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PublicouBernabé Manuel Tepa Alterado mais de 2 anos atrás
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Departamento de Ortopedia e Traumatologia Bernabé Manuel Tepa Dr. Dário Fernandes Dr. Olímpio Durão Discente: Docentes: Fracturas - Generalidades Janeiro de 2023 HOSPITAL CENTRAL DA BEIRA UNIVERSIDADE ZAMBEZE FACULDADE DE CIÊNCIAS DE SAÚDE –TETE
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Conceito de esqueleto, do osso, suas funções e componentes, Divisão do esqueleto humano, Classificação dos ossos, Partes do osso longo e a sua composição, Conceito de fracturas Classificação das fraturas. Fracturas em crianças, Princípios gerais das fraturas em crianças, Epifisiolise, Etapas no reparo de uma fratura óssea Fatores que promovem ou atrasam a cura óssea Abordagem nas fracturas Complicações das fracturas Bibliografia Conteúdo
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Esqueleto O termo esqueleto deriva do grego que significa seco. Conjunto de ossos unidos entre si por meio de articulações na sua posição anatómica. OSSOS São órgãos de tecido conjuntivo, esbranquiçados, duros, tendo como a principal característica, a mineralização (cálcio) na sua matriz. O número total dos ossos: 206.
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Funções do esqueleto Sustentação, Forma, Proteção, Movimento, Armazenamento e homeostase mineral (especialmente cálcio e fósforo), Local de produção de células do sangue. Componentes de esqueleto Ossos Tendões Ligamentos Cartilagens
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Divisão do esqueleto humano
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Classificação dos ossos Ossos longos - o seu comprimento domina sobre a sua largura e espessura. Ex : fêmur, tíbia, fíbula, úmero, rádio, ulna, clavícula, metacarpos, metatarsos, falanges. Ossos laminares ou planos - O seu comprimento e largura predominam sobre a sua espessura. Ex : Ossos do crânio (parietal, frontal, occipital), Escápula, Ossos do quadril. Ossos curtos - São aqueles que apresentam equivalência das três dimensões. Ex: Os ossos do carpo e do tarso.
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Ossos irregulares - De geometria complexa. Ex.: vértebras, osso temporal). Ossos pneumáticos - Apresentam uma ou mais cavidades de volume variável, revestidas de mucosa e contendo ar. Ex: osso frontal, maxilar, temporal, etmóide e esfenóide. Ossos sesamóides - Desenvolvem-se na substância de certos tendões ou da cápsula fibrosa que envolve certas articulações. Ex. Patela. Classificação dos ossos cont.
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Partes do osso longo Histológicamente existem dois tipos de osso. 1.Osso Compacto ou cortical 2.Osso Esponjoso ou trabecular
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Composição óssea Fase inorgánica (60% do peso corporal) Hidroxiapatita cálcica Fosfato dicálcico dihidratado Fase orgánica (35% do peso corporal) Colágeno Tipo I Proteoglicanos (Glicosaminoglicanos (GAG) Proteínas não colágenas (osteocalcina 1, osteonectina, osteopontina) Células (Osteoblastos, osteócitos, osteoclastos) Agua (5% do peso corporal) O periósteo envolve o osso, é mais grosso na infância e é responsável pelo crescimento em diâmetro (largura) dos ossos longos.
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Histologia do osso
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Vasculatura e inervação de um osso longo.
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Fracturas É uma solução de continuidade completa ou incomplete de um osso.
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Classificação das fraturas Fractura fechada é aquela que não se comunica com o meio externo. Fractura exposta ou aberta é aquela que apresenta uma ferida na pele, que comunica com o foco de fractura. Quanto à lesão de partes moles associada
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Simples - apresentam traço único com apenas dois fragmentos ósseos; Em cunha - apresentam, pelo menos, um terceiro fragmento, porém com contato entre os dois principais. Complexa - são aquelas em que não há contato entre os dois fragmentos principais. Quanto ao traço Intra-articular - o traço da fratura atinge a articulação; Extra-articular - o traço da fratura não acomete a articulação Quanto ao acometimento articular
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Diafisárias, Metafisárias, Epifisárias E ainda intra-articulares. Quanto à porção do osso acometida A fratura patológica - ocorre em um osso enfraquecido por uma patologia prévia (ex.: osteoporose, mieloma múltiplo). Podem ocorrer após pequenos traumas. A fratura por estresse, ou fratura por fadiga - ocorre, não por um trauma agudo, mas por pequenos traumas repetidos.
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Fractura em ramo verde é uma solução de continuidade incompleta de um osso longo de uma criança. Fractura completa é a perda completa da continuidade de um osso. Fractura incompleta é a perda incompleta da continuidade de um osso. Quanto à Extensão
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Fractura transversal é produzida geralmente por uma força que causa flexão, aplicada directamente no local da fractura. Fractura oblíqua é geralmente produzida por um mecanismo de torção. Segundo o mecanismo de produção
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Fractura compressiva é produzida por um mecanismo de compressão. Fractura cominutiva é produzida por um traumatismo directo muito violento e com mais de dois fragmentos.
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Fractura segmentar é causada pôr um forte traumatismo directo em diversos pontos de um osso longo, dando lugar a fracturas nos segmentos próximal e distal do osso, com um longo segmento ósseo desvascularizado entre eles. Fractura impactada é produzida por uma força indirecta., que comprime com firmeza os fragmentos ósseos entre si.
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Fractura por avulção é produzida pela contracção enérgica de uma massa muscular, que arranca um fragmento ósseo do local da sua inserção. Fractura espiralada é produzida por uma força de torção ou de rotação, geralmente de tipo indirecto,
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Fractura - luxação é aquela que para alem de fracturar um ou mais ossos de uma articulação existe uma subluxação ou luxação desta. Nestes casos a fractura é combinada com uma lesão ligamentosa e/ou capsular.
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Luxação É a perda completa do contacto das superfícies articulares. Existe sempre uma lesão capsular combinado muitas vezes com lesão ligamentosa.
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Subluxação É a perda incompleta do contacto entre os componentes ósseos de uma articulação. Subluxação anterior da articulação estemoclavicular.
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Fracturas em crianças Muitas vezes dobram-se, como um ramo verde ou às vezes somente há uma pequena ruga no osso. Sempre consolidam. Precisam de uma imobilização mais curta e quase sempre podem ser tratadas conservadoramente. Não desenvolvem rigidez articular, nem atrofia muscular. Algumas consolidações viciosas corrigem-se com o crescimento, enquanto outras pioram.
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Princípios gerais das fraturas em crianças 1.Tenta conseguir os fragmentos fiquem bem alinhados; 2.Evita rotações; 3.Tenha cuidado com as angulações. A capacidade de correcção depende de: a)A idade da criança. b)Da distância da fractura da epífisis. c)Encavalgamento ou ligeiro encurtamento não tem importância.
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Epifisiólises Suspeita-se de uma epifisiólises quando um doente com menos de 20 anos de idade, tem uma lesão na extremidade de um osso longo, mesmo que pareça ter somente uma contusão ou entorse.
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Epifisiólises extra – articulares Tipo I Tipo II Epifisiólises intra – articulares Tipo III Tipo IV Lesões por esmagamento da epífise Tipo V Salter e Harris Classificação das epifisiólises segundo Salter e Harris
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Epifisiólises extra - articulares TIPO II A linha de separação vai através de uma parte da epífise e depois através da metáfise onde produz o fragmento triangular metafisário caracteristico. Lesão frequente da zona epifisária (porção distal do rádio). Tratamento: redução fechada Prognóstico: bom. TIPO I A epífíse separa-se completamente da metáfise sem deslocamento. Frequentes em crianças pequenas. Tratamento: redução fechada. Prognóstico: bom (Excepções: Porção próximal do fémur e do rádio).
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Epifisiólises intra - articulares TIPO III A fractura estende-se da superfície articular para a linha epifisária e depois através desta até à sua periferia separando então um fragmento da epífise. Lesões raras e frequentes no maléolo interno. Tratamento: Se o desvio >1 mm redução exposta e osteosíntese. TIPO IV A epífise e uma parte da metáfise estão fracturadas, sendo particularmente frequente no côndilo externo do húmero. Tratamento: cirúrgico se tiver um desvio > 1 mm.
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Lesões por esmagamento da epífise TIPO V Uma lesão rara, normalmente na região do joelho ou do tornozelo, A placa epifisária é esmagada, uma parte desta encerra mais cedo que a outra, resultando numa paragem total ou parcial do crescimento, causando mais tarde um encurtamento do membro ou uma deformação severas. Prognóstico: mau.
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Etapas no reparo de uma fratura óssea
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Etapas no reparo de uma fratura óssea cont.
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Fatores que promovem ou atrasam a cura óssea
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Fatores que promovem ou atrasam a cura óssea cont.
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Manifestação Clínica História de trauma, dor e impotência funcional, Ao exame clínico, a dor é exacerbada pela palpação no foco de fratura e pela angulação dos fragmentos fraturários. Tumefação local e, por vezes, equimoses e crepitação, Nas fraturas desviadas, a deformidade pode ser nítida.
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Abordagem nas fraturas A abordagem às fraturas e luxações começa na letra “E” (exposition) seguido de ABCD, Avaliar a Integridade da Pele e Partes Moles: Fratura Exposta Avaliar Pulsos presença ou ausência de sinais de isquemia distal (dor, palidez, ↓ da tª) e Nervos Periféricos, Avaliar as Regiões Proximal e Distal do Local Traumatizado, Avaliar Outros Órgãos e Sistemas: Tórax/Abdômen/SNC, – cirurgia Fratura exposta ou fratura com lesão vascular grave – cirurgia, No restante dos casos, um exame clínico minucioso e seguido pelo exame radiológico (AP e perfil), TAC, RNM.
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Tratamento Definitivo Os objetivos principais do tratamento definitivo Os objetivos principais do tratamento definitivo: 1.Alívio da dor; 2.Obter e manter uma posição satisfatória dos fragmentos fraturários, ou seja, reduzir a fratura; 3.Manter a redução, com imobilização gessada, com órtese ou fixação cirúrgica; 4.Restaurar a função máxima do osso ou articulação envolvida.
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Sugestões no tratamento de fracturas em crianças 1)Interpretação de uma radiografia. a)Sempre pedir uma radiografia em 2 planos ( AP e perfil). 2)Redução a)Tem que ser feita de forma suave, não deve ser aplicada muita força. b)Uma epifisiólises dos tipos I e II não corrigida ≥ 10 dias é preferível deixar na posição deslocada. 3)Fracturas expostas: mesmos princípios como nos adultos.
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4)Indicações para tratamento cirúrgico: a)Todas as fracturas e epifisiólises do colo do fémur e fracturas subtrocantericas. b)Epifisiolises do Tipo I e lI que não se conseguiu uma redução fechada aceitável (região do joelho e no colo do rádio). c)Epifisiólises de tilpo lll ou lV com desvio de >1 mm. d)Fracturas da rótula e do olecrânio com desvio. e)Fracturas de Monteggia e Galleazi se houver uma redeslocação. f)Fracturas do epicôndilo interno do húmero (epitróclea), quando o fragmento é ''succionado'' para dentro da articulação do cotovelo
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Complicações das fracturas I.Complicações relacionadas com a própria fractura (intrínsecas). 1)Infecção contratura de Volkmann 2)Síndrome Compartimental – sequela contratura de Volkmann 3)Atraso de consolidação 4)Pseudoartrose 5)Necrose -avascular 6)Consolidação viciosa 7)Encurtamento II.Complicações relacionadas com as lesões associadas (extrínsecas) 1)Lesões dos grandes vasos sanguineos 2)Lesões nervosas 3)Lesões viscerais 4)Lesões tendinosas 5)Lesões e afecções pós- traumáticas das articulações 6)Embolia gorda.
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Bibliografia MANUAL DE FRACTURAS - tratamentos recomendados pela escola de Maputo, Editor: Consejo Interhospitalarío de Cooperación, Maputo,1997. THOMPSON, J.C.MD; Netter. Atlas práctico de anatomía ortopédica. 2ª edição, editor Elsevier, S.L. Barcelona, España, 2011. TORTORA, G. J. Princípios de anatomia e fisiologia, 12ª edição, Rio de Janeiro: Guanabard Koogan, 2010. GRAY’S, ANATOMIA, A base anatômica da pratica clinica, 40ª edição, Rio de Janeiro, editor Elsevier, 2010. HEBERT & SIZINIO; Ortopedia e Traumatologia: Princípios e práctica, 2ª edição, Porto Alegre, ArtMed,1998.
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