ESTÁGIO E DOCÊNCIA: DIFERENTES CONCEPÇÕES PIMENTA, Selma Garrido e LIMA, Maria do Socorro Lucena. Edilza Laray 1.

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1 ESTÁGIO E DOCÊNCIA: DIFERENTES CONCEPÇÕES PIMENTA, Selma Garrido e LIMA, Maria do Socorro Lucena. Edilza Laray 1

2 autora s Doutora em Educação Pós-doutorado em Educação Mestre em Educação Graduada em Letras e em Pedagogia Professora Visitante da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira - UNILAB. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Didática e Estágio Curricular Supervisionado, trabalho docente, práticas escolares, docência no ensino superior e formação continua e professores. Graduação em Pedagogia Mestrado em Educação Doutorado em Educação Atualmente é Professor Titular Sênior da Faculdade de Educação da USP Tem experiência na área de Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: formação de professores, didática, pedagogia e pesquisa educacional. Pesquisas mais recentes Pedagogia Universitária e Docência no Ensino Superior. É Pesquisador 1 A CNPq. 2

3 Estágio Prática que “imita modelos escolares”? Práticas escolares que priorizam a “instrumentalização técnica”? Apêndice curricular? Instrumento pedagógico? A profissão se aprende “na prática”? Na “teoria” é uma coisa, na “prática” é outra? 3

4 Objetivos Discutir a formação de professores a partir da relação teoria e prática presente nas atividades de estágio. Conhecer a importância do estágio na formação docente para compreensão da realidade em que se insere a instituição escolar. 4

5 ESTÁGIO SE CONSTITUI COMO UM CAMPO DE CONHECIMENTO estatuto epistemológico que supera sua tradicional redução à atividade prática instrumental se produz na interação dos cursos de formação com o campo social no qual se desenvolvem as práticas educativas. Nesse sentido, poderá se constituir em atividade de pesquisa. 5

6 O estágio como campo de conhecimento Considerar o estágio como campo de conhecimento significa atribuir-lhe um estatuto epistemológico que supere sua tradicional redução à atividade prática instrumental. 6

7 Estágio Instrumento pedagógico que contribui para a superação da dicotomia teoria e prática. O estágio se produz na interação dos cursos de formação com o campo social no qual se desenvolvem as práticas educativas. O estágio poderá se constituir em atividade de pesquisa. 7

8 Diferentes concepções de estágio 4. Como superação da dicotomia entre a teoria e a prática; 4.1 O estágio: aproximação da realidade e atividade teórica. 4.2. O estágio como pesquisa e a pesquisa no estágio. 3. O que entendemos por teoria e por prática; 2. A prática como instrumentalização técnica; 1. A prática como imitação de modelos; 8

9 1. A prática como imitação de modelos É o modo de aprender a profissão, conforme a perspectiva da imitação. A partir da observação, imitação e reprodução e, às vezes, reelaboração de modelos existentes na prática consagrados como bons. Diferentes concepções de estágio 9

10 A prática como imitação de modelos (cont.) Essa forma de aprender não é suficiente e apresenta alguns limites. Nem sempre o aluno dispõe de elementos para essa ponderação crítica e apenas tenta transpor os modelos em situações para as quais não são adequados. Essa prática é chamada por alguns autores de prática artesanal realidade imutável. Papel da escola: ensinar. Visão meritocrática 10

11 2. A prática como instrumentalização técnica Nessa perspectiva, o profissional fica reduzido ao “prático”; não necessita dominar os conhecimentos científicos, mas tão somente as rotinas de intervenção técnica deles derivadas. Diferentes concepções de estágio 11

12 A prática como instrumentalização técnica (cont.) Nessa perspectiva, o estágio fica reduzido à hora da prática, ao “como fazer”, às técnicas a ser empregadas em sala de aula, ao desenvolvimento de habilidades específicas do manejo da classe, à burocracia das fichas e relatórios. Ex.: cursos/oficinas de material didático para estagiários. O processo educativo é mais amplo, complexo e inclui situações específicas de treino, mas não pode a ele ser reduzido. 12

13 “A perspectiva técnica no estágio gera um distanciamento da vida e do trabalho concreto que ocorre nas escolas, uma vez que as disciplinas que compõem os cursos de formação não estabelecem os nexos entre os conteúdos (teorias?) que desenvolvem e a realidade nas quais o ensino ocorre. [...] Alunos em formação reforçam essa perspectiva, quando solicitam novas técnicas e metodologias universais, acreditando no poder destas para resolver as deficiências da profissão e do ensino [...]” (PIMENTA e LIMA, 2005/2006, p. 6). É uma pedagogia compensatória, re-alimentada pela ideologia do mito metodológico 13

14 3. O que entendemos por teoria e a prática? A atividade docente é uma PRÁTICA SOCIAL (intervenção na realidade social). PRÁTICA: é institucionalizada, configura a cultura e tradição (conteúdo e método) das instituições. AÇÃO: refere-se aos sujeitos e seus modos objetivos e subjetivos de realizar a atividade docente. É o fazer como oposição a um estado passivo. O papel das teorias é o de iluminar e oferecer instrumentos e esquemas para análise e investigação, que permitam questionar as práticas institucionalizadas e as ações dos sujeitos e, ao mesmo tempo, se colocar elas próprias em questionamento, uma vez que as teorias são explicações sempre provisórias da realidade. 14

15 Diferentes concepções de estágio Duas perspectivas que marcam a busca para se superar a pretensa dicotomia entre atividade teórica e atividade prática. Anos 1990: o estágio foi definido como atividade teórica que permite conhecer e se aproximar da realidade. Mais recentemente: estágio como pesquisa. 4. Como superação da dicotomia entre a teoria e a prática 15

16 4.1 Estágio como aproximação da realidade e atividade teórica “a finalidade do estágio é a de propiciar ao aluno uma aproximação à realidade na qual atuará. Assim, o estágio se afasta da compreensão até então corrente, de que seria a parte prática do curso” (PIMENTA e GONÇALVES, 1990). Defendem uma nova postura, uma re-definição do estágio que deve caminhar para a reflexão, a partir da realidade. Diferentes concepções de estágio 16

17 aproximação da realidade e atividade teórica (cont.) A aproximação à realidade só tem sentido quando tem conotação de envolvimento, de intencionalidade. Pimenta (1994) introduz a discussão de práxis. “o estágio, nessa perspectiva, não é atividade prática, mas atividade teórica, instrumentalizadora da práxis docente, entendida esta como a atividade de transformação da realidade. 17

18 aproximação da realidade e atividade teórica (cont.) O estágio atividade curricular é atividade teórica de conhecimento, fundamentação, diálogo e intervenção na realidade, este sim objeto da práxis. No trabalho docente do contexto da sala de aula, da escola, do sistema de ensino e da sociedade que a práxis se dá. 18

19 4.2 O estágio como pesquisa e a pesquisa no estágio Estágio é uma estratégia, um método, uma possibilidade de formação de futuros professores e de transformação dos professores da escola; mobilização de pesquisas que permitam a ampliação e análise de contextos onde os estágios se realizam. Diferentes concepções de estágio 19

20 O estágio como pesquisa e a pesquisa no estágio (cont.) possibilidade desenvolverem postura e habilidades de pesquisador a partir das situações de estágio, elaborando projetos que lhes permitam ao mesmo tempo compreender e problematizar as situações que observam. Profissional pensante. 20

21 Schön e a formação profissional: epistemologia da prática (valorização da prática profissional como momento de construção de conhecimento). 21 o estudo, a análise, a problematização, a reflexão e a proposição de soluções às situações de ensinar e aprender. experimentar situações de ensinar, aprender a elaborar, executar e avaliar projetos de ensino não apenas nas salas de aula, mas também nos diferentes espaços da escola. epistemologia da prática

22 O estágio prepara para um trabalho docente coletivo, uma vez que o ensino não é um assunto individual do professor, pois a tarefa escolar é resultado das ações coletivas dos professores e das práticas institucionais, situadas em contextos sociais, históricos e culturais. (PIMENTA; LIMA, p.56, 2008) 22

23 Considerações Finais A complexidade da educação como prática social não permite tratá-la como fenômeno universal e abstrato, mas sim imerso num sistema educacional, em uma dada sociedade e em um tempo histórico determinado. 23

24 Considerações Finais Estágio: atividades de conhecimento, análise, reflexão do trabalho docente, ações docentes nas instituições, de modo a compreendê-las em sua historicidade, identificar seus resultados, os impasses que apresenta, as dificuldades. 24

25 Considerações Finais No estágio como pesquisa, teoria e prática estão presentes tanto na universidade quanto nas instituições-campo. O desafio é proceder ao intercâmbio, durante o processo formativo, do que se teoriza e do que se pratica em ambas. 25

26 Referência PIMENTA, Selma Garrido; LIMA, Maria do Socorro Lucena. Estágio e Docência. 3.ed. São Paulo: Cortez, 2008. – (Coleção docência em formação. Série Saberes pedagógicos). 26


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