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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
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“SACERDOTES, GUERREIROS E TRABALHADORES”
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO SEMI-ÁRIDO UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM AGROECOLOGIA “SACERDOTES, GUERREIROS E TRABALHADORES” HISTÓRIA SOCIAL DO CAMPESINATO (2010.2) Professor Márcio Caniello
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A Idade Média Período histórico entre o Século V e o Século XV.
A economia era agrícola e a sociedade era “feudal”, pois as propriedades eram chamadas de feudos e seus donos eram os senhores. As terras eram divididas em duas partes: uma pertencente ao senhor e cultivada apenas para ele enquanto a outra era dividida entre muitos arrendatários. Não havia nesse período “senhor sem terra, nem terra sem um senhor”
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A Sociedade Feudal Havia três classes: sacerdotes, guerreiros e trabalhadores, sendo que o homem que trabalhava produzia para ambas as outras classes, eclesiástica e militar. “Pois o cavaleiro e também o padre Vivem daquele que faz o trabalho” Ou seja, só os camponeses trabalhavam.
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Vida de Camponês Se tiver ganso ou gorda galinha
“O camponês vivia numa choça miserável. Trabalhava arduamente em suas terras e conseguia arrancar do solo apenas o suficiente para uma vida miserável.” “Teria vivido melhor se não tivesse que trabalhar a terra do senhor dois ou três dias por semana sem pagamento” “Jamais houve dúvida sobre a terra mais importante. A propriedade do senhor tinha que ser arada primeiro, semeada primeiro e ceifada primeiro” Se tiver ganso ou gorda galinha E no armário bolo de farinha Na verdade nada disso disporá Porque ao senhor tudo se dá
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O camponês era um escravo?
Não, ele era um servo pois “por pior que fosse o seu tratamento, o camponês possuía família, lar e a utilização de alguma terra. Esta era uma diferença fundamental, pois concedia ao servo uma segurança que o escravo nunca teve.”
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Mas estava longe de ser um homem livre
“O servo trabalhava a terra e o senhor manejava o servo” (p. 8). Nesta época o cavalo valia mais que o servo em valor de compra. Os filhos dos servos não podiam casar fora dos domínios do senhor. O herdeiro de um arrendamento só podia receber mediante ao pagamento de uma taxa. Quando o herdeiro era menor de idade, o senhor ficava responsável por guardar o lucro e repassar ao herdeiro. Quando o herdeiro era a mulher só casava com o consentimento do senhor.
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E ainda pagava muitos tributos e impostos
Corvéia: trabalho compulsório semanal nas terras do senhor; Talha: Parte da produção do servo deveria ser entregue ao nobre Banalidade: tributo cobrado pelo uso de instrumentos ou bens do feudo, como o moinho, o forno, o celeiro, as pontes; Capitação: imposto pago por cada membro da família (por cabeça); Tostão de Pedro ou dízimo: 10% da produção do servo era pago à Igreja, utilizado para a manutenção da capela local; Censo: tributo que os vilões (pessoas livres, vila) deviam pagar, em dinheiro, para a nobreza; Taxa de Justiça: os servos e os vilões deviam pagar para serem julgados no tribunal do nobre; Formariage: quando o nobre resolvia se casar, todo servo era obrigado a pagar uma taxa para ajudar no casamento. Mão Morta: Era o pagamento de uma taxa para permanecer no feudo da família servil, em caso do falecimento do pai da família. Albergagem: Obrigação do servo em hospedar o senhor feudal
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O Poder da Igreja Católica
A igreja constituía uma organização que se estendeu por todo o mundo cristão, mais poderosa, maior, mais antiga e duradoura que qualquer coroa. Tratava-se de uma era religiosa e a Igreja, sem duvida, tinha um poder e prestigio espiritual tremendos. Mas, além disso, tinha riqueza, no único sentido que prevalecia na época - em terras (p.13) “Bispos e abades se situavam na estrutura feudal da mesma forma que condes e duques. E exatamente como recebia a terra de um senhor, também a Igreja agia, ela própria, como senhor”
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Uma Ideologia da Dominação
“O clero e a nobreza constituíam as classes governantes. Controlavam a terra e o poder que delas provinha. A Igreja prestava ajuda espiritual, enquanto a nobreza, proteção militar. Em troca exigiam pagamento das classes trabalhadoras, sob a forma de cultivo de terras”
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“O sistema feudal, em última análise, repousa sobre uma organização que, em troca de proteção, frequentemente ilusória, deixava as classes trabalhadoras à mercê da classes parasitarias, e concedia a terra não a quem cultivava, mas aos capazes de dela se apoderarem”
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Mas, alguma coisa mudou na História
A luta camponesa é a luta pela autonomia
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Dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros, mais de 60% vêm da agricultura familiar. Ela produz quase 70% do feijão, 84% da mandioca, 58% dos suínos, 54% da bovinocultura do leite, 49% do milho, e 40% de aves e ovos. Na produção de carne bovina, a pequena propriedade rural contribui com 62,3%; a média, com 26,4%; a grande propriedade, com 11,2%. A produção leiteira depende da pecuária familiar em 71,5%. O latifúndio produz apenas 1,9%. As médias respondem por 26,6%. E hoje...
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