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PublicouMilena Mirandela Marques Alterado mais de 8 anos atrás
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VANGUARDAS EUROPEIAS LITERATURA
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VANGUARDA EUROPÉIA Ao se iniciarem os anos de 1900, a Europa apresentava duas situações antagônicas, mas complementares: euforia exagerada diante do progresso industrial e dos avanços técnico-científicos (ex.: eletricidade) e as consequências desse avanço no processo burguês-industrial: uma disputa cada vez mais acirrada pelo domínio dos mercados fornecedores e consumidores, que resultaria na 1ª Guerra Mundial.
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VANGUARDA Vanguarda: do francês avant-garde, a palavra significa “o que marcha na frente” (termo militar). Artística ou politicamente, se chama de vanguardas aos grupos ou correntes que apresentam uma proposta e/ou uma prática inovadora. No campo das artes e das ideias, designa aqueles que estão à frente de seu tempo.
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AS VANGUARDAS EUROPEIAS O nascimento do mundo, de Salvador Dali
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VANGUARDAS EUROPEIAS 1.Impressionismo 2.(Ponthilismo) 3.Expressionismo 4.Cubismo 5.Futurismo 6.Abstracionismo 7.Dadaísmo 8.Surrealismo As vanguardas vão dar origem à Arte Moderna
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Impressionismo The Waterloo Bridge (1903), de Oscar-Claude Monet
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Impressionismo O almoço dos remadores (1874), de Pierre-Auguste Renoir
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Impressionismo L’Absinthe, de Edgar Degas (1876). Musée d'Orsay, Paris.
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Expressionismo Na literatura: linguagem fragmentada, elíptica, frases nominais; despreocupação quanto à organização do texto em estrofes, ao emprego de rimas ou à musicalidade; combate à fome, à inércia e aos valores do mundo burguês.
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Fragmento de poema expressionista (tradução): Soam ventoinhas em nuvens perdidas Os livros são bruxas. Povos desconexos. A alma reduz-se a mínimos complexos A arte está morta. As horas reduzidas. O meu tempo, de Wilkleim Klem
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Pontilhismo Domingo à tarde na ilha de La Grand Jatte, de Georges Seurat, 1884-1886 O palácio Papal, Avignon, de Georges Seurat, (1900)
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Expressionismo Cézanne tinha interesse na simplificação das formas naturais em seus essenciais geométricos; ele queria “tratar a natureza pelo cilindro, pela esfera, pelo cone”. A atenção concentrada com a qual ele registrava suas observações da natureza resultou em uma profunda exploração da visão binocular. Cézanne rompe com a perspectiva. Apples and oranges (1900), de Paul Cézanne
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Expressionismo Banhistas (1894), de Paul Cézanne
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Expressionismo O grito (1893), de Edward Munch.
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Expressionismo Utilizando cores irreais, dá forma plástica ao amor, ao ciúme, ao medo, à solidão, à miséria humana, à prostituição. Deforma- se a figura, para ressaltar o sentimento. Puberdade (1894), de Edward Munch.
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Campo de trigo com corvos (1890), de Vincent Van Gogh. Expressionismo
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O escolar (1888) Expressionismo
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Vaso com doze girassóis (1888)
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Cubismo La Guernica (1937), de Pablo Picasso
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Les Demoiselles d'Avignon (1907), de Pablo Picasso A mulher chorando (1937), de Pablo Picasso
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Cubismo Na literatura, os artistas cubistas preocuparam-se com a construção do texto e ressaltaram a disposição gráfica do poema. Com isso, os espaços em branco da folha de papel passaram a ter importância. Além disso, o cubismo caracterizou-se por apresentar uma linguagem bem humorada, cheia de inversões e elipses, na qual os substantivos são dispostos de forma aparentemente anárquica e o verbo, os adjetivos e a pontuação são desprezados.
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Cubismo O poeta francês Guillaume Apollinaire é o principal repre-sentante do Cubismo na literatura. Depois de sua morte, foi publicado Caligrammes, poèmes de la paix et de la guerre (1913- 1916), uma coletânea de poemas concretos produzidos durante a primeira guerra mundial.
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Il pleut des voix de femmes comme si elles étaient mortes même dans le souvenir C'est vous aussi qu'il pleut merveilleuses encontres de ma vie ô gouttelettes Et ces nuages cabrés se prennent à hennir tout un univers de villes auriculaires Écoute s'il pleut tandis que le regret et le dédain leurent une ancienne musique Ecoute tomber les liens qui te retiennent en haut et en bas Chove (Apollinaire) Chovem as vozes das mulheres como se elas estivessem mortas mesmo na lembrança É você também que chove gotículas de maravilhosos encontros de minha vida E essas nuvens turbulentas se põem a relinchar todo um universo de cidades auricular Escuta se chove enquanto pesar e desprezo Leurent uma música antiga Olhe para baixo as ligações que mantêm você subir e descer
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reconheça essa adorável pessoa é você sem o grande chapéu de palha olho nariz boca aqui o oval do seu rosto seu lindo pescoço um pouco mais abaixo é seu coração que bate aqui enfim a imperfeita imagem de seu busto adorado visto como se através de uma nuvem
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Cubismo Hípica (Oswald de Andrade) Saltos records Cavalos da Penha Correm jóqueis de Higienópolis Os magnatas As meninas E a orquestra toca Chá Na sala de cocktails poema de influência cubista com a presença de elementos como a fragmentação da realidade, a predominância de substantivos e flashes cinematográficos.
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Futurismo
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) Sua obra, profundamente revolucionária na forma e nas ideias que defendeu, apresenta-se coerente, original, veemente, una. A linguagem que emprega é a do dia a dia, sem nenhuma consideração pela divisão em temas e vocábulos “poéticos” e “não- poéticos”, a par de uma constante elaboração, que vai desde a invenção vocabular até o inusitado arrojo das rimas. Vladimir Maiakóvski (1893 – 1930
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Em lugar de uma carta Fumo de tabaco rói o ar. O quarto – um capítulo do inferno de Krutchônikh. Recorda – atrás desta janela pela primeira vez apertei tuas mãos, atonito. Hoje te sentas, no coração – aço. Um dia mais e me expulsarás, talvez, com zanga. No teu hall escuro longamente o braço, trêmulo, se recusa a entrar na manga. Sairei correndo, lançarei meu corpo à rua. Transtornado, tornado louco pelo desespero.
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Não o consintas, meu amor, meu bem, digamos até logo agora. De qualquer forma o meu amor – duro fardo por certo – pesará sobre ti onde quer que te encontres. Deixa que o fel da mágoa ressentida num último grito estronde. Quando um boi está morto de trabalho ele se vai e se deita na água fria. Afora o teu amor para mim não há mar, e a dor do teu amor nem a lágrima alivia.
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Quando o elefante cansado quer repouso ele jaz como um rei na areia ardente. Afora o teu amor para mim não há sol, e eu não sei onde estás e com quem. Se ela assim torturasse um poeta, ele trocaria sua amada por dinheiro e glória, mas a mim nenhum som me importa afora o som do teu nome que eu adoro. E não me lançarei no abismo, e não beberei veneno, e não poderei apertar na têmpora o gatilho. Afora o teu olhar nenhuma lâmina me atrai com seu brilho. Amanhã esquecerás que eu te pus num pedestal, que incendiei de amor uma alma livre, e os dias vãos – rodopiante carnaval – dispersarão as folhas dos meus livros...
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Acaso as folhas secas destes versos far-te-ão parar, respiração opressa? Deixa-me ao menos arrelvar numa última carícia teu passo que se apressa.
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Futurismo Trechos do Manifesto Futurista de 1912, O Manifesto Técnico da Literatura destruição da sintaxe, dispondo os substantivos ao acaso, como nascem; uso do o verbo no infinitivo, para que se adapte elasticamente ao substantivo e não o submeta ao eu do escritor, que observa ou imagina. O verbo no infinitivo pode, sozinho, dar o sentido da continuidade da vida e a elasticidade da intuição que a percebe; abolição do adjetivo para que o substantivo desnudo conserve a sua cor essencial. O adjetivo é incompatível com a nossa visão dinâmica, uma vez que supõe uma parada, uma meditação; abolição do advérbio, velha fivela que une as palavras umas às outras. O advérbio conserva a frase numa fastidiosa unidade de tom; a da pontuação, que será substituída por sinais da matemática (+, -, =, #, ˂, ˃ ) e pelos sinais musicais; destruição do eu psicológico.
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Ode triunfal (Fernando Pessoa) À dolorosa luz das grandes lâmpadas eléctricas da fábrica Tenho febre e escrevo. Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto, Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos. Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r-r eterno! Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria! Em fúria fora e dentro de mim, Por todos os meus nervos dissecados fora, Por todas as papilas fora de tudo com que eu sinto! Tenho os lábios secos, ó grandes ruídos modernos, De vos ouvir demasiadamente de perto, E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso De expressão de todas as minhas sensações, Com um excesso contemporâneo de vós, ó máquinas! [...] Ah, poder exprimir-me todo como um motor se exprime! Ser completo como uma máquina! Poder ir na vida triunfante como um automóvel último-modelo! Poder ao menos penetrar-me fisicamente de tudo isto, Rasgar-me todo, abrir-me completamente, tornar-me passento A todos os perfumes de óleos e calores e carvões Desta flora estupenda, negra, artificial e insaciável! ! [...]
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Manifesto Intervencionista, de Carlo Carrá,1914. Colagem sobre papelão. Encontra-se em milão.
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Mar dança, de Gino Severini
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Abstracionismo Composição VIII – 1923, de Wassily Kandinsky Composição VII
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Capricho – 1930 – Óleo sobre tela de Kandinsky Amarelo, vermelho, azul – Kandinsky
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Dadaísmo A técnica do ready-made consiste em transformar em obra de arte objetos do cotidiano, satirizando o mito mercantilista do capitalismo. Essa técnica deu origem à Arte Pop.
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Dadaísmo Na literatura: Agressividade; improvisação; desordem; rejeição a qualquer tipo de racionalização e equilíbrio; livre associação de palavras (técnica de escrita automática, que mais tarde seria aproveitada pelo Surrealismo); invenção de palavras com base na exploração apenas de sua sonoridade.
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Dadaísmo Roda de bicicleta Marcel Duchamp (1913)
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Dadaísmo
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La Gioconda con bigotes (1919)
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Dadaísmo “Receita" para se fazer um poema dadaísta segundo Tristan Tzara: Para fazer um poema dada Peque um jornal. Peque a tesoura. Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema. Recorte o artigo. Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam esse artigo e meta-as num saco. Agite suavemente. Tire em seguida cada pedaço um após o outro. Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do saco. O poema se parecerá com você. E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa, ainda que incompreendido do público.
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Dadaísmo Veja um exemplo de poema dessa proposta Die Schlacht (A batalha), de Ludwig Kassak Berr... bum, bumbum, bum... Ssi... Bum, papapa bum, bumm Zazzau... Dum, bum, bumbumbum Prä, prä, prä... Ra, hä-hä, aa... Harol...
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Surrealismo
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No Brasil, vários escritores foram influenciados pelas ideias surrealistas, tais como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Murilo Mendes e Jorge de Lima. No poema ao lado de Murilo Mendes, pode-se perceber algumas características do Surrealismo, como o ilogismo, o absurdo, as imagens surpreendentes, a atmosfera onírica. Pré-História Murilo Mendes Mamãe vestida de rendas Tocava piano no caos Uma noite abriu as asas Cansada de tanto som, Equilibrou-se no azul, De tonta não mais olhou Para mim, para ninguém! Cai no álbum de retratos. Surrealismo
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Referências: TUFANO, Douglas. Estudos de língua e literatura. 5. ed. Volume 3. São Paulo: Moderna, 1998. CEREJA, William Roberto; COCHAR, Thereza. Português: linguagens. São Paulo: Atual, 2003. TELES, Gilberto Mendonça. Vanguarda europeia e Modernismo brasileiro. 10 ed. Rio de Janeiro: Record, 1987. http//.www.google/search
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