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PublicouVanessa Aldeia Guterres Alterado mais de 5 anos atrás
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Grito
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Silêncio! Do silêncio faço um grito
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O corpo todo me dói Deixai-me chorar um pouco.
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De sombra a sombra Há um céu tão recolhido
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De sombra a sombra Já lhe perdi o sentido. Ao céu!
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Aqui me falta a luz Aqui me falta uma estrela
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Chora-se mais Quando se vive atrás dela. E eu
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A quem o céu esqueceu Sou a que o mundo perdeu
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Só choro agora Que quem morre já não chora
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Solidão! Que nem mesmo essa é inteira...
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Há sempre uma companheira
Uma profunda amargura
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Ai, solidão Quem fora escorpião
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Ai, solidão E se mordera a cabeça! Adeus
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Já fui p’ra além da vida Do que já fui tenho sede
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Sou sombra triste Encostada a uma parede. Adeus
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Vida que tanto duras Vem morte que tanto tardas
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Ai, como dói A solidão quase loucura.
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Adeus Adeus
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Vida que tanto duras Vem morte que tanto tardas
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Ai, como dói A solidão quase loucura.
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Calu: Setembro09 Câmara de Lobos – Madeira - Portugal
Fotografia: Carlos Lubélio Letra: Amália Rodrigues, 1980 Calu: Setembro09
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