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EAE5876 – Economia da Alimentação e da Nutrição

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Apresentação em tema: "EAE5876 – Economia da Alimentação e da Nutrição"— Transcrição da apresentação:

1 EAE5876 – Economia da Alimentação e da Nutrição
Aula 18 – Avaliação Custo Utilidade e Análise Custo Benefício Profa. Denise Cyrillo 2015

2 Introdução A avaliação econômica é um elemento importante para embasar a tomada de decisão do político! Os tipos de avaliação econômica normalmente utilizados nas áreas sociais são: Análise de Minimização de Custos (AMC); Análise Custo-Efetividade (ACE); Análise Custo-Utilidade (ACU). Análise Custo-Benefício (ACB); Análise de minimização de custos = compara-se apenas os custos, sob o pressuposto de que os desfechos são iguais: comparação de diferentes processos; comparação de medicamentos de marca x genéricos;

3 Subsídio para a tomada da decisão sobre a alocação dos recursos

4 Análise Custo-Utilidade
Talvez a mais importante variável utilizada para medir a efetividade seja anos de vida ganhos; Não leva em conta a qualidade ou utilidade desses anos adicionais; A ACU mensura a efetividade ajustando os anos de vida adicionais pela qualidade ou pela utilidade, Utilizando pesos que variam entre 0 e 1; Quando a mortalidade e morbidez acompanham o desfecho do tratamento o mais indicado é a ACU; 0 para morte; 1 para saúde perfeita; Às vezes valores negativos para situações piores do que a morte: coma

5 Análise Custo-Utilidade
Possui as seguintes características: Unidade de impacto mensurável;  Permite comparações entre diferentes programas cujo resultado pode ser apresentado em termos de AVAQs; Combina uma medida de “quantidade” de saúde ganha (por exemplo, anos de vida adicionais para o indivíduo) com uma medida de qualidade da vida perdida; Evita a atribuição de valores monetários ao benefício em saúde. as análises de custo-utilidade requerem a elaboração prévia de estudos específicos para identificar a quantidade de Avac[Ano de Vida Ajustado por Qualidade] correspondentes a cada tipo de tratamento em questão; Esta fase prévia[estudo para identificar a quantidade de Avaqs  exige um trabalho considerável. Requer a realização de inquéritos numa amostra significativa de pacientes já submetidos aos diferentes procedimentos que ser quer comparar. Destinam-se fundamentalmente  a avaliação comparativa de tratamentos que sejam ao mesmo tempo altamente custosos e de impacto qualitativo e quantitativo pouco conhecido sobre a sobrevida dos pacientes. F. Verani, E. Maranhão

6 Análise Custo-Utilidade
Os índices de qualidade de vida são normalmente estimados por meio de entrevistas e questionários. DALY – anos de vida adicionais ajustados por incapacidade (disability adjusted life years, utilizado em análises efetuadas por organismos como a Organização Mundial da Saúde e o Banco Mundial); YHE – anos de vida saudável (years of healthy life); É um indicador Europeu, representa a expectative de vida sem incapacidade. QALY – (quality adjusted life years) ou anos de vida ajustados pela qualidade – AVAQ; de utilização bastante disseminada em estudos internacionais).

7

8 File:Healthy life years at age 65, females, 2010 and 2013 (years) YB15
File:Healthy life years at age 65, females, 2010 and 2013 (years) YB15.png

9 AVAQ Exemplo: Qual o valor de 1 ano vivendo com Hemodiálise?
Indiferente: 1 ano de vida vivendo com hemodiálise e 0,5 ano de vida saudável Sem hemodiálise as pessoas morrem em 1 ano, com hemodiálise vivem 20 anos, mas esses 20 anos valem de fato 10 anos (de vida saudável)!

10 Etapas de cálculo de AVAQs
Desenvolvimento de uma descrição para cada estado de doença ou condição; Escolher o método para determinação de utilidades; Escolher os sujeitos que determinarão as utilidades; Multiplicar as utilidades pelas sobrevidas de cada opção para obtenção dos AVAQs.

11 Desenvolvimento de uma descrição para cada estado de doença ou condição.
A descrição será apresentada a amostra de sujeitos que definirão a utilidade (o benefício que seria ganho se a doença fosse curada); A descrição deve ser detalhada o suficiente, incluindo dor e sofrimento, desconfortos e restrições causadas pela doença, duração do tratamento; Essa descrição depende do tipo de sujeito escolhido para responder ao questionário;

12 Desenvolvimento de uma descrição para cada estado de doença ou condição.
Exemplo: Você se sente frequentemente cansado e letárgico. Um cateter foi inserido em seu braço ou em sua perna, o que pode restringir seus movimentos. Não há dor intensa, mas, em vez disso, um desconforto crônico. Você tem de ir ao hospital duas vezes por semana 8 horas por visita. Você tem de seguir uma dieta rígida (pouco sal, pouca carne, nada de álcool). Muitas pessoas ficam deprimidas devido aos incômodos e restrições, e algumas sentem que estão sendo mantidas vivas por uma máquina.

13 Escolher o método para determinação de utilidades
Métodos para determinar pontuações relativas às preferências (utilidades); Escala de avaliação; Jogo padrão (standard gamble); Permuta de tempo (time tradeoff);

14 Escolha do método para determinação de utilidades: Escala de avaliação
Saúde perfeita 1,0 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0,0 Alergia moderada Uma escala graduada ou uma escala virtual analógica é apresentada ao sujeito para que ele indique quanto vale cada condição de saúde em relação à saúde perfeita; Aplica-se a uma amostra e encontra-se o valor médio atribuído pela população à cada condição de saúde. diálise em hospital Coma Morte

15 Escolha do método para determinação de utilidades: Jogo Padrão
Problema renal 1-Transplante de rim 80% de 20 anos de vida saudável de morrer 20% 2- 20 anos Diálise 1 ano de diálise vale 0,8 ano de vida saudável! 2 é desfecho certo da doença; O pesquisador vai alterando as probabilidades até encontrar aquela para qual o respondente considera as duas alternativas indiferentes;

16 Escolha do método para determinação de utilidades: Permuta de tempo
A2 é um estado de doença com certeza, por determinado período de tempo (expectativa de vida dada a doença); A1 é estar saudável por um tempo x<t1; O pesquisador varia x até que o respondente se torne indiferente entre A2 e A1; A utilidade é dada por x/t1. Utilidade A1 1 Exemplo: viver 50 anos cego ou 25 anos saudável com visão; se o respondente prefere os 25 anos com visão, reduz-se esse tempo, até que ele esteja indiferente entre as duas situações. A2 doente tempo morte t1 morte x morte x’ morte

17 Escolha do método para determinação de utilidades: Comparação
EA: Prático; vários estados de doença podem ser avaliados pelos respondentes; factível o uso de questionários auto aplicáveis; menos exigente em termos cognitivos; MAS, não incorpora o tempo na avaliação facilmente; pode levar a viés pela tendência das pessoas espalharem sua avaliação; JP: “padrão ouro” – inspirado na teoria econômica; É mais difícil para os respondentes; muitas doenças não são passíveis de cura; exige a aplicação por meio de pesquisador; PT: é mais adaptável a estados diversos de doença; incorpora a dimensão tempo na avaliação; exige aplicação do questionário por pesquisador;

18 Escolha dos sujeitos que determinarão as utilidades: não há uma resposta!
Quem é o sujeito que deve determinar a utilidade? O paciente com a doença? Compreende bem os efeitos da doença, MAS pode ser uma visão viesada em relação a outras doenças! O profissional de saúde? Compreende bem várias doenças, MAS podem não avaliar adequadamente o desconforto e a incapacidade como os pacientes e o público em geral; Acabam sendo mais utilizados! O acompanhante? Pessoas em geral? Do ponto de vista econômico, a perspectiva deve ser a da sociedade, ou seja, usar pessoas em geral, que entretanto podem não compreender os desfechos complexos de cada estado de doença.

19 Multiplicar as utilidades pelas sobrevidas de cada opção para obtenção dos AVAQs.
Uma vez determinadas as utilidades, as diferenças de sobrevida de diferentes doenças ante tratamentos podem então ser avaliadas ajustando pela qualidade, ou seja, pelos scores de utilidade encontrados, determinando os AVAQs. Veja exemplo: Dois medicamentos para tratar uma doença (medicamento A e B), o primeiro custa R$ 10 mil, e prolonga a vida em 5 anos, sendo a qualidade de cada ano de 0,8; o segundo custa R$ 20 mil, e prolonga a vida em 7 anos, sendo a qualidade de cada ano de 0,5. Qual dos dois medicamentos é o mais custo benéfico?

20 O medicamento A é o dominante, mais apropriado!
Considerando-se a qualidade dos anos de vida ganhos, o medicamento B é uma alternativa dominada! RACEI O medicamento A é o dominante, mais apropriado!

21 Os medicamentos são indiferentes! Mas são mesmo?
Considerando-se a qualidade dos anos de vida ganhos, o medicamento B é uma alternativa dominada! (em termos da Avaliação Custo Utilidade) Custo Anos de vida R$ poupados Medicam A 10 4 Medicam B 20 8 Utilidade de cada ano AVAQ 0,8 3,2 0,5 4 ACU R$ 3,13 R$ 5,00 ACUI -R$ 0,38 ACE Medicam A R$ 2,50 Medicam B RACEI R$ 2,50 Os medicamentos são indiferentes! Mas são mesmo?

22 Custo Anos de vida R$ poupados Medicam A 10 4 Medicam B 20 8

23 Custo Anos de vida R$ poupados Medicam A 10 4 Medicam B 20 8 ACE Medicam A R$ 2,50 Medicam B

24 Custo Anos de vida R$ poupados Medicam A 10 4 Medicam B 20 8 RACEI R$ 2,50 ACE Medicam A R$ 2,50 Medicam B

25 Os medicamentos são indiferentes! Mas são mesmo?
Custo Anos de vida R$ poupados Medicam A 10 4 Medicam B 20 8 RACEI R$ 2,50 ACE Medicam A R$ 2,50 Medicam B Os medicamentos são indiferentes! Mas são mesmo?

26 Os medicamentos são indiferentes! Mas são mesmo?
Custo Anos de vida R$ poupados Medicam A 10 4 Medicam B 20 8 Utilidade de cada ano AVAQ 0,8 3,2 0,5 4 RACEI R$ 2,50 ACE Medicam A R$ 2,50 Medicam B Os medicamentos são indiferentes! Mas são mesmo?

27 Os medicamentos são indiferentes! Mas são mesmo?
Custo Anos de vida R$ poupados Medicam A 10 4 Medicam B 20 8 Utilidade de cada ano AVAQ 0,8 3,2 0,5 4 ACU R$ 3,13 R$ 5,00 RACEI R$ 2,50 ACE Medicam A R$ 2,50 Medicam B Os medicamentos são indiferentes! Mas são mesmo?

28 Os medicamentos são indiferentes! Mas são mesmo?
Considerando-se a qualidade dos anos de vida ganhos, o medicamento B é uma alternativa dominada! (em termos da Avaliação Custo Utilidade) Custo Anos de vida R$ poupados Medicam A 10 4 Medicam B 20 8 Utilidade de cada ano AVAQ 0,8 3,2 0,5 4 ACU R$ 3,13 R$ 5,00 ACUI R$12,50 RACEI R$ 2,50 ACE Medicam A R$ 2,50 Medicam B Os medicamentos são indiferentes! Mas são mesmo?

29 Quando se considera a qualidade de vida dos anos ganhos, verifica-se que o medicamento B é muito mais caro do que o medicamento B, por ano de vida ganho ajustado pela qualidade! Se o gestor quiser disponibilizar o medicamento B ele terá que gastar R$ 12,50 por AVAQ, ou seja por ano de vida ganho ajustado pela qualidade!

30 Um exemplo de tabela de utilidade
Tabela 1 – Critérios Tabela 2 - Pesos de cada ano de vida poupado

31 Incapacidade Desconforto I Sem incapacidade A Sem desconforto II Leve incapacidade social B Leve III Incapacidade social severa e/ou leve prejuízo para o desempenho no trabalho Capaz de desempenhar todas as tarefas domésticas exceto tarefas muito pesadas C Moderado IV Escolha de trabalho ou desempenho no trabalho extremamente limitados Donas de casa e idosos capazes de executar somente tarefas domésticas leves, mas capazes de fazer compras independentemente D Severo V Incapacidade de desempenhar qualquer trabalho remunerado Incapacidade de continuar a educação Idosos confinados ao domicílio exceto por saídas acompanhadas e caminhadas curtas, além de incapacidade para fazer compras independentemente Donas de casa capazes apenas de desempenhar umas poucas tarefas domésticas simples VI Confinamento a uma cadeira ou cadeira de rodas, ou capaz de movimentar-se pela casa apenas com o auxílio de um enfermeiro ou familiar VII Confinamento à cama VIII Inconsciência

32 Tabela 2. Uma construção do índice QALY1
1 QALY = um estado completamente saudável; 0 QALY = morte; QALY negativo (menor que 1) = um estado de saúde pior do que a morte. Nota: 1. De acordo com a classificação de estados de saúde apresentada na Tabela 1. Fonte: ROSSER, R.M. et al. Valuations of Quality of Life: Some Psychometric Evidence. In: Jones-Lee, M.W. (ed.), The Value of Life and Safety. Netherlands: Leiden, 1982

33 Análise Custo-Utilidade
Vantagens Não é necessário expressar benefícios em valores monetários; É possível comparar intervenções que geram diferentes desfechos/impactos em saúde; Desvantagens Benefícios restritos à saúde; Existem críticas a construção do QALIS;

34 Análise Custo-Benefício
Compara custos e benefícios em termos monetários; RBC = R$benef/R$custos Historicamente, em 1960, Weisbrod avaliou um programa de vacinação por meio da ACB; Para monetização dos benefícios utilizou os salários para avaliar a perda de produtividade devido a morte precoce associada à doença (abordagem do capital humano);

35 Análise Custo-Benefício
Vantagem Permite a comparação de qualquer intervenção, não importando o tipo de efetividade de cada uma, já que os resultados são todos apresentados em valor monetário! Desvantagem Não é muito fácil atribuir valor econômico aos desfechos na área da saúde!

36 Análise Custo-Benefício
RBC= R$8,4 de benefício por R$1,00 investido! Suponhamos que a Secretaria da Saúde deseja fazer um investimento para melhorar o bem estar de sua população. Qual programa ela deveria escolher? A tendência crescente dos custos em saúde tem pressionado o setor a buscar ações e investimentos que efetivamente gerem benefícios superiores aos custos!

37 A dificuldade? Os benefícios em saúde relacionam-se a estados de doença e à vida! Como valorar um dia a menos de doença? Um dia saudável a mais? Um ano a mais de vida? Existem metodologias que visam dar valores monetários a esses desfechos, mas são controversas e envolvem questões éticas complicadas!

38 Etapas da Avaliação Custo Benefício
Escolha das alternativas; Implantação de um programa novo; Clínica para tratamento de asma em uma região onde não há clínica alguma; Implantar o programa em menor ou maior escala; Implantar o programa para uma determinada clientela; Implantar um outro programa com outro objetivo; Clínica para tratamento de asma x clínica para tratamento de diabetes. Definição da perspectiva do estudo;

39 Etapas da Avaliação Custo Benefício
Determinação de custos e benefícios; Benefícios = custos evitados! Benefícios diretos médicos; Redução de custos derivados do setor de emergência (em função do programa, que reduz as idas à emergência) Benefícios diretos não médicos; Redução de custos de transporte derivado da redução de idas ao setor de emergência; Benefícios indiretos Aumento da produtividade, em função da redução de faltas devido a problemas de saúde relacionados ao programa. Na análise Custo benefício, os benefícios também são custos, mas são CUSTOS EVITADOS! b

40 Etapas da Avaliação Custo Benefício
Fonte: Rascati (2010), Figura7.1. Etapas da Avaliação Custo Benefício Determinação de custos e benefícios; Valor da produção recuperada Disposição a pagar Economia direta médica Economia direta não médica Produtividade Dor e Sofrimento Preferências do paciente Benefícios Indiretos ($) Benefícios Diretos ($) Benefícios intangíveis ($) Benefícios ($) Custos ($) Indiretos($) Diretos médicos($) Da ação! Diretos não médicos($)

41 Etapas da Avaliação Custo Benefício
Métodos para avaliação dos Benefícios de Saúde em termos monetários: Abordagem do capital humano; Abordagem da disposição a pagar (willingness to pay)

42 Abordagem do capital humano (ACH);
Faltas ao trabalho; Falta no cuidado do lar (para donas de casa); Redução da produtividade devido à doença; Faltas ao trabalho para cuidar de parente; Abordagem do capital humano (ACH); Benefício indireto de um programa corresponde ao aumento de produtividade derivado do programa; ACH estima o benefício indireto com base na perda de produção associada a doença, que é recuperada pela redução da prevalência da mesma; Faça uma estimativa dos custos externos da asma, de acordo com os dados abaixo: Problemas de asma implicam 3% de faltas ao trabalho, por ano; Tais faltas implicam a redução da produção em 0,8%! Admita como base o salário mínimo de R$ 720,00; E uma PEA (empregada) de 79 milhões de trabalhadores. Problemas de asma implicam 3% de faltas ao trabalho, por ano; Tais faltas implicam a redução da produção em 0,8%! 20 dias*11 meses = 242dias/ano 3% => 6,6 faltas por trabalhador; Salário de : R$ 720,00 (30 dias) = R$ 24/dia Valor das faltas por trabalhador: R$ 174,24 Admitindo 79 milhões de empregados, a economia teria um custo associado à asma de R$ 13,7 bilhões! Pode-se pensar em um programa para uma atividade específica, ou até para uma empresa em particular (lembrar do exemplo dos trabalhadores do setor de pneus), nesse caso, o que conta é o salário médio dos trabalhadores do setor ou empresa; Se lembrarmos que de fato, o valor da contribuição do trabalhador não é apenas o salário recebido, mas inclui os encargos sociais que a empresa recolhe, o custo da asma, seria o dobro do estimado !

43 Abordagem do capital humano (ACH);
Vantagens: desconsiderando-se as questões éticas, a ACH pode ser vista como simples e direta; Desvantagens: Se um programa visa beneficiar idosos, qual o benefício indireto a ser mensurado? Sob a perspectiva social, dor e sofrimento são custos intangíveis que deveriam ser considerados nas análises de ACH, mas como esses não afetam a produtividade, em geral não são considerados.

44 Abordagem da disposição a pagar (willingness to pay)
Envolve estimar quanto as pessoas estão dispostas a pagar para reduzir a chance de um desfecho adverso à saúde; Está baseada na teoria de bem estar, incorpora as preferências dos pacientes e benefícios intangíveis; Valoração contingente: feita pelo indivíduo em relação à uma situação hipotética, por meio de: Entrevistas, por questionário auto-preenchido, por telefone ou internet;

45 Abordagem da disposição a pagar (willingness to pay)
Apresenta-se à pessoa os benefícios que a intervenção deverá proporcionar e solicita-se que ela atribua um valor a esses benefícios; Esse valor pode ser diretamente em termos monetários ou em termos de percentual de sua renda; Ex. pergunta aberta: Qual seria o valor máximo, que você estaria disposto a pagar por esse programa que o ajudará a enfrentar e prevenir suas crises de asma? Esta forma é pouco utilizada pois gera valores com elevada dispersão;

46 Abordagem da disposição a pagar (willingness to pay)
Ex. Perguntas fechadas, escolhas dicotômicas: Você estaria disposto a pagar $ 100 para participar do programa de controle e prevenção de crises de asma? Sim ( ) Não ( ) E a pergunta teria que ser repetida em grandes amostras, e com valores variáveis, para se determinar o valor atribuído ao programa;

47 Abordagem da disposição a pagar (willingness to pay)
Ex. Jogo de lances: Você estaria disposto a pagar $ 100 para participar do programa de controle e prevenção de crises de asma? Sim ( ) , e você pagaria $ 120? Sim ( ) Não ( ) Não ( ), e você pagaria $ 80? Sim ( ) Não ( )

48 Abordagem da disposição a pagar (willingness to pay)
Ex. Cartão de pagamento Qual o valor máximo que você estaria disposto a pagar por mês por um programa de controle e prevenção de crises de asma? Por favor, circule a sua escolha: $ $80 $100 $120 $140

49 Abordagem da disposição a pagar (willingness to pay)
Vantagens: Consegue atribuir valor a benefícios intangíveis, de acordo com preferências dos pacientes; Desvantagens: Alguns criticam a validade das resposta, pois não há um método seguro; A descrição dos benefícios não necessariamente é verdadeira; É difícil para as pessoas atribuírem valores monetários para benefícios hipotéticos; E está sujeito a vieses como o estratégico: a pessoa subestima o valor com a expectativa de não ter que pagar muito pelo programa no futuro.

50 Etapas da Avaliação Custo Benefício
Formas de apresentação do resultado: Benefício líquido; Razão benefício custo; Taxa interna de retorno; Lembrando que se os cálculos de custos e benefícios envolverem períodos de tempo e cálculos prospectivos, é necessário considerar o tempo e a inflação!

51 Análise de Decisão: a árvore de decisão
“É a aplicação de um método analítico para comparar sistematicamente diferentes opções de decisão.” Facilita o cálculo dos valores necessários para comparar as diferentes alternativas; Ela auxilia no cálculo do custo médio esperado e portanto a tomada de decisão quando é complexa e envolve incertezas; A árvore de decisão é uma ilustração gráfica de cada componente e etapa da análise de decisão.

52 Análise de Decisão: etapas
Etapa 1: identificar a decisão específica Qual é o objetivo do estudo? Qual o período de tempo no qual a análise se insere? (1 ano? 1 episódio?) Qual a perspectiva da análise? Do paciente? Do plano de saúde? De uma organização (hospital)? Da sociedade?

53 Análise de Decisão: etapas
Etapa 2: Especificar alternativas Avaliar o custo-efetividade de um tratamento implica compará-lo com alguma alternativa: O tratamento tradicional; Nenhum tratamento; Duas ou mais opções de tratamento;

54 Análise de Decisão: etapas
Etapa 3: Traçar a estrutura da análise de decisão Desenhar um esquema indicando as opções em cada nível da análise, representadas por “nós”. Existem 3 tipos de nós: Nó de opção (Tratamento A x Tratamento B); Nó de chance (a probabilidade de cura ou de efeitos adversos); Nó terminal (desfecho final de interesse): as unidades para medir os desfechos de cada opção devem ser as mesmas (R$ ou AVAQs, por ex.)

55 Exemplo Um novo antibiótico deve ou não ser incluído na lista de medicamentos disponíveis no hospital? Perspectiva do hospital; Período: episódio (cerca de 2 semanas); Alternativa para comparação: medicamento tradicional B;

56 Ef. adverso sucesso NEA A Ef. Adv. fracasso Infecção NEA Ef. Adv.
NEA = Nenhum efeito Adverso NEA B Ef. Adv. fracasso NEA

57 Análise de Decisão: etapas
Etapa 4: Especificar os possíveis custos, desfechos e probabilidades São necessárias informações sobre as probabilidades de ocorrências e conseqüências de cada opção; As probabilidades são associadas a cada nó de chance de cada ramo, somando 1 (as probabilidades devem ser extraidas de estudos ou da literatura); As consequencias são relatadas como resultados monetários, desfechos relacionados à saúde ou as duas coisas;

58 Exemplo

59 Ef. adverso sucesso NEA A Ef. Adv. fracasso Infecção NEA Ef. Adv.
$1000 Ef. adverso sucesso 0,1 0,9 NEA A 0,9 $1000 Ef. Adv. $600 fracasso 0,1 Infecção 0,1 NEA Ef. Adv. 0,9 sucesso $1000 NEA = Nenhum efeito Adverso 0,15 NEA 0,8 B 0,85 $1000 Ef. Adv. $500 fracasso 0,15 NEA 0,2 0,85

60 Análise de Decisão: etapas
Etapa 5: Realizar cálculos Em cada nó terminal, a probabilidade de um paciente ter esse desfecho é calculada multiplicando-se a probabilidade de cada ramo do nó de escolha até o nó terminal; O custo total para cada nó terminal é calculado somando-se os custos totais dos ramos desde o nó de opção até o nó terminal; Pondera-se o custo de cada opção pela probabilidade de ocorrência, e somam-se para obter o custo total, considerando-se as probabilidades dos vários eventos ao longo do tratamento, para obter o custo médio esperado de cada tratamento.

61 Ef. adverso sucesso NEA A Ef. Adv. fracasso Infecção NEA Ef. Adv.
$1000 Ef. adverso sucesso $144 0,1 0,9 NEA A $486 0,9 $1000 Ef. Adv. $600 fracasso 0,1 $15 Infecção 0,1 NEA $54 Ef. Adv. 0,9 sucesso $1000 NEA = Nenhum efeito Adverso 0,15 $340 NEA 0,8 B $180 0,85 $1000 Ef. Adv. $500 fracasso $45 0,15 NEA 0,2 $85 0,85

62

63 O tratamento A sai, em média, mais caro do que o tratamento B, considerando todos os custos envolvidos e as respectivas probabilidades de serem incorridos! Mas como é um tratamento melhor (maior chance de sucesso com menos ef adversos, o gestor pode fazer a análise da RACEI para ajudá-lo a tomar a decisão se deve ou não adotar o medicamento: ( )/(0,9-0,8)= $500/sucesso adicional. Se for considerado que cada sucesso adicional vale pelo menos $500 (menos tempo de internação, prevenção de infecções hospitalares) o medicamento A deverá ser incluído na relação de medicamentos do hospital!

64 Análise de Decisão: etapas
Etapa 6: Análise de sensibilidade Unidirecionadas: teste de um valor diferente para cada uma das variáveis (custo, probabilidades) de cada vez; Recalcula-se o custo esperado para valores diferentes de cada uma das variáveis; Os resultados podem se mostrar insensíveis a variação na amplitude das variáveis ou não!

65 Bibliografia COHEN, Ernesto e FRANCO, Rolando. Avaliação de Projetos Sociais. Petrópolis (RJ), Vozes, 1993. DRUMMOND, M.F., STODDART, G.L. e TORRANCE, G.W. Methods for the Economic Evaluation of Health Care Programs. Oxford, Oxford University Press, 1987. Rascati, K.L. – Introdução à Farmaeconomia, Artmed, 2010 (caps. 5,6, 7, 9) Ferreira, L N - Utilidades, Qalys e Medição da Qualidade de vida. Associação Portuguesa de Economia da Saúde, Documento de trabalho mº 1/2002 Sarah J. Whitehead* and Shehzad Ali - Health outcomes in economic evaluation: the QALY and utilities. British Medical Bulletin 2010; 96: 5–21 DOI: /bmb/ldq033 October 29, 2010


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