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Distinção Social e Mecenato no Renascimento
A ostentação das elites cortesãs e burguesas
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É o Renascimento um movimento elitista?
O renascimento desenvolve-se, no início do século XV, apoiado numa casta de homens surgidos nas ricas cidades mercantis do Norte de Itália e da Flandres. Homens nobres ou burgueses, filhos do capitalismo comercial da época, que partilham o seu amor pelas belas artes e que rivalizam uns com os outros no apoio que dão aos seus artistas favoritos. São os Mecenas.
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3.1 Distinção social e mecenato
As elites cortesãs e burguesas, as próprias Cortes, apostaram no embelezamento dos palácios e no apoio aos artistas e intelectuais como símbolo de afirmaçao social.
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3.1.1 A ostentação das elites cortesãs e burguesa
Os séculos XV e XVI, foram séculos de grande crescimento económico; Sectores (nobreza e burguesia) ligados ao comércio e à finança enriqueceram; Vão desenvolver formas de exteriorizar a sua riqueza e ascensão social: luxo, conforto, festas,o apoio à cultura (mecenato);
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O Mecenato O Mecenato é uma actividade de incentivo, apoio e protecção literária, artística e científica. O nome adveio do primeiro homem que reconhecidamente o praticou: o romano Mecenas. Caio Mecenas
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O apoio da Igreja A igreja junta-se ao movimento com os papas –princípes da Renascença, tornando-se Roma o expoente máximo do Renascimento no século XVI, como Florença o fora no século XV, por acção dos Médici.
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Artistas e intelectuais, mercê da nova mentalidade, que exalta o individualismo (o homem pleno, não só espiritual mas também racional), gozam agora de uma posição de prestígio nas cortes dos mecenas. Sendo a satisfação pessoal uma característica marcante deste período, as festas servem de pretexto para a ostentação da riqueza dos mecenas e para a promoção dos intelectuais.
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Jacob Fugger – Banqueiro do Imperador Carlos V
As Elites Culturais No Renascimento afirmavam-se as elites culturais assentes principalmente no primado do dinheiro e da cultura, nas quais a alta burguesia dos negócios e das letras ombreava com a nobreza mais evoluída, agora obrigada a deixar os castelos, no campo, para procurar as cidades e junto das cortes reais ou principescas, novas oportunidades e novas regalias. Jacob Fugger – Banqueiro do Imperador Carlos V
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As Elites Burguesas e Cortesãs
O Individualismo, o gosto pela vida e os seus prazeres desenvolveram, entre as elites cortesãs, um alto padrão de vida. Organizavam-se reuniões de convívio, banquetes, tertúlias, bailes… eram mostrados publicamente os dotes de beleza, habilidades culturais e artísticas. Nestes círculos seguiam-se com elevado rigor os códigos de civilidade.
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A Festa Renascentista Vestuário Comparece-se a estas festas ricamente vestido. O vestuário passa a ser cintado, recorrendo-se a laços e botões para o tornar mais justo. Corpetes e espartilhos acentuam as linhas femininas, tal como o gibão e os calções justos acentuam as masculinas. As rendas e as meias de seda fazem a sua aparição e são usadas pelos dois sexos.
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A Civilidade Nesta sociedade, o homem tem de saber estar requintadamente. A civilidade torna-se um tema levado de tal forma a sério que se escrevem livros sobre normas de comportamento, regras de etiqueta e de convivência social. O Cortesão (1528) de Baltazar Castiglione é um dos mais conhecidos. Aí se propõe um conjunto de valores que devem orientar os que vivem na corte – os cortesãos. Doc. Pg.57, questão1 a),b),c)
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3.1.3 Portugal: O ambiente cultural da corte régia
O ambiente cultural português foi influenciado pelo processo de centralizaçao do poder real; A prática do mecenato serviu para atrair intelectuais e artistas à Corte portuguesa; Reformas do ensino: em 1504, D. Manuel I, reforma a Universidade de Lisboa; Em 1537, D. João III, transferiu-a definitivamente para Coimbra; Os estatutos da Universidade de Coimbra são inspirados na de Salamanca, de onde provêm muitos dos docentes;
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Em 1547, D. João III, funda o Colégio das Artes (Coimbra), para o ensino das Línguas Clássicas, Filosofia e Gramática; Papel importante desempenhado no ensino pela Companhia de Jesus; Programa de obras e construções patrocinados pelos monarcas portugueses: Mosteiro da Batalha, Jerónimos, Torre de Belém, Convento de Cristo, Paço da Ribeira, Estas obras destinavam- se a celebrar a grandeza do rei e da corte; A embaixada de D. Manuel I ao Papa Leão X (1514) foi um espetáculo deslumbrante; Os monarcas promoveram a ida de estudantes portugueses para Universidades estrangeiras.
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Principais artistas e intelectuais que viveram na corte portuguesa: Damião de Góis (humanista);
Gil Vicente (dramaturgo); Nicolau Clenardo (pedagogo); George Buchanan (professor).
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3.2. Os caminhos abertos pelos humanistas
Os artistas e intelectuais (Humanistas) do Renascimento abriram novos caminhos para a arte e a cultura; Desenvolveram e aprofundaram os ideais do antropocentrismo e individualismo; Uma das características fundamentais dos humanistas é a inspiração nos modelos clássicos (Grécia e Roma). A ideia não é imitar os antigos mas inspirar-se na cultura clássica para inovar, recriar e transformar; O estudo dos clássicos não é um fim mas um instrumento para ajudar os humanistas a desenvolverem a sua modernidade
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A imprensa contribui para a divulgação dos autores clássicos.
Os humanistas estudaram o grego e o latim para poderem estudar os autores clássicos; Recuperaram as Sagradas Escrituras leram o Novo Testamento e o Antigo Testamento (hebraico), e corrigiram os erros das traduções medievais; O ensino fomentou o conhecimento da Antiguidade (estudo dogrego, latim, literatura, história, filosofia). Receberam o nome de studia humanitatis, porque se consideravam áreas de ensino fundamentais para a formação moral do ser humano. A imprensa contribui para a divulgação dos autores clássicos.
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Os Humanistas desenvolvem um movimento de afirmação das
3.2.2 A afirmação das línguas nacionais e a consciência da modernidade Os Humanistas desenvolvem um movimento de afirmação das línguas nacionais; Dante Alighieri ( ), foi um dos percursores, escreveu grande parte da sua obra em italiano e não em latim; Os humanistas escreveram grande parte da sua obra nas respetivas línguas nacionais; Isto permitiu que mais pessoas lessem as suas obras; Existia a ideia de divulgar pelo maior número de pessoas as novas ideias; Há uma maior difusão da cultura na época do Renascimento.
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3.2.3 individualismo, espírito crítico, racionalidade e utopia
O individuo distinguia-se e afirmava-se pelo uso da razão; Os homens do Renascimento adotaram um mentalidade racionalista; O individualismo valoriza o espírito de criatividade das pessoas; Os humanistas cultivam a ideia de um mundo perfeito; O espírito crítico tinha-os levado a compreender os problemas da época (corrupção, ignorância, abusos dos poderosos, etc.; Surge a crítica social;
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viviam em paz e felizes;
Nascem as utopias; Alguns humanistas imaginam mundos perfeitos onde os homens viviam em paz e felizes; Uma das utopias mais conhecidas é o livro chamado “Utopia” da autoria de Thomas More ( ), onde imaginou um mundo racional, onde existia igualdade, fraternidade e tolerância; More critica a intolerância, o abuso de poder dos monarcas, o luxo do clero, a corrupção da sociedade.
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Conclusão O dinamismo do homem do Renascimento revela-nos uma realidade que vai muito além do movimento cultural e artístico. Estamos perante um processo social que abrange a economia e a cultura, envolvendo o quotidiano com novas formas de viver e de pensar, em que a moralidade, a ética, a arte, a ciência e a consciência religiosa são escolhas de cada indivíduo. Até a noção de nobreza se altera. O nobre já não é aquele que tem linhagem e domina exclusivamente o exercício das armas, o nobre é aquele que cultiva o espírito, que empreende acções esplêndidas e gloriosas para sobressair face à multidão. Assim se compreende porque é o Renascimento um movimento elitista.
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