SEMIÓTICA JORNALISMO.

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1 SEMIÓTICA JORNALISMO

2 SEMIÓTICA A ciência que estuda a produção dos sentidos em diferentes códigos e linguagens.

3 UMA DISTINÇÃO. Linguística: estuda os códigos, linguagens e sentidos produzidos no campo verbal. Semiótica: Estuda todas as linguagens.

4 OUTRA DISTINÇÃO. Língua: todo conjunto de códigos naturalizados de forma oral ou escrita, formalizados para universalizar a tradução entre os seres humanos. (Língua materna ou pátria – Língua Portuguesa) Linguagem: forma particular de produzir sentido, para além da linguagem oral ou escrita. (Código morse, DNA, partitura musical, linguagem corporal, histórias em quadrinhos, publicidade, gírias de classe, identidade cultural, linguagem acadêmica, etc.

5 OBSERVE QUE PARA ALÉM DA LÍNGUA, SÃO FORMADAS DIFERENTES LINGUAGENS, DEPENDENDO DO CONTEXTO E DA CULTURA.

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15 SEMIÓTICA É TEORIA E MÉTODO, QUE TEM POR OBJETIVO ESTUDAR OS SIGNOS.

16 SIGNO É QUALQUER COISA COM CAPACIDADE DE SIGNIFICAR ALGO PARA ALGUÉM.
UMA FRASE UM OBJETO UM LOGOTIPO UM SOM UM CONTEXTO ETC.

17 UM SIGNO ESTÁ NO LUGAR DE OUTRA COISA, OU SEJA, SINALIZA ALGO.
A imagem da pomba significa que uma fotografia foi tirada, revelada e publicada. Significa que a ação ocorreu. A pomba está no lugar da “paz”. As letras organizadas “P-O-M-B-A” estão no lugar do som da palavra, que está no lugar da ave em questão.

18 Por isso a semiótica é importante para a comunicação.
É a teoria e o método que tem por objetivo estudar a produção dos sentidos.

19 Corrente norte-americana: Charles Sanders Peirce (1839-1914).
Teoria estruturalista baseada em tríades. Exemplos para a classificação dos signos em tríades: . Signo, objeto e significado. . Ícone, índice, símbolo. . Primeiridade, secundidade e terceiridade. . Quali-signo, legi-signo; sin-signo.

20 ÍCONE – É um tipo de signo que estabelece uma relação de semelhança com o objeto.
Em princípio esta forma não é ícone de nada.

21 Dependendo do contexto de uma campanha publicitária, por exemplo, as figuras tornam-se ícones, pela semelhança com aquilo que se referem, seus objetos. Violência doméstica. Parque aquático. Papelaria.

22 O ÍCONE DE UM PÁSSARO - SEMELHANÇA

23 O ÍCONE DE UM ESCUDO - SEMELHANÇA

24 ÍCONE DE UMA MULHER. ÍCONE DE UM HOMEM.

25 ÍCONE DE UMA CASA.

26 ÍCONE DE UMA PESSOA. A FOTOGRAFIA, NESTE CASO, ICONIZA O PAPA
ÍCONE DE UMA PESSOA. A FOTOGRAFIA, NESTE CASO, ICONIZA O PAPA. A FOTOGRAFIA DIGITAL NÃO É A PESSOA EM SI, MAS UMA REPRESENTAÇÃO SOMENTE POSSÍVEL PELA ORGANIZAÇÃO DOS PIXELS.

27 RESUMINDO. O ÍCONE É UM TIPO DE SIGNO.
PODE SER UMA IMAGEM, UM CHEIRO, UM SOM, UMA TEXTURA, QUALQUER COISA QUE ESTABELEÇA UMA RELAÇÃO DE SEMELHANÇA QUALITATIVA COM AQUILO QUE SE REFERE.

28 ÍNDICE É UMA CARACTERÍSTICA
DO SIGNO, BASEADA EM UMA RELAÇÃO DE PROXIMIDADE COM O OBJETO REPRESENTADO. UM INDÍCIO DA EXISTÊNCIA DO SIGNO. Uma pessoa esteve recentemente aqui. Compreendemos a mensagem, pois a pegada é um indício.

29 ÍNDICE SABEMOS QUE VAI CHOVER, NÃO POR SERMOS MÁGICOS, MAS PELA LEITURA DO SIGNO “NUVEM CARREGADA” QUE É UM INDÍCIO (NOS INDICA) DE QUE VAI CHOVER.

30 É PRECISO UM TÍTULO PARA ESTA IMAGEM?
ÍNDICE É PRECISO UM TÍTULO PARA ESTA IMAGEM? FAÇA A LEITURA E TRANSFORME EM TEXTO VERBAL.

31 ÍNDICE QUAIS INDÍCIOS FORAM UTILIZADOS PARA DIZER QUE
“A TERRA ESTÁ DOENTE”?

32 ÍNDICE Algum indício para que seja possível a leitura, de que este carro é “forte” e “resistente”?

33 ÍNDICE Algum indício para que seja possível a leitura, de que esta batata seja apimentada?

34 ÍNDICE Algum indício para que seja possível a leitura, de que este esmalte foi feito para unhas fortes?

35 ÍNDICE Algum indício para que seja possível a leitura, de que esta ração é saudável para os gatos?

36 ÍNDICE O jornalismo também usa de indícios para produzir o duplo sentido, por meio do humor.

37 SÍMBOLO Os signos se comportam como símbolos quando passam a representar algo por uma convenção ou lei. Um pacto “simbólico” que faz algo representar outra coisa.

38 SÍMBOLO O som do nome vem em sua mente? Então esse desenho representa um som. Está no lugar dele. O desenho em questão também significa uma empresa, uma marca, uma história, seus produtos, suas experiências. O desenho não tem “cara” de Nike. Foi uma convenção social, que com o tempo passou a representar a empresa.

39 SÍMBOLO A cor pode funcionar como um símbolo, quando for convencionada para representar algo. Embora o entendimento pareça universal, símbolos afetam as pessoas de maneiras diferentes.

40 SÍMBOLO A cor pode funcionar como um símbolo, quando for convencionada para representar algo. Embora o entendimento pareça universal, símbolos afetam as pessoas de maneiras diferentes.

41 SÍMBOLO Embora o entendimento pareça universal, símbolos afetam as pessoas de maneiras diferentes.

42 SÍMBOLO Uma pessoa pode ser um símbolo, de uma cultura musical, ou de uma década, por exemplo.

43 SÍMBOLO Por convenção algumas cores passaram a representar nações.

44 SÍMBOLO Além de indícios de que estamos nos referindo aos lugares, alguns tipos de culinária, tornam-se símbolos das regiões.

45 SÍMBOLO E é claro:

46 SÍMBOLO E é claro:

47 RESUMINDO: PARA PEIRCE O SIGNO PODE SE APRESENTAR DE TRÊS MANEIRAS:
Por similaridade (um ícone); Por aproximação, contingência ou relação (um índice) Por convenção: (um símbolo)

48 Para Peirce a leitura semiótica depende de três categorias , que não apresentam rigidez hierárquica, embora sejam traduzidas como: . Primeiridade (sentido) . Secundidade (existência) . Terceiridade (lei)

49 A primeiridade Diz respeito aos aspectos mais sensíveis da leitura, praticamente desprovidos de conhecimento e cultura. São qualidades dos signos.

50 A primeiridade Qualidades que nos fazem, por exemplo, sentir diferenças entre as formas.

51 A primeiridade Qualidades que nos fazem, por exemplo, sentir diferenças entre as cores.

52 A primeiridade Qualidades que nos fazem, por exemplo, sentir diferenças entre as proporções.

53 A primeiridade Qualidades que nos fazem, por exemplo, sentir diferenças entre as distâncias.

54 A primeiridade Qualidades que nos fazem, por exemplo, sentir diferenças entre os gostos.

55 A primeiridade Qualidades que nos fazem, por exemplo, sentir diferenças entre as temperaturas.

56 A primeiridade Porém as sensações primeiras não têm nome ainda. Não chamamos calor, frio, perto, distante, salgado, azul. São apenas sensações primárias, qualidades presentes nos signos de maneira geral, mas que nos ajudam a constituir o significado em conjunto com a segunda categoria.

57 A primeiridade Por isso são quali-signos, que produzem os sentidos atribuídos a partir de qualidades primárias.

58 A secundidade Diz respeito às somas das qualidades, que formam singularidades para a leitura dos signos. . Vermelho é uma singularidade da cor. . Vermelho é uma singularidade do tomate. . Vermelho é uma singularidade do sangue.

59 A secundidade Perceber a diferença entre um abacate e um mamão a partir das diferenciações entre as cores é considerar as singularidades que diferenciam cada fruta.

60 A secundidade Perceber a diferença entre uma lata de refrigerante quente ou gelada (só por olhar para o “suor” desta lata) significa perceber as singularidades que diferenciam tais sentidos.

61 A secundidade Por isso são sin-signos, que produzem os sentidos atribuídos a partir de singularidades, que já carregam os pressupostos sensoriais primários.

62 A terceiridade É A PROPRIEDADE DE LEI QUE FAZ O SIGNO FUNCIONAR COMO TAL. É UMA CONVENÇÃO, UM ESTATUTO, UM PACTO UMA MANEIRA SIMBÓLICA, INVENTADA E ACEITA ENQUANTO LINGUAGEM. SÃO ASSIM CHAMADOS LEGI-SIGNOS, POIS GANHAM CARÁTER DE LEI (PELA LINGUAGEM) GENERALIZANDO A TRADUÇÃO DO SENTIDO.

63 A terceiridade

64 Análise semiótica peirceana
Como a capa deste livro de tiras em quadrinhos se comporta enquanto signo?

65 A primeiridade Quali-signos. Relação figura-fundo.
Cores – Azul, rosa e amarelo. Os tons. A proximidade entre as personagens. O plano. A música.

66 A secundidade Sin-signos. O abraço. As expressões faciais.
O coração, o pau de macarrão, a chave, o lenço no cabelo, o balão de pensamento, os textos verbais.

67 A terceiridade Legi-signos. . O amor. . Os discursos de sexo e poder.
. As relações familiares. . As metáforas sobre o humor. . A representação do tempo. . Os paradigmas editoriais.

68 Para Peirce o signo é formado em um processo triádico.

69 Processo triádico Signo ou representâmen, como denomina Peirce, é aquilo que sob certo aspecto ou modo, representa algo, para alguém. O signo dirige-se a alguém e cria, na mente deste, outro signo (B) equivalente ou mais desenvolvido, o qual Peirce denomina interpretante do primeiro signo. O signo representa determinado objeto, ele refere-se a este. O resultado desta relação de referência é um efeito na mente, potencial ou real, daquele para quem o signo está parecendo no lugar do objeto. Por a referência e representação que o signo faz do objeto ser sob um aspecto, ele não pode proporcionar total reconhecimento do objeto, ele veicula alguma informação sobre esse objeto relacionando-o ou referindo-se a este.

70 Representamen (o corpo do signo)
A palavra por exemplo é a materialidade que se apresenta para significar algo. O mesmo vale para o logotipo, uma ação, uma obra de arte, uma metáfora visual, um som, etc.

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72 Representamen (o corpo do signo)
A palavra “mulher” é representamen do objeto a que se refere. O significado é o sentido produzido na mente de quem leu.

73 Objeto (aquele que carrega o signo em si mesmo)
Toda palavra, som, gesto ou pensamento, tenta traduzir uma realidade, sendo esta considerada enquanto objeto. Muito a grosso modo, o objeto seria a realidade, que embora impossível de ser traduzida, é representada pelo signo. Consideramos coisa (para a semiótica) algo desprovido de sentido. Após conhecê-lo, tratamos como “objeto”, que será representado pelo signo.

74 Por exemplo, como poderíamos traduzir o conceito do objeto “mulher”?
XX Cada representamen acima utilizado, diz respeito ao objeto “mulher”.

75 Que produzirá um efeito. Sendo este o significado ou interpretante.

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77 Se o repertório de informações do receptor é muito baixo, a semiótica não pode realizar para esse receptor o milagre de fazê-Io produzir interpretantes que vão além do senso comum.

78 Interpretante A noção de interpretante não faz referência ao intérprete do signo, mas a um processo relacional que se cria na mente do intérprete. A partir da relação de representação que o signo mantém com o objeto, um outro signo (o Interpretante) ocorre na mente interpretadora e traduz o significado do primeiro.

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80 Já vimos a classificação do signo em sua relação com objeto.
Ele pode se apresentar, representando o objeto em forma de ícone, índice ou símbolo.

81 Agora vamos ver a classificação do signo em sua relação com ele mesmo.

82 O SIGNO EM RELAÇÃO AO SEU INTERPRETANTE
Rema Signo de primeiridade Mera hipótese Signo de possibilidade

83 O SIGNO EM RELAÇÃO AO SEU INTERPRETANTE
Dicente Signo de existência atualizada Atuação Existencia real Fato Secundidade

84 O SIGNO EM RELAÇÃO AO SEU INTERPRETANTE
Argumento Para seu interpretante é um signo de lei.

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86 REMA COR VERMELHA – TENSÃO SENSAÇÃO DE IMPACTO DESEQUILÍBRIO MOVIMENTO
FIGURAS HUMANAS / COR E FORMA DAS ROUPAS DESENHO NO CANTO INFERIOR DIREITO.

87 DICENTE UMA MESA QUE SE PARTE AMBIENTE DE TRABALHO, REUNIÃO.
PESSOAS CAINDO / INSTABILIDADE

88 ARGUMENTO Kit Kat – chocolate simbolizado pela cor vermelha e pelo slogan “Have a break”, have a kit kat. . Have a break produz o sentido de “dar um tempo”, “descansar”, “fazer uma pausa” e “quebrar”, relacionando o prazer da pausa com a crocância do chocolate.

89 COMO JÁ TEMOS PRESSUPOSTOS UM NOVO ANÚNCIO FUNCIONA
COMO SÍMBOLO. AO OLHAR PARA O TELEFONE QUEBRANDO (BREAKING) E O LOGO KIT KAT, COMPREENDEMOS A METÁFORA VISUAL QUE REVELA O ARGUMENTO “HAVE A BREAK”.

90 O SÍMBOLO E AS FORMAS REPRESENTATIVAS
Ainda estabelecendo relação com as formas de representação da imagem na televisão, em correspondência ao símbolo temos as Formas representativas: “[...] são aquelas que, mesmo quando reproduzem a aparência das coisas visíveis, essa aparência é utilizada apenas como meio para representar algo que não está visivelmente acessível” (SANTAELLA, 2001, p. 246).

91 O SÍMBOLO E AS FORMAS REPRESENTATIVAS
As figuras se tornam símbolos quando seu significado só pode ser interpretado a partir das convenções culturais. Mesmo mantendo a presença do ícone e do índice, esse tipo de forma acrescenta “um nível suplementar de significação que só pode ser apreendido por aqueles que dominam o sistema de convenções culturais a partir do qual as figuras se ordenam” (SANTAELLA, 2001, p.246).

92 O SÍMBOLO E AS FORMAS REPRESENTATIVAS
No que se refere a esse tipo de relação, a representação também se encontra em três modalidades: (1) por analogia; (2) por figuração; (3) por convenção.

93 O SÍMBOLO E AS FORMAS REPRESENTATIVAS
Devido a particularidades do sistema já tratadas aqui, recomenda-se, que o analista observe apenas o caráter convencional das imagens simbólicas – a “representação por convenção, o sistema”.

94 O SÍMBOLO E AS FORMAS REPRESENTATIVAS
Nesse nível: “as forma visuais preenchem sua função representativa prescindindo das relações de similaridade e das relações figurativas, indicativas do objeto. Mesmo que essas relações possam, porventura, existir, não é isso que dá a essas formas o poder de representar. Elas representam seus objetos em função de convenções sistêmicas estabelecidas, de modo que as formas são partes integrantes de um sistema, só podendo significar em função desse sistema”. (SANTAELLA, 2001, p. 256).

95 NO JORNALISMO Um dos elementos que contém as melhores propriedades para simbolizar um programa é o logotipo. O universo dos logotipos e das marcas, em Matrizes, está presente na segunda submodalidade da representação por convenção, nos Sistemas convencionais indiciais. Para Santaella, “os logotipos e as logomarcas só têm sentido na medida em que são indicadoras do objeto que representam” (SANTAELLA, 2001, p.258).

96 EXEMPLO JN

97 EXEMPLO JN O JN, às costas dos apresentadores, é a mais forte referência visual do Jornal Nacional (TV Globo). Marca do programa desde sua origem, o logotipo do telejornal pode fazer com que muitas pessoas tenham condições de identificar o programa a partir, apenas, das formas da letra “J” e da letra “N”. De modo geral, os logotipos dos programas jornalísticos da TV Globo – que são desenhados com o tipo Globo Face, o mesmo utilizado no logotipo da emissora – são facilmente identificáveis.


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