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PublicouFrancisco Miguel Alterado mais de 9 anos atrás
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Arpoador Agosto a gosto Formatação e Crônica Leila Marinho Lage Roteiro e Imagens Arnaldo Agria Huss
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Chego em Copacabana, bem pertinho do forte. Barcos me recebem silenciosamente e me convidam a estar, apenas estar. Talvez apenas ser...
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E imaginar que na década de 50 e 60 este pedaço do Rio de Janeiro foi reduto dos maiores representantes da bossa-nova. Fico em reminiscências, enquanto o povo trabalha e turistas são substituídos por moradores.
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O forte de Copacabana, também mirante, onde se toma um bom café com chantili, anuncia que eu sou um turista acidental, num dia de semana, em pleno agosto de sol tímido.
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As pedras do Arpoador dividem Copacabana e Ipanema. Entre os dois bairros, a pequena praia do Diabo avisando que de diabo não tem nada... Mais que simples divisão geográfica, nestas rochas Menescal, Lira, Jobim e tantos outros criaram músicas para sempre cantadas. Onde Vinícius de Moraes compôs as letras de sua própria vida, conversando com o mar em sua genialidade.
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Testemunho o outro lado da “pedra”, o outro lado do (meu) mundo, à frente do morro Dois Irmãos. A praia de Ipanema, a mais cantada e encantada de todos os tempos, a me desafiar: “Você é um simples ser humano. Eu sou a eternidade marcada pela história”.
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Lá adiante, o arquipélago das Cagarras. “Arpoado” pelo Rio, adivinho um paraíso submerso e emerjo da imensidão, mas a ela integrado. Estou com uma grande cidade às minhas costas, e ao mesmo tempo buscando a natureza, minha natureza.
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As baleias abatidas deram nome ao Arpoador, mas foram das melodias lá nascidas, que até hoje compõem nossas lembranças, que o Rio de Janeiro extraiu o que de mais magnífico existiu na cultura de uma geração.
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A gente alcança o topo das pedras, toca a areia, cheira o mar. A gente está num lugar que é mais do que bonito. Ali reside a poesia.
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O por do sol envolve surfistas das adversidades de uma cidade magoada pela modernidade e seus vícios.
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Uma gente que não se dá conta de sua própria beleza. Só se dá conta que o dia escurece.
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Que é hora de ir embora. Até o sol merece repouso depois de descansar tantas almas. Reconheço: não há adversário para tanta força. Assim, entrego-me inteiramente apaixonado por esta cidade.
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Música Carta ao Tom Composição Vinícius (voz) e Toquinho (violão) Coro: Quarteto em Cy http://www.clubedadonameno.com
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