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Interconsulta em Psiquiatria
Alexandre de Araújo Pereira MD, Msc
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Relações entre transtornos físicos e mentais:
É freqüente, na atenção primária ou hospital geral, que a apresentação de sintomas emocionais se dê a partir de queixas físicas Nos ambulatórios e nas enfermarias, no mínimo 25% dos pacientes podem ser diagnosticados como sofrendo de e um transtorno psiquiátrico
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Relações entre transtornos físicos e mentais:
Transtorno mental com manifestação de doença física de base (14%) (especialmente se: sintomas abruptos,sem fatores psicossociais relacionados, acima de 45 anos, e sem história de T.M. ou casos na família) Principais causas: Distúrbios cardiovasculares, endocrinológicos e neurológicos Outras: AIDS, Delirium (quadro confusional agudo), abstinência de BZD ou drogas Medicamentos: antihipertensivos, analgésicos, levodopa, inibidores do apetite, contraceptivos orais, corticosteróides
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Relações entre transtornos físicos e mentais:
Transtorno mental como reação à doença física (9% - 21%) Paciente com uma doença física e mau adaptado as limitações impostas pela sua situação, evoluindo para: Transtorno de ajustamento, de ansiedade ou depressivo “A saúde é o silêncio dos órgãos”
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Relações entre transtornos físicos e mentais:
Transtornos mentais manifestados através de queixas corporais (60 % a 80% das pessoas apresentam sintomas corporais de etiologia indeterminada ao longo de 01 semana) (o corpo fala sobre aquilo que a mente silencia) Sintomas corporais ocorrem em todos os transtornos mentais, especialmente: somatizações, ansiedades, depressões, dissociações / conversões
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Relações entre transtornos físicos e mentais:
Transtornos psiquiátricos provocando doenças físicas Transtornos mentais, estresse e traços de personalidade interagem de forma complexa com estilo de vida e situações ambientais aumentando a vulnerabilidade ao adoecimento: a mortalidade de portadores de transtornos mentais é 2 / 3 vezes maior que da população geral. Ex: Depressão e estresse relacionado à doenças auto-imunes, cardiovasculares e CA Associação casual de doenças físicas e psiquiátricas
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CONCEITO: INTERCONSULTA
Interconsulta Psiquiátrica (IP) refere-se à atuação do profissional de saúde mental que avalia e indica um tratamento para pacientes que estão sob os cuidados de outros especialistas. A presença do psiquiatra no Hospital Geral (HG) é episódica e responde a uma solicitação específica relacionada ao auxílio especializado no diagnóstico e tratamento de pacientes com problemas psicológicos, psiquiátricos e psicossociais.
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PRINCIPAIS PROBLEMAS PSIQUIÁTRICOS QUE GERAM SOLICITAÇÃO DE INTERCONSULTA
Do ponto de vista psiquiátrico, os problemas mais comuns compreendem: alterações cognitivas / delirium, reações depressivas e ansiosas relacionadas ao processo de adaptação ao adoecimento e/ou internação hospitalar, abordagem da dor, da proximidade com a morte, além da assistência à pacientes com diagnóstico psiquiátrico maior prévio, por exemplo, as psicoses e as dependências químicas.
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CONCEITO: PSIQUIATRIA DE LIGAÇÃO
Psiquiatria de Ligação (PL). Aqui, o profissional de saúde mental passa a ser um membro efetivo da equipe médica, participando de reuniões clínicas, atendendo os pacientes e lidando com aspectos da relação estabelecida entre a equipe assistencial, paciente e instituição. Nessa forma de atuação do psiquiatra o foco de atuação é mais aprofundado e pode ser centrado (1) na pessoa do médico; (2) na relação médico – paciente (ou equipe assistencial – paciente); (3) no paciente; (4) questões institucionais que interferem no cuidado do paciente.
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AÇÕES EM INTERCONSULTA PSIQUIÁTRICA
1. assistência médica no pronto atendimento, leitos de observação, enfermarias e ambulatório; 2. psicoterapia de crise (em articulação com a equipe de psicologia hospitalar) 3. participação em equipes multidisciplinares (oncologia, hemodiálise, cirurgia plástica, cirurgia bariátrica, pediatria, etc); 4. coordenação de grupos operativos / terapêuticos com pacientes, funcionários e membros da equipe assistencial (ex.: abordagem de dependência química, inclusive tratamento do tabagismo); 5. participação em comissões (medicamentos, ética, etc) 6. participação no ensino (atuação junto à residentes e estagiários) e pesquisa (estruturação de dados sobre a interconsulta em saúde mental no HG)
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Reação à doença e à hospitalização
Ameaça à integridade narcísica Ansiedade de separação Medo de estranhos Culpa e medo de retaliação Perda do amor e da aprovação Medo da perda de controle sobre o corpo ou de sua integralidade Medo da morte e da dor
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Mecanismos de adaptação / defesa
Negação (racionalização e banalização) Regressão Deslocamento
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Situações Especiais A doença terminal Como abordar....
Pacientes “problema” Transtorno de personalidade borderline, anti-social, narcisista Hospitalismo Alta a pedido: Motivos? Tem TM? É capaz?
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