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Classes de palavras: o nome
Porto Editora
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O nome O nome pertence a uma classe aberta de palavras, o que significa que a evolução da língua acrescenta constantemente novos vocábulos a esta classe. O nome tem diversas subclasses e pode variar em género, número e grau. Porto Editora
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A. Subclasses do nome Porto Editora
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1. Nome próprio (ex. Luísa) 2. Nome comum (ex. caderno)
2.1. Nome contável (ex. banco) 2.2. Nome não-contável (ex. alegria) 2.3. Nome coletivo (ex. rebanho) (ACEITA PLURAL) Nome coletivo (ex. fauna) (NÃO ACEITA PLURAL) Porto Editora
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Nome comum coletivo contável
Nome que, no singular, designa um conjunto de seres ou objetos da mesma espécie e que admite ser contado ou pluralizado. Ex.: arquipélago (arquipélagos) cacho (cachos) pinhal (pinhais) rebanho (rebanhos) Porto Editora
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Nome comum coletivo não contável
Nome coletivo que não admite plural. Assim, não nos podemos referir a vários conjuntos destes seres ou objetos. Ex.: fauna flora gente rapaziada passarada Porto Editora
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Ex.: A música é uma arte que sempre me apaixonou.
Em alguns casos, só é possível saber se um nome é contável ou não contável pelo contexto em que se insere. Ex.: A música é uma arte que sempre me apaixonou. – música é nome comum não contável pois refere-se à arte da música, que é indivisível. O Paulo compôs uma música maravilhosa. – música é nome comum contável, pois, neste contexto, admite pluralização (duas/dez músicas). Porto Editora
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B. Flexão do nome 1. Flexão em género
1.1. Nem todos os nomes variam em género, como, por exemplo, os que se referem a seres inanimados (a cadeira, o lápis) cujo género é atribuído pela própria língua (género gramatical). Porto Editora
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B. Flexão do nome 1. Flexão em género
1.2. Nos nomes biformes, a flexão em género faz-se de várias formas: substituindo a terminação -o por -a. Ex.: tio/tia acrescentando -a aos nomes terminados em consoante. Ex.: juíz/ juíza os nomes terminados em -ão formam o feminino em -ã, -a, -ona, -ana. Ex.: irmão/irmã ladrão/ladra comilão/comilona sultão/sultana Porto Editora
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B. Flexão do nome 1. Flexão em género
os nomes terminados em -tor e -dor formam o feminino em -triz e em -triz, -dora, -deira, respetivamente. Ex.: ator/atriz embaixador/embaixatriz tecedor/tecedora ou tecedeira os nomes terminados em -eu formam o feminino em -eia. Ex.: europeu/europeia a certos nomes, adicionam-se os sufixos -esa, -essa, -ina, -inha, -isa. Ex.: marquês/marquesa maestro/maestrina galo/galinha profeta/profetisa Porto Editora
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– Há femininos formados por palavras de radicais diferentes.
Ex.: bode/cabra perdiz/perdigão homem/mulher pai/mãe genro/nora zangão/abelha cavalo/égua Porto Editora
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Ex.: um tigre (macho ou fêmea) uma cobra (macho ou fêmea)
1.3. Há, ainda, nomes que são uniformes quanto ao género, isto é, cujo feminino é idêntico ao masculino. Estes podem ser: a) Nomes epicenos Designam animais e apresentam a mesma forma para ambos os sexos; (distinguem-se acrescentando as palavras macho e fêmea.) Ex.: um tigre (macho ou fêmea) uma cobra (macho ou fêmea) Porto Editora
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Têm apenas uma forma, independentemente de quem designem.
b) Nomes sobrecomuns Têm apenas uma forma, independentemente de quem designem. Ex.: a criança a testemunha a vítima o cadáver o cônjuge Porto Editora
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Ex.: o artista/a artista o estudante/a estudante o jovem/a jovem
c) Nomes comuns de dois apresentam uma única forma para o masculino e para o feminino, distinguindo-se pelos determinantes ou quantificadores. Ex.: o artista/a artista o estudante/a estudante o jovem/a jovem o colega/a colega Porto Editora
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2. Flexão em número 2.1. Nomes uniformes
São nomes que apresentam uma única forma para o singular e para o plural, cuja distinção em número é marcada pelos determinantes ou quantificadores que os precedem. Ex.: o lápis/os lápis Porto Editora
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2. Flexão em número 2.2. Nomes biformes
Nos nomes biformes, a flexão em número faz- -se de várias formas: os nomes terminados em vogal/ditongo ou em consoante formam o plural acrescentando-se -s e -es, respetivamente. Ex.: mesa/mesas rei/reis capuz/capuzes Porto Editora
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2. Flexão em número os nomes terminados em -al, -ol, -ul formam o plural, respetivamente, em -ais, -óis, -uis. Ex.: jornal/jornais caracol/caracóis paul/pauis os nomes terminados em -el formam o plural em -éis ou -eis. Ex.: papel/papéis cordel/cordéis Porto Editora
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2. Flexão em número os nomes terminados em -il formam o plural em -is ou -eis. Ex.: funil/funis réptil/répteis os nomes terminados em -zito ou -zinho formam o plural flexionando-se o nome de base no plural, retirando-se o -s final e flexionando-se o sufixo (-zito ou -zinho) no plural. Ex.: móvel/moveizinhos cão/cãezinhos Porto Editora
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2. Flexão em número 2.3. Nos nomes compostos a flexão em número faz-se de quatro modos: os nomes compostos por nomes ou nomes e adjetivos, tendo cada elemento o mesmo valor para o significado final do composto, têm flexão em todos os elementos. Ex.: autor-compositor/autores-compositores os nomes compostos por nomes ou por nomes e adjetivos em que o segundo elemento deter- mina o primeiro têm flexão no primeiro elemento. Ex.: aluno-modelo/alunos-modelo Porto Editora
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2. Flexão em número os nomes compostos por uma forma verbal e um nome ou adjetivo têm a distinção de número marcada ou pela flexão do segundo elemento ou pelos determinantes ou quantificadores. Ex.: porta-voz/porta-vozes o limpa-vidros/os limpa-vidros os nomes constituídos por dois nomes ligados por preposição têm a distinção de número marcada pela flexão do primeiro elemento. Ex.: estrela-do-mar/estrelas-do-mar Porto Editora
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2. Flexão em número 2.4. Casos particulares:
há nomes que têm significado diferente no singular e no plural. Ex.: costa ≠ costas há nomes que só se utilizam no singular. Ex.: o ouro o leite há nomes que só se utilizam no plural. Ex.: os arredores as núpcias Porto Editora
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3. Flexão em grau 3.1. O grau diminutivo pode fazer-se por meio de sufixos diminutivos (-inho, -ito, -acho, -ebre, -eco, -ela, -ete, -ito, -zito, -ote, -isco, -ola…). Ex.: vozinha cãozito riacho casebre, casita soneca ruela florzita velhote chuvisco rapazola Porto Editora
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3. Flexão em grau 3.2. O grau aumentativo pode fazer-se por meio de sufixos aumentativos (-ão, -alhão, -(z)arrão, -aça, -aço, -uça, -anzil, -arra, -orra…). Ex.: caldeirão grandalhão homenzarrão barcaça ricaço dentuça corpanzil bocarra cabeçorra Porto Editora
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Em síntese: Subclasses Flexão em género Flexão em número
Próprio Comum: contável coletivo contável não contável coletivo não contável Flexão em género Biformes: Formam-se a partir do masculino Palavras completamente diferentes do masculino Uniformes: epicenos comuns de dois sobrecomuns Flexão em número Acrescenta-se um -s Nomes que só têm plural Flexão em grau Normal Aumentativo Diminutivo Porto Editora
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