Cartilha da Natureza A canga.

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1 Cartilha da Natureza A canga

2 Que o sol dourado ilumina,
Pleno campo, céu de anil, Que o sol dourado ilumina, A primavera traz flores De fragrância peregrina.

3 Na sublime transcendência,
Em tudo palpita o belo Na sublime transcendência, Das dádivas generosas Na Divina Providência.

4 Os bons, porém, desconhecem Se há mistérios da beleza
E gastam no atrito longo As forças da Natureza.

5 Acende-se a luta enorme, Chifradas, golpes violentos,
Ruído ensurdecedor, Pêlos rotos, pés sangrentos.

6 Nos caminhos da abundância,
Há flores espatifadas Nos caminhos da abundância, É cegueira, dor e morte Em males da ignorância.

7 Vendo a zona perturbada,
Mas, um dia, o lavrador, Notando a exigência ativa, Vendo a zona perturbada, Traz a canga educativa.

8 Os brigões acham de novo A paz, a harmonia, o bem.
O sofrimento em conjunto É o campo que lhes convém.

9 Toleram-se mutuamente Sem desprezo aos dons divinos.
Sem rixas nem desatinos, E aprendem a trabalhar Sem desprezo aos dons divinos.

10 Muitas vezes também, no mundo, São recursos necessários
Parentesco e obrigação, São recursos necessários Às luzes da educação.

11 Cura os males de outras vidas.
Amigo, se estás na canga De lutas indefinidas, Não fujas, atende a Deus, Cura os males de outras vidas.

12 Francisco Cândido Xavier
(psicografia) Casimiro Cunha (espírito)