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O destino: fatalismo ou liberdade?

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Apresentação em tema: "O destino: fatalismo ou liberdade?"— Transcrição da apresentação:

1 O destino: fatalismo ou liberdade?

2 O conceito grego de destino
Moira apresenta vários sentidos: força impessoal; divindade feminina; divindades ctónicas. Aspecto em comum no mundo clássico: sentido de parte ou porção que está destinada a cada um. Acima de tudo, a própria morte. Baseado na leitura de Jack Lawson, The concept of fate in Ancient Mesopotamia of the 1st millennium

3 O destino em Homero Frequentemente, moira surge associada a thanatos.
Moira pode ser vista como uma força que, sendo também divinizada, está ao lado dos deuses e, mais importante ainda, para além dos deuses. Ultimamente, não são os deuses que verdadeiramente decidem o destino, embora o conheçam antes do homem. Na concepção homérica a moira não constitui uma força pessoal e está acima dos próprios deuses.

4 O destino em Homero Os classicistas discutem se a moira consiste numa força cuja acção é irreversível. A verdade é que a moira é frequentemente concebida como agindo independentemente dos deuses, ainda que o possa fazer através deles. Também os deuses morrem e estão condicionados pelo destino.

5 O conceito de destino na Mesopotâmia
šīmtu é o termo que traduz em acádico o conceito de destino. tuppi šīmāti significa a tabuinha dos destinos. Houve um tempo, anterior à criação do mundo, em que não existia destino: «Quando os deuses ainda não existiam, não tinham sido chamados pelos seus nomes e os seus destinos estavam indeterminados» (Enuma elish I,7-8).

6 O conceito de destino na Mesopotâmia
No Enuma elish, Tiamat concede a tabuinha dos destinos a Kingu dizendo: «a tua ordem será inalterável, a tua palavra permanecerá». (Ee I, 158). Logo a seguir, é referido que Kingu e Tiamat conferem juntos os destinos dos deuses. (Ee I,160).

7 O conceito de destino na Mesopotâmia
O destino emana de Tiamat. O destino está simbolicamente e materialmente representado na tabuinha. Apesar de conceder a tabuinha a Kingu, Tiamat mantém o poder de determinar o destino. A posse da tabuinha, por si só, não concede o poder absoluto. Embora possa ser transferida, ela tem um possuidor apropriado: «Ele libertou-o da Tabuinha dos Destinos, que não lhe pertencia, selou-a com um selo e colocou-a no seu peito». (Ee IV, ). Com a tabuinha, Marduk, o seu legítimo e natural possuidor, poderia concretizar obras maravilhosas.

8 O conceito de destino na Mesopotâmia
Parece haver uma ordem ortodoxa e um detentor legítimo da tabuinha. A tabuinha pode ser roubada ou não se encontrar legitimamente na posse de algum deus; se tal acontecer é o próprio cosmos que será perturbado, instalando-se o caos. A tabuinha mostra-se ineficaz nas mãos erradas. Impermanência do poder dos deuses à semelhança dos homens.

9 O conceito de destino na Mesopotâmia (conclusão)
Os deuses estão, eles próprios, sujeitos ao destino. O detentor da tabuinha tem um poder limitado sobre os outros deuses mas não deixa de estar também ele sujeito ao destino. Esse poder está dependente da posse da tabuinha mas não é um poder absoluto.

10 O destino dos homens O destino do homem é a morte e a sua finitude.
Gilgamesh: «Quando os deuses criaram a humanidade, determinaram a morte para o homem mas conservaram para eles a vida». (Gilg. X, 3-5) Por isso, verifica-se uma associação semântica. NAM.TAR, o equivalente sumério de šīmtu, é também o nome do deus que serve de vizir a Ereshkigal; é também o nome de um demónio que traz a morte. mūt šīmti e ana/ina/arki šīmti alāku são expressões que significam a morte natural.

11 O destino dos homens Ó Senhor! Senhor! Senhor! Pai dos grandes deuses!
O senhor dos destinos, o deus dos decretos! Que reina sobre os céus e sobre a terra, o senhor dos países! Aquele que determina o veredicto final, cuja sentença não pode ser alterada!(...)

12 O destino dos homens Determina o destino da minha vida!
Ordena a criação do meu nome! (...) Que a minha palavra seja ouvida na assembleia! Que o deus protector ordene favores sucessivos e que ande diariamente comigo. Pela tua ordem superior, que não pode ser alterada e pela tua aprovação constante que é imutável. (BMS 19)

13 O destino dos homens Se o deus determinasse o destino do indivíduo de uma forma absoluta e irreversível, então não haveria necessidade destas orações. Tudo o que aconteceu e o que está para acontecer foi escrito e determinado. Mas há sempre uma outra possibilidade. A oração pode levar à neutralização de um decreto. O destino é entendido como fixo, mas não é inevitável.

14 O destino dos homens A adivinhação permite conhecer as possibilidades do futuro e assim alterar o rumo pré-estabelecido. A potência e o acto. A adivinhação assenta num pressuposto optimista: as entidades que determinam o destino desejam comunicá-lo e aceitam a sua alteração. O signo revela o acto potencial. O ritual evita o que estava escrito e planeado.


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