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Eucaristia Àpice da Vida Cristã
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SACRAMENTOS NO CULTO CRISTÃO
Os Sacramentos são intervenções atuais de Deus na História: na trama dos acontecimentos comuns ocorrem irrupções de Deus, através dos quais Ele Cria, Visita e Salva. Os Sacramentos não são simplesmente sinais que recordam o que Deus fez no passado em favor do homem. São intervenções pessoais e atuais de Deus em nossa Existência. São intervenções de criação, de eleição, de presença e de libertação da mesma à maneira das intervenções que Deus realizou no Antigo e no Novo Testamento. O que muda é o modo: a intervenção atual de Deus se realiza por meio da Igreja, de modo sacramental, com a plenitude de poder de redenção e de Graça conferido pelo próprio Cristo.
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Sacramentos CONVENIÊNCIA Vida natural Vida Espiritual Indivíduo nascer
Batismo crescer e robustecer-se Confirmação alimentar-se Eucaristia curar-se Penitência convalescer Unção dos Enfermos Sociedade governar-se Ordem perpetuar-se Matrimónio
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Sacramentos da iniciação cristã Sacramentos ao serviço da comunidade
Os Sacramentos podem classificar-se em três grupos Sacramentos da iniciação cristã Batismo Confirmação Eucaristia Sacramentos de cura Penitência Unção dos Doentes Sacramentos ao serviço da comunidade Ordem Matrimónio
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Sacramentos “Os sacramentos são: sinais eficazes da graça,
instituídos por Cristo e confiados à Igreja, pelos quais nos é dispensada a vida divina” (CCE 1131)
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OS SACRAMENTOS SÃO SINAIS SENSÍVEIS
Estrutura do sinal sacramental: -matéria (ação ou gesto material sensível) -forma (palavras que acompanham e declaram o sentido especial da matéria). Matéria e forma devem estar unidas para que se dê o sinal sacramental. O tipo de união necessária depende de cada sacramento.
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INSTITUIÇÃO DOS SACRAMENTOS
1 Ninguém senão Deus pode dar a uns meros sinais a capacidade de conferir a graça sobrenatural: Autor principal: Cristo com a sua divindade Autor instrumental: Cristo com a sua humanidade A Igreja não pode alterar o que se refere ao essencial do sinal sacramental. 2
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EFEITOS DOS SACRAMENTOS
CCE 1127: “conferem a graça que significam. Eles são eficazes, porque neles é o próprio Cristo que opera”. Comunicam a graça ex opere operato. (Pela obra operada) Mas não por magia. A Efeitos principais: Graça santificante Graça sacramental Carácter em alguns B C Outros efeitos: expressar e fortalecer a fé prestar culto a Deus realizar a santificação dos homens criar e manifestar a comunhão eclesiástica
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EFEITOS DOS SACRAMENTOS
ESQUEMA Batismo Cristo dá-nos a vida nova de filhos de Deus na Igreja. Confirmação O Espírito Santo fortalece-nos para que sejamos testemunhas de Cristo. Eucaristia Participamos do Sacrifício de Cristo e comungamos o Seu Corpo e Sangue. Penitência Cristo perdoa-nos os pecados e reconcilia-nos com Deus e com a Igreja. Unção dos Doentes Cristo fortalece o Cristão perante a doença, a velhice ou a morte. Ordem Cristo consagra sacerdotes para servir o seu povo. Matrimónio Cristo santifica a união do homem e da mulher.
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MINISTRO DOS SACRAMENTOS
Só o homem devidamente ordenado, ou o legitimamente eleito com esta finalidade pela legítima autoridade, pode ser ministro. Cristo é sempre o ministro principal. O ministro deve ter a intenção de fazer o que a Igreja faz e de realizar devidamente o sinal sacramental. Ministro ordinário: aquele a quem por oficio incumbe administrar um sacramento. O extraordinário: necessidade ou delegação. Para a validade não se requer a fé nem o estado de graça no ministro. Para a licitude sim, exceto em caso de grave necessidade.
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Sacramentos Eucaristia
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Eucaristia PÁSCOA: a festa mais importante do calendário judeu. Recordam como o sangue de cordeiro com que tinham assinalado as suas casas os tinha livrado do castigo. Era o anúncio de outra Páscoa na qual o sangue do “cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”, Jesus Cristo, nos libertaria da escravidão do demónio e do pecado.
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CERIMÓNIA DA PÁSCOA NO TEMPO DE JESUS
Ordem CERIMÓNIA DA PÁSCOA NO TEMPO DE JESUS Antes de comer o cordeiro dizia-se uma bênção e bebia-se um copo de vinho misturado com água.. 1 Trazia-se para a mesa as ervas, o pão e o cordeiro assado. 2 Explicava-se o significado do que se fazia, recitavam-se salmos, tomava-se um segundo copo de vinho. 3 4 Abençoava-se, partia-se e comia-se o pão sem fermentar. Depois de comer o cordeiro com as ervas, lavadas já as mãos, benzia-se um terceiro copo de vinho e bebia-se. 5 6 Recitavam-se outros salmos. 7 Benzia-se e bebia-se um quarto copo de vinho. 8 Acção de graças final. Em 4. Jesus disse: “isto é o meu corpo”. Em 5.: “este é o meu sangue”.Não se fez 7.: “recitado o hino, saíram...” (Mt 26, 30).
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Ao dar o cálice, disse: “Fazei-o em minha memória”.
Eucaristia Ao dar o cálice, disse: “Fazei-o em minha memória”. Dá ao mesmo tempo aos seus Apóstolos a capacidade de produzir a transubstanciação, e o encargo de continuar a oferecer este sacrifício ao longo dos séculos. Na mesma ação instituiu a eucaristia e o sacerdócio ministerial (= de serviço).
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Eucaristia PRESENÇA REAL Na eucaristia, Cristo está verdadeira,
real, substancialmente presente. Fundamentado em 5 textos do Novo Testamento: Jo 6, Mt 26, Mc 14, Lc 22, 1 Cor 11, 23. Cristo presente todo, completo, em cada uma das espécies: posto que ressuscitou, com o seu corpo está o seu sangue, a sua alma e sua divindade. Presença ad modum substantiae = completo em cada uma das partes das espécies.
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Eucaristia MATÉRIA PÃO: - de trigo.
- licitude: rito latino: sem fermentar; rito oriental: fermentado. - feito recentemente: sem perigo de corrupção. VINHO: - da videira e não corrompido. - obrigação grave de juntar-lhe um pouco de água, como fez Cristo: . Recorda que saiu água do seu lado juntamente com o seu sangue . Representa a união do povo fiel com a sua cabeça Jesus Cristo.
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Eucaristia SACRIFÍCIO DA MISSA, 1
De fé: a missa é um verdadeiro sacrifício. Instituído por Cristo na Última Ceia, mas não só nem principalmente uma renovação desta cena, senão uma renovação mística e real da morte de Cristo na Cruz. De fé: é a renovação incruenta do sacrifício cruento do Calvário.
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Eucaristia SACRIFÍCIO DA MISSA, 2 Identidade missa-cruz:
- idêntica oferenda: Cristo (na missa realmente presente de modo sacramental); - idêntico sacerdote principal: Cristo (na missa o ministro actua no nome e na pessoa de Cristo). Só a maneira em que Cristo oferece o sacrifício da cruz e o da missa difere: na cruz sacrifício com derramamento de sangue, na missa sacrifício incruento.
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Diferenças acidentais entre a Cruz e a Missa:
Eucaristia SACRIFÍCIO DA MISSA, 3 Diferenças acidentais entre a Cruz e a Missa: Cruz Missa Cristo oferece-se mortal e passivamente Cristo oferece-se imortal e impassivamente Cristo oferece-se diretamente Cristo oferece-se por meio do sacerdote Cristo redime-nos Perpetua-se e aplica-se-nos a redenção
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Eucaristia SACRIFÍCIO DA MISSA, 4 A sua essência consiste na separação
sacramental entre o corpo e o sangue do Senhor pela dupla consagração do pão e do vinho, com o consequente significado da sua morte, ainda que na realidade, sob ambas as espécies está Cristo completo. O momento essencial da missa é portanto a consagração. A comunhão do sacerdote não pertence à essência da missa, ainda que sim à integridade do rito: por isso há-de sumir ambas as espécies.
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Eucaristia FINS DA SANTA MISSA São quatro: 1) latrêutico (adoração)
2) eucarístico (acção de graças) 3) propiciatório (desagravo pelos pecados) 4) impetratório (petição) Correspondem aos fins do sacrifício do Calvário. 1 e 2 produzem-se infalivelmente (referência directa a Deus). 3 e 4, não (dependem dos homens: disposições, pedir o conveniente, etc.).
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Eucaristia FRUTOS DA SANTA MISSA São quatro:
1) Geral (aproveita ao conjunto da Igreja militante e purgante) 2) Especial (aproveita aos assistentes) 3) Especialíssimo (aproveita ao sacerdote celebrante) 4) Ministerial (aproveita àqueles por quem se oferece a missa). A aplicação do ministerial só a pode fazer o sacerdote celebrante: pelos vivos ou pelos defuntos (a modo de sufrágio).
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Eucaristia ESTRUTURA DA MISSA, 1
Fundamentalmente, a missa consiste em representar (“voltar a tornar presente”) o sacrifício de Cristo na cruz, oferecido de uma vez para sempre a Deus Pai em remissão dos pecados. O sacrifício da cruz é sempre atual: renova-se em cada missa por meio dos sinais sacramentais (tornam realmente presente o corpo e o sangue de Cristo e misticamente os separam, como se separaram fisicamente na sua morte). No altar, o sacerdote ministro faz as vezes de Cristo, actua em seu nome e pessoa.
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Eucaristia ESTRUTURA DA MISSA, 2
Duas grandes partes que formam uma unidade indissolúvel: 1. Liturgia eucarística: núcleo central, actualização do sacrifício da cruz; 2. Liturgia da palavra: prévia reunião dos fiéis através da leitura e consideração da palavra de Deus contida nas Escrituras. Constituem um só ato de culto
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Eucaristia ORAÇÕES EUCARÍSTICAS, 1 Elementos que nunca faltam :
1. Uma ação de graças: prefácio; 2. Uma invocação ao Espírito Santo: epiclese; 3. Um relato da instituição da eucaristia, com as palavras de Cristo sobre o pão e vinho, ditas com sentido de presente, e que os convertem no corpo e sangue de Cristo: consagração; 4. Uma recordação da paixão e ressurreição de Cristo: anamnese; 5. Uma oblação pela qual a Igreja oferece a Deus Pai o sacrifício do seu Filho; 6. Algumas intercessões a favor dos vivos e os defuntos; 7. Uma última acção de graças à Trindade: doxologia.
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Eucaristia ORAÇÕES EUCARÍSTICAS, 2
São quatro principais e várias mais de recente incorporação. O. E. 1:- formação até ao século IV; - forma definitiva no século VI; - em toda a Igreja do rito latino: pelos séculos IX a XI. O. E. 2: inspira-se na de Santo Hipólito: de dois ou três séculos anterior ao cânone romano e é compartilhada com alguns ritos orientais.
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Eucaristia ORAÇÕES EUCARÍSTICAS, 3
O. E. 3: - com reminiscências de antigas liturgias; - acentua o aspecto sacrificial da eucaristia; - nela se destacam a universalidade, o ecumenismo e a escatologia, assim como o sacerdócio comum dos fiéis. O. E. 4: - prefácio fixo: não se pode usar quando as rubricas exigem um diferente; - antes do sanctus: contempla Deus em si mesmo, antes da criação; - depois: longa acção de graças pelo conjunto da história da salvação.
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RECEPÇÃO DA EUCARISTIA, 1
Ao receber a eucaristia se estabelece uma íntima união entre o homem e Deus (Jo 6, 57). A isto alude o nome de comunhão que recebe este sacramento. Por esta união com Cristo, os cristãos que participam na eucaristia se unem além disso entre si.
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RECEPÇÃO DA EUCARISTIA, 2
É o perfeito alimento da vida sobrenatural: sustenta a vida espiritual como o fazem os alimentos materiais com a vida corporal. Ao robustecê-la, afasta do perigo de cometer pecados; ao aumentar a graça santificante, aumentam todas as virtudes, especialmente a caridade; perdoa as culpas veniais e reduz as penas temporais; é dádiva de vida eterna, que incoa; como resultado da união com o Senhor, constrói a Igreja, corpo místico de Cristo, e é vínculo de unidade com os outros cristãos.
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RECEPÇÃO DA EUCARISTIA, 3
É capaz de receber com fruto a eucaristia qualquer homem vivo e baptizado que não levante obstáculo à graça por pecado mortal. Rito latino: desde o século XII, não se dá a comunhão às crianças antes do uso de razão. Também não aos dementes e aos que estão sem consciência. Se há consciência de pecado mortal, não basta para comungar fazer um acto de contrição perfeito, a não ser no caso de necessidade grave, o que raramente sucede. Jejum eucarístico
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RECEPÇÃO DA EUCARISTIA, 4
Não é necessário, com necessidade de meio, recebê-la de facto. É necessário in voto, isto é, desejar recebê-la, para o cristão baptizado com uso de razão. Com necessidade de preceito divino: algumas vezes na vida e ante a iminência da morte. Com necessidade de preceito eclesiástico: que todos os católicos que fizeram a primeira comunhão a recebam ao menos uma vez ao ano, e precisamente no tempo pascal, se isto é possível (amplo: desde a quarta-feira de Cinzas até ao domingo da Santíssima Trindade).
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RECEPÇÃO DA EUCARISTIA, 5
Primeira comunhão das crianças: quando tenham suficiente conhecimento (preparação cuidadosa) de maneira que entendam o mistério de Cristo na medida da sua capacidade, e possam receber o corpo do Senhor com fé e devoção (cfr. CIC 913). Perigo de morte: basta que sejam capazes de distinguir o Corpo de Cristo do alimento comum e de receber a comunhão com reverência. Suficiente conhecimento = uso de razão (presume-se que seja pelos 7 anos). Primeira confissão antes de receber a primeira comunhão (cfr. CIC 914).
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RECEPÇÃO DA EUCARISTIA, 5
Ordinário: não comungar mais de uma vez num mesmo dia. Quem já comungou pode voltar a fazê-lo no mesmo dia sempre que seja dentro de uma missa a que assista. (Ex.: matrimónio, funeral; na manhã depois da missa da meia-noite (Natal, Páscoa); incêndio; profanação; perigo de morte.
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DISTRIBUIÇÃO DA EUCARISTIA
Ministros ordinários: bispo, presbítero, diácono. Ministro extraordinário: acólito ou outro fiel que “onde o aconselhe a necessidade da Igreja e não haja ministro” tenha sido legitimamente delegado (cfr. CIC 910 e 230). Critérios para se ver a necessidade de delegar num leigo: 1) ausência de ministro ordinário e acólito; 2) exigência do ministério pastoral, doença ou velhice; 3) grande número de pessoas. Bispo pode conceder a faculdade de delegar: bispos auxiliares, vigários episcopais e delegados episcopais. Outros: 1 vez
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Eucaristia RESERVA DA EUCARISTIA (CIC 934-944)
Só num lugar digno e seguro; Num tabernáculo, dentro de uma píxide sobre um corporal; Com lâmpada continuamente ardendo diante dele; Renovar as formas consagradas com frequência, pelo menos cada quinze dias.
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Dom do Novo Testamento concedido como herança
Eucaristia Dom do Novo Testamento concedido como herança
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Dos Tratados de São Gaudêncio, Bispo de Bréscia (Sec. V)
Eucaristia Dos Tratados de São Gaudêncio, Bispo de Bréscia (Sec. V) O sacrifício celeste instituído por Cristo é verdadeiramente um dom do Novo Testamento concedido como herança; é o dom que ele nos deixou como garantia da sua presença, na noite em que foi entregue para ser crucificado. Este é o viático da nossa peregrinação. É o alimento que nos sustenta nos caminhos desta vida até o dia em que, partindo deste mundo, formos ao encontro do Senhor. Pois ele mesmo disse: Se não comerdes a minha carne e não beberdes o meu sangue, não tereis a vida em vós (cf. Jo 6,53). Ele quis efetivamente com seus dons permanecer junto de nós; quis que as almas, remidas com o seu sangue precioso, se santificassem continuamente pelo memorial de sua Paixão. Por esse motivo, ordenou aos seus discípulos fiéis, constituídos como primeiros sacerdotes de sua Igreja, que sem cessar celebrassem estes mistérios da vida eterna. É necessário, portanto, que estes sacramentos sejam celebrados por todos os sacerdotes em cada Igreja do mundo inteiro, até que Cristo desça novamente dos céus. Deste modo, tanto os sacerdotes como todo o povo fiel, tendo diariamente ante os olhos o sacramento da Paixão de Cristo, tomando-o nas suas mãos e recebendo-o na boca e no coração, guardem indelével a memória de nossa redenção.
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Eucaristia Com razão se considera o pão como uma imagem inteligível do Corpo de Cristo. De fato, assim como para fazer o pão é necessário reunir muitos grãos de trigo, transformá-los em farinha, amassar a farinha com água e cozê-la ao fogo, assim também o Corpo de Cristo reúne a multidão de todo o gênero humano e o leva à perfeita unidade de um só corpo por meio do fogo do Espírito Santo. Cristo nasceu pelo poder do Espírito Santo. E porque convinha que nele se cumprisse toda a justiça, penetrou nas águas do batismo para santificá-las, e saiu do rio Jordão cheio do Espírito Santo que tinha descido sobre ele em forma de pomba. O evangelista dá testemunho disso dizendo: Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão (Lc 4,1). Do mesmo modo, o vinho do seu sangue, proveniente de muitos cachos, quer dizer, feito das uvas da videira por ele plantada, espremido no lagar da cruz, fermenta por si mesmo em amplos recipientes que são os corações dos fiéis. Todos vós, pois, que fostes libertados do Egito e do poder do Faraó, isto é, do demônio, recebei com santa avidez de coração junto conosco, este sacrifício pascal portador de salvação. E assim, sejamos santificados até o mais íntimo de nosso ser por Jesus Cristo nosso Senhor, que cremos estar presente em seus sacramentos. Seu poder inestimável permanece por todos os séculos.
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