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PublicouEdite Taveira Caldeira Alterado mais de 7 anos atrás
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A IMPORTÂNCIA DAS LUVAS GRUPO APRENDIZES DA ARTE REAL jurandi@juraemprosaeverso.com.br www.juraemprosaeverso.com.br 26 de setembro de 2015 LIGUE O COM CLIQUE PARA AVANÇAR OS SLIDES PP-1-091
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Olhei em direção a um aglomerado de gente, conversando, reclamando. As pessoas, normalmente, se esquecem do principal: a ajuda. Fiquei tentando descobrir o que estava acontecendo. Logo adiante, uma senhora, já bem idosa, chorava, encostada a uma parede.
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Meus olhos pularam em direção à pobre senhora. No punho, aparecia um par de luvas brancas, sinal de socorro de nossas cunhadas.
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Cheguei e quis saber o que estava se passando. -A cunhada está precisando de alguma coisa? -Sim. Eu fui assaltada e os dois elementos ainda me deram socos nas costas e na cabeça, para que eu entregasse a minha bolsa, o relógio e minha aliança. - Ninguém socorreu?
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-Ficaram com medo dos bandidos. - Não tem problema. Venha comigo. Vou levá-la a um hospital. -- Não se incomode, cunhado. Eu só preciso ir para casa. - Nada disso. Vamos juntos. Meu carro está logo ali. No caminho fui distraindo a cunhada. - O seu marido, o meu Irmão, é filho de qual Loja? - Aqui no Centro mesmo.
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-É falecido? - Sim. Há dez anos. - Viu como valeu o par de luvas? - Isso mesmo. Olha que o meu par já é bem antigo. - Quando o Irmão entrou para a Ordem vocês já estavam casados? - Não. Éramos noivos.
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- Que beleza! - Quando ele me entregou o par de luvas, quase tive um desmaio tamanha foi a emoção. - É uma solenidade linda. - Isso foi quase há cinquenta anos e, quando me lembro, fico emocionada.
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- Talvez seja o momento mais sublime para a mulher, no dia da Iniciação.. - As minhas luvas estão velhinhas. Não saio sem elas. Estão até um pouco amareladas.
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- Tem usado muito? - Foi a primeira vez que tive necessidade de usá- las. Eu sabia que um cunhado iria aparecer para me socorrer.
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- Não resta a menor dúvida. - Parece que foi ontem que recebi essas luvas. Quando o Venerável falou para o meu marido, ao entregar-lhe as luvas, que as passasse para a pessoa a quem ele nutria grande amor.
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- E a cunhada, o que disse? - Eu? - É. - Fiquei muda. O chão sumiu. Que saudade! - Imagino. Também passei pela mesma emoção ao entregar as luvas. - E a sua esposa? Como reagiu? - Chorou. Chorou muito.
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A conversa estava tirando a cunhada do grande nervosismo que se apoderara dela. E chegamos ao hospital. Entramos, pois eu precisava saber se a cunhada estava com algum problema maior, em vista das pancadas recebidas.
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E Deus existe! Logo na entrada, um Irmão médico vem em minha direção. - O que houve? - É nossa cunhada. Ela foi assaltada e os meliantes ainda bateram nela. - Vem comigo, cunhada. Vamos verificar o que aconteceu.
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E o Irmão entrou com a cunhada, a fim de fazer um exame e, deste modo, tranquilizá-la. Feitos todos os exames, o Irmão apareceu e pediu-me que ligasse para um dos filhos da cunhada, nosso sobrinho, para que tomasse conhecimento do ocorrido.
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- E como ela está. - Bateram muito nela. Tem hematomas em pontos das costas e dos braços. A cabeça era minha grande preocupação, mas, após o Raio X, fiquei mais tranquilo.
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- Graças ao Supremo Arquiteto, pela idade, a fragilidade feminina, tudo contribuiu para a preocupação. - Acontece que estamos cobertos pelo Criador. - É isso. - Telefona para a família. Daqui a pouco volto a falar com você.
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E mais surpresas nos reservava a situação. Liguei para o nosso sobrinho.. Ele estava procurando pela mãe. - Estou ligando para dizer que sua mãe está medicada. Ela está sendo atendida por um Irmão, maçom como seu pai. - Graças a Deus. Onde ela está?
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- Não se preocupe, pois vamos levá-la para casa. Mas como você soube disso? - Estava acontecendo uma blitz, quando os assaltantes passaram correndo. Foram abordados e entregaram os pertences de minha mãe.
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- Que sorte! - O Capitão, maçom, verificou a bolsa de mamãe, viu a Carteira de Identificação Maçônica do meu pai e ligou para mim. - Que bom!
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-Ele trouxe os pertences da minha mãe, inclusive as alianças. - Ótimo. Pode me esperar em casa que eu levo a cunhada. -Quando ela apareceu mais calma, desliguei o telefone. Meu Irmão, no Oriente Eterno, está feliz.
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GRUPO APRENDIZES DA ARTE REAL TEXTO: Autoria desconhecida FOTOS: Tema:”Templos Maçônicos” - DO ARQUIVO DO JURA EM PROSA E VERSO FORMATAÇÃO: JURA EM PROSA E VERSO MÚSICA: A distância – Roberto Carlos
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