A CONJUNTURA POLÍTICA E ECONÔMICA DA AMÉRICA DO SUL: IMPLICAÇÕES PARA A SEGURANÇA E DEFESA Prof. Alcides Costa Vaz 4º. Encontro Temático Núcleo de Estudos.

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1 A CONJUNTURA POLÍTICA E ECONÔMICA DA AMÉRICA DO SUL: IMPLICAÇÕES PARA A SEGURANÇA E DEFESA Prof. Alcides Costa Vaz 4º. Encontro Temático Núcleo de Estudos Prospectivos Centro de Estudos Estratégicos do Exército - CEEEX

2 Objetivo Analisar as principais tendências da conjuntura política e econômica da América do Sul e seus impactos na definição e consecução de interesses regionais e nacionais nos planos da segurança e da defesa.

3 Os condicionamentos políticos externos Os desígnios políticos e estratégicos das grandes potencias (EUA, Rússia e China); Os focos de tensões regionais; Os nexos entre guerras civis, terrorismo e migrações.

4 Os fatores econômicos Trajetórias díspares de recuperação econômica; Processo avançado de recuperação da economia mundial, mas com importantes elementos que inibem as perspectivas de crescimento robusto no curto prazo; Fatores não econômicos, dentre os quais as tensões geopolíticas,fomentam incertezas e ampliam risco de desaceleração continuada do crescimento da economia global nos próximos anos.

5 Implicações para a AS Crescimento da economia global ditado pelas economias emergentes; nenhuma das economias da região presente; América Latina desconectada da dinâmica de crescimento global e dos fluxos comerciais e de investimentos; Ásia-Pacífico como espaço referente para o estabelecimento de vínculos econômicos; Contraponto com as relações da região com parceiros econômicos tradicionais. Incentivos limitados ao comércio e aos investimentos intraregionais

6 Desempenho econômico da região continua influenciado significativamente por fatores externos; Desigualdade como marca, em que pesem os avanços alcançados quanto à redução da pobreza e aumento da renda na última década. Região confrontada com seu próprio isolamento e com a premência de restabelecer vínculos externos e consigo mesma a partir de grandes vulnerabilidades externas, ausência de liderança e crescente fragmentação política.

7 O cenário político sul-americano Crise de dimensões sobrepostas: distributiva, de representação e de legitimidade. Fim do ciclo da esquerda no poder: anseio por mudança no comando dos respectivos governos e procura por opções fora do espectro das forças políticas tradicionais. Afinidades ideológica não alimentam agendas comuns. Desafios urgentes de ordem doméstica pautam agendas governamentais.

8 O novo impulso liberal Processo emergente, não ainda consolidado e forte o suficiente para devolver coesão à região. O que está em questão não é o matiz ideológico prevalente e sim a força do componente ideológico para aglutinar esforços e produzir convergências na região. Risco significativo de ser frustrada a expectativa de que o revigoramento do liberalismo pavimentará rotas de convergência e restaurará iniciativas regionais e o padrão de inserção internacional, caso demande elevado padrão de concertação e ação coletiva.

9 Perspectivas de curto prazo: principais variáveis Desenlace da crise política e econômica na Venezuela e o destino da ALBA após o referendo revocatório; Evolução do panorama político colombiano no marco da implementação dos acordos de paz entre o governo, as FARC e o ELN; Reconfiguração das relações entre Argentina e Brasil.

10 Perspectivas para a segurança e defesa regionais Tendências no cenário político sul-americano não encerram potencial de retrocesso no que diz respeito à estabilidade regional, mas afetam a orientação contra hegemônica assumida regionalmente na ultima década; Giro à direita na América do Sul enseja oportunidade de reaproximação com os Estados Unidos, a depender da orientação do próximo governo norte-americano para a agenda de segurança regional. Cenários reforçam a perspectiva de maior engajamento das Forças Armadas da região em iniciativas de enfrentamento ao crime organizado e ao tráfico de drogas nos espaços fronteiriços.

11 Conclusões Menor margem de ação da UNASUL e do CDS como fiadores de um projeto voltado para maior autonomia estratégica, o favorecimento da multipolaridade e o fortalecimento da cooperação regional; Panorama político e econômico regional desfavorável à consecução da orientação estratégica preconizadas pela Política de Defesa Nacional e pela Estratégia Nacional de Defesa. Espaço para a reaproximação com os Estados Unidos nos campos da segurança e da defesa;