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A última curva
2
Há quem diga que a morte é tormento.
3
Há quem diga que a morte é descanso.
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ou, que ela pode vir a ser um repouso.
Porém, mais sensato seria dizer que a morte pode vir a ser um tormento, ou, que ela pode vir a ser um repouso. Tudo depende de como utilizamos o nosso tempo presente. Bendito tempo...
5
As gerações que se sucedem interminavelmente.
6
O tempo que corre continuamente,
e as marcas deixadas pela sua passagem.
7
O ontem, e o amanhã...
8
A vida terrena é breve como a brisa que passa.
9
Eternos são o amor, a compaixão, e a bondade.
10
Qual o significado de um dia?
Qual o significado de uma vida? Qual o significado da eternidade?...
11
A cada noite, antes de deitar,
avaliar como foi que utilizamos o dia que finda.
12
Foi um dia de ganhos ou de perdas espirituais?
Boas ações, virtudes, tesouros imperecíveis...
13
Se o nosso coração estiver um pouco mais puro e compassivo,
então por certo ganhamos o dia.
14
Não permitir que as miudezas do dia-a-dia ofusquem de nossa vista o essencial.
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Essencial é o amor.
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Essencial é a compaixão.
17
Essencial é proteger a infância.
18
Cuidar dos filhos e netos.
19
Sejam os nossos próprios filhos e netos,
sejam os filhos e netos do mundo, carentes de amor, proteção e cuidado.
20
Olhares que transmitem aquilo que palavras não saberiam traduzir.
21
Educar as futuras gerações de modo que cresçam com um espírito desarmado, compassivo e generoso.
22
Educar o olhar, o dizer, o sentir...
23
Essencial são as Bem-aventuranças.
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“Bem-aventurados os famintos e sedentos de justiça!”
25
“Vossos olhos são bem-aventurados, porque vêem,
e vossos ouvidos, porque ouvem.”
26
“Bem-aventurados os puros de coração!”
27
Aproveitar os breves dias terrenos para renovar o olhar, para purificar o coração.
28
Percorrer os caminhos de aprimoramento interior que conduzem às Bem-aventuranças.
29
De pés descalços trilhar a senda saudável de uma existência modesta,
por vezes solitária, porém, sempre solidária.
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Ter em mente que esta existência terrena é a infância da eternidade.
31
E que ao final da última curva, da última trilha desta vida terrena,
nos esperam outros céus, outros horizontes, outras brisas matinais...
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Realidades sutis, subjetividades,
colheitas espirituais...
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