminoácidos (BCAA, arginina, ornitina, glutamina), Metabólitos (creatina, L- carnitina), Extratos (levedura de cerveja) Ver: Definição da Anvisa (APPLEGATE; GRIVETTI, 1997; PORTER,1995)

20 SUPLEMENTAÇÃO PARA HIPERTROFIA
PRESCRIÇÃO ALIMENTAÇÃO/ SUPLEMENTAÇÃO SEXO, IDADE, ESTADO DE SAÚDE (exames bioquímicos) COMPOSIÇÃO CORPORAL ATUAL Peso % de gordura TGO, TGP, FA, GTT/ ur, Cr, ac ur

21 SUPLEMENTAÇÃO PARA HIPERTROFIA
EXERCÍCIO INTENSIDADE DURAÇÃO FREQUENCIA SEMANAL HORÁRIO DOS TREINOS HORÁRIOS : TRABALHO ALIMENTAÇÃO SONO

22 RDC Nº. RDC n. 18/2010 – Anvisa Dispõe sobre alimentos para atletas.
Art. 8º Os suplementos protéicos para atletas devem atender aos seguintes requisitos: I - o produto pronto para consumo deve conter, no mínimo, 10 g de proteína na porção; II - o produto pronto para consumo deve conter, no mínimo, 50% do valor energético total proveniente das proteínas; III - este produto pode ser adicionado de vitaminas e minerais, conforme Regulamento Técnico específico sobre adição de nutrientes essenciais; IV - este produto não pode ser adicionado de fibras alimentares e de não nutrientes.

23 Proteínas (McARDLE, et. al., 2003). (POORTMANS & FRANCAUX, 2000).
Alimentação equilibrada pode contemplar as necessidades Suplementos proteicos pode ser usados > Recomendado não > MM e desempenho Associado a CHO após treino: Aumenta MM Deve estar de acordo a recomendação proteica e VET aa Lip aa CHO Importancia do descanso GIBALA et al, 2001 Sobrecarga de um aa pode interferir na absorção e metabolismo de outros. WILLIAMS, 2002 (McARDLE, et. al., 2003). (POORTMANS & FRANCAUX, 2000).

24 Indivíduos fisicamente ativos
Whey protein Idosos Indivíduos fisicamente ativos Porção aquosa do leite (fabricação do queijo): rápida absorção Alto valor nutricional, elevado teor de aa essenciais e peptídeos bioativos. Fonte mais concentrada em aminoácidos essenciais BCAA (leucina, isoleucina, valina) A liberação de hormônios anabólicos como a insulina. Leucina de fosforilação de proteínas que dão início à tradução do RNA mensageiro (RNAm) para a síntese proteica peptídeos bioativos, que atuam como agentes antimicrobianos, anti-hipertensivos, reguladores da função imune a manutenção ou o ganho de massa muscular esquelética, principalmente em pessoas idosas, contribui para uma melhor qualidade e prolongamento da vida. Pessoas fisicamente ativas e atletas necessitam de maior quantidade protéica que as estabelecidas para indivíduos sedentários. CARRILHO 2013

25 Whey protein Concentrado proteico do soro do leite (CPS): concentração de proteínas varia entre 25% e 89%. Há redução de lactose. Isolados do soro do leite (IPS), contendo entre 90% e 95% de proteína, com gordura e lactose em mínima proporção ou ausentes. Hidrolisados proteicos: CPS ou IPS podem ser Hidrolisadas. A hidrólise consiste na quebra das proteínas em peptídeos menores por processos químicos ou enzimáticos, o que torna a absorção mais fácil e completa pelo organismo. A rápida digestão e absorção intestinal proporciona elevação da concentração de aminoácidos no plasma, que, por sua vez, estimula a síntese proteica nos tecidos.

26 2013 Revisão Sistemática observou-se que todos os autores constataram que os indivíduos que ingeriram a whey protein, tiveram resultados satisfatórios (redução da gordura corporal, aumento da massa magra e força, aumento do glicogênio hepático e muscular). Nenhum dos trabalhos examinados relatou malefícios com a ingestão da whey protein. HIPÓTESE: aumento do número de unidades motoras recrutadas, à melhoria da sincronização e frequência de disparos das unidades motoras e a menor coativação dos músculos antagonistas, desencadeando maior produção de força.

27 Burke e colaboradores (2001) em seu estudo utilizaram a suplementação de Whey Protein juntamente com creatina. Para isso, contou com 36 homens que treinaram durante 6 semanas, divididos nos grupos Whey Protein, Whey Protein com Creatina e Placebo. A massa magra aumentou nos grupos Whey protein com Creatina e apenas whey protein, com a ressalva que o grupo Whey com Creatina apresentou um aumento maior. Os mesmos resultados foram obtidos na força máxima no exercício supino e no pico de torque isométrico durante a extensão de joelhos. Continuando o treino por mais 6 semanas, sem suplementação, os ganhos obtidos foram mantidos

28 Whey protein Lands et al, 2000 compararam o efeito de um suplemento à base de proteínas concentradas do soro (WPC) e da caseína (placebo) sobre o desempenho físico de adultos jovens, medido por meio de teste isocinético em bicicletas. Administrando 20g/dia de WPC durante três meses, o grupo suplementado apresentou um aumento de 35,5% na concentração de glutationa. Além disso, os voluntários suplementados conseguiram gerar mais potência e maior quantidade de trabalho em testes de velocidade, sugerindo melhor rendimento. Sabe-se, ainda, que a glutationa é o principal agente antioxidante, o qual depende da concentração intracelular do aminoácido cisteína para ser sintetizado.

29 DIFERENTES FONTES DE PROTEÍNAS
Adaptado de: Pennings B. et al., Am J Clin Nutr. 2011; 93(5):

30 Dose ideal? 10 g de aminoácidos essenciais 3 a 4 g de leucina
Cerca de 20 a 25 g de proteína de alta qualidade Moore et al., 2009 Tipton KD et al., Appl Physiol Nutr Metab. 2009;34(2): Stark et al. Journal of the International Society of Sports Nutrition 2012, 9:54

31 ZMA Zinco, Magnésio e Vitamina B6
zinco é essencial para várias reações químicas do organismo e parte importante do sistema imunológico. Já o magnésio regula as funções do coração e transporta importantes nutrientes que contribuem com as funções musculares. A adição de vitamina B6 à fórmula do ZMA, contribui para a absorção do zinco e do magnésio, estando diretamente ligada ao metabolismo dos aminoácidos. Esta vitamina também apresenta efeito anticatabólico por estar ligada às reações que favorecem a quebra do glicogênio muscular, para então utilizar a glicose como fonte de energia, poupando assim o uso dos aminoácidos para este propósito.

32 Rotuagem Teor de sódio Quantidade de proteína e cho na porção
Apenas seis produtos de 20 analisados pela PROTESTE em 2014 traziam os valores corretos de proteína e carboidrato em seus rótulos. Geralmente com menor ptn e maior CHO (ASBRAN, 2014) Rotuagem Teor de sódio Quantidade de proteína e cho na porção Presença de gluten e lactose Dosagem de glutamina, BCAA, vitaminas e minerais

33 Concluindo... o uso de proteína do soro do leite ou a albumina da clara do ovo, deve estar de acordo com a ingestão proteica total. O consumo adicional desses suplementos proteicos acima das necessidades diárias (1,8g/kg/dia) não determina ganho de massa muscular adicional, nem promove aumento do desempenho. Ingestão proteica, após o exercício físico de hipertrofia, favorece o aumento de massa muscular, quando combinado com a ingestão de carboidratos, reduzindo a degradação proteica. A dose recomendada é de 10g de proteínas e 20g de carboidratos. Esse consumo deve estar de acordo com a ingestão proteica e calórica total. O aumento da massa muscular ocorre como consequência do treinamento, assim como a demanda proteica, não sendo o inverso verdadeiro. SBME, 2009

34 BCAA ACR apresentam potenciais efeitos terapêuticos, uma vez que esses aminoácidos podem atenuar a perda de massa magra durante a redução de massa corporal; favorecer o processo de cicatrização; melhorar o balanço proteico muscular em indivíduos idosos; e propiciar efeitos benéficos no tratamento de patologias hepáticas e renais. SHIMOMURA et al., 2006a; TOM, NAIR, 2006, TIRAPEGUI, 2008

35 BCAA e TREINO auxiliam na hipertrofia muscular;
possuem ação anticatabólica; poupam glicogênio; retardam a fadiga central; e melhoram o sistema imunológico; Alguns efeitos da suplementação com BCAAs têm sido sugeridos: A fadiga ou incapacidade de manter o rendimento durante exercício físico moderado e prolongado, tem sido tradicionalmente atribuída à inibições nos mecanismos de contração do músculo esquelético: a denominada fadiga periférica. Diversos trabalhos, recentemente, têm apontado que a fadiga durante o exercício de resistência pode ser atribuída à atividades serotonérgicas cerebrais (fadiga central), bem como o papel de alguns aminoácidos, principalmente os de cadeia ramificada e os aromáticos, cujos substratos para o metabolismo intermediário são precursores de neurotransmissores do cérebro. Há agora convincentes evidências de que a indução pelo exercício nas alterações da razão triptofano libre (Trpl) aminoácidos neutros (AAN) está associada com o aumento da concentração de serotonina cerebral e desenvolvimento da fadiga.

36 ATIVIDADE MOTORA PROLONGADA
BCAA Hipótese da fadiga central. concentração plasmática de AACR Triptofano livre no cérebro Serotonina Letargia, cansaço e sono ATIVIDADE MOTORA PROLONGADA concentração plasmática de AACR Catabolismo oferta de substratos energéticos Depleção de glicogênio Acúmulo de metabolitos: lactato e H+ prolongada o músculo capta AACR da corrente sangüínea para oxidá-los na geração de energia, logo a ingestão de AACR poderia resultar num aumento de performance por oferecer ao músculo substratos que diminuíssem a necessidade da quebra do glicogênio. Da mesma forma reduziria a degradação protéica durante o exercício e aumentaria o ganho de massa magra no repouso. A ingestão conjunta de AACR e carboidratos diminuiria a degradação muscular durante o exercício minimizando o catabolismo por aumento da oferta de substratos energéticos (ADAMS,1998). Sabe-se que a depleção de glicogênio muscular e hepático e o acúmulo de metabólitos (lactato e íons H+), entre outros fatores, estão diretamente ligados à fadiga, e, em conseqüência, ao prejuízo da “performance” Fadiga Blomstrand, 2006 GARCIA Jr.,2000 DOHM, 2000

37 Aumento das concentrações plasmática e muscular de amônia
Efeito prejudicial da suplementação com ACR Aumento das concentrações plasmática e muscular de amônia Fadiga Triptofano livre no cérebro Serotonina Depressão e ansiedade Blomstrand, 2006

38 METABOLISMO DOS AMINOÁCIDOS DE CADEIA RAMIFICADA
Nelson AR et al., Med Sci Sports Exerc Jan;44(1):57-68 Diferentemente de outros aminoácidos, que são oxidados primariamente no tecido hepático, o sistema enzimático mais ativo para a oxidação dos ACR está localizado no músculo esquelético. Apesar do fígado não poder diretamente catabolizar os ACR, o mesmo apresenta um sistema muito ativo para a degradação dos cetoácidos de cadeia ramificada oriundos dos correspondentes ACR A leucina exerce os seus efeitos em nível póstranscricional e mais comumente durante a fase de iniciação da tradução do RNA-mensageiro em proteína. O mecanismo pelo qual a leucina estimula a tradução de proteínas está relacionado ao fato do aumento da concentração intracelular desse aminoácido promover a ativação de uma proteína quinase denominada alvo da rapamicina em mamíferos (mammalian Target of Rapamycin - mTOR). O mTOR estimula a síntese protéica principalmente por meio de três proteínas regulatórias chaves: a proteína quinase ribossomal S6 de 70 kDA (p70S6k); a proteína 1 ligante do fator de iniciação eucariótico 4E (4E-BP1); e o fator de iniciação eucariótico 4G (eIF4G) (Figura 3) (Anthony et al., 2001; Anthony et al., 2000). ROGERO, TIRAPEGUI, 2008

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40 Concluiu-se que a suplementação de aminoácidos feita de forma assistida por um profissional especializado e seguindo horários e quantidades prescritas pode auxiliar na prática esportiva, desde que o treino seja feito de forma sistemática. CASTRO, 2007

41 Estudos têm demonstrado que os BCAA, principalmente a leucina, são altamente oxidados durante exercício prolongado. CROWE, et. al., 2006; OTHANI, et. al., 2006; NORTON; LAYMAN, 2006. Após seis semanas de suplementação com Leucina (45 mg/kg/dia) 13 canoístas (10 mulheres e 3 homens) apresentaram melhora no desempenho de longa duração e na potência de membros superiores. Entretanto, não houve elevação significativa do triptofano livre no plasma nem da relação deste com a concentração plasmática de BCAA, indicando que a melhora do desempenho não foi mediada por redução na fadiga central durante o exercício. CROWE, et. al., 2006; PORTILHO, 2008

42 2008 Este estudo tem por finalidade analisar o efeito do treinamento de hipertrofia com suplementação de aminoácido de cadeia ramificada (BCAA), na força máxima em músculos de membros superiores comparados em indivíduos do gênero masculino adultos. O grupo 1 (BCAA), ingeriu antes do treinamento 2 cápsulas, e após 30 minutos do treinamento 3 cápsulas, totalizando 1 porção de (6g) Observou-se, que não houve diferença significativa quando comparado à situação de pré e pós entre os grupos, tanto na circunferência de tórax, como na carga máxima, pode-se dizer que o BCAA, teve influência de melhora, mas não que pudesse ser significativa, com relação ao grupo que não realizou a ingestão de suplemento.

43 RDC Nº. RDC n. 18/2010 – Anvisa Dispõe sobre alimentos para atletas.
Art. 29. Os aminoácidos de cadeia ramificada ficam temporariamente dispensados da obrigatoriedade de registro, e podem ser comercializados, enquanto não contemplados em regulamentação específica, obedecidos os seguintes requisitos: I - cumprir os procedimentos previstos na Resolução n. 23 de 15 de março de 2000 e suas atualizações para produtos dispensados de registro; II - não ser indicados para atletas e não conter indicação de uso para atletas na designação, rotulagem e qualquer que seja o material promocional do produto; III - utilizar a designação Aminoácidos de Cadeia Ramificada;

44 Recomendação: A ingestão de 5 g de ACR previamente ao exercício físico pode reduzir a DMIT e a fadiga muscular por diversos dias pós exercício. 0,2 g/Kg  dor muscular de início tardio M.M. Rogero, J. Tirapegui, 2008

45 Concluindo... A ingestão de aminoácidos essenciais após o treino intenso, adicionados a soluções de carboidratos, determinaria maior recuperação do esforço seguido de aumento da massa muscular. Do consumo de aminoácidos isolados, apenas os essenciais apresentam alguma sustentação na literatura científica. Os efeitos da suplementação com BCAA no desempenho esportivo são discordantes e a maioria dos estudos realizados parece não mostrar benefícios, não sendo justificável seu consumo com finalidade ergogênica. Outro ponto que carece de confirmação científica é seu uso com objetivo de melhora do sistema imunológico após atividade física prolongada. SBME, 2009

46 Creatina Composto nitrogenado derivado do aminoácido glicina pode ser encontrado em alimentos de origem animal ou ser sintetizado no organismo pelos rins, fígado e pâncreas a partir dos aminoácidos glicina, arginina e metionina . A maior reserva está nos músculos esqueléticos (95%), tanto na forma livre como na forma de creatina-fosfato (CP). As reservas de CP se esgotam rapidamente durante o exercício, sendo responsáveis pelo declínio do desempenho, O composto creatina fosfato está no músculo servindo como um reservatório de fosfato de alta energia, assim conforme a reserva de ATP vai sendo hidrolizada a creatina quinase vai transferindo fosfatos das CPs para as moléculas de ADP, ressintetizando o ATP. Uma maior disponibilidade de creatina fosfato no músculo pode influenciar a geração de energia durante exercícios de alta intensidade e curta duração acelerando a ressíntese de ATP. (ENGELHARDT, NEUMANN, BERBALK, REUTER, 1998).

47 Sistema ATP-CP Energia por 15 a 20 segundos
Exercícios de alta intensidade e curta duração Reação simples, não depende de Oxigênio Principal substrato: CP = Creatina fosfato (está disponível nas células) CP + ADP + H⁺ = ATP + creatina Creatina quinase (CK)

48 Sistema ATP-CP

49 Creatina A suplementação de creatina tem sido amplamente estudada e há consenso entre os pesquisadores sobre sua capacidade em aumentar a massa muscular, força e a capacidade anaeróbica nos exercícios de alta intensidade (KELLY, JENKINS, 1998). O que pode ser resultado do aumento da síntese de proteínas miofibrilares (JUHN, TARNOPOLSKY,1998) e da hipertrofia das células musculares (GARCIA Jr, 2000). Já o aumento na capacidade anaeróbica está associado ao aumento de creatina fosfato muscular e, conseqüentemente, na produção de ATP que não pode ser estocado em quantidades excessivas no músculo (PEETERS, LANTZ, MAYHEW, 1999). Os requerimentos normais de Cr através de fontes endógenas e exógenas se aproximam de 2 gramas para repor a Cr catabolizada, a qual é excretada através dos rins como creatinina.

50 Creatina O principal efeito colateral evidente é a retenção hídrica e que os efeitos da suplementação crônica ainda não foram estudados de modo conclusivo. Segundo diversos estudos relataram alguns sintomas gastrointestinais como náuseas, vômitos e/ou diarreias com o uso de creatina. Riscos da desidratação ainda não serem comprovados, grande parte dos laboratórios de creatina aconselha uma maior ingestão de água. GARCIA Jr.,1999JUHN e TARNOPOLSKY,1998

51 CREATINA 20 a 30 g /dia – 5 a 7 dias 5 a 10 g / dia – 28 dias
Dose de manutenção Associação com CHO – 10%

52 Concluindo... Apontada como o suplemento nutricional de maior eficiência na melhora do desempenho em exercícios de alta intensidade e no aumento de massa muscular. Já seu uso como recurso ergogênico em atividades físicas prolongadas não encontra nenhum suporte na literatura científica. A melhora, ou não, do desempenho em exercícios com predominância aeróbia é pouco documentada. Embora com resultados ainda controversos, muitos estudos têm sugerido que a creatina teria efeito ergogênico em indivíduos nos quais se constata diminuição de aporte da creatina exógena alimentar. Somente para atletas competitivos de eventos de grande intensidade e curta duração, ou sejam, atividades nas quais predomina a utilização de fosfagênios, sempre em caráter excepcional, seu uso é permitido. Análise individual, caso a caso, de acordo com as necessidades analisadas. como os vegetarianos e os indivíduos idosos, sendo somente para estes casos específicos, após boa análise do profissional especializado, embora, ainda, com fraco grau de recomendação. Portanto, mesmo nesses casos, a recomendação é a de que em geral não se deve usar a suplementação de creatina, sendo seu uso aceito em raras ocasiões. Para os demais desportistas fica estabelecida a recomendação de nunca usar. SBME, 2009

53 RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA – RDC Nº
RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA – RDC Nº. Dispõe sobre alimentos para atletas. Art. 10. Os suplementos de creatina para atletas devem atender aos seguintes requisitos: I - o produto pronto para consumo deve conter de 1,5 a 3 g de creatina na porção; II - deve ser utilizada na formulação do produto creatina monoidratada com grau de pureza mínima de 99,9%. III - este produto pode ser adicionado de carboidratos; IV - este produto não pode ser adicionado de fibras alimentares. “O consumo de creatina acima de 3g ao dia pode ser prejudicial à saúde.” “Este produto não deve ser consumido por crianças, gestantes, idosos e portadores de enfermidades.”

54 Fontes de creatina

55 Vitaminas e Minerais Aumento de perdas? Aumento de necessidade?
Baixo grau de evidência científica FE, ZN, Ca, VIT C, VIT E

56 ß -hidroxi- ß -metilbutirato (HMB)
O uso tem sido cogitado como um potencial agente para o aumento da força e massa magra corporal. Seria uma ação anticatabólica. Porém ainda faltam estudos científicos que comprovem de maneira inequívoca a eficácia do suplemento nesta ação ergogênica, Para a população em geral, mesmo quando se trata de atletas de competição, não existe recomendação para o seu uso. a não ser em algumas situações específicas, como é o caso de populações de idosos que participam de programas de exercícios físicos visando o ganho de força muscular. 5-3g por dia durante 4-8 semanas REVISTA BRASILEIRA DE MEDICINA NO ESPORTE, 2009

57 Glutamina 0,05 a 0,2 g/kg A glutamina está envolvida na síntese de ácidos nucleicos, nucleotídeos, proteínas entre outros. Quando catalisada pela enzima glutaminase, a glutamina dissocia-se em íon amônio e glutamato. Por meio do glutamato, pode ocorrer a síntese de outros aminoácidos e de antioxidantes como a GSH, principal antioxidante celular não enzimático.

58 Conclusão A proteína só realizará sua função plástica na síntese proteica se as necessidades energéticas são adequadas em relação ao gasto energético diário, intensidade e duração do treinamento, caso contrário será utilizada como substrato energético, prejudicando alguma função estrutural do indivíduo. É importante à prescrição correta de suplementação. Não basta oferecer o estímulo de treinamento físico, também é necessário manter o organismo em situação metabólica favorável.

59

60 Obrigada glecia.meira@gmail.com
Glécia Leolina Nutrição clínica e esportiva Obrigada


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