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Piaget- Teoria Psicogenética

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Apresentação em tema: "Piaget- Teoria Psicogenética"— Transcrição da apresentação:

1 Piaget- Teoria Psicogenética
Como chegamos a conhecer algo? Como os homens constroem o conhecimento? Categorias básicas de pensamento: Tempo, espaço, causalidade e quantidade Explica porque as crianças têm dificuldade com determinados conteúdos em certas fases do desenvolvimento. Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira

2 Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira
PIAGET - A teoria do desenvolvimento cognitivo É uma teoria de etapas, que pressupõe que os seres humanos passam por uma série de mudanças ordenadas e previsíveis. O eixo central, portanto, é a interação organismo-meio e essa interação acontece através de dois processos simultâneos: a organização interna e a adaptação ao meio, funções exercidas pelo organismo ao longo da vida.  Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira

3 Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira
“Há interação entre o sujeito e o mundo externo. O conhecimento da criança muda na medida em que o seu sistema cognitivo se desenvolve. Como o conhecedor muda, o conhecimento muda também” (interacionista). O desenvolvimento cognitivo é uma embriologia mental (biologia) A inteligência deve ser definida em relação a função e a estrutura (adaptação, organização) Estrutura – inteligência é organização Função – inteligência é adaptação Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira

4 Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira
Conceitos Assimilação (biologia)- É o processo cognitivo de colocar novos eventos em esquemas existentes, isto é, a incorporação de elementos do meio externo (objeto ou acontecimento) a um esquema ou estrutura do sujeito. É o processo pelo qual o indivíduo cognitivamente capta o ambiente e o organiza possibilitando, assim, a ampliação de seus esquemas. Acomodação – É a modificação de um esquema ou de uma estrutura em função das particularidades do objeto a ser assimilado. A acomodação pode ocorrer de duas formas: Criar um novo esquema no qual se possa encaixar o novo estímulo, ou Modificar um esquema já existente de modo que o estímulo possa ser incluído nele. Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira

5 Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira
Assimilação - Exemplo A assimilação é o processo cognitivo pelo qual uma pessoa integra (classifica) um novo dado perceptual, motor ou conceitual às estruturas cognitivas prévias. A criança tem novas experiências (vendo coisas novas, ou ouvindo coisas novas) ela tenta adaptar esses novos estímulos às estruturas cognitivas que já possui. Por exemplo, imaginemos que uma criança está aprendendo a reconhecer animais, e até o momento, o único animal que ela conhece e tem organizado esquematicamente é o cachorro. Assim, podemos dizer que a criança possui, em sua estrutura cognitiva, um esquema de cachorro. Pois bem, quando a criança vê outro animal que possue alguma semelhança, como um cavalo, ela o terá também como cachorro (pois este é marrom, quadrúpede, um rabo, pescoço, etc.). Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira

6 Assimilação – Acomodação - Equilibração
Ocorre um processo de assimilação - a similaridade entre o cavalo e o cachorro (apesar da diferença de tamanho) faz com que um cavalo passe por um cachorro em função da proximidades dos estímulos e qualidade dos esquemas acumulados pela criança até o momento. A diferenciação do cavalo para o cachorro deverá ocorrer por um processo chamado de acomodação. Não existe acomodação sem assimilação, pois estes esquemas derivam, por diferenciações sucessivas, de esquemas anteriores. Os esquemas se desenvolvem por crescentes equilibrações e auto-regulações. A adaptação é um equilíbrio constante entre a assimilação e a acomodação. Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira

7 Assimilação conhecer o objeto ↓
ocorre uma certa resistência ao conhecimento a organização mental se modifica acomodação Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira

8 Equilibração – É o processo da passagem de uma situação de menor equilíbrio para uma de maior equilíbrio. O sujeito entra em contato com o objeto novo, Esse objeto não se deixa conhecer facilmente O sujeito fica em conflito, desequilibrado Acomoda-se, modifica-se Busca o equilíbrio , dá-se a equilibração Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira

9 Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira
PIAGET A adaptação e desenvolvimento da inteligência ocorre através da assimilação e acomodação. Os esquemas de assimilação vão se modificando, configurando os estágios de desenvolvimento. O processo de desenvolvimento é influenciado por fatores como: maturação - crescimento biológico dos órgãos; exercitação - funcionamento dos esquemas e órgãos que implicam na formação de hábitos; aprendizagem social - aquisição  de valores, linguagem, costumes e padrões culturais e sociais; equilibração - processo de auto regulação interna do organismo, que se constitui na busca sucessiva de reequilíbrio, após cada desequilíbrio sofrido. Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira

10 Estágios de desenvolvimento
O desenvolvimento da inteligência não é linear, acontece em estágios, por saltos. Cada estágio possui uma qualidade. Níveis cognitivos distintos propiciam diferentes maneiras de adaptação ao meio. Sensório-motor (0 até 2 anos) cognição do bebê Pré-operacional (2- 7 anos) Operacional concreto Operacional formal Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira

11 Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira
Estágios de desenvolvimento: Sensório-motor (0 até 2 anos) cognição do bebê Pré-operacional (2- 7 anos) Noções de função, regulação e identidade Operacional concreto Noções transformam-se em operações na medida em que se tornam mais complexos, diferenciados, quantitativos e estáveis Operacional formal Operações sobre operação: o pensamento final é lógico, abstrato e flexível; reflexão. Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira

12 Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira
Estágio sensório-motor de 0 a 2 anos Cognição do bebê até os 2 anos de idade O desenvolvimento cognitivo se inicia a partir dos reflexos que gradativamente se transformam em esquemas de ação. No início os reflexos inatos respondem aos estímulos do meio. A cabeça volta-se para a direção de onde vêm os sons, a luz. A criança apresenta contrações faciais, puxa empurra, apanha, distende, espalha, aperta... Os olhos acompanham os movimentos. O corpo da criança reflete o mundo e ainda não se diferencia dele. A criança precisa construir a noção de objeto. Inteligência prática – percepções e ações. Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira

13 Estágio sensório-motor de 0 a 2 anos
Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira

14 Estágio sensório-motor – de 0 a 2 anos
Atividade reflexa. Invenção de novos meios através de combinações mentais. Coordenação de dois esquemas: Coordenação mão – boca, Coordenação mão – olhos, Começa a construir esquemas de ação para assimilar o meio. O contato com o meio é direto, sem representação ou pensamento. Meios de experimentação: ver, pegar e levar à boca. Onipotência – mágica, seu desejo faz as coisas se moverem, por exemplo. Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira

15 Estágio sensório-motor de 0 a 2 anos
Aos 9 meses diferencia meios e fins, uma ação pode ser um meio para se conseguir um fim, exemplo: esconder a bola atrás da almofada e pedir para ela dizer onde está a bola. Inteligência é prática, desenvolve noções de espaço e tempo através da ação. Espaço – configuração espacial – percebe as três dimensões. Ex: quando a criança de três meses pega uma mamadeira que lhe é dada de cabeça para baixo, não lhe ocorre virá-la para sugar o leite, mesmo que ela reconheça a mamadeira. Com um ano a criança já vira a mamadeira , assim, reconhece e situa o objeto no espaço. Causalidade - causa e efeito- idéia da mágica, mexe alguma coisa e a luz se acende, tende a repetir a ação, esperando que a luz acenda... Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira

16 Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira
No final da fase inicia-se a representação interna Gradativamente a criança vai agindo para atingir um propósito, os movimentos ficam mais complexos, mais amplos: como engatinhar, pôr-se de pé, andar. Neste percurso o eu e o mundo tornam-se progressivamente distintos. Os indivíduos e os objetos diferenciam-se e organizam-se planos de ações exteriores e a permanência dos objetos vão sendo construída. Formam-se as primeiras imagens mentais dos objetos ausentes do meio imediato. Possibilidade do desenvolvimento da função simbólica - a criança reproduz, ou imita utilizando gestos ou onomatopéias, participa de jogos de faz-de-conta, é capaz de imaginar ações ou fatos sem praticá-los efetivamente. Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira

17 Estágio pré-operatório – 2 a 7 anos
Nesse período a criança se torna capaz de tratar os objetos como símbolos de outras coisas. O desenvolvimento da representação cria as condições para a aquisição da linguagem. A criança deverá reconstruir no plano da representação aquilo que já havia conquistado no plano da ação prática. A criança ainda não é capaz de raciocinar levando em conta as relações entre várias dimensões envolvidas (largura e altura do copo). Seu ponto de vista prevalece sobre as relações lógicas. Ex: ficou de noite porque o sol foi dormir. Ações humanas explicam os fenômenos naturais, elementos da natureza praticam ações humanas. Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira

18 Estágio pré-operatório – 2 a 7anos
A qualidade da inteligência mudou, início da fase simbólica. Representação – capacidade de pensar um objeto através do outro. Casa Reconhecimento pelo espelho – 2 anos a criança se reconhece pelo espelho Sou eu e não sou eu. Estou aqui e estou ali representado em imagem...duplicado Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira

19 Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira
Estágio pré-operatório – 2 a 7anos Desenvolvimento da linguagem e pensamento. Estágio intuitivo: deixa se levar pela aparência. Os julgamentos são baseados na percepção e não na lógica. Não relaciona fatos. Caracteriza-se pela interiorização de esquemas de ação construídos no estágio anterior (sensório-motor). A criança de 2 anos ou mais é capaz de desenhar, imitar, reconhecer-se no espelho, brincar de faz de conta, desenvolver a linguagem... Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira

20 Estágio Pré-operatório – 2 a 7 anos
Introdução da moralidade ( valor, regras, virtudes, certo, errado) Egocentrismo – dificuldade de perceber o ponto de vista do outro. Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira

21 Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira
Estágio operatório concreto de 7 a 11 anos As operações são ações mentais voltadas para a constatação e a explicação. Noções transformam-se em operações na medida em que se tornam mais complexos, diferenciados, quantitativos e estáveis Ação interiorizada reversível , ação através de representação (imaginar) possibilidade de pensar a ação e voltar ao ponto de partida. Sentimento de necessidade – coisas necessárias a partir de um raciocínio. Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira

22 Estágio Operacional concreto - (7 aos 11 anos)
As operações são ações mentais voltadas para a constatação e a explicação. A classificação e a seriação são ações mentais - agrupar objetos em uma classe e relacionar objetos em uma ordem ou série. Assim, por meio das operações – inicialmente só aplicáveis a objetos concretos e presentes no ambiente – os conhecimentos construídos anteriormente pela criança vão transformando em conceitos. O pensamento da criança depende do mundo real, concreto. Nesta fase são estabelecidas as bases para o pensamento lógico. A reversibilidade do pensamento possibilita à criança construir noções de conservação de massa, volume... Essas ações são reversíveis. A criança faz generalizações partindo de exemplos concretos (pensamento indutivo). Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira

23 Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira
Estágio Operacional concreto - (7 aos 11 anos) O desenvolvimento ocorre a partir do pensamento pré – lógico para as soluções de problemas concretos. A criança desenvolve noções de tempo, espaço, velocidade, ordem, causalidade. Não se limita a representação imediata, mas ainda depende do mundo concreto, para chegar a abstração, ex: copo d’ água. Capacidade de raciocínio vai do concreto para o abstrato, ex: usa tampinhas para fazer as operações. Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira

24 Estágio Operacional Formal ou Abstrato - 11 aos 15 anos ...
Apenas na adolescência é que o indivíduo se torna capaz de pensar abstratamente, refletindo sobre as situações hipotéticas de maneira lógica. Tipo de pensamento: Pensamento hipotético dedutivo - o aluno parte de possibilidade para, a partir delas, raciocinar ou experimentar. Pensamento abstrato – pode formar abstrações puras e pensar em nível abstrato, verbal. Pensa sobre seu próprio pensamento. Pensamento formal – o aluno é capaz de distinguir, em uma afirmativa, forma de conteúdo e considerar a forma de raciocínio separadamente do conteúdo específico. Operações sobre operação: o pensamento final é lógico, abstrato e flexível; reflexão. Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira

25 Estágio Operacional Formal ou Abstrato -11 aos 15 anos ...
Operações mentais aplicadas a objetos → hipóteses formuladas em palavras. Pensamento sobre possibilidades, sobre acontecimentos futuros, conceitos abstratos. Transforma os dados da experiência em formulações organizadas e desenvolve conexões lógicas entre elas. A moral evolui em estágios: Anomia- ausência de normas e leis Heteronomia - respeito à autoridade Autonomia - respeito mútuo. Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira

26 Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira
Estágio Operacional Formal ou Abstrato -11 aos 15 anos ... Soluções lógicas de todas as classes de problemas. Raciocínio passa a ser abstrato. O sujeito será então capaz de formar esquemas conceituais abstratos (amor, fantasia, justiça, democracia...) e realizar com eles operações mentais que seguem os princípios da lógica formal, o que lhe dará, sem dúvida, uma riqueza imensa em termos de conteúdo e de flexibilidade de pensamento. Com isso adquire capacidade para criticar os valores sociais e propor novos códigos de conduta; discute valores morais de seus pais e constrói os seus próprios; torna-se capaz de aceitar suposições pelo gosto da discussão, é capaz de levantar hipóteses e testá-las. Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira

27 Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira
Estágio Operacional Formal ou Abstrato -11 aos 15 anos ... Declara leis gerais e vê significação comum em materiais verbais; seus conceitos espaciais podem ir além do tangível finito e conhecido para conceber o infinitamente grande ou o infinitamente pequeno. É capaz de oferecer justificações lógicas para os julgamentos que faz; lida com relações entre relações. É capaz de entender doutrina filosófica e científica. Busca autonomia pessoal. Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira

28 Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira
Estágio Operacional Formal ou Abstrato -11 aos 15 anos ... Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira

29 Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira
EXTRAS: Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira

30 Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira
Principais objetivos da educação - Piaget Principais objetivos da educação: formação de homens "criativos, inventivos e descobridores", de pessoas críticas e ativas, e na busca constante da construção da autonomia.   O sujeito ativo de que falamos é aquele que compara, exclui, ordena, categoriza, classifica, reformula, comprova, formula hipóteses, etc... em uma ação interiorizada (pensamento) ou em ação efetiva (segundo seu grau de desenvolvimento). Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira

31 Implicações para a aprendizagem
Os objetivos pedagógicos necessitam estar centrados no aluno, partir das atividades do aluno. Primazia de um método que leve ao descobrimento por parte do aluno ao invés de receber passivamente através do professor. A aprendizagem é um processo construído internamente e depende do nível de desenvolvimento do sujeito. A aprendizagem é um processo de reorganização cognitiva. Os conflitos cognitivos são importantes para o desenvolvimento da aprendizagem. As experiências de aprendizagem necessitam estruturar-se de modo a privilegiarem a colaboração, a cooperação e intercâmbio de pontos de vista. Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira

32 Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira
Implicações para a aprendizagem “Conhecimento é um processo e não um estado” A inteligência é um sistema de operações vivas e atuantes, e não uma substância. Designa formas superiores de organização ou de equilíbrio entre as estruturas cognitivas. Suas fontes se fundem com as da própria adaptação biológica. “É exatamente na explicação da passagem de uma estrutura a outra que intervém a análise funcional”. A interação social favorece a aprendizagem. Indicações de leitura para iniciantes: PIAGET, Jean. Os seis estudos de psicologia. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2006. PIAGET, J.; BÄRBEL, I. A psicologia da criança. Trad. Octavio M. Cajado. São Paulo: Difel, 1968. Profª Drª. Teresa Cristina Barbo Siqueira


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