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PublicouFilipe Bicalho Barreto Alterado mais de 6 anos atrás
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ESPERANÇAS E CONSOLAÇÕES PENAS E GOZOS TERRESTRES PARTE 1
ALOÍSIO A. COLUCCI MÓDULO I – AULA 35
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OBJETIVOS Mostrar que sob a luz da Doutrina Espírita ampliamos a nossa concepção de vida favorecendo assim o aproveitamento dos recursos de cada experiência para o nosso aprimoramento espiritual.
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ABORDAGENS Felicidade e infelicidade relativas;
Perdas dos entes queridos; Decepções e ingratidão; Afeições destruídas; Uniões antipáticas; Temor da Morte; Desgosto da vida – Suicídio.
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FELICIDADE E INFELICIDADE RELATIVAS
Vive o homem incessantemente em busca da felicidade, que também incessantemente lhe foge, porque felicidade sem mescla não se encontra na Terra. Entretanto, mau grado às vicissitudes que formam o cortejo inevitável da vida terrena, poderia ele, pelo menos, gozar de relativa felicidade, se não a procurasse nas coisas perecíveis e sujeitas ás mesmas vicissitudes, isto é, nas gozos materiais em vez de a procurar nos gozos da alma, que são um prelibar dos gozos celestes, imperecíveis;
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FELICIDADE E INFELICIDADE RELATIVAS
Em vez de procurar a paz do coração, única felicidade real neste mundo, ele se mostra ávido de tudo o que o agitará e turbará, e, coisa singular! o homem, como que de intento, cria para si tormentos que está nas suas mãos evitar. […] Que de tormentos, ao contrário, se poupa aquele que sabe contentar se com o que tem, que nota sem inveja o que não possui, que não procura parecer mais do que é. Esse é sempre rico, porquanto, se olha para baixo de si e não para cima, vê sempre criaturas que têm menos do que ele.
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FELICIDADE E INFELICIDADE RELATIVAS
É calmo, porque não cria para si necessidades quiméricas. E não será uma felicidade a calma, em meio das tempestades da vida? Ignorando a realidade espiritual que o cerca e a continuidade da vida após a morte da corpo físico, o […] homem carnal, mais preso à vida corpórea do que à vida espiritual, tem, na Terra, penas e gozos materiais. Sua felicidade consiste na satisfação fugaz de todos os seus desejos. Sua alma, constantemente preocupada e angustiada pelas vicissitudes da vida, se conserva numa ansiedade e numa tortura perpétuas.
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FELICIDADE E INFELICIDADE RELATIVAS
A morte o assusta, porque ele duvida do futuro e porque tem de deixar no mundo todas as suas afeições e esperanças. O homem moral, que se colocou acima das necessidades factícias criadas pelas paixões, já neste mundo experimenta gozos que o homem material desconhece. A moderação de seus desejos lhe dá ao Espírito calma e serenidade. Ditoso pelo bem que faz, não há para ele decepções e as contrariedades lhe deslizam por sobre a alma, sem nenhuma impressão dolorosa deixarem.
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FELICIDADE E INFELICIDADE RELATIVAS
Dessa forma muitos […] se admiram de que na Terra haja tanta maldade e tantas paixões grosseiras, tantas misérias e enfermidades de toda natureza, e daí concluem que a espécie humana bem triste coisa é. Provém esse juízo do acanhada ponto de vista em que se colocam os que o emitem e que lhes dá falsa ideia do conjunto. Deve-se considerar que na Terra não está a Humanidade toda, mas apenas uma pequena fração da Humanidade.
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FELICIDADE E INFELICIDADE RELATIVAS
Com efeito, a espécie humana abrange todos os seres dotados de razão que povoam os inúmeros orbes do Universo. Ora, o que é a população da Terra, em face da população total desses mundos? Muito menos que a de uma aldeia, em confronto com a de um grande império. A situação material e moral da Humanidade terrena nada tem que espante, desde que se leve em conta a destinação da Terra e a natureza dos que a habitam.
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FELICIDADE E INFELICIDADE RELATIVAS
Ensina-nos a Doutrina Espírita que de […] ordinário, o homem só é infeliz pela importância que liga às coisas deste mundo. Fazem-lhe a infelicidade a vaidade, a ambição e a cobiça desiludidas. Se se colocar fora do círculo acanhado da vida material, se elevar seus pensamentos para o infinito, que é seu destino, mesquinhas e pueris lhe parecerão as vicissitudes da Humanidade, como o são as tristezas da criança que se aflige pela perda de um brinquedo, que resumia a sua felicidade suprema.
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FELICIDADE E INFELICIDADE RELATIVAS
Aquele que só vê felicidade na satisfação do orgulho e dos apetites grosseiros é infeliz, desde que não os pode satisfazer, ao passo que aquele que nada pede ao supérfluo é feliz com os que outros consideram calamidades. Referimo-nos ao homem civilizado, porquanto, o selvagem, sendo mais limitadas as suas necessidades, não tem os mesmos motivos de cobiça e de angústias. Diversa é a sua maneira de ver as coisas. Como civilizado, o homem raciocina sobre a sua infelicidade e a analisa.
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FELICIDADE E INFELICIDADE RELATIVAS
Por isso é que esta o fere. Mas, também, lhe é facultado raciocinar sobre os meios de obter consolação e de analisá-los. Essa consolação ele a encontra no sentimento cristão, que lhe dá a esperança de melhor futuro, e no Espiritismo que lhe dá a certeza desse futuro. Compreendendo que somos nós os próprios artífices do destino, passamos a ser mais cuidadosos com os nossos desejos e com as nossas escolhas. Com o Espiritismo, dilatamos a visão a respeito das penas e gozos terrestres, percebendo que de […] duas espécies são as vicissitudes da vida, ou, se o preferirem, promanam de duas fontes bem diferentes, que importa distinguir.
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FELICIDADE E INFELICIDADE RELATIVAS
O homem, pois, em grande número de casos, é o causador de seus próprios infortúnios; mas, em vez de reconhecê-lo, acha mais simples, menos humilhante para a sua vaidade acusar a sorte, a Providência, a má fortuna, a má estrela, ao passo que a má estrela é apenas a sua incúria. Os males dessa natureza fornecem, indubitavelmente, um notável contingente ao cômputo das vicissitudes da vida. O homem as evitará quando trabalhar por se melhorar moralmente, tanto quanto intelectualmente. Encontrado em:
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PERDAS DOS ENTES QUERIDOS
Ante os que partiram Nenhum sofrimento, na Terra, será talvez comparável ao daquele coração que se debruça sobre outro coração regelado e querido que o ataúde transporta para o grande silêncio. Ver a névoa da morte estampar-se, inexorável, na fisionomia dos que mais amamos, e cerrar-lhes os olhos no adeus indescritível, é como despedaçar a própria alma e prosseguir vivendo. Digam aqueles que já estreitaram de encontro ao peito um filhinho transfigurado em anjo da agonia; um esposo que se despede, procurando debalde mover os lábios mudos;
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PERDAS DOS ENTES QUERIDOS
Uma companheira cujas mãos consagradas à ternura pendem extintas; um amigo que tomba desfalecente para não mais se erguer, ou um semblante materno acostumado a abençoar, e que nada mais consegue exprimir senão a dor da extrema separação, através da última lágrima. Falem aqueles que, um dia, se inclinaram, esmagados de solidão, à frente de um túmulo; os que se rojaram em prece nas cinzas que recobrem a derradeira recordação dos entes inesquecíveis; os que caíram, varados de saudade, carregando no seio o esquife dos próprios sonhos;
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PERDAS DOS ENTES QUERIDOS
Os que tatearam, gemendo, a lousa imóvel, e os que soluçaram de angústia, no ádito dos próprios pensamentos, perguntando, em vão, pela presença dos que partiram. Todavia, quando semelhante provação te bata à porta, reprime o desespero e dilui a corrente da mágoa na fonte viva da oração, porque os chamados mortos são apenas ausentes e as gotas de teu pranto lhes fustigam a alma como chuva de fel.
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PERDAS DOS ENTES QUERIDOS
Também eles pensam e lutam, sentem a choram. Atravessam a faixa do sepulcro como quem se desvencilha da noite, mas, na madrugada do novo dia, inquietam-se pelos que ficaram... Ouvem-lhes os gritos e as súplicas, na onda mental que rompe a barreira da grande sombra e tremem cada vez que os laços afetivos da retaguarda se rendem à inconformação ou se voltam para o suicídio. Lamentam-se quanto aos erros praticados e trabalham, com afinco, na regeneração que lhes diz respeito. Estimulam-te à prática do bem, partilhando-te as dores e as alegrias.
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PERDAS DOS ENTES QUERIDOS
Rejubilam-se com as tuas vitórias no mundo interior e consolam-te nas horas amargas para que te não percas no frio do desencanto. Tranquiliza, desse modo, os companheiros que demandam o Além, suportando corajosamente a despedida temporária, e honra-lhes a memória, abraçando com nobreza os deveres que te legaram. Recorda que, em futuro mais próximo que imaginas, respirarás entre eles, comungando-lhes as necessidades e os problemas, porquanto terminarás também a própria viagem no mar das provas redentoras.
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PERDAS DOS ENTES QUERIDOS
E, vencendo para sempre o terror da morte, não nos será lícito esquecer que Jesus, o nosso Divino Mestre e Herói do Túmulo Vazio, nasceu em noite escura, viveu entre os infortúnios da Terra e expirou na cruz, em tarde pardacenta, sobre o monte empedrado, mas ressuscitou aos cânticos da manhã, no fulgor de um jardim. Religião dos Espíritos - Emmanuel Encontrado em:
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DECEPÇÕES E INGRATIDÃO
As decepções oriundas da ingratidão e da fragilidade dos laços de amizade são uma fonte de amarguras ao homem de coração. Porém, mais infelizes serão os ingratos e os infiéis, pois, mais tarde, toparão com corações insensíveis, como o seu próprio o foi. A ingratidão é filha do egoísmo. O próprio Jesus, quando no mundo, foi injuriado e menosprezado, tratado de velhaco e impostor. Não nos admiremos, pois, com o que venha a ocorrer conosco.
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DECEPÇÕES E INGRATIDÃO
A ingratidão é uma prova para a nossa perseverança na prática do bem. Ser-nos-á levada em conta e os que nos forem ingratos serão tanto mais punidos quanto maior lhes tenha sido a ingratidão. É um erro o homem de coração deixar-se endurecer devido às decepções oriundas da ingratidão. Sabe ele que o bem que fez, se esquecido nesta vida, será lembrado em outra e o ingrato se envergonhará e terá remorsos de sua ingratidão.
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DECEPÇÕES E INGRATIDÃO
Da ingratidão pode surgir a ideia de que o homem seria mais feliz se fosse menos sensível. Seria a felicidade do egoísta. Os amigos ingratos que o abandonam não são dignos de sua amizade, não havendo porque lamentar o tê-los perdido. Lastime, o homem, os que usam para com ele de um procedimento que não tenha merecido, pois bem triste se lhes apresentará o reverso da medalha.
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AFEIÇÕES DESTRUÍDAS Acontecem por causa do egoísmo:
“A Natureza deu ao homem a necessidade de amar e de ser amado. Um dos maiores gozos que lhe são concedidos na Terra é o de encontrar corações que com o seu simpatizem. Dá-lhe ela, assim, as primícias da felicidade que o aguarda no mundo dos Espíritos perfeitos, onde tudo é amor e benignidade. Desse gozo está excluído o egoísta.” – Kardec. Livro dos Espíritos, questão 939-A.
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UNIÕES ANTIPÁTICAS A afeição de dois seres pode, muitas das vezes, transformar-se em antipatia ou, até mesmo, em ódio, o que se constitui uma punição. Muitos acreditam amar perdidamente porque apenas julgam pelas aparências. Quando obrigados a viver com as pessoas amadas, não tardam a reconhecer que só experimentaram um encantamento material. Em muitas uniões, ao contrário, a princípio parecem destinadas a nunca ser simpáticas. Com o tempo, depois dos que a constituíram haverem se conhecido bem, acabam por tornar-se amor duradouro e terno, porque assente em estima.
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UNIÕES ANTIPÁTICAS Há duas espécie de afeição: a do corpo e a da alma. É comum tomar-se uma pela outra. Porém quem ama é o espírito e não o corpo. A afeição da alma é duradoura; a do corpo, efêmera. A falta de simpatia entre seres destinados a viver juntos é causa de grandes dissabores. Constitui grave erro das leis humanas impor esse tipo de convivência, pois Deus jamais constrangeria dois seres que se desagrada a permanecerem juntos.
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Uniões desse tipo, normalmente, resultam do orgulho e da ambição.
UNIÕES ANTIPÁTICAS Uniões desse tipo, normalmente, resultam do orgulho e da ambição. Em uniões dessa natureza, quase sempre, há uma vítima inocente, para quem elas se constituem uma expiação. A responsabilidade por isso recairá sobre aqueles que tiverem sido causadores. Encontrado em:
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TEMOR DA MORTE O homem, seja qual for a escala de sua posição social, desde selvagem tem o sentimento inato do futuro; diz-lhe a intuição que a morte não é a última fase da existência e que aqueles cuja perda lamentamos não estão perdidos para sempre. A crença no futuro é intuitiva e infinitamente mais generalizada do que a do nada. Como é possível que ainda se encontre, entre os que creem na imortalidade da alma, tanto apego às coisas da Terra, e tão grande temor da morte?
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TEMOR DA MORTE Este temor é um efeito da sabedoria da Providência e uma consequência do instinto de conservação comum a todos os seres vivos. Ele é necessário enquanto o homem não estiver bastante esclarecido sobre as condições da vida futura, como contrapeso ao arrastamento que, sem esse freio, o levaria a deixar prematuramente a vida terrestre e a negligenciar o trabalho terreno que deve servir ao seu próprio adiantamento.
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TEMOR DA MORTE Assim é que, nos povos primitivos, o futuro é uma vaga intuição, mais tarde tornada simples esperança e, finalmente, uma certeza, mas ainda atenuada por secreto apego à vida corporal. Allan Kardec. Encontrado em:
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DESGOSTO DA VIDA – SUICÍDIO
As causas mais comuns do suicídio, em todos os tempos, são o desgosto pela vida, as depressões, os insucessos amorosos ou financeiros. Algumas pessoas são levadas a esse ato por desespero, outras chegam a premeditar o fim da própria vida. Todos têm como objetivo fugir das dificuldades deste mundo, passando para um mundo melhor ou simplesmente para o nada. As religiões sempre se pronunciaram contra esse ato, baseadas no fato de que somente Deus tem o direito de tirar qualquer vida, pois é Ele quem a dá.
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DESGOSTO DA VIDA – SUICÍDIO
A Doutrina Espírita, além de concordar com a opinião acima, prova que o nada não existe, que o indivíduo sobrevive ao túmulo, mostrando-se um poderoso antídoto contra o suicídio. A vida além da morte caracteriza-se pela continuação do homem com todas as suas características: moral, inteligência, angústias, problemas, dores, felicidade. A única coisa que o ser deixa na Terra é o corpo e seus bens materiais. Desta forma, ao tentar fugir de um sofrimento através do suicídio, o espírito percebe que, além de nada ter adiantado, ainda perdeu a oportunidade que tinha de conquistar coisas boas enquanto estava no plano terreno.
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DESGOSTO DA VIDA – SUICÍDIO
Em O Livro dos Espíritos, questões 943 a 957, Kardec formula uma série de perguntas sobre o suicídio aos Espíritos da falange da Verdade. Eles esclarecem que aqueles que chegam ao suicídio são levados pela ociosidade, ignorância e pela falta de fé. Em contrapartida, o trabalho e a religiosidade seriam o remédio para aliviar aqueles que sofrem e pensam em libertar-se deste modo. O suicídio, sendo uma transgressão da Lei Divina (não matarás), traz sempre uma consequência dolorosa para quem o comete, que varia segundo as causas e as intenções que o moveram.
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DESGOSTO DA VIDA – SUICÍDIO
Entretanto, Kardec cita algumas consequências gerais que o espírito enfrenta ao chegar no além pelas vias do suicídio: As consequências do suicídio são as mais diversas. Não há penalidades fixadas e em todos os casos elas são sempre relativas às causas que o produziram. Mas uma consequência a que o suicida não pode escapar é o desapontamento.
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DESGOSTO DA VIDA – SUICÍDIO
De resto, a sorte não é a mesma para todos, dependendo das circunstâncias. Alguns expiam sua falta imediatamente, outros numa prova numa nova existência, que será pior do que aquela cujo curso interromperam. Há, porém, as que são comuns a todos os casos de morte violenta, as que decorrem da interrupção brusca da vida. É primeiro a persistência mais prolongada e mais tenaz do laço que liga o Espírito e o corpo
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DESGOSTO DA VIDA – SUICÍDIO
As consequências desse estado de coisas são o prolongamento da perturbação espírita, seguido da ilusão que, durante um tempo mais ou menos longo, faz o Espírito acreditar que ainda se encontra no número dos vivos. A afinidade que persiste entre o Espírito e o corpo produz, em alguns suicidas, uma espécie de repercussão do estado do corpo sobre o Espírito, que assim ressente, malgrado seu, os efeitos da decomposição, experimentando uma sensação cheia de angústias e horror…
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DESGOSTO DA VIDA – SUICÍDIO
Esse efeito não é geral; mas em alguns casos o suicida não se livra das consequências da sua falta de coragem e cedo ou tarde expia essa falta… Escrito por Cheyla Toledo Bernardo Portal do Espírito, Desgosto pela Vida Provoca Suicídio, encontrado em:
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FONTES DE PESQUISAS O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, Parte IV, Cap. 2. O Céu e Inferno, Allan Kardec, Parte I, Cap.3 a 7. A Gênese, Allan Kardec, Cap. 17 e 18. Obras Póstumas, Allan Kardec, Parte I, A Vida Futura. As Leis Morais, Rodolfo Caligaris Agenda Cristã, André Luiz, Cap. 43, pag. 134. Evolução para o 3º Milênio, Carlos T. Rizzini. Um Jeito de ser feliz, Richard Simonetti.
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