O Doc. 100 é composto de seis capítulos Cap. 1 - Sinais dos Tempos e Conversão Pastoral. Cap. 2 - Palavra de Deus, Vida e Missão nas Comunidades.

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3 O Doc. 100 é composto de seis capítulos
Cap. 1 - Sinais dos Tempos e Conversão Pastoral. Cap. 2 - Palavra de Deus, Vida e Missão nas Comunidades. Cap. 3 - Surgimento da Paróquia e sua Evolução. Cap. 4 - Comunidade Paroquial. Cap. 5 - Sujeito e Tarefas da Conversão Paroquial. Cap. 6 - Proposições pastorais.

4 APRESENTAÇÃO A Igreja é comunidade! A comunidade torna visível a Igreja. “O que nos deve santamente inquietar e preocupar (...) é que haja tantos irmãos nossos que vivem sem a força, a luz e a consolação da amizade com Cristo, sem uma comunidade de fé que os acolha, sem um horizonte de sentido e de vida” (Papa Francisco, EG n. 49)

5 O doc. 100 busca iluminar o nosso ser Igreja, sermos comunidade dos que vivem de Cristo Jesus, iluminado e guiados pela força e suavidade do Espírito Santo, acolhidos pela bondade materna do Pai. Conversão pastoral: “pastoral nada mais é que o exercício da maternidade da Igreja. Ela gera, amamenta, faz crescer, corrige, alimenta, conduz pela mão” (Papa Francisco, JMJ – 2013).

6 A conversão da paróquia em comunidade de comunidades consiste em ampliar a formação de pequenas comunidades de discípulos convertidos pela Palavra de Deus e conscientes da urgência de viver em estado permanente de missão. Isso implica revisar a atuação dos ministros ordenados, consagrados e leigos, superando a acomodação e o desânimo.

7 INTRODUÇÃO n.1 - A mudança de época da sociedade e o processo de secularização diminuíram a influência da paróquia sobre o cotidiano das pessoas. Cresce o desafio de renovar a paróquia em vista da sua missão. n.2 - A Exortação Apostólica Evangelii Gaudium propõe a revisão da situação atual da paróquia.

8 n.5 - Constatou-se que a atual paróquia necessita de uma conversão pastoral. Será necessário:
Aplicar a eclesiologia do Vat. II. Consolidar a proposta do Doc. de Aparecida. Concretizar as Diretrizes da CNBB que insistem na renovação paroquial. Contribuem: as reflexões do Papa Francisco na JMJ e a sua Exortação Evangelii Gaudium.

9 n. 6 - Objetivo de cada capítulo: Cap
n.6 - Objetivo de cada capítulo: Cap. 1 - Sinais dos Tempos e Conversão Pastoral: inspirado na Gaudium Et Spes, indica os sinais dos tempos que interpelam a paróquia atual. Detectar alguns aspectos da realidade que clamam pela conversão pastoral. Cap. 2 - Palavra de Deus, Vida e Missão nas Comunidades: propõe a recuperação de dados bíblicos sobre as primeiras comunidades cristãs.

10 Cap. 3 - Surgimento da Paróquia e sua Evolução: breve resgate histórico do desenvolvimento das comunidades paroquiais para recuperar pontos que merecem maior atenção. Cap. 4 - Comunidade Paroquial: evidencia os fundamentos eclesiológicos da comunidade e destaca a visão de Igreja que o Vat. II propôs. Cap. 5 - Sujeito e Tarefas da Conversão Paroquial: enfatiza os sujeitos e as tarefas da conversão pastoral para destacar a missão de cada cristão no contexto paroquial. Cap. 6 - Proposições pastorais: aponta algumas proposições para que a paróquia se torne comunidade de comunidades.

11 n. 7 - Questões que norteiam o texto: 1
n.7 - Questões que norteiam o texto: 1. Qual é a situação de nossas paróquias hoje? 2. Quais são as causas de certo sofrimento na comunidade cristã? 3. O que é preciso perceber para que ocorra uma mudança? 4. Que aspectos merecem revisão urgente? 5. O que é possível propor e assumir na pluralidade da realidade brasileira?

12 Cap. 1 - SINAIS DOS TEMPOS E CONVERSÃO PASTORAL
n.9 – Vat. II propõe o diálogo na relação da Igreja com a sociedade e a Igreja é chamada a reconhecer os “sinais dos tempos” (ver GS n. 44). Isso exige que a Igreja se revitalize constantemente no Espírito que se revela nos sinais dos tempos. Para tanto, a Igreja deve sempre se reformar. (O Vat. II reconheceu que a Igreja pode aprender com mundo. A chave era ler “os sinais dos tempos”, discernindo a mão de Deus no movimento da história. A Igreja não mais condenava a cultura secular, mas buscava o que nela havia de positivo, para construir sobre isso).

13 Novos contextos: desafios e oportunidades n
Novos contextos: desafios e oportunidades n.13 - Neste novo contexto verifica-se o valor da pessoa, mas percebe-se também a dificuldade de alguns em pensar no outro. Diante disso, constata-se a falta do reconhecimento da comunidade como geradora de sentido e parâmetro da organização da vida pessoal. Difunde-se a noção de que a pessoa livre e autônoma precisa se libertar da família, da religião e da sociedade. n.14 - Cresce a indiferença pelo outro e aumenta a dificuldade de planejar o futuro. As novas gerações são as mais afetadas pela cultura imediatista.

14 n.15 - Na afirmação das liberdades individuais o mercado ganha força e a pessoa existe enquanto consome. Será preciso enfrentar o sistema que tem uma concepção economicista de ser humano e considera o lucro e as leis do mercado medidas absolutas em detrimento da dignidade da pessoa humana. n Sociedade dos contrastes: ou seja, a sociedade do descartável valoriza apenas o que é útil e exclui: os pobres e miseráveis, drogados, idosos, doentes etc. Uma sociedade que desafia o ser cristão.

15 n. 17 - Realidade das grandes cidades
n.17 - Realidade das grandes cidades. As paróquias urbanas não conseguem atender a população que nelas existe. Os padres e lideranças esgotam suas energias com uma pastoral de manutenção. n.18 - Nas grandes cidades existe anonimato e solidão. A maioria procura a Igreja apenas para atender às demandas religiosas. Há dificuldades em acolher quem chega. n.19 - Os meios de comunicação são aperfeiçoados e atingem a população em geral. Estes mudam o jeito de viver e influenciam no modo de viver em sociedade e na religião. Já atingiu tanto as grandes cidades como a vida do interior.

16 n.20 - É necessário saber inculturar o Evangelho no contexto da comunicação virtual. n.21 - A renovação paroquial exige novas formas de evangelizar o meio urbano como o rural. n.22 - Há uma forte tendência no mundo para que a sociedade seja laicista e a religião não interfira na esfera pública. Trata-se de uma cultura sempre mais secularizada, que evita a influência do cristianismo nas decisões morais da sociedade.

17 Novos cenários da fé e da religião n
Novos cenários da fé e da religião n.23 - A vivência da fé na sociedade atual é geralmente exercida numa religiosidade não institucional e sem comunidade, mais ligada aos interesses pessoais. A busca de curas e prosperidade propiciou o crescimento de novos grupos religiosos que prometem soluções imediatas às demandas da população. Aumentam as estatísticas daqueles que se declaram sem religião. n.24 - O pluralismo liberta as pessoas de normas fixas, mas também as desorienta pela perda das referências e gera fragmentação da vida e da cultura. Alguns fiéis católicos frequentam outros cultos e centros religiosos, buscando conforto em suas dificuldades.

18 n.26 - Experiência religiosa com menor senso de pertença comunitária: a vivência religiosa está mais midiática. As experiências visam aos sentimentos e ao bem-estar. Jovens-internet e idosos-televisão. n.27 - Está em crise o sentimento de pertença à comunidade e o engajamento na paróquia. Um exemplo: pessoas que colaboram com campanhas televisivas e não ofertam o dízimo na comunidade.

19 A realidade da Paróquia
n.29 - Encontram-se paróquias que: Não assumiram a renovação proposta pelo Vat.II e se limitam a realizar suas atividades principais no atendimento sacramental e nas devoções. Falta-lhes um plano pastoral sintonizado com um plano diocesano, e sua evangelização se reduz à catequese de crianças, restrita à instrução da fé, sem os processos de uma autêntica iniciação cristã. A administração e a responsabilidade da comunidade concentram-se no pároco. Não há uma preocupação missionária, pois se espera que as pessoas procurem a Igreja. A evangelização é entendida apenas como fortalecimento da fé daqueles que buscam a paróquia.

20 n.30 - Por outro lado, muitas comunidades e paróquias do país vivenciam experiências de profunda conversão pastoral. Mas que ainda não conseguem atingir o ideal devido a grande população ou extensão territorial. A sugestão é fortalecer as pequenas comunidades. n.31 - O grande desafio das paróquias é sair em missão. n.32 - Há padres muito dedicados e com exemplas pastoreio, mas o laicato precisa assumir maior espaço de decisão na construção da comunidade. Somente assim se evitará que, ao trocar o pároco, as diretrizes da comunidade sejam mudadas completamente.

21 n.34 - Questão do aparecimento dos grupos de cristãos fechados em seus ideais que promovem certo fundamentalismo católico. n.35 - Problema das comunidades paroquiais ou capelas que funcionam mais como instituição do que como comunidade de discípulos de Jesus Cristo. Parecem mais um clube social que não tem como finalidade principal a evangelização. Os pobres, nesses grupos, não têm vez ou, na maioria das vezes, são esquecidos. n.36 - É preciso unidade de recíproca referência, pela qual todos se sintam pertencentes à mesma família de fé que mantém vínculos de amizade e fraternidade. Para haver comunidade eclesial é preciso que haja fé, esperança e caridade. n Existem paróquias com a imagem de uma Igreja distante, burocrática e sancionadora, onde seus planos de pastorais precisam ser mais evangélicos, comunitários, participativos, realistas e místicos.

22 A nova territorialidade n
A nova territorialidade n.38 - Hoje, o território físico não é mais importante que as relações sociais. A mobilidade, especialmente a urbana, possibilita muitos fluxos nas relações. n.40 - Um referencial importante para o ser humano de hoje é o sentido de pertença à comunidade e não tanto o território. n.42 - A territorialidade, por outro lado, não pode ser desprezada. Ela é referência para a maioria dos católicos que encontram na igreja paroquial um ponto de encontro. Ela evita que a comunidade seja apenas um grupo por afinidade que se reúne.

23 n.44 - Comunidades virtuais: na paróquia atual, não é possível trabalhar com grupos de jovens desprezando as redes sociais que atraem e conectam interesses e motivações. Revisão de estruturas obsoletas n.45 - O DAp. propõe “abandonar as ultrapassadas estruturas que já não favoreçam a transmissão da fé” (n.365). n.46 - A EG diz: “A reforma das estruturas, que a conversão pastoral exige, só se pode entender neste sentido: fazer com que todas elas se tornem mais missionárias” (n.27).

24 n.47 - Somos chamados a anunciar Jesus Cristo em linguagem acessível e atual. n.48 - Há excesso de burocracia e falta de acolhida em muitas secretarias paroquiais. “Em muitas partes, predomina o aspecto administrativo sobre o pastoral, bem como uma sacramentalização sem outras formas de evangelização” (EG, n.63). n.49 - As paróquias precisam rever suas atividades: dar atendimento a doentes, solitários, enlutados, deprimidos e dependentes químicos; aproximar-se mais das famílias, do povo de rua, das populações indígenas etc. Para que isso aconteça, é necessário o efetivo desenvolvimento dos serviços e ministérios dos leigos.

25 n.50 - É preciso fomentar a mística do discípulo missionário, capaz de promover a paróquia missionária. “O que derruba as estruturas caducas, o que leva a mudar os corações dos cristãos é, justamente, a missionariedade” (Papa Francisco, JMJ). A urgência da conversão pastoral n.51 - A conversão pastoral sugere renovação missionária das comunidades, para passar de uma pastoral de mera conservação para uma pastoral decididamente missionária. Exige uma nova postura dos pastores, dos agentes de pastoral e dos membros das associações de fiéis e movimentos.

26 n.52 - Conversão pastoral é uma conversão pessoal (interior) e comunitária (exterior). Consiste no encontro com Cristo, no arrependimento dos pecados, no perdão e na acolhida do dom de Deus. n.54 - Pastoral nada mais é que “o exercício da maternidade da Igreja” (Papa Francisco, JMJ). n.56 - É urgente uma revitalização da comunidade paroquial para que nela resplandeça, cada vez mais, a comunidade acolhedora, samaritana, orante e eucarística. n.57 - Observam-se atitudes de medo em relação à mudança e por isso surgem tendências de fechamentos em métodos antigos e posturas de defesa diante da nova cultura, de sentimentos de impotência diante de grandes dificuldades, especialmente nas grandes cidades.

27 Conversão para a missão n
Conversão para a missão n.58 - A conversão pastoral supõe passar de uma pastoral ocupada apenas com as atividades internas da Igreja, a uma pastoral que dialogue com o mundo. n.59 - É exigência da missão a renovação dos costumes, estilos, horários e linguagem.

28 Cap. 2 PALAVRA DE DEUS, VIDA E MISSÃO NAS COMUNIDADES
n Pela Palavra de Cristo a Igreja existe e age guiada pelo Espírito Santo. Assim, o cristão encontra no modelo de vida de Jesus e dos apóstolos sua inspiração para ser comunidade. A conversão pastoral exige uma volta às fontes bíblicas, revisando o contexto e as circunstâncias nas quais Jesus estabeleceu a Igreja.

29 A comunidade Israel n.63 - A comunidade era firmada pela Aliança com Deus e esta regia a vida familiar, comunitária e social. n.65 - No tempo de Jesus, a vida comunitária em Israel estava se desintegrando. A estrutura da sinagoga continuava existindo, mas a comunidade estava se enfraquecendo. Social: imposto, escravidão, exclusão das viúvas, órfãos e dos pobres. n.66 - Jesus participava da vida comunitária de Israel.

30 Jesus: o novo modo de ser pastor n
Jesus: o novo modo de ser pastor n.67 - Jesus se apresenta como o Bom Pastor (Jo 10,11). Seu agir revelava um novo jeito de cuidar das pessoas. Ele ia ao encontro delas. n.68 - Jesus tinha um cuidado especial para com os doentes (Mc 1,32). n.69 - Jesus acolhia a todos: prostitutas e pecadores (Mt 21,31-32), pagãos e samaritanos (Lc 7,2-10), leprosos e possessos (Mt 8, 2-4), mulheres, crianças e doentes (Mc 1,32), publicanos e soldados (Lc 18,9-14) e muitos pobres (Mt 5,3).

31 A comunidade de Jesus na perspectiva do Reino de Deus
n.72 - Jesus valorizou a casa das famílias: casa de Pedro, Mateus, Zaqueu, Marta, Maria e Lázaro. O povo procurava Jesus na sua casa. Deu aos apóstolos o mandato de entrar nas casas. Entrar na casa significava entrar na vida daquela pequena comunidade que nela habitava. n.73 - Jesus constituiu a comunidade dos doze e nela foi acolhendo novos discípulos-missionários.

32 n.74 - Características da comunidade de Jesus e dos apóstolos: Comunhão: todos são irmãos. Igualdade de dignidade: a mulher tem a mesma dignidade que o homem. Partilha dos bens: ninguém tinha nada de próprio. Amizade: ninguém é superior ou escravo. Serviço: poder como serviço. Perdão: poder de perdoar. Igreja da misericórdia. Oração em comum: comunidade orante. Alegria: por causa do Reino de Deus.

33 n.75 - Recomendações de Jesus:
Hospitalidade: despojamento do discípulo. Partilha: providencia. Comunhão de mesa: quebra com as normas e regras dos rituais judeus. Acolhida aos excluídos: curas e libertações dando um novo rosto para a comunidade e a sociedade.

34 As primeiras comunidades cristãs n
As primeiras comunidades cristãs n.77 - Fizeram a experiência com Cristo Ressuscitado e dele receberam o Espírito Santo. n Na força do Espírito Santo, os apóstolos saem de Jerusalém e criam comunidades. Eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações. n.88 - Iniciação cristã: antes de receber o Batismo, a Confirmação e a Eucaristia, o candidato passava por um processo que lhe permitia mergulhar no mistério de Cristo.

35 1º. Recebia o querigma (pré-catecumenato), o primeiro e fundamental anúncio de Jesus Cristo como o salvador da humanidade. 2º. Era acompanhado no catecumenato com instruções, ritos e bênçãos. n.89 - A iniciação cristã cuidava de instruir os catecúmenos tanto na adesão à pessoas de Jesus Cristo quanto na vida comunitária e no novo jeito de agir na sociedade e na família.

36 n.90 - Na quaresma, ocorriam a purificação e a iluminação: uma preparação intensa para a recepção dos sacramentos da iniciação cristã. Na vigília pascal, o candidato, aceito pela comunidade, era batizado, crismado e recebia o Corpo e Sangue de Cristo. Sua formação era continuada no tempo pascal com a mistagogia (ação de guiar para dentro do mistério, que é Cristo). Toda a comunidade acompanhava, formava e conduzia todo esse processo de iniciação.

37 n. 91 - A missão: os discípulos receberam o envio de Jesus
n.91 - A missão: os discípulos receberam o envio de Jesus. Enviados para anunciar a Boa-Nova da salvação. n.92 - Exemplo de Paulo, grande missionário. n.93 - Exemplo de casais missionários: Prisca e Áquila, Andrônico e Júnia n.94 - A esperança: a ressurreição é o anúncio central da comunidade que deve viver e testemunhar a mensagem pascal. A esperança no Cristo que virá faz a comunidade sentir-se peregrina: forma o povo de Deus a caminho do Reino.

38 A Igreja-comunidade n. 99 - Paulo usa a imagem da casa
A Igreja-comunidade n.99 - Paulo usa a imagem da casa. A Igreja Doméstica, indicando que as comunidades se reuniam na casa dos cristãos. Paulo faz da casa a estrutura fundamental das Igrejas por ele fundadas. n A Igreja do NT será denominada como ekklesia tou theou, como assembleia convocada por Deus. n Todos são chamados a participar da ekklesia (reunião pública). n A Igreja primitiva anunciava Jesus Cristo com palavras e obras que comunicava a salvação.

39 Cap. 3 - SURGIMENTO DA PARÓQUIA E SUA EVOLUÇÃO
n A paróquia é um instrumento importante para a construção da identidade cristã; é o lugar onde o cristianismo se torna visível em nossa cultura e história. A origem da paróquia é marcada por um contexto cultural muito diferente do atual. As comunidades na Igreja antiga n O cristianismo dos três primeiros séculos vivia de forma clandestina no Império Romano. As comunidades sofreram perseguição e martírio. A comunidade era um refúgio para os cristãos.

40 n Aprofundou-se a ideia de fraternidade: as comunidades se sentiam responsáveis umas pelas outras. Como irmãos e irmãs: cuidavam dos mais necessitados – viúvas, desempregados, presos, órfãos, idosos e doentes. As comunidades sustentavam suas obras de caridade com a prática penitencial do jejum. n O sistema social das comunidades era tão organizado que até mesmo os não cristãos poderiam receber ajuda. Isso implicava uma recusa cristã diante das práticas como a do abandono de crianças recém-nascidas e a adoração aos deuses.

41 A origem das comunidades n
A origem das comunidades n Fim da perseguição com a liberdade religiosa no império romano a partir do Edito de Milão em 313. Aumento do número de cristãos. Em 381 o Edito de Tessalônica tornou o cristianismo religião oficial do império. n A relação igreja-casa se enfraqueceu. Criaram-se, no final do séc. III, locais fixos chamados domus ecclesiae, sob a direção de um presbítero. No final do séc. IV, esses locais fixos eram chamados, em Roma, de titulos. Chamavam-se paróquias as comunidades rurais.

42 No séc. V a paróquia adquiri maior autonomia
No séc. V a paróquia adquiri maior autonomia. O padre desenvolve várias funções: presidir a Eucaristia, batizar e promover a reconciliação. Esse sistema chega também nas cidades. A territorialidade determinou a transformação social das comunidades cristãs primitivas em paróquias. Diminuiu a força da pequena comunidade. A diocese emergiu como expansão das comunidades eclesiais urbanas. n A unidade da Igreja era expresso pelo fermentum, ou seja, fragmento do pão consagrado pelo bispo, levado às comunidades para ser imerso no cálice da missa presidida pelo presbítero. Traduzia-se, assim, a comunhão entre a comunidade paroquial animada pelo presbítero e a Igreja Particular, coordenada pelo bispo.

43 n No Ocidente, o presbítero realizava os ritos batismais, porém a crisma era reservada ao bispo, como ministro da unidade e da comunhão da Igreja local. n Em 476, ocorreu o fim do Império Romano no Ocidente com a invasão dos bárbaros. Uma nova etapa começou para as comunidades cristãs. Havia uma estreita ligação entre Igreja, Estado e sociedade. Aparecem ordens religiosas e mosteiros atraindo pessoas que buscavam uma espiritualidade que a paróquia não conseguia proporcionar.

44 n Início do 2º. Milênio: um monge do mosteiro de Cluny foi eleito Papa (Gregório VII – 1073 a 1085) e promoveu a Reforma Gregoriana, que pretendia fazer a Igreja regressar às sua origens e afirmar o poder papal, diante das ameaças dos senhores feudais. Aos poucos desenvolveu-se a noção de Igreja mais como instituição jurídica do que sacramental. A paróquia permaneceu sendo uma referência para os cristãos. n O Concílio de Trento (séc. XVI) não modificou o perfil estrutural da paróquia. Insistiu que o pároco residisse na paróquia e institui o seminário para formar o clero. Este modelo de paróquia chegou até o Concílio Vaticano II ( ).

45 A formação das paróquias no Brasil n. 119 - No séc
A formação das paróquias no Brasil n No séc. XVI o catolicismo chegou no Brasil. Este foi marcado pelas ordens religiosas e as irmandades de fiéis. Veio a mudar em 1855 com algumas medidas feitas pelo Império que fechou os noviciados brasileiros. Nesse contexto , as paróquias permaneceram como a única instância institucional do catolicismo no país. n Com a proclamação da República em 1889, a situação mudou. Houve a chegada de congregações religiosas europeias ao Brasil. Diante da pluralidade de congregações e carismas, apostolados e atuações, não havia preocupação de formar uma unidade entre as paróquias.

46 n. 121 - Presença do catolicismo popular (reza do rosário, procissões
n Presença do catolicismo popular (reza do rosário, procissões...). No séc. XIX se introduziu no Brasil a reforma tridentina e se tentou paroquializar a capela. A paróquia ficou sendo identificada como o lugar exclusivo do padre. n Os batizados percebem a paróquia como sendo o lugar mais adequado para receber os sacramentos e atender às suas necessidades religiosas (surge o termo “católico não praticante”). n No período pré-industrial, a paróquia era uma comunidade territorial que se orientava, sobretudo, para atender às famílias católicas.

47 A paróquia no Concílio Ecumênico Vaticano II n
A paróquia no Concílio Ecumênico Vaticano II n A Igreja de Cristo está presente na Igreja Particular. A paróquia só ser compreendida a partir da Diocese. Ela é uma “célula da diocese”. Os documentos conciliares a definem também como “comunidade local dos fiéis”, “Igreja visível estabelecida em todo o mundo”. A paróquia é uma parte da Igreja Particular. n Valor da Igreja reunida em assembleia eucarística (importância dada a Eucaristia).

48 n A Igreja é compreendida como comunhão (dos seus membros entre si, com as outras comunidades e com toda a diocese reunida em torno do seu bispo). n O Vat. II melhorou a compreensão da missão da Igreja no mundo, principalmente com a Lumem Gentium e a Gaudium et Spes. n O Decreto Apostolicam Actuositatem, sobre o apostolado dos leigos, enfatizou o caráter comunitário da vida cristã. Insiste-se que a comunidade paroquial tenha maior abertura e deixe de ser autorreferencial.

49 A renovação paroquial na América Latina e no Caribe n
A renovação paroquial na América Latina e no Caribe n Contexto latino-americano em 1960: regimes militares, violação dos direitos humanos, êxodo rural, consciência das causas do empobrecimento da população, questões ideológicas, aumento da violência. Surge um novo cenário social, político, econômico e cultural. As comunidades paroquiais enfrentam novos desafios. n Tais dramas foram refletidos na Conferência de Medellín (Colômbia, 1968). Foi sugerido uma revisão pastoral de conservação nas paróquias, sustentada na sacramentalização e na fraca evangelização. A Igreja da América Latina reforçou seu compromisso evangélico com a justiça e a verdade.

50 n Medellín sugeriu a formação de comunidade eclesiais nas paróquias, baseadas na Palavra de Deus. Insistiu na vivência comunitária e litúrgica da Eucaristia. Para a formação e a expansão das comunidades, se sugeriu a instituição do diaconato permanente. n Puebla (México, 1979): a novidade era conceber a paróquia como centro de “coordenação e animação de comunidades, grupos e movimentos”. Reconhece-se mais a reunião dos fiéis do que o território.

51 n. 133 - Expandiu-se a experiência das CEBs
n Expandiu-se a experiência das CEBs. São comunidade porque integram famílias; eclesiais porque se nutrem da Palavra e da Eucaristia; de base por serem formadas por poucos membros. n Santo Domingo (República Dominicana, 1992). Destacou a missão da paróquia. A novidade foi a compreensão de paróquia como comunidade de comunidades. n A paróquia não é uma estrutura, um território, nem edifício, é a família de Deus. É a Igreja que vive no meio das casas dos seus filhos e das suas filhas.

52 n. 136 - Considerou a paróquia como rede de comunidades
n Considerou a paróquia como rede de comunidades. Foi sugerido, devido a lentidão da renovação, a setorização da paróquia em pequenas comunidades e a promoção do protagonismo dos leigos. Ir ao encontro daqueles que se afastaram da comunidade. n Aparecida (Brasil, 2007): apelo a conversão pastoral, ou seja, abandonar as estruturas obsoletas de pastoral e situações de mera conservação para assumir a dimensão missionária da renovação paroquial.

53 n As paróquias são células vivas da Igreja e o lugar privilegiado no qual a maioria dos fiéis tem uma experiência concreta de Cristo e a comunhão eclesial. Elas devem se transformar cada vez mais em comunidade de comunidades (título do quinto capítulo do DAp. A renovação paroquial no Brasil n A Igreja no Brasil ocupa-se do tema renovação paroquial desde de Aqui foi implantado o Plano de Emergência com o objetivo de enfrentar os problemas da época e revitalizar a paróquia. Insistiu-se no valor da diocese como lugar da comunhão fundamental da pastoral. O laicato foi estimulado a trabalhar por uma civilização que realizasse o bem comum.

54 n. 141 - Articulava-se a Pastoral de conjunto e às vésperas do Vat
n Articulava-se a Pastoral de conjunto e às vésperas do Vat. II a Igreja no Brasil pensava na superação de uma pastoral concentrada na conservação e pretendia uma abertura aos novos desafios que se apresentavam. n CF-1964: Igreja em Renovação – lembre-se, você também é Igreja. CF-1965: Paróquia em Renovação – faça da sua paróquia uma comunidade de fé, culto e amor. n A CNBB continua acenando para essa renovação com as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil ( ) e alertam que é urgente que a paróquia se torne, cada vez mais, comunidade de comunidades vivas e dinâmicas de discípulos missionários de Jesus Cristo.

55 n Em 2013 a CNBB refletiu mais intensamente o tema da paróquia e dessa Assembleia surgiu o Estudo 104: Comunidade de comunidades – uma nova paróquia. n Este tema da renovação paroquial foi influenciado pelos pronunciamentos do Papa Francisco na JMJ. n “Por intermédio de todas as atividades, a paróquia incentiva e forma os seus membros para serem agentes da evangelização”. n A paróquia é “comunidade de comunidades, santuário onde os sedentos vão beber para continuarem a caminhar, e centro de constante envio missionário”.

56 CAP. 4 - COMUNIDADE PAROQUIAL
n A comunidade-Igreja encontra seu fundamento e origem no Mistério Trinitário. Pelo Espírito Santo a comunidade recebe o dom da unidade que permite a comunhão das pessoas em Cristo e entre si. Essa unidade dos seguidores de Cristo é a comunhão da Igreja, que encontra a sua expressão mais imediata e visível na Paróquia. n A paróquia é a localização última da Igreja que vive nas casas de seus filhos e filhas. Pela paróquia, a Igreja participa do cotidiano das pessoas, das relações sociais e concretiza a experiência do discípulo missionário.

57 Trindade: fonte e meta da comunidade n
Trindade: fonte e meta da comunidade n Sem a comunidade não há como viver autenticamente a experiência cristã, pois a Igreja origina-se da Trindade, é estruturada à sua imagem e ruma para a pátria trinitária. n Como a Trindade, também a comunidade cristã vive no amor que permite acolhida e doação, que une as diferenças num só coração. Importante é a acolhida das novas lideranças com seus dons e carismas. n A comunhão e a missão trinitária inspiram a missão da comunidade que nasce da consciência de que muitos vivem sem o amor de Deus. n Não há comunidade cristã que não seja missionária.

58 Diocese e paróquia n A diocese é a porção do povo de Deus confiada a um bispo com a cooperação de um presbitério. A diocese vive em comunhão com todas as demais dioceses que são presididas na caridade pelo bispo de Roma, o Papa. n A Igreja é mistério. A paróquia como comunidade de comunidades e cada um dos fiéis estão em profunda comunhão com a realidade além da visibilidade. A comunhão da Igreja é uma comunhão no mistério da comunhão dos santos. A Igreja, da qual a paróquia é concretização, não se reduz às estruturas e organismos pastorais. Ele transcende o mundo visível.

59 n A paróquia não pode ser concebida como independente, mas somente em relação à Igreja Particular na qual se encontra. Dela recebe as orientações pastorais e define sua atividade. Definição de paróquia n O conceito de paróquia está ligado à acolhida daqueles que estão em peregrinação. É uma hospedaria que acolhe os viajantes para a pátria celeste. Ela é referência, lar, casa, hospedaria, estação para os que caminham guiados pela fé em Jesus Cristo.

60 n “Paróquia é uma determinada comunidade de fiéis, constituída de maneira estável na Igreja Particular, e seu cuidado pastoral é confiado ao pároco, como a seu pastor próprio, sob autoridade do bispo diocesano” (CIC). n Missão: perseverança na fração do pão, na comunhão fraterna, nas orações e no ensinamento dos apóstolos” (At 2,42). n Missão: ser uma comunidade de fé, de culto e de caridade.

61 Comunidade de fiéis n A paróquia é uma comunidade de fiéis que, de alguma maneira, torna presente a Igreja num determinado lugar. n Comunidade significa a união íntima ou a comunhão das pessoas entre si e delas com Deus Trindade que se realiza pelo Batismo e pela Eucaristia. n Comunidade de fiéis indica a união, a partir da fé, daqueles que são batizados e estão em plena comunhão com a Igreja.

62 Território paroquial n
Território paroquial n A comunidade territorial é compreendida como uma comunidade de fiéis determinada por meio de um espaço geográfico determinado. Para uma pessoa pertencer a uma paróquia, basta residir dentro de seus limites territoriais. n A paróquia é a comunidade à qual pertencem todos os fiéis, sem exclusão ou elitismo. Só assim ela será católica.

63 Comunidade: casa dos cristãos n
Comunidade: casa dos cristãos n.178 – Comunidade = casa: abrange o conceito de lar, ambiente de vida referência e aconchego de todos que transitam pelas estradas da vida. n A comunidade cristã é a Casa da Palavra, na qual o discípulo escuta, acolhe e pratica a Palavra. n A Liturgia é o lugar privilegiado para a Igreja escutar a voz do Senhor. Os círculos Bíblicos e a prática da Leitura Orante também são lugares para escutar a palavra do Senhor.

64 n A comunidade é a Casa do Pão, pois a comunidade cristã vive da Eucaristia. n A comunidade é a Casa da Caridade – Ágape: os membros da comunidade vivem o compromisso social, especialmente promovendo a justiça e os direitos humanos, numa evangélica opção pelos pobres. n É preciso que haja uma presença pública da Igreja na sociedade.

65 Comunidade para a missão n
Comunidade para a missão n O testemunho da comunidade cristã (que é anterior ao discurso e às palavras) é missionário quando ela assume os compromissos que colaboram para garantir a dignidade do ser humano e a humanização das relações sociais. n A missão requer o anúncio explícito da Boa-Nova de Cristo, isto é, o querigma: anunciar Jesus Cristo, crucificado e ressuscitado. n O querigma inclui necessariamente o testemunho.

66 n.189 - Para ser missionária, a paróquia precisa ir ao encontro das pessoas.
n Conclusão: a descentralização da paróquia e a consequente valorização das pequenas comunidades deveria ser a grande missão da Igreja que busca desenvolver a cultura da proximidade e do encontro. Afinal, “o que derruba as estruturas caducas, o que leva a mudar os corações dos cristãos é, justamente, a missionariedade” (Papa Francisco, JMJ).

67 Cap. 5 - SUJEITO E TAREFAS DA CONVERSÃO PAROQUIAL
n Na renovação paroquial, todos estão envolvidos em diferentes tarefas. O Fortalecimento das comunidades supõe a multiplicação de ministérios e serviços dos discípulos e discípulas missionários. n A renovação paroquial depende de um renovado amor à pastoral. n Todos os sujeitos da conversão pastoral são evangelizadores convidados a sair em missão e ser presença junto aos que se encontram nas periferias, sejam elas territoriais ou existenciais.

68 Os bispos n os bispos são os primeiros a fomentar, em toda a diocese, a conversão pastoral das paróquia. n O Papa Francisco pede que o bispo tenha as seguintes atitudes: pastor próximo das pessoas; pastor que tenha paciência e misericórdia; pastor simples e acolhedor; pastor da unidade e da esperança. n Que os bispos sejam os animadores de uma nova mentalidade e postura pastoral (mais pastoral que administrativo). n Que animem e ajudem os padres em sua missão nas paróquias.

69 Os presbíteros n O padre é chamado a ser: pastor, dedicado, generoso, acolhedor e aberto ao serviço na comunidade. Preocupa o excesso de atividades pastorais que pode prejudicar o equilíbrio pessoal do padre. n Padre sobrecarregados de trabalhos, cansados e desencantados precisam ser ajudados. n Outra preocupação é a atualização do padre (formação permanente). n A conversão pastoral da paróquia depende da postura do padre na comunidade (ser presença visível de Cristo: acolhedor, coração paterno etc.). Deve renovar sempre a sua espiritualidade.

70 n O padre deve ser um autêntico discípulo de Jesus Cristo, porque só um discípulo apaixonado pelo Senhor pode renovar uma paróquia. n A renovação paroquial requer novas atitudes dos párocos: precisa ser um homem de Deus que fez e que faz o encontro profundo com Cristo. n É fundamental cuidar da formação permanente e da formação nos seminários de acordo com essa visão de pastoral que considera a paróquia uma comunidade de comunidades.

71 Os diáconos permanentes n. 206 - A missão do diácono permanente no DAp
Os diáconos permanentes n A missão do diácono permanente no DAp.: acompanhar a formação de novas comunidades eclesiais. Pode-se confiar uma comunidade não territorial: atendimento a dependentes químicos, universidades ou hospitais. Em caso de necessidade, a eles ainda pode ser confiada a administração de uma paróquia.

72 Os leigos n A missão dos leigos deriva do Batismo e da Confirmação. n É preciso fomentar a participação dos leigos nas comunidades eclesiais, nos grupos bíblicos, nos conselhos pastorais e de administração paroquial. Deve-se reconhecer a diversidade de carismas, serviços e ministérios dos leigos, até mesmo confiando-lhes a administração de uma paróquia, se a situação exigir. n É preciso um processo integral de formação dos leigos.

73 n. 213 - o Papa Francisco pede para se evitar o clericalismo. n
n o Papa Francisco pede para se evitar o clericalismo. n Os leigos precisam de espaços para atuarem na comunidade. Sujeitos da conversão pastoral: n.215 – A Família: valorizar a família, os grupos de casais que se apoiam mutuamente, promovendo encontros entre as famílias. n Políticas públicas caducas que gera a crise de afeto e a dificuldade em criar vínculos mais importantes, como o namoro e o casamento. n Realidade de muitas famílias: pessoas unidas sem vínculo sacramental, em segunda união ou vivem sozinhas sustentando os filhos, avós que criam os netos, crianças adotadas por pessoas solteiras ou do mesmo sexo, que vivem em união estável.

74 n Acolher, orientar e incluir nas comunidades aqueles que vivem numa outra configuração familiar são desafios inadiáveis. n As mulheres: constituem a maioria de nossas comunidades. São as primeiras transmissoras da fé e colaboradoras dos pastores. n Reconhecer seu valor e sua missão na paróquia é um dever de todos. A Exortação Apostólica EG insiste que a presença das mulheres deve ser garantida nos diversos âmbitos onde se tomam as decisões importantes na Igreja e na sociedade.

75 n Os jovens: a paróquia precisa ter abertura para incentivar a presença e a atuação dos jovens cristãos. É importante garantir espaços adequados para eles nas paróquias, com atividades, metodologias e linguagem próprias, assegurando a participação e o engajamento comunitário. Atenção especial com os jovens que vivem em situação de risco e exclusão social. n Os jovens apreciam participar de campanhas de solidariedade, voluntariado e atividades da comunidade. n Buscar novos meios de comunicação, especialmente as redes sociais para cativar os jovens. n O Papa pede que os jovens se rebelem contra a cultura do provisório.

76 n Os idosos: toda comunidade cristã deveria encontrar espaços de convivência para seus idosos. Não se trata de organizar apenas eventos com idosos, mas principalmente de oferecer oportunidades para jovens e crianças crescerem na amizade com os idosos da comunidade. Comunidades Eclesiais de Base n As CEBs são um instrumento que permite ao povo chegar a um conhecimento maior da Palavra de Deus, ao compromisso social, ao surgimento de novos leigos e à educação da fé dos adultos.

77 n Elas são a presença da Igreja junto aos mais simples, comprometendo-se com eles em buscar uma sociedade mais justa e solidária. n Característica da CEBs: formação de comunidades territorialmente estabelecidas, com forte acento missionário e ligado ao compromisso sociotransformador. Movimentos e associações de fiéis n São escolas de espiritualidades que atraem muitas pessoas, especialmente em contexto urbano, onde há grande busca de sentido para a vida. Eles se organizam em torno de carismas específicos.

78 n Desafio: vivência da comunhão e na pastoral de conjunto da diocese e das comunidades. n Tarefa: encontrar caminhos de diálogo, renúncias e opções que possibilitem a comunhão. Orientações da Christifideles Laici: vocação universal a santidade, fidelidade à sã doutrina, participação na vida e missão da paróquia, comunhão com plano pastoral diocesano, colaboração na transformação social à luz da doutrina social da Igreja. n Elas têm o dever de serviço na paróquia e na Diocese.

79 Comunidades ambientais e transterritoriais n
Comunidades ambientais e transterritoriais n São comunidades formadas por grupos: moradores de rua, universitários, empresários ou artistas, hospitais. n Incluem também as escolas. n Incluem também as universidades. Valorizar a Pastoral Universitária.

80 Cap. 6 - PROPOSIÇÕES PASTORAIS
n É preciso superar a tentação de uma postura pastoral que pretende contar apenas com os esforços humanos para evangelizar. n É preciso recuperar o primado de Deus e o lugar do Espírito Santo em nossa ação evangelizadora. Comunidades da comunidade paroquial n.244 – Setorização: a grande comunidade pode ser setorizada em grupos menores. A paróquia descentraliza seu atendimento e favorece o aumento de líderes e ministros leigos e vai ao encontro dos afastados. Criam-se novas unidades sem tanta estrutura administrativa.

81 n. 245 - A setorização é um meio
n A setorização é um meio. É preciso identificar que vai pastorear, animar e coordenar as pequenas comunidades. Deve-se preparar bem os animadores das comunidades. Será preciso também um novo planejamento da paróquia como rede, evitando a concentração de todas as atividades na matriz. Trata-se de uma nova organização, com maior delegação de responsabilidades para leigos e religiosas que atuam na paróquia. n Mesmo as capelas e comunidades – estabelecidas nas paróquias como local de celebração – poderiam multiplicar a formação desses grupos menores e denominá-los pequenas comunidades.

82 n O início da formação dessas pequenas comunidades pode ser com pessoas que já estão atuando em pastorais, serviços e movimentos na paróquia. Em seguida devem-se expandir para atrair aqueles que apenas participam da missa ou da celebração sem nenhum engajamento. A seguir vem a missão: buscar aqueles que estão afastados. n Onde não for possível setorizar territorialmente, siga-se o critério da adesão por afeto ou interesse, chamadas de comunidades afetivas que se organizam por carismas. As afinidades podem ser entre jovens, universitários, idosos, casais etc.

83 n. 250 - Nos lugares de grande urbanização
n Nos lugares de grande urbanização. A recusa em abrir as casas pode ser um fator complicador. Haverá, então, pequenos grupos que poderão ser formados por moradores de um edifício, mas haverá também pequenos grupos que poderão se formar com moradores de locais distintos e mesmos distantes. n A frequência dos encontros da comunidade pode ser semanal, quinzenal ou mensal. O importante é garantir encontros regulares e um comunicação entre os membros da comunidade, de modo que se traduzam em interesse e compromisso de amizade e fraternidade.

84 n. 252 - O que pode ser desenvolvido nestes pequenos grupos
n O que pode ser desenvolvido nestes pequenos grupos? Fundamento: Palavra e Eucaristia. Leitura Orante da Bíblia e os Círculos Bíblicos; serviços e ministérios: cuidados aos doentes, visita aos migrantes. Catequese, celebração da Palavra, acompanhamento aos enlutados, atendimento aos pobres, preparação ao sacramento do Batismo e outros. n A paróquia pode oferecer a possibilidade de formar pequenas comunidades que se reúnam em diversos pontos, em horários e dias diferentes, de maneira que os paroquianos possam ter opções.

85 n Para garantir os encontros das comunidades, a diocese ou a paróquia poderá criar subsídios que as ajudem. n Metodologia dos subsídios: Leitura Orante da Bíblia, catequese, caridade, formação da consciência crítica etc. n O encontro eucarístico pode ser na igreja paroquial ou na capela que reúne as muitas comunidades numa única comunidade eucarística, sinal de unidade e comunhão.

86 Acolhida e vida fraterna n
Acolhida e vida fraterna n A conversão pastoral supõe rever as relações que existem entre as pessoas. A vida comunitária não está baseada em assumir cargos ou atuar em serviços na paróquia: trata-se de ser autêntico discípulo de Jesus Cristo. n A missão que se impõe às comunidades paroquiais é rever o relacionamento humano que nelas se estabelece. Não será possível acolher os afastados se aqueles que estão na comunidade vivem se desencontrando.

87 n Quando se propõe renovar a paróquia como comunidade de comunidades, mais do que imaginar ou criar novas estruturas, trata-se de recuperar as relações interpessoais e de comunhão. n Diante do grande número de batizados afastados da vida comunitária urge exercer melhor a acolhida. n Acolhida melhor nas secretarias paroquiais (uma porta de entrada para a comunidade), superando a burocracia, a frieza, a impessoalidade e estabelecendo relações mais personalizadas.

88 n Preparar pessoas leigas e consagradas para fazer a acolhida e o acompanhamento. Não se trata de simples escuta, mas de proximidade e acompanhamento das pessoas. n Oferecer com maior frequência o Sacramento da Reconciliação (atendimento individualizado: acompanhamento e orientação espiritual). Essa missão depende da urgente alteração da agenda do pároco que pode delegar funções administrativas aos leigos competentes. n No acolhimento, não colocar de imediato os obstáculos doutrinais e morais. Trata-se de uma atitude misericordiosa da Igreja.

89 n Exemplos de uma pastoral missionária: deixar as portas da igreja abertas para que as pessoas possam rezar sempre que desejarem; rever os horários das celebrações: missas ao meio-dia, atendimento do padre à noite e missa com jovens em horários alternativos. Iniciação à vida cristã n Adotar a metodologia ou processo catecumenal. Uma formação que percorra os processos da iniciação, desde o querigma e conversão, até o discipulado, a comunhão e a missão. n Catequese centrada na Palavra de Deus.

90 Leitura Orante da Palavra n
Leitura Orante da Palavra n Homilia: precisa ser breve e capaz de falar a linguagem dos homens e das mulheres da cultura atual. Implica preparar a homilia com meditação e oração, a fim de pregar com convicção e paixão. n Celebração da Palavra de Deus: oferecer uma boa formação aos ministros da Palavra, com bom conhecimento litúrgico e técnicas de comunicação. Ministro deve ser humilde, acolhedor e que reflete a Palavra de forma simples e direta.

91 Liturgia e espiritualidade n
Liturgia e espiritualidade n Tanto os ministros ordenados quanto as equipes de liturgia precisam vivenciar o que celebram. Rever: comentários infindáveis, cânticos desalinhados com a Palavra, homilias longas e ausência de momentos de silêncio. Fala-se demais e reza-se pouco. n Fé e vida: o Cristo reconhecido na Eucaristia remete ao encontro e serviço aos pobres. n Valorização do Domingo como Dia do Senhor, da alegria, do repouso e da solidariedade.

92 n Nas igrejas da paróquia, celebra-se a Eucaristia, promovem-se retiros e dias de espiritualidade, vive-se o Sacramento da Reconciliação. n A verdadeira celebração e a oração exigem conversão e não criam fugas intimistas da realidade, ao contrário, remetem à solidariedade e à alteridade. n Valorizar a religiosidade popular, impregnando-a da palavra de Deus e conduzindo-a ao centro da vida litúrgica. Especial atenção para a devoção mariana.

93 Caridade n As comunidades da paróquia precisarão acolher a todos, em especial os moralmente perdidos e os socialmente excluídos. n O cuidado com os necessitados impele a comunidade à defesa da vida desde a sua concepção até seu fim natural. n Rostos que clamam: dependentes químicos, migrantes, desempregados, dementes, moradores de rua, sem terra, soropositivos, doentes e idosos abandonados.

94 n. 284 - Outros rostos: divorciados, casais em 2ª
n Outros rostos: divorciados, casais em 2ª. União, homossexuais, solitários e deprimidos, doentes mentais. n Marcar presença diante dos grandes desafios da humanidade: defesa da vida, ecologia, ética na política, economia solidária e cultura da paz (= exercício da cidadania).

95 n Algumas iniciativas não são fáceis de serem aplicadas, mas são urgentes. Uma delas é evitar a comercialização e o consumo de álcool nos espaços da comunidade. Especialmente nas festas dos padroeiros e outros eventos religiosos, a venda de bebida alcoólica contrasta com os programas de defesa da vida e combate à drogadição que a Igreja promove. Uma das drogas mais ameaçadoras da sociedade é o álcool. Entretanto, em algumas paróquias, em razão de questões financeiras, culturais ou porque “sempre foi assim”, caem nessa contradição grave. Será preciso encontrar saídas alternativas para a manutenção da comunidade, como a partilha do dízimo. É urgente a conversão das comunidades paroquiais para evitar o contratestemunho de promover o consumo de álcool em quermesses ou outras atividades recreativas da comunidade.

96 Conselhos, organização paroquial e manutenção n
Conselhos, organização paroquial e manutenção n Para o bom funcionamento da comunidade é preciso comunhão e participação que exigem engajamento, tanto na provisão de recursos quanto na administração paroquial. n O dízimo na paróquia: evitar o sentido de taxa ou mensalidade e a ideia de retribuição. Por outro lado, evite-se o exagero nas campanhas de conscientização que muitas vezes causam reação negativa. n Para favorecer a participação é preciso estimular o funcionamento do Conselho Pastoral Paroquial (CPP) e também o Conselho de Assuntos Econômicos-Pastorais (CAEP). Esses conselhos são organismos de participação do laicato. Do Conselho de Pastoral Paroquial (CPP) deve fazer parte o coordenador do Conselho de Assuntos Econômicos.

97 n Deve haver concordância entre CPP e CAEP e ambos precisam ser formados por discípulos missionários, pessoas que participam ativamente da vida da Igreja. Dar formação aos membros do CAEP para que seu serviço não seja reduzido a uma administração voltada somente para a manutenção e construção. As decisões é do CPP e a execução é do CAEP. n A comunidade deve ir além da sua manutenção. O Projeto deve visar a salvação e acolhimento de todos, especialmente os mais necessitados (manutenção e qualificação de obras e ações sociais).

98 n Paróquias são pessoas jurídicas que precisam prestar contas a quem as sustenta e ao Estado brasileiro. Precisa de uma gestão qualificada e transparente, de acordo com as normas contábeis e as legislações vigentes civil e canônica. n Será preciso desenvolver fundos de solidariedade entre as paróquias da diocese (paróquias irmãs). n Será preciso distribuir melhor o atendimento do clero às paróquias. Essa missão cabe aos bispo, apoiado pelo Conselho Presbiteral e os padres que atuam na pastoral.

99 n. 296 - A comunidade paroquia não pode se separar da vida diocesana
n A comunidade paroquia não pode se separar da vida diocesana. Sua unidade se faz na oração, nos vínculos de pertença e na ação pastoral orgânica e de conjunto. n Projeto Igrejas-irmãs: vínculos afetivos e efetivos com paróquias de áreas missionárias, especialmente na região amazônica. Abertura ecumênica e diálogo n Atitude ecumênica e o diálogo garantem o respeito e o acolhimento mútuos. Exemplos: vida familiar, festas do município, formaturas, batismos, matrimônios e exéquias.

100 n Realização da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos: juntos para rezar e meditar a Palavra de Deus. n Outros elementos de unidade: serviço à vida e na defesa dos direitos humanos. n Não se perde a identidade no ecumenismo, no diálogo inter-religioso etc. Nova formação n A conversão da paróquia exige um novo estilo de formação: métodos, pedagogias interativas e participativas, estimulando a prática das comunidades e as experiências de vida das pessoas, formando consciência sobre o valor da vida comunitária para a fé cristã.

101 n Formação continuada para ministros ordenados, seminaristas e leigos. n Estimular a realização de um programa de renovação teológico-pastoral para o clero brasileiro, focado na conversão pastoral. n Formar discípulos missionários. Ex.: Escola Diocesana de Formação de Catequistas que seja sistemática, orgânica e permanente com formação teológica, litúrgica, bíblia, metodológica e psicológica.

102 Ministérios leigos n Os ministérios leigos refletem a dignidade de todos os batizados e a corresponsabilidade de todos os cristãos na comunidade. n Estimular a participação dos leigos nos diferentes ministérios e serviços. Ex.: Ministério da Palavra. n Os ministros precisam estar bem preparados com sólida formação doutrinal, pastoral e espiritual.

103 Cuidado vocacional n A paróquia é, por excelência, o lugar do cuidado vocacional. n Faz-se necessário organizar em todas as paróquias equipes de pastoral vocacional que animem a vocação batismal, apoiem a diversidade e a especificidade vocacionais, promovam orações pelas vocações. n É essencial o testemunho dos presbíteros e de toda a comunidade cristã.

104 Comunicação pastoral n
Comunicação pastoral n Promover uma comunicação mais direta e objetiva. Ex.: reuniões e encontros. n não é possível menosprezar a experiência religiosa conhecida pelos meios midiáticos e virtuais que influenciam pessoas, disseminam informações e formam opinião sobre temas religiosos. Estes meios devem estimular a participação na vida comunitária. n O grande desafio das TVs e sites católicos é desenvolver uma pastoral de conjunto.

105 Sair em missão n É urgente ir ao encontro daqueles que se afastaram da comunidade ou dos concebem apenas como uma referência para serviços religiosos. Momentos oportunos para uma boa acolhida e evangelização: preparação para o Batismo e Matrimônio, as exéquias e a formação dos pais e das crianças e jovens da catequese.

106 CONCLUSÃO n O DAp diz que a Missão Continental é constituída de duas dimensões válidas também para a conversão pastoral: missão programática (organiza o “fazer” em vista da missão) e a paradigmática (mudar a mentalidade em razão da missionariedade). n Em unidade com a Missão Continental, a Igreja no Brasil poderia elaborar um programa de conversão pastoral das paróquias no País. Respeitando a pluralidade e propondo uma pastoral de conjunto.

107 Questões para as comunidades paroquiais refletirem
Quais são os pontos deste texto que provocam a reflexão sobre a nossa comunidade paroquial? Que atividades paroquiais e estruturas precisam ser revisadas? Em que aspectos já estamos vivendo a conversão pastoral? Como a nossa paróquia pode tornar-se comunidade de comunidades? O que precisamos assumir para sermos uma paróquia missionária?


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