Curso Básico de Atendimento Pré-Hospitalar - APH Prof. Willamy Menezes.

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2 Curso Básico de Atendimento Pré-Hospitalar - APH Prof. Willamy Menezes

3 CURSO BÁSICO DE APH SUPORTE BÁSICO DE VIDA PARTE I  Introdução  Aspectos legais do socorro;  Avaliação primária;  RCP.

4 Introdução Os altos índices de violência, a imprudência, e muitos outros fatores sociais, vêm expondo os cidadãos a perigos cada vez maiores onde o simples fato de atravessar uma rua poderá representar um ato potencialmente perigoso.

5 Até mesmo dentro do próprio lar, as tomadas elétricas, as janelas, os produtos de limpeza e inseticidas, o piso escorregadio, etc., podem implicar em acidentes graves.

6 O transito congestionado e a grande demanda quase sempre impossibilita a chegada imediata do RESGATE ou SAMU no local o acidente. O tempo entre o momento do acidente e o início do atendimento, poderá representar um fator decisivo entre a vida e a morte.

7 PRIMEIROS SOCORROS São os procedimentos de emergência que visam: Preservar os sinais vitais e evitar o agravamento das lesões existentes até a chegada da equipe especializada. As atitudes do Socorrista deverão inspirar segurança e atenuar o sofrimento da vítima.

8 A ÉTICA E A HUMANIZAÇÃO NA REALIZAÇÃO DOS PRIMEIROS SOCORROS Toda pessoa possui uma consciência moral que a faz distinguir entre o certo e o errado, entre o bem e o mal, ou seja, é capaz de nortear suas atitudes pela ética a qual pode-se dizer: é um conjunto de valores, que se tornam deveres em determinadas culturas ou grupos, sendo expressos em ações. A ética é, normalmente, uma norma de cunho moral que obriga a conduta de uma determinada pessoa, sob pena de sanção específica, mas pode também regulamentar o comportamento de um grupo particular de pessoas, como, por exemplo, enfermeiros, médicos, etc. A ética profissional, mais conhecida como deontologia, caracteriza-se como conjunto de normas ou princípios que têm por fim orientar as relações profissionais entre pares, destes com os cidadãos, com as instituições a que servem, entre outros. como, por exemplo, o Código de Ética da Enfermagem, Código de Ética Médica, etc. Assim como a atividade do médico e do enfermeiro está norteada pelo Código de Ética, o socorrista também deve ter sua conduta orientada em um Código que o obriga a prestar seu serviço de atendimento pré-hospitalar calçado em valores e deveres morais e humanísticos, não menos importantes, que o dos códigos dos profissionais de saúde.

9 Ao longo do Curso, serão preconizados protocolos internacionais que conduzirão o socorrista a atingir resultados de modo a que possam prestar socorro de forma adequada, contribuindo com os órgãos competentes e à sociedade. Entretanto, a técnica não deve desvincular-se dos preceitos que regem a ética que minimizam o sofrimento da vítima e humanizam a prestação de socorro, eis que a ruptura deste equilíbrio afetará a eficácia do atendimento. Para um atendimento pré-hospitalar de qualidade o socorrista deverá possuir além do equilíbrio emocional e da competência técnico- científica, uma competência ética alicerçada nos valores humanísticos, pois, humanizar o atendimento não é apenas chamar a vítima pelo nome, nem ter um sorriso nos lábios constantemente, mas também compreender seus medos, angústias, insegurança e desconfiança, prestando-lhe apoio e atenção permanente, dando-lhe a certeza de que não será abandonado (a) em nenhum momento e que seus direitos serão respeitados. O socorrista humanizado é aquele cujas ações tornam o atendimento a um traumatizado mais digno e complacente com o seu sofrimento.

10 Um atendimento perfeito ocorre quando, mesmo com o sucesso do emprego de todas as técnicas dominadas pelo socorrista, atende-se a dignidade da pessoa humana, angariando o respeito e a admiração da vítima e de todos os envolvidos, pelo elevado grau de profissionalismo e respeito à dignidade humana.  Não focalizar somente o objeto traumático, para não limitar-se apenas às questões físicas, mas também aos aspectos emocionais cujos danos podem tornar-se irremediáveis;  Manter sempre contato com a vitima, buscando uma empatia por parte da mesma cujos frutos serão a confiança uma boa comunicação;  Prestar atenção nas queixas, tentando sempre que possível aliviar a dor da vítima;  Manter a vitima, sempre que possível, informada quanto aos procedimentos a serem adotados;  Respeitar o modo de vida do traumatizado;  Respeitar a privacidade e o pudor, evitando expor a vítima sem necessidade;  Não julgar a conduta social da vítima. O atendimento deverá ser imparcial; Ter atenção especial com crianças e idosos;

11 CRIME DE OMISSÃO DE SOCORRO A prestação de socorro, além de um dever moral, é um dever legal, e a sua recusa constitui crime de omissão de socorro, previsto no artigo 135 do código penal brasileiro. “Deixar de prestar assistência, quando possível, fazê- lo sem risco pessoal, a criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave ou eminente perigo; ou não pedir nesses casos, o socorro da autoridade pública: Pena – Detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa. Parágrafo único – A pena é aumentada da metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.” (Decreto de lei nº. 2.848 de 07 de dezembro de 1940).

12 CRIME DE ABANDONO Artigo 133 do código Penal Braileiro. “Abandonar pessoa que está sob o seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono.” Pena: Detenção, de seis meses a três anos. § 1º. Se do abandono resulta lesão corporal de natureza grave: Reclusão, se um a cinco anos. §2º. Se resulta morte: Reclusão, de quatro a doze anos.

13 DIREITOS DA VÍTIMA:  A vítima tem o direito de recusar o atendimento. No caso de adultos, esse direito existe quando estiver consciente e orientado;  No caso de crianças, a recusa do atendimento pode ser feita pelo pai, pela mãe ou pelo responsável legal. Se a criança é retirada do local do acidente antes da chegada do socorro especializado, o prestador de socorro deverá, se possível, arrolar testemunhas que comprovem o fato;  O diálogo é imprescindível, é através dele que o socorrista poderá convencer a vítima e/ou parentes à aceitarem o socorro.

14 AVALIAÇÃO PRIMÁRIA E REANIMAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA (RCP) Referência: American Heart Association. Guidelines 2005 for Cardiopulmonary Ressuscitation and Emergency Cardiovascular Care.

15 AVALIAÇÃO PRIMÁRIA A avaliação primária deverá ser realizada em no máximo 45 segundos e tem como objetivo Identificar e intervir nas lesões que comprometam ou venham comprometer a vida da vítima nos instantes imediatamente após o acidente, tais como:  Obstrução das vias aéreas;  Parada cardiorrespiratória;  Grandes hemorragias externas.

16  Avaliar a cena;  Verificar o nível de consciência da vítima;  Verificar se as vias aéreas estão permeáveis (airways);  Verificar se a vítima está respirando (b reathing) ;  Verificar se a vítima apresenta pulso (circulation);  Verificar se apresenta grande hemorragia. PROCEDIMENTOS ESSENCIAIS DA AVALIAÇÃO PRIMÁRIA

17 AVALIAR A SENA Ao chegar no local do acidente o socorrista precisa ser cauteloso e estar atento às condições de segurança em vistas a não tornar-se uma segunda vítima bem como evitar outros acidentes. Nesse momento, deverá:  Avaliar o mecanismo do trauma (cinemática do trauma);  Condições de segurança do cenário (a cena é segura?);  Solicitar auxílio (SAMU ou GBAPH);  Isolar a área;  Sinalizar a área;  Prover medidas de Biossegurança. A biossegurança compreende o conjunto de medidas que preconizam a segurança do socorrista para que este não se exponha à riscos, sobretudo os biológicos, físicos e químico.

18 Realizados os procedimentos iniciais de segurança, busca-se então a abordagem direta da vítima, cujo primeiro passo consiste em verificar o seu nível de consciência (AVI):  Alerta;  Verbal;  Inconsciente. VERIFICAR O NÍVEL DE CONSCIÊNCIA DA VÍTIMA

19 ESTABILIZE A REGIÃO CERVICAL com vistas a não agravar lesões existentes. Se a vitima estiver consciente o socorrista deverá conforme humanização:  Orientar a vitima para não mover a cabeça;  Orientar a cerca do procedimento que precisa ser realizado e que sua colaboração é importante. Antes de colocar o colar cervical, o socorrista responsável deve avaliar a região cervical da vitima, no seu aspecto anterior e lateral e deve também avaliar e pesquisar qualquer dismorfia (Transtorno relacionado a auto-imagem pode levar até à depressão) ou hipersensibilidade da região cervical. O COLAR CERVICAL NÃO DEVE SER RETIRADO ENQUANTO NÃO ESTIVER EXCLUÍDA A POSSIBILIDADE DE LESÃO CERVICAL.

20 COLOCAÇÃO DO COLAR CERVICAL O 1º socorrista deverá posicionar-se junto da cabeça da vitima, dispondo as mãos de cada lado da cabeça da mesma. A imobilização da cabeça deve ser efetuada com ambas as mãos, colocando do 2º ao 5º dedo e palmas das mãos sob a região occipital e cada um dos dedos polegares na região temporo-mandibular. O 1º socorrista deverá manter ligeira tração cefálica (com a cabeça da vitima em posição neutra) e o alinhamento da coluna cervical segundo o eixo nariz, umbigo e pés.

21 VERIFICAR SE AS VIAS AÉREAS ESTÃO PERMEÁVEIS  Se a vítima estiver inconsciente, abra-lhe as vias aéreas com hiperextensão do pescoço e ou tração mandibular;

22 Verifique: vomito, sangue ou alimento que possa obstruir as vias aéreas. Examine os dentes para se certificar de que não caiu nenhum para o fundo da garganta. Verifique a existência de próteses removíveis e, caso exista, retire-as

23 VERIFICAR SE A VÍTIMA ESTÁ RESPIRANDO  Ver movimentos respiratórios;  Ouvir a expiração;  Sentir o ar sendo exalado.

24 Se a vítima estiver inconsciente, mas apresente sinais de respiração, coloque-a na posição de recuperação. A vítima deverá ser rolada em bloco, preferencialmente para o lado esquerdo porque facilita o retorno venoso.

25 Aplique duas insuflações normais, cada uma com duração de 1 segundo e observe a expansão dos pulmões; SE NÃO ESTIVER RESPIRANDO!

26 VERIFICAR SE A VÍTIMA APRESENTA PULSO  Se as insuflações entrarem, procure pulso por no máximo 10 segundos. A ausência de pulso carotídeo em vítimas com mais de um ano, assim como, ausência de pulso braquial em menores de 1 ano de idade, constitui sinal de parada cardíaca.

27 SE NÃO HOUVER PULSO? Inicie imediatamente as manobras de RCP - Ciclos de 30 compressões e duas insuflações (2 minutos = 5 ciclos) Re-avalie a cada 5 ciclos.

28  Se o pulso estiver conclusivamente presente, mas sem respiração, aplique apenas insuflações;  Se o peito não subir com as insuflações, reveja a técnica de abrir vias aéreas e tente insuflar novamente;  Se ainda assim o peito não subir com a insuflação, conclua que há obstrução de vias aéreas - aplique 30 compressões torácicas, observe a cavidade oral, remova qualquer objeto visível - aplique 2 insuflações.

29 A IMPORTANCIA DAS MANOBRAS DE RCP A Reanimação cardiopulmonar (RCP) constitui um conjunto de manobras destinadas a garantir de forma artificial a oxigenação dos órgãos quando a circulação sanguínea de uma pessoa pára. Nesta situação, se o sangue não for bombeado para os órgãos vitais, como o cérebro e o coração, esses evoluem para um processo de falência pondo em sério risco a vida da vítima. As lesões cerebrais surgem logo após três minutos e as possibilidades de sobrevivência são quase nulas depois de oito. Caso se proceda à oxigenação artificial da vítima com RCP imediatamente após a parada cardiorrespiratória, ainda é provável que essa pessoa possa sobreviver. Uma vez iniciadas, as manobras não poderão ser interrompidas por mais de dez segundos, exceto se a respiração e pulso espontâneos voltarem.

30 RCP em vítimas acima de 8 anos: Local:Linha mamilar. Técnica de compressão:Dois braços estendidos perpendiculares ao esterno. Amplitude:4 – 5 centímetros. Freqüência:30:2 - 1 ou 2 socorristas (checar após 5 ciclos). Pulso:Carotídeo/femoral. Desobstrução de vias aéreas (vítima consciente) Compressões abdominais (Manobra de Heimlich).

31 RCP em vítimas de 1 a 8 anos (crianças): Local:Linha mamilar. Técnica de compressão:Um braço estendido perpendicular ao esterno. Amplitude:2,5 - 4 centímetros. Freqüência:30:2 (1ou 2 socorristas) Checar após 5 ciclos Pulso:Carotídeo / femoral. Desobstrução de vias aéreas (vítima consciente) Compressões abdominais (Manobra de Heimlich).

32 Local:Linha mamilar Técnica de compressão:Dois dedos. Amplitude:1,5 – 2,5 centímetros. Freqüência:30:2 (1 ou 2 socorristas) Checar após 5 ciclos Pulso:Braquial. (3:1 em neonatal) Desobstrução de vias aéreas (vítima consciente) Alternar cinco tapinhas nas costas e cinco compressões no peito. RCP em vítimas até 1 ano:

33 ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR SUPORTE BÁSICO DE VIDA Parte II AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA

34 Objetivo Na Avaliação Secundária o objetivo será verificar e intervir nas lesões que, inicialmente, não comprometem a vida do acidentado mas, se não forem tratadas de forma correta, poderão trazer comprometimentos nas horas seguintes. AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA

35 O primeiro passo da Avaliação Secundária consiste em aplicar a escala de coma de Glasgow, através da qual, o socorrista poderá mensurar o comprometimento neurológico da vítima, de acordo com:  Melhor abertura ocular;  Melhor resposta verbal;  Melhor resposta motora. Logo em seguida, deverá aferir o pulso, a freqüência respiratória a pressão arterial e realizar o exame céfalo- caudal, visando identificar sinais e sintomas de trauma.

36 ESCALA DE COMA DE GLASGOW A soma da pontuação traduz as condições neurológicas da vítima:  De 13 a 15 pontos – Lesão encefálica leve;  De 9 a 12 pontos – Lesão encefálica moderada;  De 3 a 8 pontos – Coma.

37 MELHOR RESPOSTA OCULAR Olhos abrem espontaneamente com movimentos normais.4 pontos Olhos abrem sob estímulo verbal.3 pontos Olhos abrem sob estímulo doloroso.2 pontos Olhos não abrem.1 ponto MELHOR RESPOSTA VERBAL Orientado.5 pontos Conversação confusa.4 pontos Palavras inapropriadas3 pontos Sons incompreensíveis.2 pontos Sem resposta verbal1 ponto MELHOR RESPOSTA MOTORA Obedece à comandos.6 pontos Ao receber estímulo doloroso, localiza a dor e retira.5 pontos Retirada à dor.4 pontos Flexão anormal (decorticação).3 pontos Extensão anormal (descerebração).2 pontos Não responde ao estímulo doloroso1 ponto 13 a 15 pontos - leve; 9 a 12 pontos - moderada; 3 a 8 pontos - Coma.

38 EXAME CÉFALO-CAUDAL Objetivo: Procurar, através da observação e palpação, por sinais e sintomas que possam indicar a existência de traumas, seguindo a seqüência seguinte:  Cabeça;  Pescoço;  Tórax;  Abdome;  Pelve;  Membros superiores (MMSS);  Membros inferiores (MMII).

39 ISOCÓRICAS Normais - simétricas e fotorreagentes. MIOSE – Ambiente com muita luz, fármaco, intoxicações exógenas, heroína, morfina, ópio, etc. MIDRÍASE – Ambiente com pouca luz, anóxia ou hipóxia severa, fármaco, cocaína, maconha, haxixe, LSD, cola, etc. ANISOCÓRICAS ANISOCÓRICAS – AVC, TCE OLHOS NOS OLHOS!

40 A – A vítima é Alérgica?; M – Faz uso de alguma Medicação?; P – Tem alguma Patologia prévia?; L – Local do acidente, eventos associados, mecanismo do trauma e ambiente do acidente?; A – Alimentação, horário da última refeição. É importante colher informações da vítima e/ou testemunhas, a cerca das seguintes questões: AMPLA

41 HEMORRAGIA

42 CLASSIFICAÇÃO:  Interna: Ocorre quando há o rompimento do vaso sanguíneo, e o sangramento se dá internamente por não haver solução de continuidade na pele. Com o aumento do volume derramado, poderá ocorrer extravasamento de sangue pelas cavidades naturais;  Externa: Há solução de continuidade da pele;  Arterial: Ocorre lesão de uma artéria, causando um sangramento de grande proporção eis que as artérias transportam alto volume sanguíneo. Apresentam jatos fortes, pulsação e coloração vermelho vivo;  Venosa - Ocorre lesão de uma veia, sendo uma hemorragia de menor porte e de cor mais escura.

43 CHOQUE HIPOVOLÊMICO HEMORRÁGICO Ocorre devido a processos hemorrágicos que levam à perda aguda de sangue e por conseguinte, falência do sistema cardiocirculatório, resultando em uma inadequada perfusão e oxigenação dos tecidos e irrigação dos órgãos vitais, como: coração, pulmão, cérebro, rins e o fígado. Não havendo intervenção imediata, tais órgãos serão lesionados e a vítima poderá evoluir ao óbito.

44 SINAIS E SINTOMAS DO CHOQUE HIPOVOLÊMICO HEMORRÁGICO:  Cianose;  Sudorese;  Taquicardia;  Taquipnéia  Sede;  Pulso filiforme;  Pressão Arterial (PA) baixa;  Perfusão capilar lenta ou inexistente;  Tontura e/ou perda de consciência.

45 MEDIDAS DE SUPORTE BÁSICO DE VIDA (SBV) PARA PREVENIR O CHOQUE HIPOVOLEMICO HEMORRÁGICO  Realizar técnicas de hemostasia(conjunto de mecanismos pelos quais se mantêm o sangue fluido dentro do vaso, sem coagular (trombose) nem extravasar (hemorragia);  Posicionar a vítima em decúbito dorsal;  Afrouxar roupas e retirar calçados;  Elevar membros inferiores de 20 a 30 cm (quando não existir suspeita de TRM);  Agasalhar a vítima.

46 CASOS MAIS COMUNS DE HEMORRAGIA E AS TÉCNICAS DE HEMOSTASIA

47 HEMATÊMESE – Sangramento originário do sistema digestório alto (esôfago, estômago e duodeno), ocorrendo normalmente por vômito, com ou sem restos alimentares. Costuma ter coloração escura como borra de café. hemostasia:  Manter a vítima em decúbito dorsal;  Por bolsa de gelo sobre a região epigástrica;  Não permitir que a vítima ingira absolutamente nada;  Em caso do vômito, lateralizá-la;  Removê-la para o hospital.

48 HEMOPTISE – sangramento de origem do aparelho respiratório, em geral dos pulmões e/ou árvore brônquica, apresenta uma coloração vermelho rutilante, espumante e é expelido por tosse. Hemostasia:  Não utilizar gelo nesse tipo de hemorragia;  Posicionamos a vítima recostada tentando acalmá-la;  Em caso da vítima tornar-se inconsciente, adotar posição lateral;  Remover ao hospital.

49 ESTOMATORRAGIA – Sangramento proveniente da cavidade oral, incluindo as hemorragias dentárias. Hemostasia:  Utilizar roletes de gaze sobre a lesão, fazendo compressão, similar ao procedimento que os dentistas utilizam;  Realizar crioterapia.

50 OTORRAGIA – sangramento pelo conduto da orelha externa. → Não se faz tamponamento. EPISTAXE – sangramento pelas narinas. Hemostasia:  Realizar compressão manual e posicionar a cabeça da vítima inclinada à frente 45º;  Pode-se utilizar gelo juntamente com a compressão nos casos de trauma;  Em último caso, fazemos o tamponamento anterior, utilizando roletes de gaze com vaselina;  Após os primeiros dez minutos recomenda-se não assoar o nariz.

51 TÉCNICAS DE HEMOSTASIA NOS TRAUMAS DE EXTREMIDADES E DEMAIS LESÕES TRAUMÁTICAS.  Pressão direta;  Curativo compressivo;  Elevação do membro;  Pressão indireta;  Curativo oclusivo. Não aplicar gelo em ferimentos abertos, mucosas, globo ocular e genitália.

52 PRESSÃO DIRETA: Pressão exercida com as mãos utilizando gaze, compressa, bandagens ou similar sobre o local.

53 CURATIVO COMPRESSIVO: O socorrista deverá colocar mais gaze quando as primeiras camadas estiverem umedecidas de sangue, utilizando ataduras de crepe para manter compressão na lesão, tendo o cuidado para não comprometer a perfusão capilar periférica.

54 ELEVAÇÃO DO MEMBRO: Auxilia o controle do sangramento nos membros superiores e/ou inferiores em função da ação gravitacional. Elevar membros inferiores de 20 a 30 cm quando não existir suspeita de TRM

55 PRESSÃO INDIRETA (PONTO DE PRESSÃO): Visa reduzir a luz da artéria que nutre a região do ferimento, diminuindo o fluxo sangüíneo sem, todavia, impedir a irrigação.

56 CURATIVO OCLUSIVO: Similar ao compressivo. O que difere é uma maior compressão.

57 PARTE IV - QUEIMADURAS

58 QUEIMADURAS São lesões corporais produzidas pelo contato com agente térmico, radioativo, químico ou elétrico, Podendo causar a destruição parcial ou total das camadas do tecido epitelial, atingindo músculos, ossos e órgãos internos.

59 PROFUNDIDADE DAS QUEIMADURAS:

60 Queimadura de 1º grau atinge a epiderme: Sinais e sintomas  Dor leve a moderada;  Formigamento;  Hiperestesia;  Eritema;  Discreto ou nenhum edema.

61 Queimadura de 2ºgrau atinge a epiderme e a derme: Sinais e sintomas  Dor moderada a severa  Hiperestesia  Hiperemia.  Flictena  Úmida.  Aparência rósea  Ou embranquecida.

62 Primeiros Socorros nas queimaduras de 1º e 2º graus  Resfriamento da lesão com água corrente durante 10 minutos;  Retirar jóias e adereços;  Não aplicar gelo, manteiga, óleo, creme dental ou qualquer outra substância nem fure as bolhas.  Não retire roupa queimada aderida à pele da vítima.

63 Queimadura de 3º grau atinge a hipoderme. Podendo afetar os tecidos subjacentes. Sinais e sintomas  Aparência esbranquiçada, endurecida e carbonizada;  Vasos trombosados;  Hipotermia;  Indolor; CAUSAS MAIS COMUNS – Contato direto com chamas, produtos inflamáveis, produtos químicos e corrente elétrica.

64 PRIMEIROS SOCORROS NAS QUEIMADURAS DE 3º GRAU:  Apagar as chamas do corpo da vítima;  Resfriar a área queimada usando gaze umedecida com água;  Prevenir a hipotermia;  Retirar jóias e adereços;  Não tentar retirar a roupa queimada que esteja aderida à pele;  Monitorar Sinais Vitais (SSVV);  Remover imediatamente ao hospital.

65 INSOLAÇÃO (QUEIMADURA RADIOATIVA) Ocorre devido à exposição prolongada aos raios solares. SINAIS E SINTOMAS:  Temperatura do corpo elevada;  Pele quente, avermelhada e seca;  Diferentes níveis de consciência;  Falta de ar;  Desidratação;  Dor de cabeça, náuseas e tontura.

66 INTERMAÇÃO Ocorre devido à ação do calor em lugares fechados e não arejados (fundições, padarias, caldeiras etc.) e intenso trabalho muscular. SINAIS E SINTOMAS  Temperatura do corpo elevada;  Pele quente, avermelhada e seca;  Diferentes níveis de consciência;  Falta de ar;  Desidratação;  Dor de cabeça, náuseas e tontura;  Insuficiência respiratória.

67 PRIMEIROS SOCORROS (Insolação e intermação)  Remover a vítima para lugar fresco e arejado;  Baixar a temperatura do corpo de modo progressivo, envolvendo-a com toalhas umedecidas;  Oferecer líquidos em pequenas quantidades e de forma freqüente;  Mantê-la deitada;  Avaliar nível de consciência, pulso e respiração;  Providenciar transporte adequado;  Encaminhar para atendimento hospitalar.

68 QUEIMADURA QUÍMICA: A exposição da pele e/ou mucosas à produtos químicos (ácidos e álcalis) pode causar queimaduras graves. A gravidade das lesões dependerá da concentração e da quantidade do produto, duração e modo de contato com a pele, extensão corporal exposta ao agente e do mecanismo de ação da substância.

69 PRIMEIROS SOCORROS NAS QUEIMADURAS QUÍMICAS:  Despir a vítima (apenas o necessário);  Remover a substância diluindo-a com água corrente em abundância;  Evite que a água misturada ao produto se espalhe afetando outras áreas do corpo da vítima;  Utilize EPI e fique atento, pois, dependendo do mecanismo de ação da substância as luvas de borracha podem ser corroídas;  Quando possível, fornecer ao médico o rótulo do produto ou informações do mesmo;  Conduzir ao hospital ou aguardar o SAV.

70 QUEIMADURA ELÉTRICA Produzida pelo contato com a corrente elétrica. O choque elétrico pode provocar desde um leve formigamento, podendo chegar à fibrilação, PCR, e queimaduras graves.

71 PRIMEIROS SOCORROS NAS QUEIMADURAS ELÉTRICAS:  Interromper o fluxo da corrente elétrica;  Chamar a companhia de energia elétrica nos acidentes em via pública;  Garantir permeabilidade das vias aéreas com controle da coluna cervical;  Realizar RCP, se for constatada PCR;  Realizar curativos e imobilizações nas lesões existentes;  Transportar para o hospital monitorando pulso e respiração ou preferencialmente aguardar o Suporte Avançado de Vida.

72 TRAUMAS Feridas; Fraturas; Luxações; Entorse; Distensão muscular; Contusão muscular; Lesões do couro cabeludo; Trauma crânio encefálico; Trauma Raquimedular; Transporte da vítima; Acidente Vascular Cerebral (AVC); Desmaio; Convulsão.

73 FERIDAS São lesões traumáticas da pele ou dos tecidos subjacentes, podendo ocasionar um variável grau de dor, sangramento, laceração e contaminação.

74 PRIMEIROS SOCORROS  Antes de qualquer atitude, se a ferida apresenta sangramento, realize hemostasia;  Lave o ferimento preferencialmente com soro fisiológico ou água e sabão neutro;  Cubra a ferida com gaze esterilizada, na ausência, pano limpo;  Não use pomadas, nem qualquer outro produto que possa causar reação alérgica. Gelo não pode ser usado em ferimentos abertos, nem em mucosas, globo ocular e genitália. Devendo ser aplicado envolto por saco plástico ou pano.

75 NUNCA TENTE RETIRAR NENHUM OBJETO QUE ESTEJA ENCRAVADO

76 FRATURA É qualquer interrupção na continuidade de um osso.

77 OS TRAUMAS DE EXTREMIDADES E O RISCO DE VIDA. Isoladamente, não denotam risco de vida para a vítima.

78 Quando o trauma está associado a lesão vascular, mutilação e fraturas abertas do fêmur com hemorragia, podem levar a vítima ao óbito. O pronto emprego dos primeiros socorros são fundamentais, eis que a situação requer controle imediato de hemorragias externas e imobilização do membro traumatizado.

79 FRATURA FECHADA (simples) A pele não foi perfurada

80 FRATURA ABERTA (exposta) O osso se quebra atravessando a pele, ou existe uma ferida associada que se estende desde o osso fraturado até a pele.

81 SINAIS E SINTOMAS  Deformidade;  Dor;  Equimose;  Edema;  Hiperemia;  Impotência funcional;  Fragmento exposto;  Crepitação. EQUIMOSE - Infiltração do sangue extravasado no tecido Subcutâneo. HIPEREMIA - Aumento da irrigação sanguínea de um órgão ou região do corpo, provocando a distensão dos vasos sanguíneos.

82 PRIMEIROS SOCORROS  Mobilizar o membro levantando-o pelas articulações, exercendo tracionamento;  Jamais tentar colocar o osso no lugar;  Imobilizar o membro tendo atenção para estabilizar toda a área, antes e após a lesão;  Checar o pulso distal da fratura;  Nas fraturas abertas, proteger a lesão com um curativo simples, sem comprimir o local.

83 LUXAÇÃO É o desencaixe de uma articulação, causando ruptura de ligamentos e da cápsula articular As articulações geralmente lesadas são o ombro, cotovelo, dedo, quadril e tornozelo.

84 SINAIS E SINTOMAS DE LUXAÇÃO  Alteração anatômica da articulação;  Dor local;  Impotência funcional da articulação e dor, na tentativa de movimentá-la;  Equimose;  Edema. EQUIMOSE - Infiltração do sangue extravasado no tecido Subcutâneo. EDEMA – Acúmulo patológico de líquido = inchado.

85 ENTORSE Ocorre quando uma articulação realiza um movimento além do seu grau de amplitude normal, lesionando os ligamentos daquela articulação. Os locais mais comuns de entorses são as articulações do joelho e tornozelo

86 SINAIS E SINTOMAS DE ENTORSE  Edema;  Hematoma;  Pode ou não apresentar impotência funcional;  Pode ou não apresentar dor a palpação;  Em alguns casos, pode ocorrer alteração anatômica da articulação HEMATOMA – Tumor formado por sangue extravasado.

87 PRIMEIROS SOCORROS (Luxação e entorse)  Realizar crioterapia;  Imobilizar a articulação comprometida e a região acima e abaixo;  Jamais tentar mobilizar a articulação ou tentar colocar na posição anatômica;  Manter a área em repouso.

88 DISTENSÃO MUSCULAR A distensão muscular é uma lesão traumática aguda na unidade músculo-tendinosa (UMT), em função de um alongamento exagerado do músculo acompanhado de algumas rupturas de fibras musculares. A falta de aquecimento, alongamento e o cansaço muscular, são fatores que podem levar a uma distensão, mas o agente causal é sempre um movimento forte de rápida contração ou movimento exagerado contra uma grande resistência.

89 SINAIS E SINTOMAS  Dor intensa em fisgada;  Dor à contração isométrica do músculo;  Dificuldade de realizar adequadamente os movimentos;  Eventualmente surge equimose.

90 CONTUSÃO MUSCULAR É uma lesão traumática aguda decorrente de trauma direto aos tecidos moles, causando dor e edema. A contusão varia de leve até uma grande infiltração de sangue nos tecidos adjacentes. A vítima sente, inicialmente, dor variável ou desconforto e conforme a gravidade do caso, quando a pessoa esfria, desenvolve-se rigidez, dor e edema.

91 PRIMEIROS SOCORROS (Distensão e contusão)  Realizar crioterapia;  Imobilizar a área comprometida e a região acima e abaixo através de enfaixamento;  Manter a área em repouso, em posição elevada.

92 LESÕES DO COURO CABELUDO Embora apresente uma aparência sinistra, não costumam causar alterações fisiológicas relevantes, contudo, em crianças pode levar à um quadro de choque hipovolêmico.

93  Manter a vítima sentada;  Localizar e avaliar a lesão;  Observar se na lesão há fratura de crânio ou corpo estranho;  Nunca retirar fragmentos ósseos;  Observar se há perda de LCR;  Conter o sangramento através de compressão;  Remover ao hospital. PRIMEIROS SOCORROS

94 TCE – TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO Consiste em alterações Anátomo-funcionais decorrentes da ação de agentes físicos sobre crânio, afetando por conseguinte as estruturas subjacentes.

95 SINAIS E SINTOMAS:  Perda de sangue pelas narinas ou ouvidos;  Inconsciência ou não;  Náuseas ou vômito;  Tontura ou desmaio;  Cefaléia;  Lapso de memória;  Deformidade anatômica;  Rinoliquorragia;  Otoliquorragia;  Sangramento e edema decorrente trauma facial. Anisocoria

96 PRIMEIROS SOCORROS  Verificar o mecanismo do trauma;  Se a vítima estiver consciente, perguntar se está com dor de cabeça tontura e/ou vontade de vomitar;  Questionar testemunhas se a vítima desmaiou e/ou vomitou (procurar indícios no local);  Verificar se houve perda de consciência e amnésia;  Promover a permeabilidade da via respiratória;  Palpar a cabeça procurando indícios de trauma;  Realizar hemostasia;  Verificar estado neurológico através da Escala de Coma; Posicionar vítima em decúbito dorsal com o pescoço estabilizado. Toda vítima de TCE necessita de cuidados médicos imediatos, portanto, a equipe de Resgate deverá ser informada da situação.

97 TRM - TRAUMA RAQUIMEDULAR O trauma raquimedular é uma agressão à medula espinhal que pode ocasionar danos neurológicos, tais como alteração das funções motora, sensitiva e autônoma.

98 A medula espinhal é a principal via de comunicação entre o cérebro e o restante do organismo, é protegida pelos ossos da coluna vertebral (vértebras). A parte anterior da medula espinhal contém os nervos motores, os quais transmitem informações aos músculos e estimulam o movimento. A parte posterior e as partes laterais contêm os nervos sensitivos, os quais transmitem informações ao cérebro sobre o tato, a posição, o calor e o frio. Fonte: Manual Merck. Sharp Merck. Ed. Manole 2002

99 Quando a medula espinhal é lesada em um acidente, a sua função pode ser total ou parcialmente destruída em qualquer parte do corpo abaixo do nível da lesão. Os danos à medula espinhal variam de uma concussão transitória até uma transecção completa da mesma, tornando a vítima paralisada abaixo do nível da lesão traumática.

100 Todas as vitimas inconscientes deverão ser consideradas e tratadas como portadoras de lesões na coluna. SINAIS E SINTOMAS  Dor local intensa;  Diminuição da sensibilidade, formigamento ou dormência em membros inferiores e/ou superiores;  Paralisia dos segmentos do corpo, abaixo da lesão;  Perda do controle esfincteriano.

101 Veja na figura ao lado o nível da lesão e os efeitos associados.

102  Mantenha a vítima em decúbito dorsal sob repouso absoluto;  Evite o estado de choque;  Imobilizar o pescoço utilizando o colar cervical;  Movimentar a vítima em bloco, impedindo movimentos bruscos do pescoço e do tronco;  Colocar em prancha de madeira;  Encaminhar para atendimento hospitalar conforme item “transporte da vítima” vivenciado nas aulas práticas. PRIMEIROS SOCORROS

103 Transporte da vítima  O transporte de acidentados deve ser feito por equipe especializada em resgate (Corpo de Bombeiros, SAMU, outros).  O rolamento e o transporte realizado de forma imprópria poderão agravar as lesões causando seqüelas irreversíveis à vítima.  A vítima somente deverá ser transportada nos casos onde não seja possível contar com equipes especializadas em resgate.

104 Três socorristas Um segura a cabeça e costas, o outro, a cintura e a parte superior das coxas. O terceiro segura a parte inferior das coxas e pernas. Os movimentos das três pessoas devem ser simultâneos, para impedir deslocamentos da cabeça, coluna, coxas e pernas.

105 Quatro socorristas Semelhante ao de três pessoas. A quarta pessoa imobiliza a cabeça da vítima impedindo qualquer tipo de deslocamento.

106 AVC – ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL Conhecido como derrame cerebral, pode ser de dois tipos:  Acidente vascular isquêmico – falta de circulação numa área do cérebro provocada por obstrução de uma ou mais artérias por ateromas, trombose ou embolia. Ocorre, em geral, em pessoas mais velhas, com diabetes, colesterol elevado, hipertensão arterial, problemas vasculares e fumantes;  Acidente vascular hemorrágico – sangramento cerebral provocado pelo rompimento de uma artéria ou vaso sangüíneo, em virtude de hipertensão arterial, problemas na coagulação do sangue, traumatismos. Pode ocorrer em pessoas mais jovens e a evolução é mais grave.

107 AVC é uma emergência médica. O paciente deve ser posto em repouso absoluto e encaminhado imediatamente para o hospital.

108 SINAIS E SINTOMAS: Acidente vascular isquêmico  Perda repentina da força muscular e/ou da visão;  Dificuldades da fala;  Tonturas;  Formigamento num dos lados do corpo;  Alterações da memória. Algumas vezes, esses sintomas podem ser transitórios Ataque Isquêmico Transitório (AIT). Nem por isso deixam de exigir cuidados médicos imediatos. Acidente vascular hemorrágico  Cefaléia;  Edema cerebral;  Aumento da pressão intracraniana;  Náuseas e vômitos;  Déficits neurológicos semelhantes aos provocados pelo acidente vascular isquêmico

109 DESMAIO É a perda súbita e temporária da consciência e da força muscular, geralmente devido à diminuição de oxigênio no cérebro, tendo como causas: hipoglicemia, fator emocional, dor extrema, ambiente confinado, etc.  Colocar a vítima em local arejado e afastar curiosos;  Deitar a vítima na posição anti-choque;  Afrouxar as roupas;  Encaminhar para atendimento hospitalar.

110 CONVULSÃO Perda súbita da consciência acompanhada de contrações musculares bruscas e involuntárias, conhecida popularmente como “epilepsia”. Causas variadas: epilepsia, febre alta, traumatismo craniano, etc.  Proteger a cabeça e o corpo de lesões;  Afastar objetos existentes ao redor da vitima;  Lateralizar a cabeça em caso de vômitos;  Afrouxar as roupas e deixar a vítima debater-se livremente; Nas convulsões por febre alta diminuir a temperatura do corpo, envolvendo-o com pano embebido Por água.

111 Fim deste módulo, parabéns por sua participação. Não esqueça os cuidados com a Biossegurança!

112 Intoxicações e envenenamentos

113 INTOXICAÇÕES E ENVENENAMENTOS O envenenamento ou intoxicação resulta da penetração de substância tóxica/nociva no organismo. Os meios de entrada são: pele, aspiração e ingestão. Sinais e sintomas  Dor e sensação de queimação nas vias de penetração e sistemas correspondentes;  Hálito com odor estranho;  Sonolência, confusão mental, alucinações e delírios, estado de coma;  Lesões cutâneas;  Náuseas e vômitos;  Alterações da respiração e do pulso.

114 INTOXICAÇÕES E ENVENENAMENTOS POR INGESTÃO  Medicamentos, plantas, alimentos estragados, a primeira medida é provocar vômito oferecendo bastante líquido;  Não provoque o vômito, se a pessoa estiver desmaiada ou em convulsões nem se a intoxicação foi provocada por produtos derivados de petróleo, por pesticidas ou substâncias cáusticas ou corrosivas (ácido muriático, soda cáustica, etc.);  Guarde a embalagem do produto, restos da substância ou o material vomitado, para facilitar a identificação pelo médico;  No caso de remédios, tente descobrir quantos comprimidos foram engolidos e, quando ocorreu a ingestão;  Nunca dê bebida alcoólica para um intoxicado, remova imediatamente ao hospital.

115 INTOXICAÇÕES E ENVENENAMENTOS Primeiros socorros Pele  Retirar a roupa impregnada;  Lavar a região atingida com água em abundância;  Substâncias sólidas devem ser retiradas antes de lavar com água;  Agasalhar a vítima;  Encaminhar para atendimento hospitalar. Aspiração  Proporcionar boa ventilação;  Abrir as vias áreas respiratórias;  Encaminhar para atendimento hospitalar.

116 ANIMAIS PEÇONHENTOS OU VENENOSOS?  Animais peçonhentos – Possuem glândula de veneno que se comunicam com dentes ocos, ferrões ou aguilhões inoculadores do veneno;  Animais venenosos – Possuem o veneno, todavia, não tem um aparelho inoculador (dentes, ferrões). Provocam envenenamento por contato (lagartas), por compressão (sapo) ou por ingestão (peixe-baiacu).  No mundo existem cerca 3 mil espécies de cobras. no Brasil, existem 250 dentre as quais, pelo menos 70 são venenosas, dessas, apenas 04 espécies são peçonhentas.

117 PICADAS E FERROADAS DE ANIMAIS PEÇONHENTOS Uma vez injetado no corpo humano, o veneno poderá causar reações orgânicas que são classificadas em quatro grupos: 1.Anticoagulante; 2.Hemolítica; 3.Neurotóxica; 4.Proteolítica.

118 MECANISMO DE AÇÃO DO VENENO 1. Anticoagulante – O veneno atua destruindo o fibrinogênio, fazendo com que o sangue não coagule, podendo levar o indivíduo ao óbito por hemorragia. 2. Hemolítica – Ao atingir a corrente sanguínea, esse tipo de veneno age destruindo as hemácias do sangue provocando uma anemia hemolítica aguda, e levará o indivíduo ao óbito, por asfixia celular. 3. Neurotóxica – O veneno age sobre o SNC causando mudanças no equilíbrio, consciência, distúrbios na visão e demais sentidos, ptose palpebral, dormência no local da picada ou mordedura, podendo levar o indivíduo ao estado de choque, a IRA e consequentemente ao óbito. 4. Proteolítica - Após injetado, o veneno desencadeia um processo de decomposição das proteínas, causando a necrose do tecido, caso não seja tratado em tempo hábil, poderá causar por conseguinte a perda do membro afetado, e até o óbito.

119 PICADAS E FERROADAS DE ANIMAIS PEÇONHENTOS Sinais e sintomas  Marcas da picada;  Dor, edema;  Manchas roxas, hemorragia;  Febre, náuseas;  Sudorese, urina escura;  Calafrios, perturbações visuais;  Eritema, cefaléia;  Distúrbios visuais;  Queda das pálpebras;  Convulsões;  Dispnéia.

120 PRIMEIROS SOCORROS COBRAS  Havendo possibilidade, capturar o animal agressor;  Manter a vítima deitada em repouso absoluto;  Se a picada for na perna ou braço, mantenha-os em posição mais elevada que o coração;  Lavar a picada com água e sabão;  Colocar gelo ou água fria sobre o local;  Remover anéis, relógios, prevenindo assim complicações decorrentes do inchaço;  Encaminhar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo, para que possa receber o soro em tempo;  Não fazer garroteamento ou torniquete;  Não aspirar (chupar) o local na tentativa de retirar o veneno;  Não cortar ou perfurar o local da picada nem usar quaisquer produtos.

121 IDENTIFICAÇÃO DAS SERPENTES PEÇONHENTAS  Anéis coloridos;  Guizo;  Fosseta loreal.

122 IMAGENS PARA COMPARAÇÃO E ANÁLISE

123 QUESTIONÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO

124 CASCAVELJARARACA jararacuçu, caiçara, urutu, etc. SURUCUCUCORAL AÇÃO DO VENENO HEMOLÍTICO NEUROTÓXICO PROTEOLÍTICA COAGULANTE NEUROTÓXICA SOROANTICROTÁLICOANTIBOTRÓPICOANTILAQUÉTICOANTIELAPÍDICO Em caso de acidente, ainda que não seja uma cobra venenosa, é importante ministrar os primeiros socorros adequados, e levar a vítima a um posto de saúde. Mesmo sem injetar veneno, a cobra poderá transmitir uma infecção. Não mate as cobras, elas possuem um papel fundamental no ecossistema, e matanças poderão desequilibrar o meio ambiente. Lembre-se: Na mata você é o estranho, enquanto a cobra é parte dela.

125 Picadas e ferroadas de animais peçonhentos Medidas preventivas  Usar botas de cano longo e perneiras;  Proteger as mãos com luvas;  Combater os ratos;  Preservar os predadores;  Cuidado ao calçar o coturno, bota ou qualquer calçado;  Conservar o meio ambiente.

126 PICADAS E FERROADAS DE ANIMAIS PEÇONHENTOS Sinais e sintomas - Escorpiões/Aranhas  Dor;  Eritema;  Inchaço;  Febre;  Dor de cabeça. Primeiros socorros  Os mesmos utilizados nas picadas de cobras;  Encaminhar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo, para avaliar a necessidade de soro específico.

127 PICADAS E FERROADAS DE INSETOS Há pessoas alérgicas que sofrem reações graves ou generalizadas, devido a picadas de insetos (abelhas e formigas). Sinais e sintomas  Eritema local que pode se estender pelo corpo todo;  Prurido;  Dificuldade respiratória (Edema de glote). Primeiros socorros  Retirar os ferrões introduzidos pelo inseto sem espremer;  Aplicar gelo ou lavar o local da picada com água corrente;  Encaminhar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo, para avaliar a necessidade de soro específico.


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