Projeto financiado com recursos do PPSUS 2004

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1 Projeto financiado com recursos do PPSUS 2004
Qualidade do preenchimento de atestados de óbitos perinatais e sua importância para estudos dos determinantes biológico-sociais do processo saúde, doença e cuidado COSTA, Natália Venturelli, REZENDE, Marcela Fernanda Vieira de, (Acadêmicas de medicina da UNIFENAS e BIC/FAPEMIG), GRACIANO, Miriam M. C., NOGUEIRA, Denismar A. (Professores da UNIFENAS) INTRODUÇÃO número de filhos vivos foi preenchido em 25,81% das Dos; o número de filhos mortos em 19,39%; tipo e duração de gestação em 57,53%; tipo de parto em 56,46% das DOs; a morte em relação ao parto aparece A mortalidade perinatal é um importante indicador social de saúde, pois reflete diretamente a qualidade da assistência ao parto e pós-parto e, indiretamente, a eqüidade em saúde. Embora, desde 1976 se tenha instituído um modelo único de DO, o seu preenchimento continua apresentando inúmeros problemas, dentre eles o negligenciamento de campos relacionados às variáveis sociais. em 54,84% delas; o campo peso ao nascer foi preenchido em 31,19%; e de confirmação diagnóstica em 30% do total de DOs. OBJETIVOS Avaliar a qualidade de preenchimento de DOs perinatais em Alfenas entre Correlacionar variáveis sociais e biológicas no estudo da determinação da mortalidade perinatal. Correlacionar indicadores de assistência ao pré-natal, provenientes de DNs, à mortalidade perinatal. Certamente, isso não se deve ao número de partos sem assistência médica, posto que entre os 187 óbitos perinatais, apenas 7 ocorreram em crianças cujo parto havia ocorrido no domicílio. Variáveis de interesse social, bem como epidemiológico, não se encontram em melhor situação: raça (49,47%); escolaridade e ocupação da mãe (38,18% e 36,03%), respectivamente; nº da DN (20,19%); e ocorrência de assistência médica (26,89%). Vale ressaltar que documentos originais foram METODOLOGIA Estudo ecológico exploratório a partir de dados secundários. preenchidos, em grande parte, por mais de um tipo de letra. O índice médio de falta de preenchimento de DNs foi de 1%. RESULTADOS Ao analisar o índice de preenchimento de campos obrigatórios das DOs, detectou-se que apenas nos campos: tipo de óbito, nome CONCLUSÃO A má qualidade da informação gerada por documentos exclusivamente de responsabilidade médica inviabilizou o cumprimento de dois dos três objetivos da presente pesquisa. Ao que parece o atestado de óbito é visto apenas como uma burocracia a mais e não como fonte geradora de dados fundamentais para o planejamento e a avaliação de políticas públicas de saúde. Por isso, é necessário e urgente revisar não só os quantitativos mas, sobretudo, a qualidade da formação deste profissional. da mãe, sexo, local de ocorrência e causa básica da morte, havia um índice de 100% de preenchimento. Nos campos: hora do óbito (97,85%), naturalidade (89,79%), data de nascimento (99,47%) e endereço (97,85%), o preenchimento foi satisfatório. As demais variáveis, mesmo de interesse biomédico, apresentaram baixos índices de preenchimento. Idade da mãe, por exemplo, foi preenchida em 51,08% das Dos. O campo referente a REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CARVALHO, M. L., SILVER, L. D. Confiabilidade da declaração da causa básica de óbitos neonatais: implicações para o estudo da mortalidade prevenível. Rev. Saúde Pública, 29(5), LANSKYA, S., FRANÇA, E., LEAL, M. C. Mortalidade perinatal e evitabilidade. Rev. Saúde Pública, 2002;36(6): FORMIGLI, V. L. A. et all. Avaliação da atenção à saúde através da investigação de óbitos infantis. Cad. Saúde Pública, v.12 supl. 2, Rio de Janeiro, 1996.