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Sou Poeta Sim, e daí? Lu Carlos
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Esse homem é aquele Que um dia fitou teus olhos E na sua firmeza Estremecido ficou
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Coisas da vida, ou foi pura sorte?
Foram tantos os devaneios Que nesse homem tão forte Um coração balançou
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Esse homem que um dia Foi para ti um príncipe Que entrou na tua vida Pra não querer te esquecer
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Foi quem, nas noites de inverno
Ao seu coração doído Soube, tão bem, aquecer
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Viveu sonhos de amor Te beijou, te afagou E com todas as suas forças Em seus braços a tomou
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Não haviam delírios Apenas sonhos e verdades Não se prendia ao pudor No amor, era só entrega
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E esse homem pensou Ser, contudo, perene Aquilo que se mostrava Tão firme aos seus olhares
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E a fogueira em ti apagou
O que foi brasa e calor Em cinza se transformara
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Sem ter esperança E sequer confiança De lápis em punho Esse homem se deu à poesia
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Não há o que fazer A não ser esquecer Aquilo que se fez esvair
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Criticado por ser um poeta
Mas, que lhe foi grande amante Ferido ficou em seus ais E declara em tom contundente Saiba, pra você, prefiro Deste momento em diante Ser poeta sim, e nada mais!
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Arte em PPS – Carlos Borges Email : a.morla1@hotmail.com
Edição, formatação e texto Lu Carlos Março / 2009 Arte em PPS – Carlos Borges Música : Train And Winter Rains / Enya
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