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SEMANA NACIONAL DO LIVRO E DA BIBLIOTECA TECNOLOGIA E INFORMAÇÃO: CIÊNCIA TRANSFORMANDO A SOCIEDADE 14 de novembro de 2006 Thyrso Villela OPINIÃO: UM NOBEL.

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1 SEMANA NACIONAL DO LIVRO E DA BIBLIOTECA TECNOLOGIA E INFORMAÇÃO: CIÊNCIA TRANSFORMANDO A SOCIEDADE 14 de novembro de 2006 Thyrso Villela OPINIÃO: UM NOBEL AJUDA O OUTRO Thyrso Villela, especial para o G1 Em artigo para o G1, astrofísico mostra importância do feito que levou o Nobel de Física e revela laços dos estudos com o Brasil O Nobel em Física de 2006 concedido a Smoot e Mather tem um sabor especial para outros dois ganhadores da premiação: Arno Penzias e Robert Wilson. Quando esses dois ganharam o prêmio, em 1978, houve várias críticas: se dizia que eles haviam medido apenas um ponto de uma curva e que as demais evidências, até aquele momento, não confirmavam a natureza cosmológica da chamada radiação cósmica de fundo. Ou seja, elas não seriam suficientemente precisas para que se tirasse uma conclusão definitiva a respeito da previsão feita por Gamow e colaboradores na década de 1940, a partir da teoria do Big Bang. Com o experimento FIRAS, instalado no satélite Cobe, essa dúvida foi finalmente dirimida. As medidas eram tão precisas que as barras de erro precisaram ser aumentadas cerca de 400 vezes para que pudessem ser vistas. Uma precisão de fazer inveja a vários experimentos feitos em laboratórios na Terra. Estava comprovada a origem cosmológica da radiação. Esse experimento foi liderado por John Mather. Faltava, ainda, comprovar a previsão teórica a respeito do processo de formação de estruturas (estrelas, galáxias, aglomerados etc.) no Universo. A radiação deveria apresentar pequenas flutuações de temperatura, da ordem de centésimos de milésimo de grau Celsius, que seriam devidas ao acoplamento entre radiação e matéria no universo primordial. O experimento DMR, liderado por George Smoot, conseguiu essa façanha. Esses dois experimentos produziram resultados que são considerados dos mais importantes da ciência. Particularmente, fico muito feliz com essa premiação, uma vez que tive a oportunidade de trabalhar junto ao grupo do Professor Smoot, no início da década de 1980, num protótipo do DMR, que voou a bordo de balão estratosférico, e pude testemunhar todo o esforço feito pela equipe que desenvolvia o Cobe. Era necessário um cuidado extremo para projetar um experimento que, no espaço, faria medidas extremamente precisas à procura das tão esperadas anisotropias (variações de temperatura) da radiação cósmica. Caso elas não fossem detectadas, teríamos sérios problemas com o modelo que explica a origem e a evolução do Universo. Seria uma crise na física. Daí o fato de a premiação dos resultados do Cobe ser absolutamente justa. Com os resultados do Cobe, duas das propriedades mensuráveis da radiação cósmica de fundo (chamadas de espectro e distribuição angular) foram reveladas de forma espetacular. Mas a última fronteira em termos de estudos da radiação agora está nas medidas de outra propriedade: a polarização. O problema é que esse sinal é da ordem de cem vezes mais fraco e é contaminado pela emissão em microondas da nossa galáxia. Atualmente, o grupo que estuda a radiação cósmica de fundo na Divisão de Astrofísica do Inpe mantém colaboração com o grupo do Dr. Smoot por meio do experimento GEM (Galactic Emission Mapping), que já efetuou observações em vários lugares da Terra e hoje se encontra instalado em Cachoeira Paulista, interior de São Paulo. O experimento GEM observa o céu em microondas, com o auxílio de uma antena de 5,5 m de diâmetro, em busca de sinais que possam interferir nas medidas da radiação. Ou seja, os trabalhos continuam a todo vapor, e a aventura de explorar o passado do Universo está apenas começando -- o que é ótima notícia. Thyrso Villela é pesquisador da Divisão de Astrofísica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, em São José dos Campos (SP), e colaborador de mais de duas décadas de George Smoot, vencedor do Prêmio Nobel em Física de 2006.


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