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Entrevista com crianças vítimas de abuso e exploração sexual

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Apresentação em tema: "Entrevista com crianças vítimas de abuso e exploração sexual"— Transcrição da apresentação:

1 Entrevista com crianças vítimas de abuso e exploração sexual
Luis Roberto Benia DML/IGP - SSP/RS

2 Como entrevistar crianças ?
Vulnerabilidades Técnicas de entrevista investigativa

3 Vulnerabilidades da criança em situação de entrevista
O modo como perguntamos tem impacto direto sobre a resposta da criança !

4 Conversa de um adulto com uma criança:
– qual é a cor daquele carro? – azul. – qual é mesmo a cor do carro? – vermelho.

5 A criança pode mudar sua resposta quando o adulto repete a pergunta !
A criança está acostumada a ser testada pelo adulto Ela pressupõe que o adulto já sabe a resposta A criança pode mudar sua resposta quando o adulto repete a pergunta !

6 - “Aquele carro é vermelho?” - “sim.”
A criança reluta em dizer “eu não sei” para perguntas do tipo sim ou não A criança pode responder do modo como acredita que irá satisfazer o entrevistador !

7 - “Ele transou comigo” As crianças utilizam palavras sem entender completamente o seu significado ou cujo significado para elas é diferente daquele para o adulto

8 O adulto utiliza palavras ou estrutura de frases que excedem a capacidade de compreensão da criança
Ex.: advérbios , unidades de tempo e número A criança dificilmente responde “não entendi”, mesmo quando não compreende as perguntas !

9 Se você perguntar, a criança irá responder, mas a qualidade da resposta dependerá do modo como você pergunta !

10 Contaminação da memória
Quando um adulto se encontra em posição de autoridade a criança se sente compelida a aceitar sua construção implícita dos fatos. Perguntas que incluem elementos não mencionados pela vítima, podem fazer com que ela incorpore estes elementos em relatos futuros

11 Contaminação da memória
Comportamento do entrevistador Uso implícito ou explícito de recompensas indução de estereótipo: transmitir uma caracterização negativa do suspeito.

12 Técnicas de entrevista investigativa baseadas em pesquisas científicas

13 Ambientação Privacidade
Ambiente sem elementos que distraiam a criança (brinquedos, desenhos, etc)

14 Estrutura da entrevista
fase preparatória ou rapport (vínculo, instruções e prática narrativa) fase do relato livre fase de questionamento encerramento

15 Início da entrevista - rapport
Estabelecer um bom vínculo com a criança Regras básicas: Dar permissão explícita para a criança dizer “eu não sei” e “eu não entendi” Dizer que somente ela sabe o que aconteceu Prática narrativa

16 A criança fornece todos os detalhes do evento, sem interrupções !
Fase do relato livre “Agora que conheço você um pouco mais, queria falar sobre por que você veio aqui hoje” “Me conta tudo o que aconteceu” A criança fornece todos os detalhes do evento, sem interrupções !

17 Fase de questionamento
Solicitar mais detalhes com perguntas abertas Referir elementos que a criança mencionou e pedir que elabore um pouco mais Ex.: “fale mais sobre [elemento do relato da criança]” “o que aconteceu depois de [detalhe mencionado pela criança] ?

18 Perguntas diretas abertas:
o quê, onde, quando, que, por que, como Ex.: “o que ele fez?” “ele passou a mão em mim” “como ele passou a mão?” “passou a mão no meu corpo” “em qual parte do corpo?”

19 Somente ao final, se necessário:
Perguntas fechadas (duas ou mais opções de resposta) Os detalhes são fornecidos pelo entrevistador Ex.: “ele passou a mão no meu corpo.” “por cima ou por baixo da roupa?”

20 Por que evitar perguntas fechadas?
relatos com menor precisão menor quantidade de detalhes potencial para sugestionar a criança, quando introduz elementos não referidos pela vítima (pergunta sugestiva) Ex.: A criança diz que o suspeito passou a mão em seu corpo e o entrevistador pergunta: “e ele passou a mão na tua pepeca também?”

21 Encerramento Assunto neutro, para aliviar a sobrecarga emocional da entrevista

22 Modelos com efetividade comprovada:
Entrevista cognitiva aprimorada Protocolo de entrevista investigativa do NICHD (National Institute for Child Health and Development)

23 Gravação da entrevista
Reduz o número de vezes em que a criança é inquirida A redução do número de entrevistas diminui o risco de contaminação da memória e o sofrimento da vítima Diferentes profissionais podem se valer do mesmo registro Permite o aperfeiçoamento dos entrevistadores

24 Conclusão Entrevistas tecnicamente inadequadas causam maior sofrimento e comprometem a qualidade dos relatos infantis A entrevista bem conduzida, além de reduzir o desconforto da criança, dá consistência e confiabilidade a sua história O treinamento dos entrevistadores e o seu aperfeiçoamento continuado é fundamental !


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