Disciplina: TRABALHO, SOCIEDADE E DESIGUALDADES I Prof. Francisco E. B

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1 Disciplina: TRABALHO, SOCIEDADE E DESIGUALDADES I Prof. Francisco E. B
Disciplina: TRABALHO, SOCIEDADE E DESIGUALDADES I Prof. Francisco E. B. Vargas Universidade Federal de Pelotas Instituto de Filosofia, Sociologia e Política Cursos de Ciências Sociais Pelotas, novembro de 2017.

2 O Conceito Estatístico de Trabalho
Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio Contínua PNADC/IBGE

3 O conceito de trabalho (1)
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio Contínua (IBGE), o conceito de trabalho PODE ABRANGER diferentes formas de produção de bens e serviços, tanto para consumo próprio como para terceiros: A) Trabalho remunerado em dinheiro, produtos, mercadorias ou benefícios (moradia, alimentação, roupas, treinamento, etc.) na produção de bens e serviços; B) Trabalho sem remuneração direta ao trabalhador, realizado em ajuda à atividade econômica de membro do domicílio que recebe a remuneração pelo trabalho do conjunto do domicílio; C) Trabalho na produção de bens e serviços destinados somente ao próprio consumo ou uso das pessoas moradoras do domicílio; D) Trabalho voluntário; E) Trabalho sem remuneração no cuidade de pessoas; e F) Trabalho nos afazeres domésticos.

4 O conceito de trabalho (2)
As formas de trabalho A e B geram rendimento para o domicílio e são adotadas para definir e delimitar a força de trabalho no sentido estrito, isto é, as pessoas ativas economicamente no mercado de trabalho: A) Trabalho remunerado + B) Trabalho não remunerado em ajuda à atividade econômica. CONCEITO RESTRITO DE FORÇA DE TRABALHO => Dados trimestrais da PNAD Contínua. CONCEITO AMPLIADO DE FORÇA DE TRABALJHO => Dados anuais da PNAD.

5 O conceito de “ocupação”:
São classificadas como ocupadas na semana de referência as pessoas que, nesse período, trabalharam pelo menos uma hora completa em trabalho remunerado ou em trabalho sem remuneração direta em ajuda à atividade econômica de membro do domicílio. Ou, ainda, pessoas que tinham trabalho remunerado do qual estavam temporariamente afastadas nessa semana (férias, folga, jornada de trabalho variável, licença maternidade e fatores ocasionais).

6 O conceito de “desocupação”:
São classificadas como desocupadas na semana de referência as pessoas (1) sem trabalho (que gera rendimento para o domicílio) nessa semana, que (2) tomaram alguma providência para consegui-lo no período de referência de trinta dias e que (3) estavam disponíveis para assumi-lo na semana de referência. Consideram-se também, como desocupadas as pessoas sem trabalho na semana de referência que não tomaram providência efetiva para conseguir trabalho no período de referência de trinta dias porque já haviam conseguido trabalho que iriam começar após a semana de referência.

7 O conceito de procura de trabalho:
A procura de trabalho que gera rendimentos para o domicílio é definida como a tomada de alguma providência efetiva para consegui-lo, ou seja, o contato estabelecido com empregadores; a prestação de concurso; a inscrição em concurso; a consulta à agência de emprego, sindicato, ou órgão similar; a resposta a anúncio de emprego; a solicitação de trabalho a parente, amigo, colega ou por meio de anúncios; a tomada de medida para iniciar o próprio negócio mediante procura de local, equipamento ou outros pré-requisitos, a solicitação de registro ou licença para funcionamento de empreendimento, etc.

8 Classificação da população em idade ativa (14 anos ou mais):
População na força de trabalho (População Ativa) População ocupada (posição na ocupação) Empregados Empregados do setor privado com carteira de trabalho Empregados do setor privado sem carteira de trabalho Empregados do setor público Empregados domésticos Trabalhadores por conta própria Empregadores Trabalhadores familiares auxiliares População desocupada População fora da força de trabalho (População Inativa)

9 Indicadores de análise do mercado de trabalho (taxas)
Taxa de participação = (População Ativa (na força de trabalho) / População em Idade Ativa (14 anos ou +) x 100 Taxa de desocupação = (População Desocupada / População na força de trabalho) x 100 Taxa de assalariamento = (Total de Empregados / Total dos Ocupados) x 100 Taxa de informalidade = (Total dos Ocupados sem cont. prev. /

10 Variável - Pessoas de 14 anos ou mais de idade (Mil pessoas)
Tabela 1 (6318) - Pessoas de 14 anos ou mais de idade - Total, coeficiente de variação, variações percentuais e absolutas em relação aos três trimestres móveis anteriores e ao mesmo trimestre móvel do ano anterior, e média anual, por condição em relação à força de trabalho e condição de ocupação Variável - Pessoas de 14 anos ou mais de idade (Mil pessoas) Brasil Trimestre Móvel - mai-jun-jul 2017 Condição em relação à força de trabalho e condição de ocupação Nº % Total 100,0 Força de trabalho 61,8 Força de trabalho - ocupada 90.677 53,8 Força de trabalho - desocupada 13.326 7,9 Fora da força de trabalho 64.408 38,2 Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua mensal

11 Trimestre Móvel - mai-jun-jul 2017
Tabela 2 (6320) - Pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência - Total, coeficiente de variação, variações percentuais e absolutas em relação aos três trimestres móveis anteriores e ao mesmo trimestre móvel do ano anterior, e média anual - por posição na ocupação e categoria do emprego no trabalho principal Brasil Trimestre Móvel - mai-jun-jul 2017 Variável - Pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência (Mil pessoas) Posição na ocupação e categoria do emprego no trabalho principal Nº % Total 90.677 100,0 Empregado no setor privado, exclusive trabalhador doméstico - com carteira de trabalho assinada 33.340 36,8 Empregado no setor privado, exclusive trabalhador doméstico - sem carteira de trabalho assinada 10.726 11,8 Trabalhador doméstico 6.084 6,7 Empregado no setor público 11.435 12,6 Empregador 4.234 4,7 Conta própria 22.629 25,0 Trabalhador familiar auxiliar 2.229 2,5 Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua mensal

12 Tabela 3 (3919) - Percentual de pessoas contribuintes de instituto de previdência em qualquer trabalho, na população de 14 anos ou mais de idade, ocupada na semana de referência - Total e média anual Variável - Percentual de pessoas contribuintes de instituto de previdência, na população de 14 anos ou mais de idade, ocupada na semana de referência (%) Brasil Trimestre Móvel out-nov-dez 2016 65,4 nov-dez-jan 2017 65,1 dez-jan-fev 2017 65,2 jan-fev-mar 2017 65,0 fev-mar-abr 2017 64,7 mar-abr-mai 2017 64,4 abr-mai-jun 2017 64,2 mai-jun-jul 2017 64,1 jun-jul-ago 2017 64,0 jul-ago-set 2017 63,8 Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua mensal

13 Tabela 4 (4093) - Pessoas de 14 anos ou mais de idade, total, na força de trabalho, ocupadas, desocupadas, fora da força de trabalho, e respectivas taxas e níveis, por sexo. Brasil, trimestre abril-junho 2016. População residente, População em idade ativa, população economicamente ativa, população ocupada, população desocupada, taxa de atividade e taxa de desocupação (Mil pessoas) Total Homens Mulheres População residente 99.429 % 100,0 48,4 51,6 Pessoas de 14 anos ou mais de idade 79.424 86.846 47,8 52,2 Pessoas de 14 anos ou mais de idade, na força de trabalho 57.616 44.767 56,3 43,7 Pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência (Mil pessoas) 90.798 51.928 38.870 57,2 42,8 Pessoas de 14 anos ou mais de idade, desocupadas na semana de referência (Mil pessoas) 11.586 5.688 5.897 49,1 50,9 Pessoas de 14 anos ou mais de idade, fora da força de trabalho 63.886 21.807 42.079 34,1 65,9 Taxa de participação na força de trabalho 61,6 72,5 51,5 Taxa de desocupação 11,3 9,9 13,2 Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua trimestral

14 Posição na ocupação no trabalho principal
Tabela 3 - População ocupada por posição na ocupação do trabalho principal, contribuição para previdência social e sexo, Brasil, 2013. Posição na ocupação no trabalho principal Sexo Nº % Total Homem Mulher 96.659 55.548 41.111 100,0 57,5 42,5 Empregados 59.901 35.890 24.012 62,0 37,1 24,8 Empregados com carteira 38.513 23.587 14.926 39,8 24,4 15,4 Empregados - militares e func. públicos 7.138 2.984 4.154 7,4 3,1 4,3 Empregados - outros sem carteira 14.250 9.318 4.932 14,7 9,6 5,1 Empregados - sem declaração - Trabalhadores domésticos 6.474 477 5.997 6,7 0,5 6,2 Trabalhadores domésticos - com carteira 2.122 213 1.910 2,2 0,2 2,0 Trabalhadores domésticos - sem carteira 4.351 264 4.088 4,5 0,3 4,2 Trabalhadores domésticos - s/declaração Empregadores 3.623 2.584 1.039 3,8 2,7 1,1 Conta própria 19.924 13.634 6.290 20,6 14,1 6,5 Trab. na construção para o próprio uso 106 95 11 0,1 0,0 Trab. na prod. para o próprio consumo 4.236 1.932 2.304 4,4 2,4 Não remunerados 2.395 936 1.459 2,5 1,0 1,5 Sem declaração Nota: 1 - Até 2003, exclusive a população da área rural de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá A partir de 2007: as categorias Sem declaração não foram investigadas Os valores desta tabela foram reponderados com base na Projeção da População do Brasil e das Unidades da Federação - Revisão 2013, por sexo e idade. Estimativas da população dos municípios, utilizando a tendência de crescimento dos municípios Vide nota técnica no site da pesquisa. Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios

15 Questões: 1) De acordo com a Tabela 1, indique e analise: a) a taxa de participação da população na força de trabalho; b) a taxa de desocupação. 2) De acordo com a Tabela 2, indique e analise: a) a taxa de assalariamento da população ocupada. b) a taxa de informalidade no emprego assalariado. c) a taxa de participação dos trabalhadores por conta próprio na população ocupada. 3) De acordo com a Tabela 3, analise a evolução recente das taxas de informalidade no Brasil.

16 4) De acordo com a Tabela 4, indique:
a) as taxas de participação de homens e mulheres na força de trabalho, na ocupação, na desocupação e na população fora da força de trabalho. b) as taxas de desocupação total, de homens e de mulheres. c) Analise esses dados e discuta seu significado em termos de relações de gênero.