Contexto Histórico Contexto Ideológico Barroco no Brasil BARROCO.

Apresentação em tema: "Contexto Histórico Contexto Ideológico Barroco no Brasil BARROCO."— Transcrição da apresentação:

1 Contexto Histórico Contexto Ideológico Barroco no Brasil BARROCO

2 BARROCO NA EUROPA Contexto Histórico -Fortalecimento dos Estados europeus -Implantação sistemática do Capitalismo -Expansão do comércio colonial -Aparecimento e desenvolvimento da ciência moderna (Galileu, Newton) -Reordenação teocrática da vida (Contra- reforma, Cia. de Jesus e Calvinismo)

3 CONTEXTO IDEOLÓGICO Aparecimento de uma cultura européia de vocação híbrida Movimento de transição entre o novo e o velho Ocidente Obediência ao princípio de unidade dialética ( concordia discors ) A arte é marcada pela presença de elementos heterogêneos e contraditórios, submetidos a uma síntese dinâmica. Ex: arquitetura, escultura, literatura, música (ópera) Manifestação de uma religiosidade humanista

4 BARROCO NO BRASIL Início: 1601 –publicação do poemeto épico Prosopopéia, de Bento Teixeira. Término: 1768 –início do Arcadismo, com a publicação de Obras, Cláudio M. Costa 1705 –Música do Parnaso, de Manuel Botelho de Oliveira, primeira obra de autor brasileiro ( com o poemeto naturalista A Ilha da Maré ) Gregório de Matos é o autor brasileiro de maior relevo nesse período Pe. Anchieta se destaca na lírica religiosa (transição) e Pe. Antônio Vieira, na sermonística

5 BARROCO EM PORTUGAL CONTEXTO HISTÓRICO Reinado da D. Sebastião (1554-1578) Morte do rei em Marrocos (1578) Felipe II, da Espanha, assume o trono com o apoio da nobreza e do clero União Ibérica (1580-1640) –Felipe II, III e IV – estabelece-se o domínio espanhol (mito do Sebastianismo) Restauração –Duque de Bragança aclamado D. João IV em 1680 –D.Sebastião (28 anos de luta) Tratado de Lisboa (1668) –Espanha reconhece a independência de Portugal

6 CONTEXTO LITERÁRIO Início: 1580 –morte de Camões Fim: 1756 –fundação da Arcádia Lusitana Influência dos escritores espanhóis, visto ter sido a Espanha o berço do Barroco. O engajamento artístico de escritores e pintores (Contra-Reforma) Principais Escritores: Pe. Antônio Vieira Sermonística), Pe. Manuel Bernardes (Nova Floresta), Sóror Mariana Alcoforado (Epistolografia), Antônio José da Silva, o Judeu (Teatro), Rodrigues Lobo (poesia), Antônio Barbosa Barcelar (poesia).

7 PRINCIPAIS ACADEMIAS As Academias eram sociedades de escritores com o objetivo de estudar a língua, a História, as Ciências e cultivar a literatura. Academia Brasílica dos Esquecidos –Bahia (1724-1725) Academia Brasílica dos Renascidos –Bahia (1759) Academia dos Felizes –Rio de Janeiro (1736-1740) Academia dos Seletos –Rio de Janeiro -1752

8 CARACTERÍSTICAS ESTILÍSTICAS CULTISMO: consiste na hipertrofia da dimensão sensorial(sonoridade/imageria)da obra literária. Para isso, recorre-se a metáforas, antíteses, hipérbatos, hipérboles. É marcante, no Barroco, o uso da sinestesia (o oposto da ‘anestesia’)- o transbordamento dos sentidos, a fusão de dois ou mais sentidos numa mesma imagem.Ex: tua voz macia..., o olhar frio do ódio..., o canto áspero do corvo... Marcado pela influência do poeta espanhol Luís de Gôngora (Soledades - a metáfora ideal)

9 CONCEPTISMO Consiste na hipertrofia da dimensão conceitual da obra literária. Para isso, criam-se raciocínios engenhosos, num refinado jogo intelectual de paradoxos e sutilezas lógicas. O soneto barroco é analítico, dissertativo, baseado num raciocínio circular que deixa a conclusão em aberto. O soneto renascentista é descritivo, narrativo, baseado num raciocínio linear que induz o leitor à conclusão do autor. Marcado pela influência de Quevedo

10 DISSEMINAÇÃO E RECOLHA Consiste numa técnica de elaboração da prosa, marcante na sermonística de Pe Vieira, em que o autor ‘semeia’ idéias particulares ao longo do texto para ‘recolhê-las’ no final, em sua conclusão. Ex: Sermão das lágrimas de Pedro. Inspirada na Parábola do Semeador, tão cara ao erudito Jesuíta que defendeu, tão ambiguamente,os interesses da Coroa e do povo brasileiro. Enfatiza a dissertação, a argumentação, o raciocínio circular, próprios do Barroco. Utilizada também por alguns autores no soneto.