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Rastreamento do câncer de colo do útero
Dda. Larissa Queiroz Dda. Racquel Rolim Orientação: Dra. Ana Karla
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Um pouco de história... Até 1980:
Controle do câncer do colo do útero: pontual Atenção à mulher: período gravídico- puerperal Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM): Incorporação de ações de detecção precoce do câncer de colo do útero Manuais técnicos Orientação a Estados e Municípios 1990: Consolidação das ações de prevenção do câncer: INCA Programa Nacional de Controle do Câncer Cérvico-Uterino (PNCCU) PNCCU: Programa Nacional de Controle do Câncer Cérvico-Uterino
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Um pouco de história... 1996: INCA/MS: projeto piloto do “Programa Viva Mulher” 4 municípios 1998: culminou na 1ª campanha de rastreamento através do Papanicolau : Expansão para 27 estados 2002: 2ª mobilização nacional para detecção precoce da doença Prioridade: mulheres que nunca tinham realizado C.O.
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Um pouco de história... Após as 2 campanhas:
Padronização dos laudos dos exames; Disseminação da CAF; Ampliação da oferta de CO; Disponibilização de informações técnicas e gerais; Consolidação do Sistema de Informações de Controle do Câncer do Colo do Útero (SISCOLO)
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Um pouco de história... 2005 – 2006: 2010:
Política Nacional de Atenção Oncológica e o Pacto pela Saúde controle do câncer do colo do útero responsabilidade municipal e estadual 2010: Persistência da relevância epidemiológica do câncer de colo do útero no Brasil Avaliação do Programa Nacional de Controle do Câncer de Colo do Útero.
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Epidemiologia Problema de saúde pública 2010:
2º tumor mais freqüente nas mulheres brasileiras. 2010: novos casos de doença invasiva (18 casos/ habitantes) Aumento do percentual de mulheres submetidas à CO pelo menos 1 vez na vida: 82,6% (2003) 87,1% (2008)
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Epidemiologia Variação regional: Mortalidade: Norte: Sudeste:
Câncer feminino mais frequente: 24,3% 2010: novo casos Principal causa de morte por neoplasia Sudeste: 3º tumor feminino mais frequente: 7,8% Mortalidade: 4.691 óbitos por essa neoplasia (SIM, 2007) Manteve-se praticamente constante nas últimas 3 décadas.
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Rastreamento Impacto na incidência e mortalidade: Rastreamento:
Cobertura de rastreamento > 80% (OMS) Rastreamento: Objetivo: Reduzir incidência e mortalidade do câncer de colo do útero. Diagnóstico precoce alto potencial de cura 25 – 60 anos Anual Após 2 exames consecutivos normais 3/ 3 anos Para a estruturação do rastreamento organizado de base populacional, as ferramentas de informação, o modelo de financiamento e as práticas de convocação e registro de mulheres atualmente disponíveis são ainda insuficientes; consequentemente o modelo de rastreamento oportunístico predomina no país, apesar de apresentar menor custo-efetividade4.
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Qualidade dos exames citológicos
Condição fundamental para o rastreamento; Indicador: Percentual de amostras insatisfatórias (<5%) Avalia tanto a qualidade da coleta quanto o preparo das lâminas Brasil ( ): Manteve-se abaixo de 1,2% Regiões Norte e Nordeste: >30% dos municípios com amostras insatisfatórias >5% (SISCOLO)
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Entendendo a localização...
Menacme: JEC ao nível do orifício externo; Ep. Colunar em contato com acidez vaginal; Alteração do epitélio zona de transformação onde se localizam 90% das lesões cancerosas de colo do útero.
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Fatores de risco Infecção HPV (principal);
Início precoce da atividade sexual; Multiplicidade de parceiros sexuais; DST´s; Tabagismo (quantidade de cigarros fumados); Baixa condição sócio- econômica; Imunossupressão; Deficiência de alfa-1 antitripsina (alteração genética associada); Uso prolongado de contraceptivos orais; Higiene íntima inadequada; Agentes químicos; Exposição à radiação ionizante.
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Manifestações clínicas
Fases iniciais: Assintomático. Carcinoma invasor: Sangramento vaginal; Corrimento vaginal; Dor.
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Exame físico Inspeção cuidadosa da vulva, vagina e colo;
Toque vaginal; Toque retal.
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Métodos Diagnósticos Citologia
Inspeção visual simples com ácido acético Mais sensível e menos específica que a citologia; Baixo custo; Execução por profissionais não médicos Resultado imediato. DNA- HPV por auto-coleta Mais sensível e menos específico que a citologia; Ainda não foi analisada no Brasil. O teste rápido de detecção de DNA-HPV oncogênico despertou interesse por apresentar baixa densidade tecnológica e poder ser realizado por equipe de generalistas sem especialização laboratorial, após treinamento básico O emprego desse teste poderia ser viável em regiões remotas, sem acesso regular à assistência, como em áreas ribeirinhas da Região Norte, aplicado por equipes fluviais de saúde da família. Nos casos positivos, o teste rápido poderia ser associado imediatamente à inspeção visual simples com ácido acético e ao método “Ver e Tratar”.
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Citologia Mulheres sexualmente ativas;
Espátula de Ayre + escova endocervical: Diminui falso-negativos. Ecto/Endocérvice;
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Classificação citológica
Papanicolau: Classes I-V. OMS: Displasia leve/moderada/acentuada. Richardt : NIC I-III. Bethesda: LIE baixo grau (infecções pelo HPV e NIC I); LIE alto grau (NIC II e III).
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Classificação NIC I (baixo grau): NIC II (alto grau):
Camadas mais basais (1/3 proximal da MB) NIC II (alto grau): Avanço para os 2/3 proximais da MB NIC III (alto grau): Todas as camadas, sem romper a MB Carcinoma invasor: Invasão do tec. conjuntivo, abaixo do epitélio. Carcinoma invasor: não necessariamente deverá passar por todas as etapas.
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História natural
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Seguimento e conduta NIC I:
NIC II e III, Adenocarcinoma in situ/ invasor: Colposcopia Negativa em 2 exames consecutivos Rotina do rastreamento Repetir C.O. após 6 meses Positiva Colposcopia
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Prevenção Vacinação contra HPV: HPV 16 e 18;
Prevenção primária (profiláticas); Não há diferença de eficácia entre as duas vacinas em relação à prevenção de lesões intraepiteliais cervicais; Dificuldades de adesão ao esquema vacinal; Ainda não é bem conhecido sobre a duração da eficácia, a eventual necessidade de dose de reforço e a proteção cruzada; A vacinação não exclui a necessidade do rastreio; Desigualdade de acesso. quadrivalente (Gardasil, Merck®) e outra bivalente (Cervarix, Glaxo- Smith-Kline®) a proteção conferida é maior quando aplicada em mulheres livres da infecção ou antes do início da vida sexual. apontam para efetividade menor do que aquela observada nos ensaios clínicos. ; Inviabilidade de financiamento pelo SUS NÃO DISPONÍVEL PELO SUS!
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Referências bibliográficas
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Controle dos cânceres do colo do útero e da mama. Caderno de Atenção Básica,n. 13, MINISTÉRIO DA SAÚDE/ INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER. Plano de Ação para a Redução da Incidência e Mortalidade por Câncer do Colo do Útero. Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero, 2010. ANDRADE, JM. Rastreamento, Diagnóstico e Tratamento do Carcinoma do Colo do Útero. Soc. Bras. Canc., 2001.
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