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“Sola Scriptura e os Livros Deuterocanónicos (ou Apócrifos)”

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Apresentação em tema: "“Sola Scriptura e os Livros Deuterocanónicos (ou Apócrifos)”"— Transcrição da apresentação:

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2 “Sola Scriptura e os Livros Deuterocanónicos (ou Apócrifos)”
Domingo, 29 de outubro de 2017 DIA 3 “Sola Scriptura e os Livros Deuterocanónicos (ou Apócrifos)”

3 “Deixemos as mentes entrarem em choque, mas mantenhamos os punhos quietos!”

4 OS LIVROS APÓCRIFOS Algumas edições modernas da Bíblia (nomeadamente as versões católicas da Bíblia) apresentam livros que não eram considerados como inspirados, nem entre os judeus, nem entre os cristãos primitivos.

5 OS LIVROS APÓCRIFOS São eles (7 livros):
Tobias Judite Sabedoria Eclesiástico Baruc I Macabeus II Macabeus E ainda (fragmentos gregos embrechados no texto hebraico do Antigo Testamento): O Cântico dos Três Hebreus (66 versículos intercalados entre os versículos 23 e 24 de Daniel 3) Histórias de Susana (Daniel 13) Bel e o Dragão (Daniel 14) 7 capítulos no fim do livro de Ester

6 OS LIVROS APÓCRIFOS Poderão estes escritos ser admitidos como pertencendo à Bíblia, divinamente inspirada, ou deverão, pelo contrário, ser considerados como elaborações humanas, indevidamente acrescentadas ao Sagrado Livro? Como a DIVERGÊNCIA APENAS INCIDE sobre livros do Antigo Testamento, que já existiam no tempo de Jesus, podemos adotar UM CRITÉRIO MUITO SIMPLES E RACIONAL – ACEITAR COMO INSPIRADOS OS LIVROS QUE JESUS ACEITOU COMO TAIS.

7 OS LIVROS APÓCRIFOS E como Jesus Se serviu da Bíblia usada pelos judeus da palestina no Seu tempo, vem a propósito perguntar: ERAM OS ESCRITOS EM QUESTÃO ACEITES PELOS JUDEUS DA PALESTINA NO SÉCULO I DA ERA CRISTÃ? Se eram, devemos aceitá-los, como foram aceites, também, por Jesus; caso contrário devemos rejeitá-los.

8 A BÍBLIA JUDAICA DO TEMPO DE JESUS
Para sabermos QUAIS os livros usados pelos judeus no século I, é de inestimável valor o testemunho de Flávio Josefo, que nasceu em Jerusalém pouco depois da morte de Jesus. Eis aqui as suas palavras: “Não temos entre nós (como os gregos) uma inumerável multidão de livros, discordando entre si e contradizendo-se uns aos outros, mas apenas vinte e dois, que contêm os registos de todos os tempos passados e nos quais temos justas razões para crer que são divinos. … É verdade que desde Artaxerxes, muito particularmente, tem sido escrita a nossa História, mas não tem sido considerada de autoridade igual à anterior pelos nossos antepassados, porque não houve uma exata sucessão de profetas desde aquele tempo.” (Resposta a Ápio, livro I, 8)

9 A BÍBLIA JUDAICA DO TEMPO DE JESUS
O célebre historiador estabelece, pois, uma DIFERENÇA NÍTIDA entre os vinte e dois livros pelos quais – escreve, algumas linhas adiante – todo o judeu estaria disposto a dar a vida, e outros, a que não tinha sido atribuída igual autoridade. Os vinte e dois livros, correspondentes às vinte e duas letras do alfabeto hebraico, eram assim distribuídos:

10 A BÍBLIA JUDAICA DO TEMPO DE JESUS
I – LEI (Torah) 1. Génesis 2. Êxodo 3. Levítico 4. Números 5. Deuteronómio II – PROFETAS (Nebhiim) a) Primeiros: 6. Josué 7. Juízes com Rute 8. Samuel 9. Reis b) Últimos: 10. Isaías 11. Jeremias e Lamentações 12. Ezequiel 13. Os doze (Profetas Menores) III – AGIÓGRAFOS (Kethubhim) 14. Salmos 15. Provérbios 16. Job 17. Cântico dos Cânticos 18. Eclesiastes 19. Ester 20. Daniel 21. Esdras e Neemias 22. Crónicas

11 A BÍBLIA JUDAICA DO TEMPO DE JESUS
Segundo esta disposição, verificamos que, como hoje ainda sucede, o primeiro e o último livro da Bíblia hebraica eram, respetivamente, o Génesis e Crónicas (e não Macabeus), ficando excluídos os Deuterocanónicos. Sendo assim, compreendemos porque Jesus, verberando a maldade dos escribas e fariseus hipócritas, lhes lembrou o sangue dos justos derramado sobre a terra, “desde o sangue do justo Abel até ao sangue de Zacarias, filho de Baraquias” (Mateus 23:35 ; cf. Génesis 4:8 e 2 Crónicas 24:20,21).

12 A BÍBLIA JUDAICA DO TEMPO DE JESUS
Compreendemos também porque Jesus NUNCA tenha citado qualquer dos livros Deuterocanónicos. E qual o motivo por que estes livros não eram admitidos no Cânone Hebraico? A razão, claramente exposta por Flávio Josefo, é convincente: “Porque não houve uma exata sucessão de profetas desde aquele tempo.”

13 A BÍBLIA JUDAICA DO TEMPO DE JESUS
Esse mesmo facto foi reconhecido pelo próprio livro I de Macabeus: “Levantou-se uma grande tribulação em Israel que não se tinha visto nenhuma outra assim desde o tempo em que os profetas tinham desaparecido de Israel.” (I Mac. 9:27)

14 OS DEUTEROCANÓNICOS NÃO FORAM ADMITIDOS PELA IGREJA DO I MILÉNIO
Quase todos os grandes escritores da Igreja, desde o início até ao século XVI, não admitiam os Deuterocanónicos como inspirados. Eis, apenas, alguns exemplos: Séc. III – Entre os escritores do século III destaca-se Orígenes: “Deve observar-se que os livros canónicos, usados pelos hebreus, são vinte e dois, segundo o número das letras do seu alfabeto.” (Citado por Eusébio de Cesaréia, História Eclesiástica, VI, 25, P.G. XX, col. 580) Séc. IV – Atanásio: “Para maior exatidão devemos acrescentar que, além destes livros, há ainda outros que não são canonizados, é verdade, mas que foram aconselhados pelos Pais para serem lidos por aqueles que, novamente vindos até nós, têm desejo de ser ensinados na palavra da piedade.” (Atanásio, Epistola Festale) (E cita, a seguir, os Deuterocanónicos.)

15 OS DEUTEROCANÓNICOS NÃO FORAM ADMITIDOS PELA IGREJA DO I MILÉNIO
Séc. IV – Gregório de Nazianzo, depois de enumerar os livros do Velho Testamento, diz: “Apresentei os vinte e dois livros do Velho Testamento correspondentes às vinte e duas letras do alfabeto dos hebreus.” (Gregório de Nazianzo, Cântico dos Livros Legítimos da Escritura Teopnêutica) Séc. IV – Cirilo de Jerusalém: “Lê as divinas Escrituras, os vinte e dois livros do Velho Testamento… mas não tenhas nada de comum com os apócrifos. Não te apliques com cuidado senão aos únicos livros que nós lemos e reconhecemos, francamente, dentro da Igreja.” (Cirilo de Jerusalém, Catequeses, 4ª Sob o título “Das Escrituras Divinas”, P.G., XXIII, Cols. 497, 500)

16 OS DEUTEROCANÓNICOS NÃO FORAM ADMITIDOS PELA IGREJA DO I MILÉNIO
Séc. IV – Jerónimo. Entre todos os escritores eclesiásticos deste século, nenhum tem mais importância do que Jerónimo, porque foi ele o tradutor da Bíblia para o latim, conhecida por Vulgata, e foi a sua tradução que se tornou oficial na Igreja Católica Romana: Assim como a Igreja lê os livros de Judite, Tobias e Macabeus, mas não os recebe entre as Escrituras Canónicas, assim também lê estes dois volumes (Sabedoria e Sirach) para edificação do povo, e não para confirmar a autoridade de dogmas.” (Jerónimo, Praef. Hieron, In Lib. Salomonis, Patrologia Latina, XXVIII, col. 1308)

17 OS DEUTEROCANÓNICOS NÃO FORAM ADMITIDOS PELA IGREJA DO I MILÉNIO
Séc. VI – Leôncio de Bizâncio, adere ao Cânone Hebraico, omitindo inteiramente os apócrifos. (Leôncio de Bizâncio, De Sectis, cap. 2, LXXXVI, cols ) Séc. VII – O papa Gregório Magno, ao citar Macabeus, pede licença para citar o testemunho de um livro não canónico, mas publicado para edificação da Igreja. (Gregório Magno, Moral. In Job) Séc. VIII – S. João Damasceno enumera os livros do Antigo Testamento, desconhecendo a existência dos Deuterocanónicos. (João Damasceno, De Orthodoxa Fide, IV, 17)

18 OS DEUTEROCANÓNICOS NÃO FORAM ADMITIDOS PELA IGREJA DO II MILÉNIO
Séc. XII – Hugo de S. Victor, admite também, só os vinte e dois livros do Cânone Hebraico. (Hugo de S. Victor, Elucid. De SS., Cap. VI., P.L., CLXXV, cols. 15 e 16) Séc. XV – Dionísio Cartusiano, no prólogo do seu comentário ao livro de Sabedoria, escreve: Este livro não está no Cânone, posto que ninguém duvide da sua veracidade.” (Gregório Magno, Moral. In Job) Séc. XVI – Cardeal Ximenes, arcebispo de Toledo e fundador da Universidade de Alcalá, publicava a sua notabilíssima Bíblia Poliglota, não receando asseverar no prefácio desta obra que “os livros de Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico e os Macabeus, assim como as adições a Ester e Daniel, não são Escrituras Canónicas”.

19 OS DEUTEROCANÓNICOS NÃO FORAM ADMITIDOS PELA IGREJA DO II MILÉNIO
O cardeal Caetano, pouco antes do Concílio de Trento, na dedicatória a Clemente VII do seu comentário aos livros históricos do Velho Testamento, escreve: “Toda a Igreja latina tem uma grande dívida para com S. Jerónimo por ter distinguido os livros canónicos dos não canónicos, pois ele nos libertou da censura dos hebreus que estabelecemos como fazendo parte do Cânone, livros ou partes de livros, que eles omitem inteiramente.” E continua, a propósito dos capítulos apócrifos de Ester: “Estes não são canónicos para confirmar as coisas da fé.”

20 OS DEUTEROCANÓNICOS FORAM ADMITIDOS PELO CONCÍLIO DE TRENTO
No Concílio de Trento, de , os livros Deuterocanónicos foram, definitivamente, reconhecidos como fazendo parte da Bíblia Sagrada. Com efeito, em 8 de abril de 1546, depois de acalorada discussão, porquanto se manifestaram quatro correntes divergentes, procedeu-se à votação, obtendo a maioria de votos a proposta a favor da inclusão desses livros como parte integrante da Sagrada Escritura, divinamente inspirada. (Gaussen, L., Le Canon des Saintes Écritures au Double Point de Vue de La Science et de La Foi, Lausanne, Greorges Bridel Éditeur, 1860, V. II, p. 326)


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