AVALIAÇÃO DE MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS, INSTALAÇÕES E BENS INDUSTRIAIS Paulo Alberto Cecchini 1, Prof. Dr. Omar Maluf 2, 1 Estudante de Tecnologia em Mecânica:

Apresentação em tema: "AVALIAÇÃO DE MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS, INSTALAÇÕES E BENS INDUSTRIAIS Paulo Alberto Cecchini 1, Prof. Dr. Omar Maluf 2, 1 Estudante de Tecnologia em Mecânica:"— Transcrição da apresentação:

1 AVALIAÇÃO DE MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS, INSTALAÇÕES E BENS INDUSTRIAIS Paulo Alberto Cecchini 1, Prof. Dr. Omar Maluf 2, 1 Estudante de Tecnologia em Mecânica: Processos de Soldagem – Fatec-Sertãozinho 2 Prof. Titular – Fatec-Sertãozinho. e-mail: omarzabra@gmail.com INTRODUÇÃO No ramo da Engenharia de Avaliações observa-se a necessidade de se avaliar máquinas e equipamentos para compra, venda, alienação, mensuração de avarias, levantamento de patrimônio industrial e contabilidade industrial. O mais indicado é que o avaliador seja um profissional da área mecânica ou que possua formação similar, já que, muitas vezes, essas transações envolvem grandes valores. O profissional em questão é, geralmente, um engenheiro mecânico, com especialização na área em questão. Objetivou-se, com este trabalho, apresentar os diversos conceitos, normas e procedimentos de cálculos usados para avaliar máquinas, equipamentos, instalações e bens industriais, para, de maneira prática e objetiva, chegar à metodologia mais favorável. MATERIAIS E MÉTODOS O material utilizado neste trabalho foi um sistema de indução para fusão de metais ferrosos com capacidade para 8,0 toneladas, marca Otto Junker, de propriedade da Fundição Moreno Ltda. O método mais adequado para este trabalho foi o modelo matemático desenvolvido pelo Engenheiro Hélio R. R. de Caires, que calcula a depreciação de máquinas por meio de uma função dependente das variáveis Manutenção e Regime de trabalho, além de idade operacional e valor de reposição (Figura 1). O princípio fundamenta-se na premissa de que o conceito de vida útil deve ser estabelecido de forma a distinguir a durabilidade de vida útil econômica. Figura 1 Método de Hélio de Caires. Fonte Gatto (2007) Dentre os outros métodos destaca-se aquele que é usado quando: faltam dados ou os prazos são apertados; certos aspectos do cálculo do custo de reedição não recebem a devida atenção, sobretudo os custos de montagem e as instalações industriais ( tubulações, redes de água industrial e dejetos, instrumentação e instalações elétricas). O tratamento inadequado acaba por distorcer os valores do custo de reedição. É comum avaliar uma planta deixando de considerar os aspectos relativos à montagem e instalações, resultando em subvalorização do complexo. RESULTADOS E DISCUSSÃO Todos os estudos foram elaborados observando-se os comportamentos de máquinas e equipamentos usados e à venda, o que propiciou a geração de uma curva de depreciação que mede os valores de reposição de mercado para equipamentos em bom estado de conservação, uma vez que o equipamento ao ser colocado a venda usualmente recebe uma manutenção ou pequena reforma, onde devem ser observadas as condições de comercialização. Para máquinas avaliadas pelo método comparativo direto de dados de mercado, deve ser identificado o valor de mercado para venda. As máquinas e equipamentos individualmente se depreciam devido a degradação física e ao obsoletismo, o que na verdade reflete a tendência do mercado (nítida diferença entre um bem novo e usado). Quando se analisa um processo em marcha a depreciação do ativo não é tão clara, e somente através de uma avaliação econômica pode-se chegar ao valor real do empreendimento. O método de Caires, conforme citado anteriormente, foi particularmente útil para os cálculos de avaliação do equipamento em questão, pois o mesmo estava submetido a regime severo de operação e a condições precárias de manutenção. Estas duas condições, ocorrendo simultaneamente, facilitaram a escolha do procedimento escolhido, que conforme observou-se foi acertada, pois o valor calculado para o equipamento (Figura 2 e Figura 3) foi muito próximo do preço real de mercado e, também, daquele que pode ser obtido graficamente (Tabela 3.1 e Tabela 3.2).. Tabela 3.1 Valor Novo (Patrimonial) Fonte: Cecchini, Paulo Alberto (Autor deste TCC) Tabela 3.2 Valor de desmonte. Fonte: Cecchini, Paulo Alberto (Autor deste TCC 2016) Figura 2 Forno de Indução. Fonte: Cecchini, Paulo Alberto (Autor deste TCC 2016) Figura 3 Painel do Forno. Fonte: Cecchini, Paulo Alberto (Autor deste TCC 2016) CONCLUSÕES Ficou bastante claro que para avaliações de máquinas e equipamentos, como em praticamente todas as áreas, faz-se necessário bastante critério, experiência em trabalhos correlatos e uma sólida formação acadêmica. Seguindo todos os passos necessários chegar-se-á, como chegou-se, a bom termo. O presente trabalho serviu, também, para alertar, aqueles que militam, ou pretendam militar, na engenharia de avaliações industriais, sobre a importância de certas considerações para a determinação correta do custo de reedição de um complexo industrial. REFERÊNCIAS ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. 14653-5: Avaliação de bens – Parte 5: Máquinas, Equipamentos, Instalações e Bens Industriais em Geral. Rio de Janeiro. 2001. CAIRES, Hélio R. R. de. Novos Tratamentos Matemáticos em Temas de Engenharia de Avaliações. São Paulo: PINI, 1978. GATTO, Osório. Engenharia de Avaliações / IBAPE SP. Capitulo 18: Avaliação de Máquinas e Equipamentos. São Paulo: PINI, 2007. Valor do fornoR$5.850.000,00 Instalação elétrica (CCM) R$504.000,00 Instalação civil R$1.000.000,00 Torre de Resfriamento R$173.000,00 Interligação tubulações R$1.000.000,00 (montagem mecânica / elétrica) Transporte R$ 21.000,00 Valor em uso R$ 8.548.000,00 Valor do fornoR$ 5.850.000,00 (-) Perda, remoção de material *R$ 1.560.000,00 Valor residualR$ 4.290.000,00 (-) *Desmontagem, freteR$ 195.000,00 Valor desmontadoR$ 4.095.000,00 Comercialização (30%)R$ 1.228.500,00 016) civis.