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O Apostolado de Maria
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“Modelo perfeito de vida espiritual e apostólica - diz o Concilio - é a Bem-aventurada Virgem Maria, Rainha dos Apóstolos. Levou na terra vida igual à de todos, cheia de cuidados familiares e trabalhos; estava sempre unida intimamente ao Filho, cooperando, de modo absoluto e singular, na obra do Salvador” (AA 4).
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Na sua intensa vida de oração e de união com Jesus, hauriu Maria a inspiração e a força de seu apostolado. Tendo experimentado no contato íntimo com Deus a inefável realidade do divino amor pelos homens e mais que todos nele inflamada, também mais que todos tornou-se uma só coisa com a vontade salvífica de Deus, de modo que colaborou da maneira mais sublime e eficaz na obra redentora de Cristo.
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Colaboração íntima e profunda já que Nossa Senhora, com seu sangue, deu ao Filho de Deus aquela carne e aquela vida humana que lhe possibilitaram – a Ele, Verbo Eterno – fazer-se semelhante a nós, sofrer e morrer por nós na Cruz. Colaboração de máximo valor, se considerarmos que Maria não inconscientemente se tornou Mãe do Salvador.
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De fato, “o Pai das misericórdias quis que a (sua) aceitação precedesse a Encarnação para que, assim como a mulher contribuiu para a morte, a mulher também contribuísse para a vida” (LG 56).
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Sabia Nossa Senhora pelas Sagradas Escrituras que o Messias seria o Homem das dores, imolado pela redenção do mundo; por isso, consentindo em ser-lhe Mãe, consentiu também em ligar a própria sorte à dele, associar-se a todos os seus sofrimentos.
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Dar ao mundo o Redentor. Aceitar ver morrer entre tormentos o Filho amado foi o sublime apostolado de Maria, brotado de seu imenso amor a de Deus. Quanto maior é o amor para com Deus, tanto maior e mais eficaz é o apostolado que dele deriva.
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Por outro lado, toda obra de apostolado que não deriva da caridade nada seria. “Ainda que distribua todos os meus haveres aos pobres – diz São Paulo – e entregue meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, tudo isto de nada serve” (1 Cor 13, 3).
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