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Continuamente me estranho. Nunca me vi nem achei.

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Apresentação em tema: "Continuamente me estranho. Nunca me vi nem achei."— Transcrição da apresentação:

1 Continuamente me estranho. Nunca me vi nem achei.
 Não sei quantas almas tenho. Cada momento mudei. Continuamente me estranho. Nunca me vi nem achei. De tanto ser, só tenho alma. Quem tem alma não tem calma. Quem vê é só o que vê, Quem sente não é quem é,  Atento ao que sou e vejo, Torno-me eles e não eu. Cada meu sonho ou desejo É do que nasce e não meu. Sou minha própria paisagem, Assisto à minha passagem, Diverso, móbil e só, Não sei sentir-me onde estou.    Cada um é muita gente. Para mim sou quem me penso, Para outros - cada um sente O que julga, e é um erro imenso. Ah, deixem-me sossegar. Nem me sonhem nem me outrem. Se eu não me quero encontrar, Quererei que outros me encontrem? Fernando Pessoa,

2 Solaris: da vivência à narrativa – um trabalho de construção do Eu e do Outro.
Rheya: «Eu tenho as memórias, mas não me lembro de as ter experienciado» Rheya: «Não sou uma pessoa completa» Rheya: «Eu não sou a Rheya» Kris: «Eu recordava-a de forma errada. De certa maneira eu estava errado sobre tudo»

3 IMMANUEL KANT «A identidade da pessoa encontra-se, infalivelmente, na minha própria consciência.» «A identidade da consciência de mim mesmo em diferentes tempos é, portanto, apenas uma condição formal dos meus pensamentos e do seu encadeamento, mas não prova absolutamente nada a identidade numérica do meu sujeito.» (Crítica da Razão Pura, A362 A363)

4 DAVID HUME: «Inventamos a existência contínua das percepções dos nossos sentidos para remover a interrupção [de diferentes objectos relacionados]; e chegamos à noção de alma, à de eu, e à de substância para mascarar a variação(...). Quando não criamos tal ficção, somos capazes de imaginar algo desconhecido e misterioso que una as partes, ao lado da sua relação.» «A identidade que atribuímos à mente humana é apenas fictícia, e deve proceder de uma operação semelhante da imaginação.» (Tratado da Natureza Humana, VI: Da identidade pessoal)

5 ANTÓNIO DAMÁSIO: «De que modo começa a consciência? Com a construção de um relato do que acontece, uma narrativa sem palavras que se desenrola no tempo e tem princípio, meio e fim.» «O cérebro humano forja uma versão verbal automática dessa mesma história.» «Quando a mente criativa é traduzida em linguagem, facilmente resvala na ficção.» (O Sentimento de Si, VI)

6 PAUL RICOEUR «O tempo torna-se tempo humano quando articulado por uma narrativa, e a narrativa atinge a sua significação plena quando se torna condição da existência temporal.» «Seguimos assim a trajectória de um tempo prefigurado até um tempo refigurado, mediados por um tempo configurado.» (Temps et récit, Tome I, I: 3) Identidade Narrativa - o conhecimento de si como interpretação de si


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