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PublicouEric Sago Alterado mais de 9 anos atrás
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Duas máscaras Duas poesias “A máscara” Augusto dos Anjos “Depus a máscara e vi-me ao espelho” Álvaro de Campos, heterônimo de Fernando Pessoa
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A máscara Augusto dos anjos
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Eu sei que há muito pranto na existência, Dores que ferem corações de pedra, E onde a vida borbulha e o sangue medra, Aí existe a mágoa em sua essência.
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No delírio, porém, da febre ardente Da ventura fugaz e transitória O peito rompe a capa tormentória Para sorrindo palpitar contente.
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Assim a turba inconsciente passa, Muitos que esgotam do prazer a taça Sentem no peito a dor indefinida.
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E entre a mágoa que masc’ra eterna apouca A humanidade ri-se e ri-se louca No carnaval intérmino da vida.
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Depus a máscara e vi-me ao espelho Álvaro de Campos Álvaro de Campos
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Depus a máscara e vi-me ao espelho. — Era a criança de há quantos anos. Não tinha mudado nada...
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É essa a vantagem de saber tirar a máscara. É-se sempre a criança, O passado que foi A criança.
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Depus a máscara, e tornei a pô-la. Depus a máscara, e tornei a pô-la. Assim é melhor, Assim sem a máscara.
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E EE E volto à personalidade como a um términus de linha.
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Formatação Leila Marinho Lage http://www.clubedadonameno.com Música Uma parte de nós De Gilson Peranzzetta (piano e aranjo) e Aldir Blanc
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