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Saudade e Lembranças...
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Podem parecer sinônimos. Idéia igual, mas diferente no sentir
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Lembrança é da memória, saudade é da alma
Lembrança é da memória, saudade é da alma. Muitas lembranças, poucas saudades.
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Lembranças surgem com um cheiro, uma música, uma palavra...
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Saudade surge sozinha,emerge do fundo do peito onde é guardada com carinho.
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Lembrança pode ser boa, mas quando não é, pode-se afastá-la convocando outra lembrança ou convocando outro pensamento para o lugar, ligando a tv ou lendo o jornal.
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Saudade é sempre boa, mesmo quando dói, e não se apaga mesmo que outra pessoa tente ocupar o lugar vazio. Ela pode coexistir com um novo amor, sem machucá-lo.
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Lembrança é de algo real, de um lugar, de uma época, de uma pessoa.
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Saudade pode ser do que não houve, de uma possibilidade, de lábios jamais tocados.
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Lembrança pode ser contada, medida, localizada, e com algum esforço, até ser calculada com uma fórmula matemática, ao gosto dos engenheiros.
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Saudade é dos poetas, é pautada em rimas e melodias; vontade de ver outra pessoa, segundo os poetas, teria outro nome, seria saudade com tempero, eu acho.
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Lembrança pode ser sem som, pode não doer. Saudade jamais é sem som.
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Se ela não vier com música de fundo, a gente coloca, só para ficar mais bonita, mais gostosa de sentir, para preencher mais a alma vazia.
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Lembrança vence a morte, mas conforma-se com a ausência, respeita convenções.
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Saudade ignora a morte, vence distancias, barreiras e preconceitos.
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Lembrança aceita nosso comando, vai e volta quando queremos.
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Saudade é irreverente, independente e auto suficiente.
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Texto: Autor Desconhecido
Formatação - Ana Lucia Chiavaioli Agosto / 2009
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