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O CONCEITO DE TRABALHO Prof. Francisco E. B

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Apresentação em tema: "O CONCEITO DE TRABALHO Prof. Francisco E. B"— Transcrição da apresentação:

1 O CONCEITO DE TRABALHO Prof. Francisco E. B
O CONCEITO DE TRABALHO Prof. Francisco E. B. Vargas Universidade Federal de Pelotas Instituto de Filosofia, Sociologia e Política Cursos de Ciências Sociais Pelotas, março de 2019.

2 O Conceito de Trabalho O TRABALHO é uma ATIVIDADE HUMANA, objetiva e subjetiva, voltada para a produção das condições necessárias à reprodução da vida individual e coletiva. O trabalho, assim, relaciona-se à noção de NECESSIDADE. Para os economistas, será a atividade destinada à produção de bens e serviços escassos, necessários à nossa vida social. O TRABALHO, neste sentido, apresenta-se como fenômeno antropológico, como princípio ONTOLÓGICO da existência humana: Não podemos existir sem trabalho, ainda que a condição humana não se reduza ao trabalho.

3 O conceito de trabalho em Marx
Em Marx, o trabalho apresenta-se como categoria ontológica, isto é, que expressa uma dimensão constitutiva da condição humana: “Antes de tudo, o trabalho é um processo entre o homem e a natureza, um processo em que o homem, por sua própria ação, media, regula e controla seu metabolismo com a natureza. Ele mesmo se defronta com a matéria natural como uma força natural. Ele põe em movimento as forças naturais pertencentes à sua corporalidade, braços, pernas, cabeça e mão, a fim de apropriar-se da matéria natural numa forma útil para sua própria vida. Ao atuar, por meio desse movimento, sobre a natureza externa a ele e ao modificá-la, ele modifica, ao mesmo tempo, sua própria natureza. Ele desenvolve as potências nela adormecidas e sujeita o jogo de suas forças a seu próprio domínio”. (Marx. O Capital, Cap. V, Processo de Trabalho e Processo de Valorização, Seção III, Vol. I)

4 A etimologia da palavra trabalho
A palavra trabalho deriva do latim “tripalium” ou “tripalus”, um instrumento de três pernas usado para imobilizar e ferrar cavalos e bois, bem como para ser utilizado como instrumento de tortura. Esse termo gerou o verbo ”tripaliare” cujo primeiro significado era “torturar”. Desde as civilizações gregas e latinas, o trabalho é diferenciado em uma hierarquia que supõe atividades mais valorizadas (artesãos, artistas, “ergon”, em grego, atividade criativa) e menos valorizadas (realizadas pelos escravos, “pónos”, em grego, atividade penosa), mas sempre ligadas à satisfação das necessidades humanas. Nos mitos antigos, o trabalho aparece sempre como atividade penosa: - O mito bíblico do trabalho como castigo, de expulsão do paraíso (“tu comerás o teu pão com o suor do teu rosto”). - O mito de Sísifo e o trabalho como esforço inútil e repetitivo. - O mito de Prometeu, a criação do ser humano e a punição por ter dado aos homens o fogo e outras artes da civilização.

5 Segundo Hannah Arendt (2010), na maior parte das sociedades civilizadas, na maior parte da história recente da humanidade, o trabalho foi considerado como uma atividade inferior, reservada às classes inferiores. Trabalhar significa estar presos às necessidades do corpo. Não trabalhar era um signo de distinção social, de superioridade. O trabalho, nesse sentido, é elemento constitutivo das HIERARQUIAS SOCIAIS. Nas sociedades modernas, O TRABALHO manifesta-se na tensão entre NECESSIDADE e LIBERDADE, como atividade ambígua, contraditória, podendo implicar dor, sofrimento, pena, inferioridade e submissão ou prazer, satisfação, proteção, reconhecimento e identidade (Marx e o liberalismo econômico).

6 Na modernidade, o TRABALHO deixa de ser uma atividade de subsistência (ECONOMIA DE SUBSISTÊNCIA), para inserir-se em relações de trocas mercantis (ECONOMIA DE MERCADO), como ATIVIDADE REMUNERADA. Nesse sentido, há um processo acelerado de MERCANTILIZAÇÃO das relações econômicas e do próprio TRABALHO ou FORÇA DE TRABALHO, que passa a se converter em uma mercadoria como outra qualquer (Marx). A transformação da FORÇA DE TRABALHO em mercadoria supõe um processo histórico de expropriação dos meios de produção dos trabalhadores (camponeses, artesãos), levando a formação da moderna classe operária industrial.

7 Enfim, em termos sociológicos, o TRABALHO é uma atividade relacional a partir da qual se consolidam, historicamente, determinadas RELAÇÕES SOCIAIS DE TRABALHO. Nas modernas sociedades capitalistas e industriais, consolida-se e generaliza-se a RELAÇÃO SALARIAL, a relação de compra e venda da força de trabalho. Juridicamente, essa forma de trabalho cristaliza-se no EMPREGO que supõe a relação entre um EMPREGADOR e um EMPREGADO, um ofertante e um demandante de força de trabalho. Configura-se, pois, o MERCADO DE TRABALHO como princípio de alocação da força de trabalho e de distribuição de renda para os trabalhadores (Offe).

8 As formas modernas de trabalho
(Atividade produtiva) \ TRABALHO REMUNERADO (Inscrito em relações mercantis) TRABALHO ASSALARIADO (Emprego, relação empregador-empregado)


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