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PublicouValentina Mar Alterado mais de 11 anos atrás
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Projeto Educação e Relações Raciais: apostando na participação da comunidade escolar
Realização: Ação Educativa Apoio: União Européia Contrapartida da Ação Educativa: Save the Children/UK e Instituto C&A
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Ação Educativa e a questão racial
Somos uma organização da sociedade civil que atua há 15 anos pelo direito humano à educação e os direitos da juventude. Nascemos vinculados ao movimento da educação popular latino-americana. Em educação, atuamos do desenvolvimento de experiências comprometidas com metodologias participativas e ativas nas escolas à influência nas políticas da educação básica. E com essas contribuições que entramos na questão racial. No início dos anos 2000, começamos um processo interno de adensamento sobre a questão racial no conjunto de nossa organização. Destaques: o Concurso Negro e Educação, o monitoramento da mídia sobre a questão racial em educação, a Consulta sobre as Relações Étnico-Raciais (em conjunto com CEERT e Ceafro), livro relações raciais em EJA, além de ações nas áreas de Juventude e de Cultura da Periferia. A presença de ativistas do movimento negro em nossa organização.
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Entendemos que... a desigualdade racial é questão estruturante do desafio da democracia brasileira. o movimento negro é o protagonista histórico dessa luta e que o enfrentamento do racismo deve ser uma pauta assumida pelos diferentes setores da sociedade, em especial, por aqueles e aquelas que atuam pela democratização do Estado brasileiro, pelo enfrentamento das profundas desigualdades e valorização efetiva da nossa diversidade de país. a lei /2003 é uma grande conquista de reparação à população negra, mas que deve ser assumida de forma mais efetiva pela política educacional como constitutiva do direito humano à educação de qualidade de todos e todas. a implementação da lei possibilita descontrução/revisão das nossas identidades e do entendimento da nossa história de país e exige rupturas no processo de ensino-aprendizagem.
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Quais são as conquistas?
O marco legal – estimulou e garantiu mais força e legitimidade a iniciativas no país. Mais força à agenda racial em educação e condições de pressão e controle social. A diversidade e visibilidade de experiências de educadores(as) em escolas (o papel dos prêmios). O acúmulo de reflexão/produção de conhecimentos e práticas dos movimentos negros. A abertura de alguns sistemas municipais e estaduais para abordar a questão racial. A entrada de outros atores em cena. A criação de coordenadorias no MEC e nas secretariais municipais e estaduais de educação.
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Quais os entraves? Vinculados ao racismo – a negação do problema, o mito da democracia racial e o racismo institucional, a utilização da diversidade para despolitizar/diluir a agenda racial (mas a diversidade também é possibilidade), o racismo institucional.
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Que vão além do racismo O modelo de expansão do acesso à educação pública (destaque a situação do professorado) A estrutura do Estado para dar conta das questões vinculadas à diversidade As limitações do financiamento pouco sensível às iniquidades A fragilidade da gestão democrática e do controle social em educação A avaliação dos sistemas centrada em rendimento/cobertura sem abarcar indicadores que mergulhem nas iniquidades A falta do regime de colaboração (União, Estados e municípios) A fragmentação e descontinuidade das políticas de formação inicial e continuada e das instâncias de coordenação de políticas intra-governos
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Aposta metodológica da Ação Educativa
Diminuição da resistência e investimento na organização do trabalho escolar PROJETO DE DESENVOLVIMENTO DE METODOLOGIAS DE SENSIBILIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR PARA A CONSTRUÇÃO DO PLANO DE AÇÃO ESCOLAR que articule educação anti-racista no cotidiano currículo valorização da cultura negra Construção de um ambiente favorável ao trabalho para a promoção da igualdade racial na escola.
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Objetivo Geral Contribuir para a promoção da igualdade racial nas escolas brasileiras e a implementação da lei /2003, que estabelece a obrigatoriedade do estudo da história e da cultura afro-brasileira e africana na educação básica.
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Objetivos Específicos
Desenvolver uma metodologia de promoção da igualdade racial nas escolas, que envolva toda a comunidade escolar (educadores, alunos, comunidade) e favoreça a transformação do currículo e das práticas escolares. Desenvolver materiais de apoio que promovam o reconhecimento adequado da desigualdade racial na educação como problema social a ser enfrentado no âmbito das relações cotidianas e por meio das políticas públicas. Convidar um grupo de 30 escolas a experimentar por um ano a metodologia e o uso de materiais de apoio. Disseminar a metodologia, os materiais de apoio e outras informações sobre o tema.
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Etapas Construção de uma experiência-piloto em quatro escolas;
Elaboração do material de apoio Indicadores de igualdade racial na escola; Guia metodológico; Vídeos (Educação e Relações Raciais e Diálogo África do Sul e Brasil); Kit de imagens da diversidade. Aplicação(recriação/adaptação) da metodologia e avaliação em 30 escolas; Disseminação.
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Pontos de partida Acúmulo da Ação Educativa em metodologias participativas e de pesquisas/ações no campo da educação das relações étnico-raciais (concurso Negro e Educação, Consulta sobre Relações Étnico-Raciais (em parceria com CEERT/CEAFRO), atuação junto a grupos juvenis e de cultura, produção de materiais para EJA sobre a questão racial etc); Diálogo com experiências desenvolvidas por organizações e educadores do movimento negro brasileiro e com algumas experiências internacionais (EUA, Europa e África do Sul); Diálogo com experiências de outros campos da diversidade (principalmente do campo feminista).
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Desafios A conflitividade e as resistências envolvidas no debate sobre o enfrentamento do racismo na educação e na sociedade; Grande parte das experiências que tratam da questão racial na escola e da implementação da lei /2003 ainda se restringe a iniciativas isoladas de um(a) ou mais educadores ou projetos pontuais de algumas escolas; Os programas e políticas de formação – quando existentes – não conseguem promover o enraizamento da questão na escola, para além dos(das) profissionais que participaram da formação; Entendimento que para se enfrentar as resistências e enraizar um trabalho de enfrentamento do racismo na escola é necessário partir de um forte processo de sensibilização que envolva todos/todas, contribua para o planejamento da ação escolar sobre a problemática e se articule ao fortalecimento da gestão democrática; O processo de sensibilização deve garantir as condições para que os processos de formação de profissionais de educação consigam repercutir no cotidiano escolar. A necessidade de uma maior articulação entre as experiências desenvolvidas nas escolas e as políticas públicas municipais, estaduais e federal.
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Atuação de nossa organização - estratégia
Contribuir junto a outros parceiros (principalmente do movimento negro): Construção do Plano Nacional de Implementação da lei /2003 (GT Interministerial); Definição de referências para a implementação da lei nas gestões municipais e estaduais; Construção de propostas que ampliem o enraizamento da temática no ambiente escolar.
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Etapas INTRODUÇÃO: PAUTANDO O TEMA NA ESCOLA
Levantamento de informações preliminares de cada escola e comunidade; Constituição de um grupo organizador responsável pelo projeto (composto por todos os segmentos da escola); Introdução ao tema (racismo, preconceito, discriminação etc) PAUTANDO O TEMA NA ESCOLA Realização da Pesquisa Nepso (opinião); APROFUNDAMENTO DA REFLEXÃO SOBRE OS CAMINHOS DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE NA ESCOLA Realização do Grupo de Diálogos; CONSTRUÇÃO DO PLANO DE AÇÃO ESCOLAR Construção do Mapa da Mina (levantamento dos recursos, experiências e possibilidades na escola) Realização do Seminário Escolar para a Construção do Plano de Ação; IMPLEMENTAÇÃO Desenvolvimento do Plano; AVALIAÇÃO processual + avaliação de impacto um ano depois.
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Construção do Plano de Ação Escolar
Quais os objetivos desta etapa? Realizar o levantamento dos acúmulos, recursos, metodologias e possibilidades existentes na escola para o tratamento da questão (Mapa da Mina); Identificar lacunas e necessidades das escolas; Construir o Plano de Ação Escolar em Seminário Escolar que dialogo com com o Plano Escolar Anual e com o PPP, articulado com as políticas municipais, estaduais e federal; Fortalecer um grupo referência (com familiares, educadores e estudantes) que seja guardião do Plano.
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Plano de Ação Escolar Educação anti-racista (atitudes, relações)
Valorização Currículo da cultura negra
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Linha do projeto 30 ESCOLAS
CONSTRUÇÃO DOS MATERIAIS DE APOIO (em finalização) Grupo de Diálogos Levantamento e constituição do grupo 4 escolas Seminário com 30 escolas Seminário Plano de Ação Pesquisa de opinião na escola Acompanhamento e assessoria para implementação do Plano + testes/afinação dos materiais
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