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PublicouDerek Noronha Alterado mais de 10 anos atrás
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Estudo comparativo da Tomografia Computadorizada de Alta Resolução com a Radiografia de tórax no diagnóstico da Silicose em casos incipientes Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública /Epidemiologia- UFMG Aluna: Ana Paula Scalia Carneiro Orientador: Prof René Mendes Co-orientadora: Profª Arminda Siqueira
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Equipe Ana Paula S. Carneiro René Mendes Arminda Siqueira
Cid Sérgio Ferreira Thaís A. de Castro Eduardo Algranti Jorge Kavakama Maria Luiza Bernardes Mestranda Orientador Co-orientadora Realização e laudo das TCAR Realização e laudo de RX Laudo Radiológico Laudo de TCAR
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Pneumoconioses: Definição
“Doenças causadas pelo acúmulo de poeira nos pulmões e as reações tissulares causadas pela presença da poeira” (OIT) SILICOSE: causada pela inalação de poeira contendo sílica livre na forma cristalina (termo usado desde 1870) Doença descrita desde Antiguidade Reconhecida na Legislação Brasileira (Decreto 3.048/99)
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Silicose: Diagnóstico
Diagnóstico é Radiológico- padrões da OIT- associado a história clínica e ocupacional compatíveis RX - técnica padronizada e laudo por método comparativo com coleção de modelos radiológicos da OIT A profusão dos micronódulos varia em 12 subcategorias ordenáveis em ordem crescente: 0/-, 0/0, 0/1, 1/0, 1/1, 1/2, 2/1, 2/2, 2/3, 3/2, 3/3, 3/+
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Diagnóstico por imagem : RX
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Sensibilidade do RX em Silicose comparado a autópsia
HNIZDO, África do Sul, autópsias de 557 ex-mineiros RX 0/1 sensibilidade: 0, especificidade: 0,78 RX 1/ “ : 0, “ ,89 HURWITZ, 1959 África do Sul, autópsias de 700 ex-mineiros RX “lesões mínimas” sens.: 0,66 espec.: 0,99 RX “lesões leves” sens.: 0, espec.: 0,99
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Diagnóstico por imagem: TCAR
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Literatura TCAR x Anátomo-patológico em Silicose
OLIVETTI, 1993 42 expostos à sílica com RX categoria 0 ou 1 35 com biópsia positiva para Silicose RX /1 sensibilidade = 57% TCAR 0/1 sensibilidade = 86% TCAR x anátomo-patológico em outras DPID PADLEY e cols sensibilidade dos métodos RX =80% TCAR= 94% PADLEY e cols especificidade dos métodos RX =82% TCAR= 96%
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Literatura: TC em Silicose
BERGIN, silicóticos (vários estágios), 6 controles “boa correlação de RX e TC”, “TC foi melhor para enfisema” BEGIN, (52 casos vários estágios, 6 controles) Silicose: RX + =52, TC + = 46 “TC foi melhor para conglomerados e enfisema” BEGIN, expostos (vários estágios) “TC melhor para conglomerados- função pulmonar” KINSELA, pacientes (vários estágios) - estudou enfisema em Silicose “TC foi melhor para enfisema”, 4 casos com categoria TC menor que RX
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Literatura: TCAR em Silicose
BEGIN, expostos : RX 0 ou 1 TCAR 40% casos novos em relação RX e 15% (p<0,001) melhor para confluência e enfisema COWIE, expostos: RX vários estágios TCAR = RX em 37 casos; TCAR < RX em 30; TCAR > RX em 3 TCAR 13% de casos novos e 16% em relação ao RX teste TAU: baixa concordância TALINI, expostos RX vários estágios TC= RX em 10 casos; TC>RX: 9 casos; TC<RX: 8 casos teste de concordância: Kappa= 0,65 TC: melhor correlação com PFP e melhor reprodutibilidade GEVENOIS, expostos à sílica, 48 ao carvão RX + (> 1/1) 32%; TC + (> 1/1) 55% p<0,0002
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Estudos de concordância de RX-OIT em Silicose
WELCH, 1998: 3 “B readers” e 3 do “Canadian Painel” . dicotômicas < 0/1 ou > 1/ Kappa: 0,41- 0,73 . 4 categorias (0, 1, 2 ,3) Kappa: 0,36- 0,58 KREISS, 1996: 3 “B readers” . dicotômicas < 0/1 ou > 1/ Kappa: 0,58 - 0,70 . dicotômicas < 1/0 ou > 1/ Kappa: 0,75 - 0,80 MUSH, 1984: 3 leitores . 4 categorias de classificação Kappa: 0,20 - 0,36
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Estudos de concordância de TCAR em Silicose
BEGIN, 1991: 2 “B readers” e 1 do “Canadian Painel” Concordância para as categorias 0 e 1 . RX Kappa: 0,39 . TCAR Kappa: 0,61 TALINI, 1995: 2 leitores para RX e TCAR 27 expostos em vários estágios . RX Kappa: 0,29 . TCAR Kappa: 0,49 DANILOFF, 1997: 2 leitores para TCAR, 1 leitor para RX 57 expostos ao Berílio, em vários estágios . TCAR (micronódulos) Kappa: 0,53
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HIPÓTESE A TCAR poderia agregar acuidade à detecção radiológica das lesões de Silicose em casos iniciais (limítrofes ou duvidosos) ? OBJETIVO Comparar os resultados da TCAR com os do RX de tórax, no diagnóstico de Silicose em fases iniciais
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Metodologia + - Desenho do estudo: transversal, de comparação de
dois instrumentos de detecção ( ) RX 4500 62 1500 TCAR 130 ? + 68 ? -
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Instrumentos: Métodos de imagem
RX de tórax padrão OIT (qualidade 1 ou 2) classificado por três leitores em separado, e sumarizados pela mediana das leituras TCAR Indicações: RX classificado como < 1/0 TCAR: Técnica: Aparelho Siemens- Somatom Plus-4, Cortes de 1mm de espessura; Tempo de duração de cada corte 1 seg.; Janela nível -700 a -800 UH, abertura 1000 a 1600 UH; algorítmo de reconstituição de alta resolução espacial; Kvp 140; mA 240; Formatação em 6 imagens por filme (36 x 44 cm); Matriz de reconstituição 512 x 512 2 leitores, em casos de divergência 3 leitores
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Instrumentos: Métodos de Imagem Proposta de Classificação da Silicose pela TCAR
CATEGORIA 1 2 3 DEFINIÇÃO Ausência de micronódulos Micronódulos presentes, porém sem borramento dos vasos Micronódulos presentes, com algum Micronódulos presentes com acentuado borramento dos vasos Adaptado de BEGIN, 1991
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Teste de concordância de leituras de RX e TCAR
Estudo Piloto Teste de concordância de leituras de RX e TCAR 30 RX de tórax-OIT: Kappa ponderado interindividual . 1x2 leitores: 0, (0,76; 0,97) . 1x , (0,68; ) . 2x , (0,49; 0,84) intraindividual . 1 leitor , (0,86; 0,98) . 2 leitor , (0,76; 0,93) . 3 leitor , (0,88; 1,00) 20 TCAR: Kappa ponderado interindividual . 1x2 leitores: 0, (0,35; 1,00) . 1x : 0, (-0,20; 0,87) . 2x : 0, (0,02; 0,98)
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Descrição de achados de TCAR no grupo C, n=68
Enfisema: 19 casos (centrolobular =55%) Calcificação linfonodal: 19 (“egg shell”=5) Linfonodomegalia: 18 TBC: 12 Espessamento de paredes brônquicas: 14 Micronódulos compatíveis com Silicose: 10 Confluência de micronódulos: 2 Opacificação tipo “vidro fosco”: 7 Nódulo pulmonar solitário: 3 Massa compatível com neoplasia: 2
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Comparação da TCAR com RX
Análises dos dados Comparação da TCAR com RX Comparação de proporções: Teste de McNemar Análises de concordância: . Kappa ponderado . Modelos log-lineares
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Teste de McNemar entre leitores:
Distribuição dos diagnósticos de Silicose através das medianas de leituras de cada método: TCAR e RX de tórax (teste de McNemar p=0,58) Teste de McNemar entre leitores: L. 1 RX x L. 1 TCAR= 0,0010; L. 1 RX x L. 2 TCAR= 0,2295 L. 2 RX x L. 1 TCAR= 0,0000; L. 2 RX x L. 2 TCAR= 1,0000 L. 3 RX x L. 3 TCAR= 1,0000; L. 3 RX x L. 2 TCAR= 0,0000
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Distribuição dos diagnósticos de enfisema através das medianas de leituras de cada método: TCAR e RX de tórax, n=68 Teste de McNemar p= 0,0013
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Distribuição dos diagnósticos de seqüela de TBC através das medianas de leituras de cada método: TCAR e RX de tórax , n=68 Teste de McNemar p= 0,0391
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Estimativa exata e IC de 95% para o coeficiente Kappa na avaliação da concordância entre os leitores de RX e TCAR de tórax (intramétodo)
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Classificação cruzada de RX e TCAR de tórax: mediana de classificação
81% de concordância entre as classificações coeficiente Kappa ponderado: 0,32 (0,04; 0,61)
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Limitações do coeficiente Kappa
Dependência em relação a prevalência da característica em estudo (ruim para tabelas “desbalanceadas”) Sensível ao número de categorias de classificação e ao sistema de peso utilizado Perda de informação ao resumir a concordância em uma única medida MUIR e cols., 1992; SILVA e PEREIRA, 1998
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Freqüência das combinações de classificações por radiografia e TCAR de tórax
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Modelos log-lineares hierárquicos
1- Independência: nenhuma estrutura de concordância 2- Concordância global entre leitores: assume que há concordância se todos leitores classificam na mesma categoria 3- Quase-concordância entre leitores: pelo menos r-1=4 leitores classificam na mesma categoria 4- Concordância global entre métodos: 2 leitores de RX concordam com 2 leitores de TCAR 5- Concordância entre métodos com categorias heterogêneas: 2 leitores de RX concordam com 2 leitores de TCAR levando em consideração a categoria de classificação 6- Concordância entre pares de leitores de radiografias com categorias heterogêneas: leva ainda em consideração os pares de leitores de RX
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Resultados dos modelos log-lineares
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Fluxograma dos modelos hierárquicos com os valores p usados na comparação entre eles
1-INDEPENDÊNCIA p=0,680 QUASE-INDEPENDÊNCIA 2-CONCORDÂNCIA GLOBAL p=0,517 p=0,002 4-CONCORDÂNCIA ENTRE MÉTODOS 3-QUASE- CONCORDÂNCIA p=0,001 p=0,004 5-CATEGORIAS HETEROGÊNEAS p=0,299 6-PARES COM CATEGORIAS HETEROGÊNEAS
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Limitação: falta de padrão ouro
TCAR Positivo Negativo Total RX Positivo Negativo Total Assumindo TCAR como “padrão ouro” RX sensibilidade= 50%; especificidade= 81% Assumindo RX como “padrão ouro” TCAR sensibilidade= 39%; especificidade= 91%
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Conclusões (1) Em casos incipientes ou duvidosos de Silicose foi demonstrado, através dos modelos log-lineares, existir boa concordância entre RX e TCAR em classificações na categoria 0, ou seja para excluir o diagnóstico os dois métodos foram semelhantes Não foi demonstrada boa concordância na categoria 1, o que na ausência de padrão ouro, não permite concluir pela superioridade da TCAR. Existem dificuldades técnicas nos dois métodos A realização de leituras múltiplas é fundamental, uma vez que existe variabilidade interindividual nas leituras
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Conclusões (2) O método tradicional que resume as leituras em uma única medida de tendência central, por exemplo a mediana, pode causar perda de informação. Esta dificuldade estimula o uso de métodos de análise apropriados, como os modelos log-lineares O coeficiente Kappa, apesar de amplamente usado apresenta limitações Em relação a TBC e Enfisema, a TCAR mostrou maior número de casos que o RX: importante para diagnósticos diferenciais
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Conclusões (3) A literatura ainda é carente de estudos comparativos de TCAR com achados anátomo-patológicos. Dessa forma, a correlação dos achados imagenológicos com variáveis clínicas, ocupacionais e funcionais pode ser de grande importância na avaliação indireta do desempenho dos métodos Há necessidade de criação de protocolos com padronização de conceitos, classificações, utilização de leituras múltiplas e de modelos visuais de TCAR Há necessidade de estabelecimento de critérios para indicação da TCAR, com criação de algoritmos ou fluxogramas
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