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«O sentimento dum ocidental»

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Apresentação em tema: "«O sentimento dum ocidental»"— Transcrição da apresentação:

1 «O sentimento dum ocidental»
Claude Monet, Gare Saint-Lazare (1877).

2 E eu que medito um livro que exacerbe,
Quisera que o real e a análise mo dessem… «O sentimento dum ocidental» — primavera de 1880.

3 Ave-Marias Noite fechada Ao gás Horas mortas
Seis da tarde Noite profunda Escuridão Iluminação a gás Ave-Marias Noite fechada Ao gás Horas mortas Momentos em que está dividido o poema / a descrição da «Triste cidade!»

4 Provocam o «desejo absurdo de sofrer»
I . Ave-Marias Seis da tarde Espaço Altura do dia «Nas nossas ruas» (Lisboa) «ao anoitecer» Sentimentos Melancolia Soturnidade Náusea Provocam o «desejo absurdo de sofrer»

5 Domenico Fetti, Melancolia (1622).

6 «desejo absurdo de sofrer»
I . Ave-Marias Desejo associado ao espaço e às sensações que o eu lírico regista «desejo absurdo de sofrer» O gás — enjoa e perturba Os edifícios e a turba — são de cor monótona e londrina As edificações — são como gaiolas Felicidade dos que partem: «[…] os que se vão. Felizes!» Dicotomia espacial e temporal: As «nossas ruas» O «mundo» Presente angustiante e melancólico Passado grandioso e heroico Recordação de um passado glorioso

7 Desencanto e regresso ao presente Os dentistas que arengam
I. Ave-Marias «E evoco, então, as crónicas navais […]» «Luta Camões no Sul, salvando um livro, a nado! Singram soberbas naus que eu não verei jamais!» Impossibilidade de repetir a epopeia Desencanto e regresso ao presente Sensações — visuais, auditivas e olfativas — captadas em deambulação: Tinir de louças Hotéis que flamejam O rio que reluz, viscoso Os dentistas que arengam As varinas hercúleas O cheiro do peixe pobre

8 Anteposição da qualidade à designação do objeto
I. Ave-Marias Descrição das varinas «E num cardume negro, hercúleas, galhofeiras, Correndo com firmeza, assomam as varinas.» Anteposição da qualidade à designação do objeto Metáfora Adjetivação Comiseração do sujeito poético: «E algumas, à cabeça, embalam nas canastras / Os filhos que depois naufragam nas tormentas.» «Vêm sacudindo as ancas opulentas! Seus troncos varonis recordam-me pilastras;» Comparação

9 Edward Munch, Trabalhadores a caminho de casa (1913).

10 II. Noite fechada «iluminam-se os andares»
A escuridão adensa-se Estrofes 1 e 2: descrição da prisão (sentido literal) «Toca-se às grades, nas cadeias» Passagem para um sentido metafórico: a realidade aprisiona o eu lírico «Muram-me as construções» O eu lírico continua a evocação — aventura-se pela História e emociona-se: «Chora-me o coração que se enche e que se abisma.» As igrejas lembram um «inquisidor severo» Os quartéis lembram conventos Nova referência a Camões

11 «Brônzeo, monumental, de proporções guerreiras,
Um épico doutrora ascende, num pilar!» Vítor Bastos, Monumento a Camões (Praça Luís de Camões, Lisboa, 1867). «épico doutrora»: Camões como símbolo Símbolo da epopeia só possível como memória — irrepetível (No poema «Contrariedades», Cesário fala numa «epopeia morta»)

12 «luneta de uma lente só»
II. Noite fechada O eu lírico descreve a realidade através de uma «luneta de uma lente só» Visão pessoal + descrição crítica É na realidade que encontra assunto: «Eu acho sempre assunto a quadros revoltados» Soldados sombrios e espectrais Oposição entre o palácio e o casebre Contraste entre as elegantes que se curvam nas montras e as que vivem do trabalho Descrição da «Triste cidade!»

13 «Cercam-me as lojas, tépidas»
III. Ao gás «A noite pesa, esmaga» Edvard Munch, Noite estrelada (1893). Acentua-se a ideia de aprisionamento/clausura: «Cercam-me as lojas, tépidas» A cidade está iluminada pela luz artificial dos candeeiros a gás

14 III. Ao gás A cidade é descrita como espaço impuro
Toulouse-Lautrec, Prostitutas (1895). A cidade é descrita como espaço impuro Espaço da doença — o hospital como metonímia — e da prostituição Espaço em que o espírito consumista começa a imperar Impureza da cidade Honestidade do trabalho (representada no «cheiro salutar e honesto do pão»)

15 III. Ao gás «E eu que medito um livro que exacerbe,
Síntese da intenção do eu lírico (conceção poética): fazer uma poesia de análise e crítica à sociedade «E eu que medito um livro que exacerbe, Quisera que o real e a análise mo dessem» Retrata espaços associados ao consumismo e à burguesia: «Casas de confeções e modas»; «luxo […] / que ao longo dos balcões de mogno se amontoa» «Mas tudo cansa!» Simboliza, no seio de uma sociedade onde o luxo se amontoa, o desprezo pela cultura e pelo saber Reencontra o velho professor de latim: «Pede-me sempre esmola um homenzinho idoso, Meu velho professor nas aulas de latim!»

16 Desejo de perfeição e imortalidade:
IV. Horas mortas Luz baça das estrelas: «Vêm lágrimas de luz dos astros com olheiras» (metáfora e personificação) Noite profunda Alusão a um ambiente pastoril: «As notas pastoris de uma longínqua flauta» Desejo de perfeição e imortalidade: «Se eu não morresse nunca […]» Nova evocação do passado português («frotas dos avós»), aliada ao desejo de restaurar a grandeza no «porvir» explorando «todos os continentes» Registo de sensações visuais e auditivas: «lágrimas de luz» «Um parafuso cai nas lajes» Desejo de evasão: «Enleva-me a quimera azul de transmigrar»

17 Realidade — Presente — As «nossas ruas» Sonho — O porvir — A vastidão
IV. Horas mortas Dicotomia (repetição) espacial e temporal: Realidade — Presente — As «nossas ruas» Sonho — O porvir — A vastidão O aprisionamento | A estagnação A vastidão por explorar O dinamismo e a procura Ideias que prevalecem na conclusão do poema «triste cidade» sem liberdade: onde vivem os «emparedados», «sem árvores», no «vale das muralhas» violenta e decadente: onde «os cães [doentes] parecem lobos» A cidade é o espaço da «dor humana»

18 Recursos expressivos e linguagem
Metáfora «Que grande cobra» «cardume negro» Hipálage «Um cheio salutar e honesto a pão» «E os olhos dum caleche espantam-me, sangrentos» Adjetivação «hercúleas, galhofeiras» Sinestesia «Reluz, viscoso, o rio» Comparação «Como morcegos»

19 Recursos expressivos e linguagem
Utilização de verbos e advérbios que traduzem os efeitos opressivos do ambiente: «A noite pesa, esmaga» (verbos); «Cercam-me as lojas» (verbo); «Amareladamente, os cães» (advérbio). Dimensão impressionista: Centralidade das sensações visuais, auditivas e olfativas («a maresia»: «tinir de louças»; «reluz, viscoso, o rio»; «cheiro […] a pão»).


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