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Fordismo e a Produção Industrial de Carne Rildo Silveira Criado por

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Apresentação em tema: "Fordismo e a Produção Industrial de Carne Rildo Silveira Criado por"— Transcrição da apresentação:

1 Fordismo e a Produção Industrial de Carne Rildo Silveira Criado por
Rildo Silveira Texto: "The Sexual Politics of Meat" de Carol J. Adams Fonte: Fotos: Vegan Cooking Now, RS Música: Fragile Intérprete: Sting Citações: Rildo Silveira Agradecimento: Gilmar R. Gonçalves – Curitiba - PR - Brasil “A matança de animais se tornou uma mercadoria geradora de lucro, oculta e disfarçada nos abatedouros intencionalmente distantes dos centros urbanos.” Rildo Silveira

2 O que o consumo da carne tem a ver com as linhas de montagem
de produção em massa?...

3 Você gosta de bife? Você gosta de ovos?

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5 Linhas de montagem são uma ideia que Henry Ford teve
Linhas de montagem são uma ideia que Henry Ford teve. As linhas de montagem permitiram a produção em massa de automóveis. Essas linhas de montagem logo foram copiadas para outras indústrias, tanto de bens como de serviços. A difusão desse conceito, por sua vez, permitiu a existência da sociedade de consumo em massa como a conhecemos hoje. O que pouco se comenta é o fato de Henry Ford teve a ideia da linha de montagem ao visitar uma espécie de linha de "desmontagem". Explicando melhor: segundo consta em sua autobiografia "My Life and Work" (1922), Henry Ford teve essa ideia ao visitar um matadouro em Chicago.

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7 As linhas de desmontagem dos matadouros e frigoríficos foram inventadas por Gustavus Swift e Philip Armour, de acordo com um livro da Universidade de Illinois, "Work and Community in the Jungle: Chicago's Packinghouse Workers ". Esses dois sim, foram os verdadeiros pioneiros da produção em massa. Nesses frigoríficos, os animais eram suspensos de cabeça para baixo por uma corrente que corria presa à uma calha, passando de um funcionário para o outro. Cada um executando uma tarefa específica no desmembramento da carcaça (atordoamento, corte da cabeça, sangramento, escaldamento, retirada do couro, corte dos membros, remoção das vísceras, lavagem, serragem, etc).

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9 Aos olhos de Ford, esse procedimento era tão eficiente que ele reverteu o processo de desmontagem no sentido de que em vez de fragmentar um animal, ele criaria um produto com a linha de produção: uma carcaça de automóvel passaria de funcionário a funcionário, sendo uma ou mais peças integradas em cada etapa, até atingir o produto final. O que talvez ele não tivesse ideia ou não deu muita importância, é que, ao mesmo tempo, nesse processo ele estaria desmontando o ser humano também.

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11 Uma das coisas básicas que deve acontecer em um frigorífico (linha de desmontagem) é que o animal deve ser tratado como um objeto inerte e inconsciente, cujo valor ético e cujas necessidades são ignoradas. Da mesma forma, o empregado da linha de montagem é tratado como um objeto inconsciente, cujas necessidades emocionais e criativas são ignoradas. A introdução da linha de montagem teve um efeito rápido e perturbador nas pessoas. A padronização do trabalho e a separação do produto final se tornou fundamental na experiência dos empregados. O resultado foi um aumento na alienação dos trabalhadores em relação ao produto que eles construíam.

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13 Essa espécie de automação isolou as pessoas do senso de realização através da fragmentação de suas tarefas. Para as pessoas que trabalham em frigoríficos, essa aniquilação do ser é dupla: não apenas elas têm que se conformar em executar a mesma operação tediosamente horas e horas, como também terão que enxergar o animal como "carne", coisa que a sociedade já faz, mas com a diferença que esses funcionários estão lá vendo o animal vivo e por inteiro, pelo menos nos estágios iniciais do processo.

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15 Esses funcionários têm toda a probabilidade de se alienarem de seus próprios corpos, à medida que precisam isolar a imagem da carne da imagem do corpo do animal vivo. Corpo esse que é parecido com o corpo humano em muitos aspectos. Isso pode ser um dos motivos pelos quais a rotatividade de emprego é grande entre os trabalhadores de frigoríficos. Henry Ford desmembrou o significado do trabalho, introduzindo produtividade, mas tirando a sensação dos empregados de estarem sendo produtivos. Esses empregados, em vez de estarem sendo considerados como seres humanos integrais, são considerados por tarefa, função e especialidade.

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17 E tudo o que se deseja dos funcionários em uma empresa é o lucro que se possa obter deles, assim como tudo que se deseja de um animal no matadouro é o lucro que se possa obter de sua carne. O que os funcionários pensam, sentem ou sofrem não é levado em conta, da mesma forma que o que os animais sentem e sofrem também não é considerado.

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19 E a metáfora acaba ficando evidente quando as pessoas usam certas expressões para comunicar o cotidiano das relações entre empresa e empregados. O "corte de cabeças" é usado para designar a eliminação de postos de trabalho. A expressão "tirar o meu couro" é usada para explicar o trabalho desgastante. Outros preferem dizer "tirar o meu sangue". Muitas pessoas reclamam: "o chefe está no meu pescoço". Recrutadores são chamados de "headhunters". As baias ou cubículos dos escritórios imitam as cocheiras das fazendas-fábricas de criação intensiva, onde os seres são privados de contato entre si e com o mundo exterior. Até mesmo um jornal do sindicato dos bancários se chama "O Massacre".

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21 Upton Sinclair já havia percebido esses paralelos no início do século ao escrever "The Jungle" (A Selva), usando o matadouro para descrever o destino dos trabalhadores. Bertold Brecht também empregou a imagem do abate dos animais para caracterizar a desumanidade nas grandes empresas em sua peça "Saint Joan of the Stockyards" (Santa Joana dos Currais). Assim, o ciclo se fecha e o matadouro se torna um símbolo da desumanização dos trabalhadores. E essa desumanização, por sua vez, é conseqüência de um sistema derivado de matadouros.

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23 E no fundo disso tudo, está o vício pelo qual um ser humano encara todas as coisas - natureza, seres sensíveis como os animais e seres criativos e inteligentes como os humanos - como meros objetos para o seu abuso egocêntrico.

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25 Foto: Rildo Silveira V I S I T E www.abcanimal.org.br

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